Tempos modernos tempos de sociologia helena bomeny


(A) codificam informações transmitidas nos programas infantis por meio da observação. (B)



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(A) codificam informações transmitidas nos programas infantis por meio da observação.
(B) adquirem conhecimentos variados que incentivam o processo de interação social.
(C) interiorizam padrões de comportamento e papéis sociais com menor visão crítica.
(D) observam formas de convivência social baseadas na tolerância e no respeito.
(E) apreendem modelos de sociedade pautados na observância das leis.
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ASSIMILANDO CONCEITOS

1. Observe a charge a seguir.

Amarildo


Charge do Amarildo, publicada no jornal A Gazeta, em Vitória (ES), 2005.

a) Qual é o título-tema?

b) A quem cabe “resolver” a questão social abordada?

c) Segundo a charge, é possível atribuir uma única causa ao problema da violência?

d) Com base no que você aprendeu neste capítulo, explique como o Estado e as instâncias socializadoras se relacionam com a questão da violência.

[ícone] ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR

OLHARES SOBRE A SOCIEDADE

1. Leia o manifesto a seguir.

BASTA À VIOLÊNCIA

Nos últimos tempos o povo brasileiro assiste a uma escalada da violência contra a vida, contra o patrimônio e, nas últimas semanas, contra as instituições democráticas. Vandalismo generalizado contra o patrimônio público e privado, sequestros e assassinatos vêm colocando a população brasileira na condição de refém das organizações criminosas.

Sensíveis a este drama vivido pela população, os veículos de comunicação, unidos em suas entidades representativas, deliberaram tomar uma enfática posição comum. Isso porque o Brasil está pagando caro demais pela descoordenação das autoridades federais e estaduais na questão da segurança pública.

O que está ameaçado neste momento, com a escalada da violência e da desordem, não é apenas o cotidiano civilizado a que todos os cidadãos têm direito. É a própria sobrevivência da sociedade democrática, porque sua manutenção depende da autoridade, credibilidade e prestígio das suas instituições. Infelizmente, esses problemas estão colocando em xeque o estado democrático de direito porque a criminalidade está corroendo a certeza da aplicação da lei em função da impunidade. É urgente e fundamental que aqueles que dirigem o governo e o Estado brasileiro em seus diferentes níveis tomem medidas responsáveis e eficazes contra o crime. Assim como os que pretendem dirigir expressem com clareza suas propostas.


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E que todos demonstrem inequivocamente o compromisso com o resgate da ordem pública e com a harmonização dos esforços dos estados e União. [...]

A imprensa, que sempre esteve alinhada às grandes causas da cidadania, está convicta de que o próximo passo para a consolidação da democracia em nosso país passa pelo restabelecimento imediato da ordem pública.

Os meios de comunicação, unidos, na sua sagrada missão de informar e garantir a liberdade de expressão, cobrarão veementemente, dos atuais e futuros governantes, soluções eficazes na defesa da sociedade brasileira.

ANJ – Associação Nacional dos Jornais
Aner – Associação Nacional dos Editores de Revistas
Abert – Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão
Abratel – Associação Brasileira de Radiodifusão, Tecnologia e Telecomunicações

O Estado de S. Paulo. São Paulo, 16 ago. 2006. Caderno 1. p. 1.

a) O manifesto traduz as impressões que vários segmentos da mídia têm sobre a questão da violência no Brasil. Identifique-os.

b) Que tipos de violência são abordados no manifesto?

c) Como o documento relaciona democracia e violência?

d) A explicação para a violência expressa no manifesto está afinada com as análises atuais feitas por cientistas sociais?

e) Em sua opinião, qual é o papel dos meios de comunicação em uma sociedade democrática?

[ícone] ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR

EXERCITANDO A IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA
TEMA DE REDAÇÃO DO ENEM (2015)

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.



TEXTO I

Nos 30 anos decorridos entre 1980 e 2010 foram assassinadas no país acima de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na última década. O número de mortes nesse período passou de 1 353 para 4 465, que representa um aumento de 230%, mais que triplicando o quantitativo de mulheres vítimas de assassinato no país.

WALSELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2012. Atualização: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em: www.mapadaviolencia.org.br. Acesso em: 8 jun. 2015.
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TEXTO II

Paula Radi

BRASIL. Secretaria de Políticas para as Mulheres. Balanço 2014. Central de Atendimento à Mulher: Disque 180. Brasília, 2015. Disponível em: www.spm.gov.br. Acesso em: 24 jun. 2015 (adaptado).

TEXTO III

ENEM, 2015

Disponível em: www.compromissoeatitude.org.br. Acesso em: 24 jun. 2015 (adaptado).

TEXTO IV

O IMPACTO EM NÚMEROS

Com base na Lei Maria da Penha, mais de 330 mil processos foram instaurados apenas nos juizados e varas especializados



Alex Argozino

Fontes: Conselho Nacional de Justiça, Departamento Penitenciário Nacional e Secretaria de Políticas para as Mulheres. Disponível em: www.istoe.com.br. Acesso em: 24 jun. 2015 (adaptado).
Página 336

21 O que os brasileiros consomem?



MUNIZ, Vik/ Licenciado por AUTVIS, Brasil, 2015

Vik Muniz. WWW (MAPA-MÚNDI) (TRÍPTICO), 2008. Planisfério com sucata de computadores em três cópias cromogênicas digitais. 2,64 m × 1,8 m. O planisfério acima foi criado pelo artista com sucata de aparelhos tecnológicos, representando o consumo que se desenvolve globalmente e de diferentes formas.

