94.
No calcinete de Xaguasoso, beira rio entre dois rochinhos, ficou o haver de Lebrun IV, composto de ouro em forte com
mentigas rupicans
de buzano sin cuentas autaas, por la quanta si nó à manado com las manos, y si queda fusco de prudencia estrana. Teneêmos a de mas cientos de
nonas aures con blagas embarances de lo monasterio com gran toso y rumo
95. No curto de Lobanços, ao Sul, dentro da parede do musgo onde passa o requeirinho, a três mã
o
s de fundo, fica uma cerda de ouro com
bacorilhos.
96. No escorredouro de Hermezendo temos uma caixa de adereços de diamantes, valor quatro povos.
97. Em Fontes, ao passar para a província de Bracara, deixamos o legado do Restaurador, todo de ouro sem cunho e sem fábrica. Está no
cascalhoso, ao bater do sol à hora sétima.
98. No povo de Paramoz, na cruz do caminho de mil fontes, enterraram os nossos um grande haver de prata, dentro de um pipo arcado de
loureiro.
99. Em Parada, 28 passos depois da igreja para o sol ficaram o haver de um dinheiroso de Bayona.
100. Em Julião, na seguida do Oia, temos o todo de um fidalgo que tudo mandava, e morreu afogado em Panjon.
*A parte final deste tópico, em virtude da falta de clareza, transcreve-se na língua original do pergaminho.
101. No servolo de Navia, na retorta da pedra firme, montamos um haver a um homem de fundo, e deitamos-lhes em cima canas de milho a
terra.
102. Ao meio da cruz de Ganhado está um azevam de ouro e duas partazanas debaixo de uma pedra que tem riscado um pé de cavalo.
103. Debaixo do cruzeiro de Curul está uma sepultura de pedra cheia de ouro, e a coroa do rei Zolito VI.
104. Na Descida Grande, 25 homens ao longo do muro de Souto Maior, ticou uma grande deixa de ouro.
105. No remoinho de Caldelas fica um atalho com 270 azuaras de ouro, com duas faces.
106. Em Intrimo, ao passar do castanhar a oito da corrente forte, está encantado um mouro em pé, tendo aos pés o seu valor de ouro. Deixai
vivo o espírito para que torneis o encanto.
107. Em S. Pedro Martyr ficou um avanço de prata na testada de frente para o Nascente.
108. Na restinga de Gondomar, ao pé do penedo de dois bicos, enterramos o sangue dos guerreiros celtas, mortos em Antenoz.
109. No alto de Feis, na direção do mar, no cruzamento, ficam as valias de uma igreja rica.
110. A 23 homens de lonjura da casa de Phebeus, em Amou, para o Norte, no meio das penhascas, estão oito telhas de ouro.
111. A porta de Teste, oito homens da grande pedra, com letras célticas e alizar de mármore, fica o haver de um rei e um livro árabe dos
tesouros de Tolosa e Castela.
112. No baixo de Ramalhosa, entre os limoeiros amarelos, abrigamos o possuído de Senåpio, cinco dias depois de ser queimado este bárbaro.
113. Entre Rubiãs e Manini, terceiro lanço ao pé de um arco de pedras e barro, fica o haver de um luzitano de Gerez, em ouro de cendra.
114. No oratório de Gironda, a 15 homens para a deveza menor, fica um pequeno valor.
115. Em Mamaguelos, nos três penedos, há uma geira de barro escuro com faianças de valia.
116. Ao fincado de Lorrios, entre dois marcos de pequena grandura, deixamos um banco de ouro com quatro pés.
117. Em Valgeras, debaixo do escoadouro, ficou uma espada com sobre de prata e pegadouro de brilhantes.
118. Em Tabagon, no rochedo da terceira escada, a três homens de fundo, fica uma tábula cheia de moedas de ouro dentro de um calhau de sete
braçadas.
119. No Estreito dos Salados, no cunhal de baixo, olhando para o Norte, ficou um barquinho enterrado com a concha coberta de dinheiro.
120. No cerquilho de Gondarem, sobre a cangosta, a três homens para a sombra, metemos os haveres dos nossos de Tolho.
121. No benzedouro de Sendolho, na requina do paredão baixo, ficou um caixão de moedas coberto de pedernas.
122. No adro de Cheleiros, no cantadouro da fonte ao pé do cipreste do Norte, desterramos riqueza numerosa.
123. Em o quinço de Pedorne, a 10 homens da nascente das areias, está um menino mouro encantado entre franpas de diamantes de Derida.
124. Na lampa de Arzua, em frente do tojadeiro à meia voltam.
125. Na cerca de Corcubião, na vertente abaixo no sítio em que há barro pegajoso, está no chão, a 4 homens, uma cozinha de prata e cobre.
126. Na Saboadela, muito baixo, em uma mina com duas lapas de mármore branco, está o haver rico da princesa Urraca.
127. No couto, em Ortigana, na sobrefinca, temos as alfaias da Renegada das Asterias, no terceiro arco, e há no chão som oco quando chove.
128. Em Eunai, ao saltar o portelinho que vai para a fonte, ficou um tesouro muito esperançoso.
129. Na regueirada, em Cela, ficou um pequeno valor em ouro com ribanços por fora a três homens para a soberba.
130. Na capa, em Gomerzin, ao sair para os marcos, metemos 25 espadas com rebaixos em ouro.
131. No caminho que vai a Meaus, junto a um ergante e lages, ficou o haver de cinco homens guerreiros, mortos em Cantaria.
