Silvia Maria de Araújo · Maria Aparecida Bridi · Benilde Lenzi Motim



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Famílias em transição

As mudanças na família, mais evidentes no século XX, originaram-se, em parte, da Revolução Industrial (que trouxe distinção entre a casa e o local de trabalho), de fatores demográficos (redução da mortalidade e da natalidade, por exemplo) e da maior mobilidade das populações. Alteraram-se os papéis tradicionais do pai e da mãe nas famílias de elite nas sociedades ocidentais e surgiram novas formas de gestão da vida doméstica.

Em geral, quando pensamos em família, logo nos vem à mente a imagem de um grupo composto de pai, mãe e filhos, baseado no modelo ocidental monogâmico heterossexual, aquele em que uma pessoa pode ter apenas um cônjuge do sexo oposto enquanto dura a união. No entanto, há, nos dias de hoje, outros arranjos em todos os contextos sociais, como uniões consensuais, pessoas casadas vivendo em casas separadas, famílias monoparentais, ou seja, aquelas que contam somente com um dos pais vivendo com seus filhos e sendo responsável pela prole, ainda que outros parentes residam na casa, entre outros.

Um fenômeno demográfico recente despertou a atenção de cientistas sociais: no Brasil, é crescente e sólido o número de famílias chefiadas por mulheres. Isso acontece não apenas porque mais mulheres têm hoje trabalho remunerado, mas porque houve também uma série de mudanças nas concepções da nossa sociedade sobre o que significa "ser mulher" e "ser homem", o que chamamos, grosso modo, de "sistema de gênero". Além disso, as reformas legislativas que passaram a permitir o divórcio por livre e espontânea vontade do casal (ou de um de seus integrantes), na década de 1970, foram fundamentais para essa mudança. Naquela época, as mulheres que chefiavam famílias eram principalmente viúvas ou aquelas cujos maridos migravam para outras regiões em busca de trabalho - como as "viúvas da seca" do Nordeste brasileiro. Mais recentemente, mães solteiras, separadas ou divorciadas predominam nas famílias monoparentais. Há uma rede familiar e profissional extensa que apoia as necessidades cotidianas de mães e pais "solteiros".

Além da ajuda de parentes (avós, primos, tios) e vizinhos, muitas famílias recorrem a serviços profissionais para suprir os cuidados básicos com a casa e o desenvolvimento dos filhos. Um exemplo pode ilustrar melhor essa situação.

Glossário:




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