Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
H0614
Renato César Ferreira Fernandes (Bolsista SAE/UNICAMP) e Prof. Dr. Álvaro Bianchi (Orientador), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH, UNICAMP
A partir da análise das obras de Rosa Luxemburg, de seus comentadores e dos autores que polemizaram com a autora, a pesquisa procurou desenvolver a concepção de partido de Rosa Luxemburg, discutindo seu caráter e a relação entre partido e massas. Um dos fundamentos da discussão pôde ser encontrado na questão da consciência de classe e no estabelecimento, pela autora, de dois momentos importantes da mesma: a consciência latente, produzida pelo partido através da ação conjunta nas massas operárias; e a consciência prática, que só pode ser produzida através da e pela ação das massas. A concepção de partido de Rosa Luxemburg tem a sua especificidade em três eixos: no estabelecimento como ferramenta de mediação entre o ser e a consciência; na colocação de que a luta de classes (econômica, política ou cultural) é o que forma a consciência de classe; e na importância da autodeterminação operária que demonstra a importância da auto-atividade da classe, sem desprezar o elemento de organização. A pesquisa foi desenvolvida através de um estudo aprofundado dos escritos de Rosa Luxemburg, dos comentadores e dos debatedores de sua obra, assim como da sua vida e do contexto no qual formulou sua teoria.
Teoria política - Marxismo - Rosa Luxemburg
H0615
O CONTROLE E A GERÊNCIA NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: UM ESTUDO DE CASO NA INDÚSTRIA DE LINHA BRANCA
Natália Frozel Barros (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Ângela Maria Carneiro Araújo (Orientadora), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – IFCH, UNICAMP
A noção de globalização e outras idéias correlatas sobre a emergência de uma nova divisão internacional do trabalho levantam um conjunto de questões sobre a divisão internacional do trabalho, a forma e o caráter das empresas. Elas problematizam os processos de reestruturação produtiva, o tipo e o escopo das estratégias gerenciais e as formas de organização do trabalho, os padrões de mudança e de desenvolvimento que vêm ocorrendo em diferentes países. A pesquisa de IC que desenvolvemos como parte do projeto “Globalização, estratégias gerênciais e respostas operárias: um estudo comparativo da indústria de linha branca”, vem sendo realizada em uma empresa do setor de eletrodomésticos de linha branca no interior paulista. A pesquisa examina a introdução de novas estratégias gerenciais e as mudanças nas relações entre gerentes e trabalhadores, considerando as respostas tanto dos trabalhadores, quanto dos gerentes a essas mudanças. A investigação se deu através da aplicação de um suvey com 54 trabalhadores do chão de fábrica e com 14 gerentes e supervisores e através de entrevistas qualitativas com estes mesmos sujeitos.
Reestruturação protutiva - Gerentes -Trabalhadores
H0616
MOVIMENTO ALTERMUNDIALISTA: LEVANTAMENTO E CLASSIFICAÇÃO CRÍTICA DA BIBLIOGRAFIA
Ana Elisa Cruz Corrêa (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Armando Boito Junior (Orientador) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH, UNICAMP
Esse estudo consiste em uma análise da bibliografia produzida entre 1998 e 2004 sobre o movimento altermundialista. Esse movimento contra o capitalismo neoliberal surge com a revolta zapatista no México em 1994, se consolida nas manifestações durante as reuniões internacionais das instituições chamadas multilaterais (FMI, OMC, Banco Mundial) e culmina na criação do Fórum Social Mundial. Desde 2004 o movimento perdeu um pouco de sua força inicial. O altermundialismo é considerado por seus participantes e ideólogos a "nova esquerda" internacional.A partir da teoria marxista e de uma metodologia de análise e mapeamento crítico da bibliografia tínhamos o objetivo de realizar um levantamento bibliográfico; analisar os textos sobre o movimento; indicar uma caracterização do movimento e contribuir com o projeto de pesquisa coletiva sobre o neoliberalismo do Centro de Estudos Marxistas da Unicamp. Após analisar parte da bibliografia, notamos muitas semelhanças nos textos, o que dificultou sua classificação acurada. Realizamos uma descrição detalhada do movimento e concluímos que se trata de um movimento reformista de classe média. Consideramos que há relação entre esse reformismo e a situação de classe média dos integrantes do movimento, problema completamente ignorado pela bibliografia analisada. Pretendemos desenvolver esta hipótese em pesquisas posteriores.
Movimento altermundialista – Reformismo – Classe média
H0617
OS MOVIMENTOS DOS SEM-TETO DA CIDADE DE SÃO PAULO FRENTE AOS GOVERNOS NEOLIBERAIS (1995-2002)
Nathalia Cristina Oliveira (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Armando Boito Junior (Orientador), Instituto de Filosofia e CIências Humanas - IFCH, UNICAMP
Realizamos um estudo empírico exploratório sobre os movimentos dos sem-teto da cidade de São Paulo (1995-2002) seguindo a orientação metodológica proposta por Castells. Apresentamos como hipótese central que o processo de mundialização e o capitalismo dependente brasileiro na sua versão neoliberal induzem a formação de um cenário nacional de expansão do contingente de trabalhadores que não conseguem mais se sustentar e, simultaneamente, morar em casas habitáveis. É neste contexto ainda que não existem políticas habitacionais efetivas que atendam as classes de baixa renda. Daí, termos como resultante os trabalhadores que ficam sem-teto se organizando, cada vez mais, em movimentos sociais que lutam por moradia e melhores condições de vida. Logo, este cenário, se não é o criador dos movimentos dos trabalhadores sem-teto, posto que o problema habitacional é tão antigo quanto à urbanização, é então o intensificador de tais movimentos, levando a sua multiplicação. No que se refere propriamente à descrição dos movimentos percebemos que sua base social pode ser definida como relativamente homogênea sendo composta por homens e mulheres que não mais conseguem sobreviver com a venda da sua força de trabalho. Quanto às ideologias, devemos pensá-las no plural, já que há uma heterogeneidade político-ideológica entre os diferentes grupos de sem-teto.
Movimentos dos sem-teto - Política habitacional - Capitalismo neoliberal
H0618
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