Unidades de Saúde Familiar Impacto Sócio Económico Luís Miguel Massa



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Quadro 1 - Exerce medicina há quantos anos?




Statistic

Std. Error

Questão_1

Mean

27,00

3,015

95% Confidence Interval for Mean

Lower Bound

20,28




Upper Bound

33,72




5% Trimmed Mean

27,94




Median

30,00




Variance

100,000




Std. Deviation

10,000




Minimum

0




Maximum

37




Range

37




Interquartile Range

7




Skewness

-2,251

,661










Kurtosis

5,869

1,279




Quadro 2 - Há quantos anos existe esta Unidade de Saúde Familiar?





Statistic

Std. Error

Questão 2

Mean

4,73

,273

95% Confidence Interval for Mean

Lower Bound

4,12




Upper Bound

5,33




5% Trimmed Mean

4,70




Median

4,00




Variance

,818




Std. Deviation

,905




Minimum

4




Maximum

6




Range

2




Interquartile Range

2




Skewness

,647

,661

Kurtosis

-1,548

1,279




Quadro 3 - A seu ver, traduziu-se numa melhoria?






Frequency

Percent

Valid Percent

Cumulative Percent

Válido

Sim


11

100,0

100,0

100,0




Quadro 4 - Em relação à experiência do trabalho em USF, existem contactos e partilha de informações entre as unidades?





Frequency

Percent

Valid Percent

Cumulative Percent

Válido

Não

6

54,5

54,5

54,5

Pontualmente

1

9,1

9,1

63,6

Sim

4

36,4

36,4

100,0

Total

11

100,0

100,0







Quadro 5 - No futuro, pensa que o Sistema Nacional de Saúde irá manter este tipo de reforma?





Frequency

Percent

Valid Percent

Cumulative Percent

Válido

Sim

9

81,8

81,8

81,8

Talvez

2

18,2

18,2

100,0

Total

11

100,0

100,0





Quadro 6 – Que nota atribuiria a este modelo/ reforma de saúde (entre 1 e 20)?










Statistic

Std. Error

Questão 12

Mean

17,00

,330

95% Confidence Interval for Mean

Lower Bound

16,26




Upper Bound

17,74




5% Trimmed Mean

17,06




Median

17,00




Variance

1,200




Std. Deviation

1,095




Minimum

15




Maximum

18




Range

3




Interquartile Range

2




Skewness

-,558

,661

Kurtosis

-1,111

1,279



VII - Conclusões

Tem sido realizada uma reforma consistente por forma a aumentar a eficiência e sustentabilidade a médio e longo prazo do Sistema Nacional de Saúde, esta última reforma iniciou-se em 2002, e contrasta com as antigas reformas desadequadas e inapropriadas, o objectivo passa por fazer transformações profundas no sector da saúde com sentido irreversível.



VII.I – Conclusão Relativa à Questão Principal

O principal objetivo do nosso trabalho incidia acerca das Unidades de Saúde Familiar e qual o seu impacto Sócio- Económico?, poder-se-à dizer que as Unidades de Saúde Familiar consistem em unidades operativas dos Cuidados de Saúde que possuem autonomia funcional e técnica, que pretendem dar resposta a objectivos de acessibilidade, adequação, efectividade, eficiência e qualidade anteriormente contratualizados de forma a garantir aos cidadãos inscritos na respectiva Unidade de Saúde Familiar. Quanto ao seu impacto social os utentes têm-se sentido beneficiados por este modelo de gestão conforme a questão número oito colocada aos médicos refere; o aspecto económico é salientado por uma poupança superior a 120 milhões de euros, desde a introdução das USF, valor muito acima do valor pago a todas as USF com respeito aos incentivos aos profissionais das USF, já que foram ganhos aspectos em termos de acessibilidade, qualidade, outputs, satisfação dos utentes e dos profissionais.



VII.II – Conclusão Relativa às Questão Complementares

1 - As obrigações por parte dos profissionais que compõem as Unidades de Saúde Familiar passam pelo cumprimento de metas a que se propõem, sendo crucial que exista o apoio e o compromisso de todos os envolvidos da USF pois são avaliadas de acordo com sete Indicadores de Desempenho, a Informação Geográfica; Disponibilidade; Acessibilidade; Produtividade; Qualidade técnico-científico; Efectividade e a Eficiência.