Padrões de consumo

Com Walter Benjamin, passeamos pelas passagens de Paris, espaços de consumo e socialização que de certa forma antecederam as lojas de departamento e os shopping centers de hoje. Benjamin nos fez prestar atenção aos detalhes da cidade, aos cartazes e propagandas que decoravam a capital francesa no início do século XX. Ele nos levou a conhecer ainda as formas de arte e entretenimento – a fotografia, o cinema, os panoramas – que surgiam na virada do século XIX para encanto dos homens e mulheres europeus. E o que Walter Benjamin teria a dizer sobre nossos padrões de consumo se aportasse no Brasil do século XXI? Quem consome o quê, em que momentos? O que diria o pensador alemão sobre nossas formas de entretenimento? De que maneira se realiza entre nós a associação por ele apontada entre consumo e lazer? Como os brasileiros preenchem o tempo do não trabalho, ou seja, o tempo livre?

De início, talvez Walter Benjamin ficasse tonto – afinal, em um país grande e diverso, não é tarefa simples identificar os padrões de consumo da população. No Brasil, como na maioria das nações regidas por uma economia de mercado, o consumo relaciona-se diretamente à estratificação social: consumir certos produtos revela algo importante sobre o status de quem consome, sobre o lugar que ocupa ou gostaria de ocupar na hierarquia social. Ao associarmos certas marcas e produtos a determinados grupos sociais, fazemos aquilo que o so ciólogo francês Pierre Bourdieu (1930-2002) chama de “distinção pelo consumo”: classificamos as pessoas pelos bens que elas portam. “Cada um é o carro que dirige”, “O mundo trata melhor quem se veste bem”, “Deixe-se levar pelas boas aparências” – são slogans publicitários que reforçam diariamente essa lógica entre nós.


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Não por acaso, os que se veem excluídos da possibilidade de consumir bens associados ao prestígio e ao status muitas vezes acionam estratégias violentas para sua obtenção.

Para dar conta de questões tão complicadas, os cientistas sociais empregam diferentes metodologias de pesquisa. Em geral, quando queremos responder a perguntas que envolvem a opinião de um grande número de pessoas, recorremos a dados estatísticos. Mas existem diferentes maneiras de produzir os dados e as fontes que queremos utilizar. Podemos, por exemplo, fazer entrevistas face a face, por telefone, pela internet, com questionário, sem questionário etc. Quanto às fontes, há instituições especializadas na produção de dados, e estas, por sua vez, podem ser públicas, como o IBGE, ou privadas, como Vox Populi, FGV Opinião, Ibope, entre outras.

Economia de mercado

Economia de mercado é o nome dado a um sistema econômico baseado na divisão de trabalho em que os preços de bens e serviços são livremente determinados de acordo com a oferta e a demanda. Por oposição, em uma economia planejada, esses preços são definidos por um governo central. Os padrões de consumo têm, ainda, relações diretas com a cidadania, com o direito ao acesso a certos bens e serviços. Um exemplo bem simples e cotidiano: alguém que não foi devidamente alfabetizado, mesmo que tenha dinheiro para ir ao cinema, não conseguirá ler as legendas de um filme estrangeiro e provavelmente não compreenderá o enredo. O acesso a determinados bens implica, portanto, muito mais do que simplesmente ter ou não ter dinheiro. Apesar de teoricamente o mercado estar aberto a todos, alguns podem consumir o que é oferecido e outros, não.

Quando falamos em padrões de consumo nos referimos, portanto, a uma porção de coisas muito diferentes, que implicam variados tipos de gasto. Há, por exemplo, o que os economistas chamam de bens duráveis e bens não duráveis, bens essenciais e bens supérfluos, bens tangíveis e bens não tangíveis, recursos renováveis e recursos não renováveis, entre muitas outras especificações. Veja a tabela a seguir.



Bens duráveis

São bens que podem ser usados durante um grande período de tempo, ou seja, aqueles que não se esgotam no ato de sua utilização.

Ex.: eletrodomésticos, automóveis, imóveis etc.



Bens não duráveis

São bens de curta duração, que se esgotam no ato de sua utilização.

Ex.: alimentos, bebidas.



Bens essenciais

São aqueles necessários à sobrevivência e à garantia da dignidade humana. Podem ser duráveis ou não duráveis.

Ex.: alimentos, remédios, vestimentas, energia elétrica, bens que se destinam à habitação, ao lazer, à aprendizagem etc.



Bens supérfluos

São os bens que, ao contrário daqueles considerados essenciais, não são imprescindíveis à sobrevivência ou à garantia da dignidade. Eles se prestam ao aumento do conforto e do bem-estar de quem os consome. Podem ser duráveis ou não duráveis.

Ex.: video game, automóvel, refrigerante etc.



Bens tangíveis

São os bens concretos, que têm existência física (podem ser tocados).

Ex.: terrenos, casas, máquinas, lata de refrigerante etc.



Bens intangíveis

São aqueles que não têm existência física e, portanto, representam alguma coisa, mas não podem ser tocados.

Ex.: os direitos de cópia de um software, o valor de uma marca, uma viagem etc.



Recursos renováveis

São recursos naturais que podem ser usados sem o risco de esgotamento. Sua reposição ou regeneração é feita pela natureza continuamente ou auxiliada pela ação humana. Ex.: energia solar, água do mar, vento, etanol (resultante do processamento da cana-de-açúcar) etc.

Recursos não renováveis

São recursos naturais que não podem ser recuperados pela natureza ou mesmo pela ação humana numa escala de tempo viável.

Ex.: combustíveis fósseis (como petróleo e gás natural) e nucleares.



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