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Geografia - Território e Sociedade No Mundo Globalizado Volume 2 - 2016-páginas-56-63

EUROPA
OCEANIA
ÁFRICA
ÁSIA
AMÉRICA
DO NORTE
AMÉRICA
DO SUL
AMÉRICA
CENTRAL
Iraque
1990-91-93
a partir de 2003
Líbia
1986 e 2011
Haiti
1915 e 1994
Cuba
1961
Rep. Dominicana
1916
Panamá
1986
Granada
1983
Vietnã
1955-1975
China
1927
Filipinas
1899-1902
Kuwait
1990-91
Afeganistão
a partir de 2001
Irã
1980
Bósnia-
-Herzegovina
1995
Síria
2014
México
1913
Somália
1992
Coreia
do Sul
1950
1ª- Guerra Mundial
1914-1918
2ª- Guerra Mundial
1939-1945
N
0
2.690 km
Figura 17. Mundo: principais intervenções militares dos Estados Unidos do século XX à atualidade
20 Com a incorporação do Oregon (atuais Oregon, Washington e Idaho), cedido em 1846 pela Inglaterra, a compra 
do Alasca da Rússia em 1867 e a anexação do Havaí em 1898, o território dos Estados Unidos ganhou a forma e 
a extensão que mantém até os dias atuais.
O Destino Manifesto
O termo “Destino Manifesto” foi empregado pela primeira vez por 
John L. O’Sullivan (1813-1895) para justificar a conquista do Oeste na 
segunda metade do século XIX. Em um artigo sobre a anexação do Texas, 
publicado em 1845, apoiou a anexação do território mexicano e, em 1848, 
sugeriu que Cuba e a Península do Yucatán (México) fossem incorporadas 
às terras estadunidenses, por meio da compra ou pelo uso da força. 
O Destino Manifesto foi uma construção ideológica, baseada num 
princípio transcendental que atribuía aos Estados Unidos a missão divina 
de ocupar o território não explorado, ou habitado por povos selvagens, situado 
entre os oceanos Atlântico e Pacífico, e torná-los civilizados.
O expansionismo era assim visto como uma missão civilizatória.
Fonte: Folha de S.Paulo, 16 set. 
2001. p. A-6 e A-7. Caderno Especial 
(atualizado em out. de 2015).
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Capítulo 2 – Grandes atores da geopolítica no mundo atual 
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POLÍTICA EXTERNA: DO FIM DA GUERRA FRIA AOS DIAS ATUAIS
Do ponto de vista geopolítico, a ordem mundial inaugurada após a Guerra Fria 
apontava para uma possível unilateralidade das ações dos Estados Unidos, respal-
dados por sua incontestável supremacia militar. O país iniciou o século XXI como 
superpotência absoluta cuja hegemonia indicava a construção de uma ordem mundial 
unipolar. Um mundo dominado pela 
pax americana, estruturada em um poder unila-
teral que permitiria liberdade de ações, sem a construção de posições consensuais. 
Pax americana
Os Estados Unidos iniciaram o século XXI como superpotência absoluta e a sua hegemonia chegou 
a ser denominada pax americana. Era uma comparação com a “pax romana”, adotada pelo imperador 
de Roma, Otávio Augusto (63 a.C.-14 d.C.). Roma estabeleceu a paz e a ordem em todas as fronteiras do 
império pela violência e pela forte repressão a qualquer tentativa de sublevação, impondo as leis romanas 
a todos os territórios controlados pelo Império.
As intervenções militares dos Estados Unidos na primeira década deste século, o poder de decisão sobre 
questões internacionais, inclusive aquelas que afetam diretamente a soberania dos Estados, as frequentes 
ameaças de ocupação, a política de guerra preventiva, a imposição de seus valores e a interferência no 
governo de outros países – culturalmente diferentes, como é o caso do Afeganistão e do Iraque – justificaram 
o uso do conceito de pax americana no contexto geopolítico. A justificativa dada pelos Estados Unidos, na 
maioria das vezes, foi apoiada na necessidade de intervir por questões humanitárias e, portanto, 
buscar a paz, como no Império Romano.
A política externa estadunidense foi marcada pelo unilateralismo. Os Estados 
Unidos tomaram medidas que, independentemente das posições e das necessida-
des de outros países, visavam atender a seus interesses e manter sua supremacia.
Os Estados Unidos reagiram ao atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 
invadindo o Afeganistão com o pretexto de eliminar terroristas lá instalados, princi-
palmente Osama Bin Laden (1957-2011), líder do grupo islâmico Al Qaeda, acusado 
de ter planejado o ataque. Depois de derrubar o governo afegão, liderado por religio-
sos islâmicos radicais ligados ao Talibã, ocuparam o país. Leia o Entre aspas ao lado. 
No entanto, no caso da guerra contra o Iraque, em 2003, não havia nenhuma 
evidência de que o país constituísse uma ameaça aos Estados Unidos ou a qualquer 
outro país do Oriente Médio. As alegações de que o governo iraquiano estava ligado 
à Al Qaeda, financiava grupos terroristas e tinha em seu arsenal militar armas de 
destruição em massa foram reconhecidas, posteriormente, como falsas pelo próprio 
governo estadunidense (figura 18).
Talib‹
É um grupo islâmico radi-
cal cuja origem está no contexto 
da invasão soviética, em 1979, 
ao Afeganistão, contra a qual 
lutavam guerrilheiros patroci-
nados pelos Estados Unidos. 
Com a retirada soviética, gru-
pos rivais disputaram a hege-
monia, conquistada pelo Talibã 
em 1998. Antes da invasão 
estadunidense, em 2001, esse 
grupo chegou a controlar a maior 
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