Stefan Cunha Ujvari a história e Suas epidemias a convivência



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Um acidente
A União Soviética deu início às suas pesquisas na década de 1950, na ilha Vozrozhdeniye, no mar de Aral, onde desenvolvia o projeto Aralsk 7 para produção de armamento biológico. Como esse país foi um dos signatários do tratado de 1972, esperava-se que tal complexo já estivesse desativado. No final da década de 1970, todas as nações estavam tranqüilas em relação ao fim das pesquisas de armas bacteriológicas, tendo em vista sua proibição. Mas, como mui­tos tratados são feitos para ser quebrados e como a pesquisa de armas biológicas é altamente secreta, não seria de estranhar que em algum lugar do globo es­poros do anthrax ainda estivessem em produção.

Em abril de 1979, na cidade russa de Sverdlovsk, começaram a surgir ca­sos de pessoas infectadas pelo bacilo do anthrax. Por seis semanas, os hospitais da cidade receberam mais de noventa casos de infecção por esse agente, com 64 mortes. Foi a maior epidemia do século XX. As autoridades soviéticas informaram que fora causada por ingestão de carne contaminada, mas o gover­no Jimmy Carter, dos Estados Unidos, suspeitou da ocorrência de acidente relacionado com a manipulação do bacilo, o que incriminava a União Soviética de violar a convenção de 1972. Os doentes viviam e trabalhavam num raio de 4km de uma base militar. Somente em 1992 o governo de Boris Yeltsin admitiu que se manipulava no laboratório dessa base militar o bacilo do anthrax e que uma falha no sistema de filtração permitira a liberação de esporos nas redondezas, o que ocasionou a epidemia. Os projetos de arma biológica continuavam.

Apesar de todas as medidas para conter o desenvolvimento da guerra biológica, os Estados Unidos acreditam que 17 nações mantêm seus projetos em atividade. Com a queda da União Soviética, no inicio da década de 1990, muitos cientistas ficaram desempregados e foram absorvidos por mercados de outros países, principalmente asiáticos. Tendo em vista o sigilo das atividades, não se pode saber com certeza quais deles realmente estão produzindo armas biológicas; apenas as epidemias futuras revelarão suas origens.

A facilidade de uso de armamento biológico é demonstrada nos ataques realizados por grupos restritos. Em setembro de 1984, mais de setecentas pes­soas foram atendidas com diarréia após comerem saladas em um restaurante do Oregon, nos Estados Unidos; as investigações demonstraram a presença da bactéria Salmonella e, no ano seguinte, membros da seita Rajneeshee admitiram ter contaminado as saladas. Em 1995, os noticiários mostraram ao mundo o atentado no metrô de Tóquio, no Japão, com a utilização do gás sarin, comandado pelo líder do grupo terrorista Aum Shinrikyo. O que só depois se revelou é que os terroristas já haviam ensaiado ações desse tipo com os esporos do anthrax.

Os fatos ocorridos após o atentado ao World Trade Center, em 11 de se­tembro de 2001, refletem a permanência de atividades envolvendo armas bio­lógicas por nações e grupos terroristas. A internação, no início de outubro, do editor de fotografia de um jornal da Flórida com infecção pelo anthrax marca­ria o começo de uma série de dez casos naquele mês. Todos os noticiários in­formaram o envio de cartas contaminadas pelo esporo do anthrax, bem como o pânico gerado na população. O futuro dirá quais países e grupos terroristas ain­da manipulam esse agente. Por enquanto, o que se vê são especulações e acu­sações políticas, mas nada comprovado.

Uma indesejável visita
Na década de 1960, ocorreu uma mobilização mundial para a vacinação contra a varíola, com o objetivo de erradicá-la do planeta. Como o vírus da doença acomete apenas o homem, não há reservatório em nenhum animal. Portanto, se não existisse nenhum doente para transmiti-lo, o vírus seria extin­to. A OMS atingiu seu objetivo em 1977, ano em que se notificou o último ca­so de varíola. A doença, que causava taxa de mortalidade de 30% em suas epi­demias, foi erradicada. Mas o mesmo não se deu com o vírus. Doentes de va­ríola não mais existiam; quanto ao vírus, usado em pesquisas, era mantido pre­sente em laboratórios sob baixas temperaturas.

