Silvia Maria de Araújo · Maria Aparecida Bridi · Benilde Lenzi Motim



Yüklə 2,32 Mb.
səhifə47/434
tarix07.01.2022
ölçüsü2,32 Mb.
#87965
1   ...   43   44   45   46   47   48   49   50   ...   434
47

Sociedade é, em princípio, uma teia de relações sociais, voluntárias e contratuais, que envolve comunicação, consenso e diferenças entre os indivíduos e os grupos sociais. Estes mantêm laços linguísticos, culturais e no modo como se relacionam e trabalham. São, portanto, componentes fundamentais da vida social:

· relações sociais;

· comunicação;

· interação.

Boxe complementar:

Encontro com cientistas sociais

O sociólogo alemão Norbert Elias (1897-1990) registrou sua observação de uma rua movimentada qualquer, em seu livro A sociedade dos indivíduos, de 1939:



O que une os indivíduos não é cimento. Basta pensarmos no burburinho das ruas das grandes cidades: a maioria das pessoas não se conhece. Umas quase nada têm a ver com as outras. Elas se cruzam aos trancos, cada qual perseguindo suas próprias metas e projetos. Vão e vêm como lhes apraz. [...] Mas há, sem dúvida, um aspecto diferente nesse quadro: funcionando nesse tumulto de gente apressada, apesar de toda a sua liberdade individual de movimento, há também, claramente, uma ordem oculta e não diretamente perceptível pelos sentidos. [...] A sociedade, com sua regularidade, não é nada externo aos indivíduos; tampouco é simplesmente um "objeto" "oposto" ao indivíduo; ela é aquilo que todo indivíduo quer dizer quando diz "nós".

ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994. p. 20-21.

· Debata com seus colegas sobre a reflexão contida nesse trecho. Nos dias atuais das grandes cidades, embora grande parte das pessoas não se conheça, por que o convívio social permite a afirmação de um "nós", de um sentido de união entre os indivíduos?

Fim do complemento.

Na aproximação, as pessoas podem se valer do contato face a face ou de outros meios - dos sinais de fumaça, no passado, à atualíssima comunicação virtual. Os seres humanos formam unidades sociais, como famílias e associações diversas, que atendem de forma organizada às suas necessidades básicas (abrigar-se, comer, vestir, dormir, estar seguro). Essa capacidade de constituir grupos mostra que somos seres gregários.

A mútua influência entre pessoas e grupos com afinidades supõe troca de experiências, uma soma do conhecimento que acumulamos. Quando o agrupamento de pessoas faz circular as informações, estabelecendo redes sociais em que os indivíduos compartilham interesses, gostos, opiniões, como no exemplo anterior da professora e dos alunos, temos o fenômeno da sociabilidade.

Na sociedade e nos processos de sociabilidade, a interação social destaca-se como meio de manter unidos os grupos e a trama das relações sociais, sejam elas harmoniosas, sejam conflituosas. O sociólogo alemão Georg Simmel (1858-1918) escreveu:

O que faz com que "a sociedade", na acepção até agora válida da palavra, seja sociedade, são, evidentemente, as formas de interação. Uma pluralidade qualquer de homens não se torna sociedade pelo fato de existir em cada um, isoladamente, um determinado conteúdo de vida; só quando a vitalidade desses conteúdos adquire a forma de interação, só quando há efeitos recíprocos - imediatos ou mediatos - a mera coexistência dos homens no espaço ou, também, a sua sucessão no tempo se tornou sociedade.

SIMMEL, Georg. As formas sociais como objeto próprio da Sociologia. In: CARVALHO, Nanci Valadares (Org.). Leituras sociológicas. São Paulo: Vértice, 1987. p. 59.

LEGENDA: O sociólogo Georg Simmel, em foto de cerca de 1900.

FONTE: Reprodução/Arquivo da editora

Glossário:


Yüklə 2,32 Mb.

Dostları ilə paylaş:
1   ...   43   44   45   46   47   48   49   50   ...   434




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©muhaz.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

gir | qeydiyyatdan keç
    Ana səhifə


yükləyin