132. Deixamos na vertente, em Faces, nosso haver na terra branca e semeamos em um taleigo delandras.
133. No vale de Mouzalvos, dois homens debaixo, entre os cinco penedos, fica o possuído dos de Cadabos.
134. Entre Morisco e Castreto, no xaguar de duas subidas a par, a cinco homens do carvalho pequeno, pusemos as joias ricas do marquês de
Orrios.
135. No chuo da Fonte do Rei, vindo de Mairos a cem passos para o sol nascido e cinco homens de profundo, está uma lapa com trancas de
ferro, com os tesouros da mesquita do Rosal.
136. Na revira de Cendalha, entre os penedos do meio, onde sai uma nascente de água com sabor de ferro, ficou um cendrilho de muita soma em
moedas.
137. No recanto de Salto Real, na encharca, a quatro homens por baixo das caldeiras, está uma caixa com os impostos em moedas pequenas.
138. No fuso de Guilhade, 60 passo de carreiro novo, para a sombra dos carvalhos, achará um pequeno haver.
139. Na subida de Piconha sobre a sinistra mão num rego de areia, ficou um todo em prata escorralha com dois cadinhos de ouro.
140. Ao levante de Gargamala, no torno de caminho, deixamos a alfaia dum sacerdote novo.
141. No batedouro do rio Arnoia, dois homens abaixo, metemos em cava Amenil Zeta com sua mulher e o havido de ambos.
142. Na baixa de Coomiar fica a valia de 300 dobras num caixão aberto.
143. Deixamos um haver de pouco preço na quebra de Gandarras. As pedras que o cercam cheiram a enxofre.
144. Dentro de Bouça Branca mandamos ocultar cinco haveres. Não sabemos se lá ficaram.
145. Em Cangas, nos quatro carvalhos, ficou um valor de cem dobras de prata. Ao partir do dia bate-lhe o sol por sobre uma pedra aguda.
146. Na brecha de Anceu enterramos um haver com pouco ouro. Tem muita prata, armas brancas e louça pintada.
147. Tomamos a buraca de Freixo para guardar uma. . . ta... e. . . te para.. . bo... um.. . gal. d'ou.. .*
148. Para o poente de Outeirello, num poço de sete caldeiras, defronte do penedo, ao canto está o haver de Abdel.
149. Picamos a terra ao pé das escadas de eiraz, em Forçará, e metemos ao sul o saque de São Lourenço.
150. Temos a herdade da Moura Trebinka nos entornos de Moscoso. Ficam na várzea do norte, ao pé de uma oliveira pequena, e um castanho
macho.
151. Nos cursos de Gulanes, junto da pedra loira deixamos a valia do padre Ataulfo, de Vigo.
152. Na tapinha de Arente, ao meio sol do monte, nas duas paredes, fica uma caixa valiosa.
153. Cavai no refoio de tantão e achareis riquezas que nós largamos.
154. Nos dois caminhos fica um bom haver. Não vos importe o ferro que está à volta.
155. Nos paços nobres de Dira, ficou o haver do amoncel Zeniga. Deixai ficar uma cruz que está no topo e levai o ouro sobrante.
156. À esquerda dos bichos de pedra, ao subir o outeiro de Danchos, por baixo de uma furna abrigante, achareis o haver dos Damazos. Rezai
algumas orações por alma deles.
157. No encosto de Ortigueira entregamos à terra, com veias brancas, um pequeno valor em prata.
158. Sobre o termeiro de Canado, fica o haver de Gonçalo Viegas e as armas de seu filho.
159. No redevo da Peneda cerca do tapado entre parede com seixos finos na raiz do sobreiro, está o ouro do matamor Zilano, que fugiu.
160. No templo de Moreira ficou soterrado um arco de ouro, com maxilas em relevo.
161. Na frágua de Borbem, ao norte, entre a pedreira, a sete homens de longo, um haver em Requejo. Não busqueis achá-lo sem o auxílio do
espírito do inferno.Vendemos a nossa alma e não a de vós.
162. Na raiz da Mesquinha, em Fresmo, há dois encantos com grandes haveres. Se os quereis, antes do esconjuro, fazei três vezes o sinal da
cruz.
163. Na toca central de Cerejal, pousa o sabino dos fugidos do ano volvido. Olha para o norte na fralda do cerro.
164. A doze passadas da fonte da Caniça, fica. . . lhas. . . larej... nelad.. . va.. . va. . . à flor da terra.
165. Tocai no centro do encalado de Vide, e logo ouvireis som de ouro. Há ali o haver dos nossos de além da serra.
166. Na teva do Canso ficam. . . duras. . . cremento. . . Não está cincaco.
167. No vale do Manceda, a fugir para a Dusitânia, entre os três marcos da esquerda, enterramos o haver de um órfão.
168. Descemos a Vilinha, e já sem armas enterramos o nosso ouro na vala dos enxaados.
169. Nos entrecampos de Regamão, estão o haver dos mortos de Padernosa.
170. Na cimeira. . . Amori. . . vinte estados romanos.
TESOUROS ESCONDIDOS PELOS BRUXOS NO SÉCULO III
|