Em 1980, a OMS estabeleceu duas orientações sobre a questão: a des­truição do vírus em todos os laboratórios mundiais ou o seu envio para dois la­boratórios de referência que centralizaram os únicos reservatórios desse agente — um em Atlanta, nos Estados Unidos, e o outro em Moscou. Assim, apenas es­ses dois locais armazenam o vírus da varíola desde aquele ano. A data para des­truí-lo é adiada de tempos em tempos.

Com a queda da União Soviética no início da década de 1990, um dos di­retores do programa soviético de guerra bacteriológica emigrou para os Esta­dos Unidos. Suas informações secretas trazidas para o Ocidente levantaram a suspeita americana de que a União Soviética desenvolvia atividades com esse ví­rus. Desconfia-se que tenha sido reproduzido em laboratório para ser estocado como arma biológica. Mísseis intercontinentais poderiam ser carregados com o vírus para causar epidemias no Ocidente. A emigração de cientistas da antiga União Soviética pode significar que vírus tenham sido levados para laboratórios de outros países e que a venda clandestina de armamentos militares a outras na­ções tenha incluído estoques virais. Hoje se especula sobre a possibilidade de o vírus da varíola estar sendo reproduzido como armamento biológico, e os Estados Unidos já reativaram a produção de vacinas contra a doença, tendo em vista possiveis ataques.

A ocorrência de uma nova epidemia de varíola teria conseqüências de­sastrosas por encontrar uma população não mais vacinada; a vacinação foi sus­pensa por se tratar de doença extinta. Diferentemente do anthrax, a varíola é contagiosa, com transmissão por contato próximo com o doente. Numa epide­mia, o número de casos novos surgiria em progressão geométrica, com milhões de ocorrências em poucas semanas. E mais: a produção de vacina não é simples, requer meses para que se dê em larga escala. Não haveria tempo para conter o avanço de uma nova epidemia.



O vírus da varíola é forte candidato à arma biológica, e suspeita-se de que esteja estocado com essa finalidade. A meu ver, todo avanço científico que tivemos resultou em benefícios enormes para o controle, prevenção e trata­mento de doenças infecciosas, apesar de aplicado em poucas populações; o que faz com que países pobres vivam epidemias e registrem taxas de mortalidade de séculos passados. Contudo, o desenvolvimento da ciência apresenta o outro lado da moeda. As mudanças sociais, políticas e econômicas que proporcionou alteraram o perfil de algumas doenças infecciosas, o que mostra que a convi­vência do homem com os micro-organismos é dinâmica e que as alterações em cada um interferem nas do outro. O conhecimento maior dos agentes infeccio­sos propiciou sua utilização como armamento biológico. Somente livros futu­ros poderão documentar o caminho das epidemias, dizendo se os médicos têm, infelizmente, que aprender a tratar uma doença não mais ensinada nas faculdades, a varíola.
Glossário
Agente — Nome genérico que designa qualquer espécie de micro-organismo responsá­vel por algum tipo de infecção. Por exemplo: o agente da tuberculose é o Mycobacterium tuberculosis, o agente da febre tifóide é a Salmonella typhi. Pode ser um agente infeccio­so bacteriano ou viral, dependendo do microorganismo causador.

Água fenicada — Água que contém o ácido fênico, derivado do benzeno, de colora­ção avermelhada quando exposto à luz. Tem a propriedade de destruir bactérias.

Amostra — Porção de material biológico — como, por exemplo, sangue, urina ou qual­quer tecido do corpo — para ser submetido à análise química, física e/ou microbiológica.

Anticorpo — Um tipo de proteína (gamaglobulina) formada como resposta a um es­tímulo de defesa contra micro-organismos estranhos. Atua por meio de sua capacidade de ligar-se ao antígeno que levou à sua produção.

Antígeno — Qualquer substância que faz parte de um micro-organismo e que, ao pe­netrar no organismo, provoca a formação dos anticorpos.

Anti-sepsia — Conjunto de medidas destinadas a eliminar microorganismos da pele ou mucosas através do emprego de produtos químicos (soluções anti-sépticas). O uso do termo anti-sepsia restringe-se ao tecido vivo, enquanto o termo "desinfecção" apli­ca-se a matérias inanimadas.

Assepsia — Conjunto de práticas e técnicas por meio das quais se evita a penetração de germes em locais ou objetos que não os contenham.

