Silvia Maria de Araújo · Maria Aparecida Bridi · Benilde Lenzi Motim



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Intelectuais leem o mundo social

Neste trecho de uma obra clássica sobre o século XX, Era dos extremos, o historiador inglês Eric Hobsbawm (1917-2012) refere-se aos países democráticos da Europa:



No fim do século, um grande número de cidadãos se retirava da política, deixando as questões do Estado à "classe política" [...]. Poder-se-ia supor que a despolitização deixaria as autoridades mais livres para tomar decisões. Na verdade, teve o efeito oposto. As minorias que saíam em campanha, às vezes por questões específicas de interesse público, com mais frequência por algum interesse seccional, podiam interferir nos tranquilos processos de governo tão efetivamente, e às vezes até mais, do que partidos políticos de propósitos abrangentes, pois, ao contrário destes, cada grupo de pressão podia concentrar sua energia na busca de um objetivo único. Além disso, a tendência cada vez mais sistemática de governos contornarem o processo eleitoral ampliou a função política dos meios de comunicação, que agora chegavam a todas as casas, proporcionando de longe o mais poderoso meio de comunicação da esfera pública para homens, mulheres e crianças privados. Sua capacidade de descobrir e publicar o que as autoridades desejavam manter na sombra, e de dar expressão a sentimentos públicos que não eram, nem podiam ser, articulados pelos mecanismos formais da democracia, transformavam esses meios de comunicação nos grandes atores do cenário público. Os políticos os usavam e temiam.

HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX - 1914-1991. 2ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 558-559.

· Reunidos em equipes, releiam a análise de Hobsbawm. Depois, pesquisem edições recentes de jornais e revistas, além de notícias em blogs e sites. Juntos, avaliem a influência dos meios de comunicação na vida política brasileira.

Fim do complemento.

Duas visões sobre o Estado capitalista

As mudanças no Estado e no seu papel têm relação com os grupos políticos no exercício do poder ou que exercem influência sobre a esfera política. No último século, em países capitalistas democráticos, duas formas de atuação do Estado se sobressaíram, conforme a ação mais ou menos interventora do Estado: o Estado Social (ou Estado do Bem -Estar Social) e o Estado neoliberal. O Estado do Bem-Estar Social (Welfare State), que se estabeleceu em determinados países da Europa, atua no sentido de garantir seguridade social e proteção ao indivíduo contra adversidades na economia e excessos do mercado. O Estado neoliberal, por sua vez, propõe a intervenção mínima na economia e nas relações de trabalho.

A intervenção maior do Estado apresentou-se como solução à crise pela qual o sistema capitalista passou na década de 1930. Segundo o sociólogo alemão Jürgen Habermas (1929-), essa e as outras crises que se sucederam no processo de acumulação mundial representavam uma ameaça muito direta à integração social.

FONTE: Bettmann/CORBIS/Latinstock

FONTE: Timothy A. Clary/AFP

LEGENDA: Dois momentos de crise econômica global: acima, especulador da Bolsa de Valores de Nova York, Estados Unidos, tenta vender seu carro em 1929 após ir à falência. O cartaz diz: "Cem dólares compram este carro. Preciso do dinheiro. Perdi tudo no mercado de ações". Ao lado, executivos desempregados se apresentam em rua da mesma cidade, em 2008. O cartaz pede socorro financeiro.




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