2 - Em termos de controlo/ responsabilidade cabe ao médico coordenador da Unidade de Saúde Familiar executar a gestão e controlo da USF que por sua vez reporta ao Director Executivo do ACE (Agrupamento de Centros de Saúde) e este último reporta à Administração Regional de Saúde (ARS).
3 - Os doentes encaram as USF como uma vantagem,outro dos pontos positivos das Unidades de Saúde Familiar são o facto de os utentes pertencentes a determinada USF terem hora marcada para as suas consultas excepto com carácter de urgência.

4 - A actual Reforma tem dois grandes focos, o 1º para garantir melhor prestação de cuidados de saúde, o 2º melhorar a prestação sem comprometer os custos, nova legislação com menor burocracia, com a separação das funções da regulação, do financiamento e da aplicação dos serviços de saúde, passa por introduzir metas/ custos menos flexíveis, cumprimento de objectivos e a devida recompensa, reforço e aumento da qualidade e permitir ao serviço privado ter um maior papel na prestação de cuidados de saúde e por uma maior promoção dos medicamentos genéricos através da DCI (Denominação Comum Internacional).

5 - Outro dos problemas com que o Sistema Nacional de Saúde Português se debate é com a disparidade geográfica de serviços que tem para oferecer, Hospitais, equipamento de última geração, estão concentrados fundamentalmente em Lisboa, Porto e Coimbra deixando uma grande área por cobrir, além disso constatamos que as USF estão mais localizadas junto ao litoral do que ao interior.

6 - Observa-se que as USF revelam um novo modo de fazer chegar a saúde aos cidadãos, por sua vez, este novo modelo organizacional vai de encontro aquilo que é a doutrina do New Public Managment (gestão por objectivos, redução de custos, mais eficiência) onde se premeia o trabalho em equipa e o profissionalismo, contudo um factor negativo prende-se com o fato de não estar disponível a toda a população, a utentes não pertencentes às Unidades de Saúde Familiar.

Ao longo deste trabalho, constatou-se que a criação das USF foram criadas com vista à redução da despesa no sector da saúde, em que existe um contrato programa que tem de ser respeito e cumprido por toda a equipa multidisciplinar; outro fator que se observa é que este modelo de gestão se coaduna com a actualidade em matéria de saúde e de remuneração (gestão por objectivos); as Unidades de Saúde Familiar prestam contas ao Agrupamento de Centro de Saúde (ACE) do qual fazem parte, são da responsabilidade do próprio país, neste caso, estão debaixo da tutela do Ministério da Saúde, conforme se pode perceber pelas entrevistas aos coordenadores das Unidades de Saúde Familiar, os utentes estão mais satisfeitos e encaram este modelo com mais agrado, não esperam tanto pelas suas consultas, as Unidades estão totalmente informatizados (desde que retiram a senha ao chegarem até serem atendidos, a mesma senha permite acesso a vários serviços), com a criação das Unidades de Saúde Familiar existiu uma melhoria muito significativa em termos da prestação de cuidados nomeadamente, na falta do próprio médico de família, o utente é sempre consultado por outro médico da mesma Unidade de Saúde Familiar.

Por fim, conclui-se que a reforma dos Cuidados de Saúde Primários passa por uma cobertura integral do País, a um maior desenvolvimento organizacional e a um melhor controlo de gestão de modo a atingir a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e onde cidadãos com mais

e menos recursos possam ter acesso aos mesmos serviços sem restrições e da próxima vez que for ao seu médico de família, terá uma ideia de toda a logística que tem sido criada para o servir melhor.

Nas entrevistas realizadas existiram alguns constragimentos na realização das mesmas e mesmo na análise de dados, as entrevistas poderiam ter sido realizadas por forma a que os dados obtidos não permitissem divagar e serem mais concisos/ objectivos.

Pelo que a matéria aqui apresentada poderá ser mais aprofundada, levando a conclusões mais concretas.
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