Bacilo — Bactéria em forma de bastonete reto.

BactériaMicro-organismo que, de modo geral, apresenta reprodução fora das célu­las, em nossos tecidos. É diferente do vírus, que precisa adentrar nossas células para usar as estruturas celulares e assim se replicar.

Caldo de cultura — Ver "meio de cultura".

Caso — Nome empregado pelo meio médico ao estudar determinada ocorrência de doença. Pode estar relacionado a manifestações individuais ou coletivas.

Caso esporádico — Quando a ocorrência de determinada doença é rara na re­gião estudada.

Cefaléia — Dor de cabeça.

Cepa — Um tipo específico e peculiar de uma espécie de microorganismo (bactéria ou vírus). Geralmente é identificado com o auxílio da biologia molecular.

Ciclo de transmissão — Série de fenômenos responsáveis pela transmissão de deter­minada doença infecciosa. Por exemplo: o ciclo de transmissão da malária envolve o amadurecimento do agente Plasmodium no mosquito até sua localização na glândula sa­livar, segue-se com a picada do mosquito e sua transferência ao homem, no qual pas­sa por uma nova transformação (amadurecimento), até retornar ao mosquito por uma nova picada.

Colonização — Ato de os germes atingirem um ser vivo, por exemplo, o homem, re­produzirem-se e começarem a conviver em seu organismo sem provocar doenças.

Contágio — Transmissão de doença infecciosa de um indivíduo a outro.

Contato — Uma das formas de contágio de doenças infecciosas. Ocorre através da proximidade com a pessoa infectada, que transmite um micro-organismo para outra. Pode se dar por meio da tosse, contato com a pele, espirros, etc.

Cultura — Criação de germes conseguida pela inoculação destes em um caldo espe­cialmente preparado que contenha os nutrientes necessários à sua reprodução.

Deambular — Caminhar.

Desinfecção — A destruição de todos os micro-organismos (exceto os esporos) atra­vés de processos físicos ou químicos em matéria inanimada.

Deterioração clínica — Nome que a classe médica emprega para aquele pacien­te que está evoluindo de maneira deletéria, sem resposta às medidas terapêuti­cas, piorando.

DNA — Ácido desoxirribonucléico, presente no núcleo das células e responsável por todas as informações necessárias para a manutenção da vida dos seres vivos, incluindo sua reprodução.

Doenças febris explosivas — Infecções com manifestação súbita e violenta em de­terminada população.

Efeito estufa — Efeito proveniente da absorção, pela atmosfera, da radiação solar que, aquecendo a superfície do planeta produz irradiação que permanece nas camadas at­mosféricas interiores, elevando, em conseqüência, o seu nível térmico.

Emético — Que provoca vômito.

Encefalopatia — Doença infecciosa ou não que agride o sistema nervoso central.

Encefalopatia espongiforme (doença da "vaca louca") — Doença infecciosa que acomete o sistema nervoso central. O termo espongiforme é empregado em ra­zão do aspecto que assume o cérebro doente, com áreas amolecidas que lembram uma esponja.

Endemia — Doença que existe constantemente em determinado lugar e ataca um nú­mero maior ou menor de indivíduos. Por exemplo, a Amazônia é uma região endêmi­ca para a malária.

Enema — Lavagem intestinal.

Epidemia — Doença que surge rapidamente num lugar e acomete simultaneamente um grande número de pessoas.

Epidemiologia — Estudo das relações dos diversos fatores que determinam a freqüên­cia e distribuição de um processo infeccioso ou doença infecciosa numa comunidade.

Erradicar — Extirpar ou extinguir de todo; destruir. Por exemplo, a varíola foi erra­dicada do planeta na década de 1970; não há mais a doença.

Esporo — Forma na qual o germe é mais resistente, podendo permanecer vivo por muito tempo.

Estafilococo — Bactéria que se apresenta em aglomerados semelhantes a um cacho de uva.

Evolução (de uma doença) — Nome empregado pelo meio médico para descrever como está caminhando uma doença em determinado paciente. Por exemplo: este doente está evoluindo bem, provavelmente estará curado em breve.

Filariose — Infecção devida à presença de filárias (um tipo de parasita) no organismo.

Forma ativa (de um medicamento) — Substância química na qual a droga (medi­camento) torna-se eficiente como medida terapêutica para determinada função.

