orixá e inquice: termos que designam as divindades nos candomblés ketu e angola, respectivamente.
Fim do glossário.
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LEGENDA: Indígena bororo sendo preparado para um ritual, na aldeia Meruri, General Carneiro, Mato Grosso. Foto de 2015.
FONTE: Mário Friedlander/Pulsar Imagens
Existem muitos estudos e relatos clássicos sobre movimentos messiânicos, no Brasil, como Os Sertões, escrito por Euclides da Cunha em 1902 sobre a Guerra de Canudos, e A Guerra Santa no Brasil: o movimento messiânico no Contestado, de 1957, da socióloga Maria Isaura Pereira de Queiroz (1918-). Esta última trata da Guerra do Contestado, região em disputa pelos estados do Paraná e de Santa Catarina no início do século XX. Esses estudos buscam compreender a relação entre questões políticas desses movimentos e motivações relacionadas ao catolicismo popular e a crenças herdadas de povos indígenas em algumas regiões do país.
Em geral, os movimentos messiânicos são liderados por figuras dotadas de carisma, como a de Antônio Conselheiro, no movimento de Canudos. Segundo a antropóloga Alba Zaluar Guimarães (1942-), é possível:
[...] aproximar os "profetas" ou líderes indígenas aos "messias", entendendo-os sob o prisma da teoria weberiana de carisma, uma categoria retirada da tradição cristã, bem como de enfocar suas ideias sobre a destruição da ordem presente e a espera de uma nova ordem sob a luz de mudança social aplicáveis a muitas outras sociedades, indígenas ou não.
GUIMARÃES, Alba Zaluar. Os movimentos messiânicos brasileiros: uma leitura. BIB - O que se deve ler em ciências sociais no Brasil. n. 1 a 10, São Paulo: Cortez; Anpocs, 1986. p. 145.
Glossário:
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