Silvia Maria de Araújo · Maria Aparecida Bridi · Benilde Lenzi Motim



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Debate

Em grupos, leiam o texto abaixo, anotando as principais ideias expostas pelo sociólogo Anthony Giddens. Discutam e redijam respostas para as perguntas propostas.



Nossa relação com a ciência e a tecnologia hoje é diferente daquela característica de tempos passados. Na sociedade ocidental a ciência atuou por cerca de dois séculos como uma espécie de tradição. Supostamente, o conhecimento científico superava a tradição, mas de fato ele próprio se transformou em uma, de certo modo. Era algo que a maioria das pessoas respeitava, mas que permanecia externo às atividades delas. Os leigos "consultavam" os especialistas. Quanto mais a ciência e a tecnologia se intrometem em nossas vidas, e o fazem num nível global, menos essa perspectiva se sustenta. A maioria de nós - incluindo autoridades governamentais e políticos - tem, e tem de ter, uma relação muito mais ativa ou comprometida com a ciência e a tecnologia do que antes. Não podemos simplesmente "aceitar" os achados que os cientistas produzem, para início de conversa por causa da frequência com que eles discordam uns dos outros, em particular em situações de risco fabricado. E hoje todos reconhecem o caráter essencialmente fluido da ciência. Cada vez que uma pessoa decide o que comer, o que tomar de café da manhã, se café descafeinado ou comum, ela toma uma decisão no contexto de informações científicas e tecnológicas conflitantes e mutáveis. [...] Seja qual for nossa perspectiva, vemo-nos envolvidos num problema de administração de risco. Com a difusão do risco fabricado, os governos não podem fingir que esse tipo de administração não lhes compete. E eles precisam colaborar uns com os outros, uma vez que muito poucos riscos de novo estilo têm algo a ver com as fronteiras nacionais. Mas tampouco nós, como pessoas comuns, podemos ignorar esses novos riscos - ou esperar a chegada de provas científicas conclusivas. Como con-sumidores, cada um de nós tem de decidir se vai tentar evitar produtos geneticamente modificados ou não. Esses riscos, e os dilemas que os envolvem, penetraram profundamente em nossas vidas cotidianas. [...] mas o equilíbrio de riscos e perigos se alterou.

GIDDENS, Anthony. Mundo em descontrole. 3ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 40-4.

LEGENDA: Obra dos artistas britânicos Tim Noble e Sue Webster exposta durante feira de arte no Rio de Janeiro (RJ). O consumismo e o lixo gerado na sociedade contemporânea são temas dos trabalhos da dupla.

FONTE: YASUYOSHI CHIBA/Agence France Presse




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