Formaldeído — Solução química com poder de inativar todos os tipos de microor­ganismos, incluindo esporos bacterianos. Pode ser encontrado nos estados gasoso, lí­quido e sólido.

Fungo — Organismo vegetal sem clorofila capaz, em alguns casos, de causar doenças ao homem e aos vegetais. Pode contaminar objetos e o ambiente.

Gânglios linfáticos — Aglomerados de tecido linfóide (que se assemelha ou perten­ce à linfa) que adquirem formas nodulares, como grãos de ervilhas, e funcionam co­mo um órgão de defesa contra agentes infecciosos.

Germe — Micróbio, micro-organismo unicelular como a bactéria.

Hospedeiro — É o organismo que hospeda o germe/parasita. O hospedeiro propor­ciona condições de vida a outro organismo.

Imunidade — Resistência natural ou adquirida de um organismo vivo a um agen­te infeccioso.

Imunodeficiência — Condição patológica temporária ou permanente que causa deficiência do sistema imunológico, predispondo a pessoa a adquirir doenças infecciosas.

Infecção — Invasão, desenvolvimento e multiplicação de um agente infeccioso no or­ganismo de um indivíduo, com reação de tecidos e órgãos.

Infecção secundária — Infecção que surge pelo fato de o organismo já estar debili­tado por outra doença que comprometeu suas defesas.

Inocular — Introduzir um germe em qualquer tipo de tecido com a finalidade de cau­sar infecção, reação de defesa, como a vacina.

Inquérito epidemiológico — Conjunto de dados obtidos sobre determinada infec­ção com o propósito de elucidar sua causa, origem, etc.

Insalubre — Não salubre, que origina doenças, doentio.

Isolar (substância e vírus) — Ato de conseguir separar o agente infeccioso dos ou­tros tecidos, mantendo-se apenas o germe.

Lancetar — Cortar ou abrir com uma lanceta, instrumento cirúrgico de dois gumes.

Latente — Que permanece num organismo sem se manifestar.

Lente de imersão —Tipo de lente de microscópio.

Letargia — Estado patológico caracterizado por sonolência, e até mesmo sono pro­fundo e duradouro, do qual só com dificuldade e, temporariamente, pode o pacien­te despertar.

Lêvedo/levedura — Certos fungos unicelulares empregados na preparação de bebi­das alcoólicas para o homem, por apresentarem propriedade de fermentação.

Meio de cultura — Conjunto de nutrientes preparados em condições químicas e fí­sicas propícias à reprodução de germes.

Mortalidade (taxa de) — Percentagem de mortes em uma comunidade em deter­minado período.

Mucosa — Membrana fina com muco que reveste nosso sistema digestivo, respirató­rio, urinário e sexual.

Mutação — Mudança, alteração, modificação, transformação. No ser humano, pode ser designada para destacar as alterações no fenótipo (manifestação aparente do genótipo, ou conjunto de genes) dos diferentes povos. Nos germes, é empregada em referência às mudanças genéticas que os tornam mais agressivos, com maior capacida­de de causar infecção e morte ao indivíduo infectado.

Necropsia — Exame médico das diferentes partes e tecidos de um cadáver.

Necrose Morte que ocorre em um tecido ou órgão. Por exemplo, necrose do pé é o mesmo que gangrena desse membro.

Nicho ecológico — Porção restrita de um hábitat onde vivem de maneira harmôni­ca diferentes tipos e espécies de animais e vegetais.

Ozônio — Gás azul e pálido, oxidante e reativo, que é uma variedade do oxigênio. Na atmosfera, tem por função bloquear a entrada das radiações solares deletérias às for­mas vivas.

Pandemia — Epidemia que se dissemina a partir de uma área restrita e atinge outros territórios, nações e continentes.

Parasita — Animal ou vegetal que se nutre de outro ser vivo.

Parede celular — Estrutura química que reveste as células, protegendo-as das altera­ções químicas e físicas deletérias do meio.

Patogênico — Capaz de produzir doença.

Período de incubação — Período de tempo que vai desde a entrada de um germe no organismo até o início dos primeiros sintomas da doença que causa.

Período puerperal — Período pós-parto — compreendido entre o parto e a comple­ta reversão das alterações provocadas pela gravidez no organismo da mulher (aproxi­madamente seis semanas).

