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Os partidos políticos, no exercício do poder ou não, e certos grupos sociais que praticam lobby político impõem determinadas características ao Estado. No Estado corporativo, por exemplo, organizam-se corporações para representar politicamente os diferentes interesses econômicos, industriais e profissionais. A expressão mais conhecida do modelo de Estado corporativo foi o Estado fascista italiano, vigente entre 1922 e 1945. Sob a liderança autoritária do líder fascista Benito Mussolini (1883-1945), o Estado italiano organizou instâncias de representação das diferentes categorias profissionais, pelas quais elas fariam reivindicações ao governo. Porém, os representantes dessas categorias eram escolhidos pelo Estado, e não pelos próprios representados. Assim, as corporações constituíam uma esfera movida pelos interesses particulares desses supostos representantes.
Outro caso em que os interesses de grupos sociais misturam-se com os do aparelho público foi a República brasileira no período de 1889 a 1930, chamada por alguns de "República dos coronéis" ou "dos fazendeiros" e pela historiografia mais recente de República oligárquica. Esses grupos colocavam o Estado a serviço de seus interesses particulares, e não da coletividade e do povo, como prevê o termo república em sua origem - res publica, em latim, significa 'coisa pública'.
Glossário:
lobby: forma de convencer parlamentares ou executivos do governo (além de funcionários próximos, como assessores e secretários) a tomar uma determinada decisão para atender a interesses particulares ou gerais.
corporação: conjunto organizado de pessoas com afinidades de ideias e de profissão e interesses sociais definidos, sujeito a regulamento e estatuto.
Fim do glossário.
Boxe complementar:
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