A etimologia da palavra "antropologia" compreende a junção dos vocábulos
gregos anthropos ('homem') e logos ('razão', 'estudo'). De modo abrangente,
Antropologia é uma ciência que estuda o ser humano em suas dimensões
biológica, social e cultural.
O estudo de cada uma dessas dimensões demanda um conhecimento
científico com objeto e métodos próprios. A Antropologia física ou biológica, por
exemplo, dedica-se a estudar os aspectos genéticos e biológicos do ser
humano. A Antropologia social preocupa-se com a organização social e
política, a questão do parentesco e as instituições sociais. A Antropologia
cultural pesquisa os sistemas simbólicos, a religião e o comportamento em
diferentes culturas. A Antropologia se beneficia muito dos estudos da
Arqueologia, ciência que privilegia o estudo das condições de existência dos
agrupamentos humanos já extintos, com base nos seus vestígios materiais.
Entre as primeiras indagações de filósofos e pensadores da Antiguidade
clássica sobre o ser humano e a vida partilhada, podemos identificar elementos
do que hoje entendemos como pensamento antropológico. A Antropologia, no
entanto, surgiu efetivamente como ciência no contexto do Iluminismo. Desde o
século XV, as grandes viagens de exploração e colonização despertaram a
curiosidade dos europeus sobre outros povos e culturas espalhados pelo
mundo, cada qual com sua história e costumes. Cronistas, viajantes e
missionários interessavam-se em registrar como os povos viviam, seus hábitos,
crenças, mitos, rituais, linguagens e normas para a vida em sociedade. No
Brasil, podemos mencionar os relatos do viajante e cronista alemão Hans
Staden (c. 1524-1576) em Duas viagens ao Brasil, de 1557, e os desenhos
sobre os indígenas, a fauna, a flora e o relevo do pintor, desenhista e viajante
francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848), na obra Viagem pitoresca e
histórica ao Brasil, elaborada entre 1834 e 1839.
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