Peste septicêmica — Forma de infecção pela bactéria Yersinia pestis, que se caracte­riza por sua disseminação e reprodução na corrente sangüínea.

Poder de invasão — Capacidade do germe de invadir o organismo, causando doença.

Profilaxia — Conjunto de medidas empregadas para evitar determinada doença infecciosa.

Puérpera — Mulher que pariu recentemente.

Purgativo — Substância com capacidade de provocar diarréia.

Purulento — Que contém pus, que segrega pus.

Pústula — Vesícula cutânea que contém pus.

Quarentena — Isolamento imposto a portadores ou supostos portadores de doenças contagiosas. Durante a peste de 1347, instituiu-se um período de quarenta dias. Como isso prejudicava as relações comerciais, o tempo de isolamento foi sendo reduzido. Hoje em dia, esse tipo de isolamento engloba uma série de medidas que visam preve­nir a disseminação da doença em questão. Em alguns casos, ainda se recomenda o afas­tamento da pessoa enferma por um certo tempo.

Radioterapia — Forma de tratamento empregada em doenças tumorais, que faz uso dos raios X ou de outra forma de energia radiante.

Receptores — Substâncias químicas celulares que os germes reconhecem e utilizam para atacar e invadir uma célula.

Replicação — Processo de duplicação de molécula ou germe.

Reservatório — Nome genérico atribuído a qualquer forma viva que alberga um mi­croorganismo, de onde este parte para infectar outros seres.

RNA — Ácido ribonucléico, constituinte do núcleo de determinados microorganis­mos, responsável por todas as informações para sua sobrevivência.

Sangria — Perda de sangue de forma natural ou proposital; neste caso, ocasionada pe­los médicos ao lancetar as veias superficiais dos braços.

Semear (gota de líquido) — Espalhar substância contendo bactérias para que se reproduzam.

Sílica — Dióxido de silício.

Sinal — Alterações clínicas evidenciadas pelo exame médico que indicam uma doença. Por exemplo, os sinais clínicos importantes da malária são o aumento do fígado e baço.

Sintoma — Conjunto de sensações a que a pessoa se refere quando se considera en­ferma. Por exemplo, os sintomas da malária são dores pelo corpo, febre, mal-estar, ca­lafrios e dores de cabeça.

Sorologia — Estudo dos soros do sangue de pacientes. Por reações químicas, obtém- se o diagnóstico de infecções, como a Aids.

Supuração — Ato de supurar, de produzir pus.

Surto — Aparecimento repentino de determinada doença. Semelhante à epidemia.

Taxa de mutação — Freqüência com que determinados germes sofrem suas mutações.

Tratamento de suporte — Tratamento empregado não diretamente contra o agen­te infeccioso, mas sim para melhoria das condições básicas à vida do paciente. Por exemplo, no tratamento da febre amarela não se dispõe de uma droga que mate o ví­rus; portanto, adota-se um tratamento de suporte administrando-se soro para hidratação, oxigênio, drogas para manter a pressão arterial, etc.

Trauma —Traumatismo, lesão acidental, que pode variar em extensão, intensidade e gravidade.

Ulcerar — Causar necrose em pele ou mucosa, acompanhada de inflamação, com for­mação de ferida que expõe os tecidos abaixo da pele ou mucosa.

Vetor — Qualquer forma de vida que transfira um agente infeccioso ao homem. Por exemplo, o vetor que transmite a dengue é o mosquito Aedes aegjpti.

Vigilância sanitária — Precauções, cuidados e prevenções adotados para a melhoria das condições básicas de higiene que evitem doenças.

Virose — Qualquer infecção causada por vírus.

Virulento — Termo genérico empregado para designar o poder que certos germes apresentam de causar doenças.

Vírus — Agente infeccioso que contém apenas seu material genético, DNA ou RNA, envolto numa estrutura química. Portanto, não apresenta estruturas para se reprodu­zir, sendo-lhe necessário entrar em um ser vivo para replicar-se.


1 Essas bactérias são descritas em O Quinto Milagre — Em busca da origem da vida, de Paul Davies (São Paulo: Cia. das Letras, 2000, cap. 7) e O futuro da vida, de Edward Wilson (Rio de Janeiro: Campus, 2002, cap. 1).

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