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Boxe complementar:
A educação na história
O ato de educar sempre existiu em sociedades humanas. Entre outras finalidades, trata-se da transmissão de conhecimento e cultura acumulados por um grupo ou sociedade a seus membros, visando à formação do ser humano. Ao longo do tempo, os diversos sistemas educacionais existentes extrapolaram a esfera doméstica e se expandiram para outras instituições, em especial a escola. Na Grécia antiga (notadamente Atenas), o modelo mais próximo do que hoje conhecemos por escola servia inicialmente apenas às classes dominantes ou a grupos específicos, como os indivíduos livres, do sexo masculino, que não executassem trabalhos braçais. Durante a Idade Média, ela praticamente se restringiu ao clero católico.
Somente após a Revolução Industrial, com o desenvolvimento do capitalismo, o fim do absolutismo e a formação do Estado laico, a escolarização foi estendida à maioria da população das grandes cidades europeias. Isso se deu tendo em vista a necessidade de formar mão de obra para as diversas funções da produção nas indústrias e para atender os ideais de cidadania inspirados no Iluminismo.
No século XX, as transformações culturais e políticas e a maior aproximação entre as nações contribuíram para ampliar a escolarização, seja pela alfabetização, seja pela expansão do Ensino Médio e Superior para preparar mão de obra qualificada, técnica e especializada e promover formação humana. Nesse sentido, uma das principais questões para as Ciências Sociais, diante da complexidade da sociedade moderna, é indagar se a escola tem ou não conseguido promover inclusão social e justiça.
LEGENDA: Miniatura persa do século XV que ilustra o poema narrativo Laila e Majnun, em que um jovem se apaixona perdidamente por uma colega de escola. Na época, as sociedades islâmicas eram das poucas que ofereciam um sistema educacional aberto a todas as classes sociais.
FONTE: Album/akg-images/British Library/Latinstock
Fim do complemento.
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