MEMÓRIA E IDENTIDADE NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS: RISCOS E VULNERABILIDADES NOS LUGARES
Fernanda Cristina de Paula (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Daniel Joseph Hogan (Orientador), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH, UNICAMP
Partindo do pressuposto de que a categoria geográfica lugar traz uma gama de fatores que norteiam objetivamente (enquanto riscos e vulnerabilidades gerados/proporcionados em dada porção do espaço) e subjetivamente (enquanto a vivência contínua do lugar orienta a percepção da própria vulnerabilidade e dos riscos) a compreensão dos riscos e vulnerabilidade das pessoas, pretendemos perseguir a experiência do lugar, compreender sua constituição material e imaterial para, a partir deste ponto, entender como o processo de se tornar lugar se liga à percepção dos riscos e vulnerabilidades. É por meio da memória (historicidade e geograficidade) e da identidade (envolvimento) que os espaços indiferenciados tornam-se lugares. Assim, nos debruçamos sobre a memória e identidade do bairro São Bernardo no município de Campinas, através de abordagem geográfico-humanista, para iluminar, dentro da amplitude da metrópole, o lugar e nos aproximar da compreensão da vulnerabilidade e dos riscos através de uma micro-escala, carregada de particularidade que refinam/problematizam a compreensão das questões trazidas à luz por abordagens macro-escalares.
Memória e identidade - Paisagem e lugar - Riscos e vulnerabilidades
H0623
POTENCIAL DE MOBILIDADE NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS a experiência do risco e a identidade do lugar
Majore Moraes Souza (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Daniel Joseph Hogan (Orientador), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH, UNICAMP
Neste projeto, procuramos desenvolver uma temática que se apresenta de modo muito particular em regiões metropolitanas: a mobilidade. Essa mobilidade atingiu tal configuração que se faz necessário ao geógrafo deter-se na compreensão da sua dinâmica e nas influências e conseqüências desta na experiência do risco e na identidade dos lugares. Nossa perspectiva é levantar e discutir informações suficientes para construir um modelo representativo do potencial de mobilidade na Região Metropolitana de Campinas (RMC), que apresenta a perspectiva de visar à realidade com os olhos voltados para a experiência do risco e para a identidade dos lugares a partir do método fenomenológico. O problema que motivou esta pesquisa é entender o que leva as pessoas a se moverem diária e sazonalmente de um ponto a outro numa sociedade em que o risco cresce a cada dia. A compreensão dos padrões de mobilidade nos dará arcabouço para a produção desse modelo. A aplicação do modelo poderá nos fornecer a ajuda necessária para explorar a forma como as pessoas da Região Metropolitana de Campinas vivem essas exposições crescentes ao risco, bem como as repercussões desse padrão de mobilidade na qualidade de vida, na estruturação de suas famílias, no envolvimento com a identidade do lugar e na sua relação com o ambiente.
Mobilidade - Risco - Identidade
H0624
FARO PURO D'ITALIANITÀ: PERMANÊNCIAS E MUDANÇAS DAS PRÁTICAS SÓCIO-CULTURAIS ITALIANAS NA COMUNIDADE DE SOUSAS E JOAQUIM EGÍDIO
Cristiane Renata de Lima Prestes (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Edgar Salvadori de Decca (Orientador), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH, UNICAMP
A fim de resgatar a história que se construiu a respeito da imigração italiana em dois distritos campineiros, estudou-se, inicialmente, a formação da comunidade italiana nesta região. A idéia de que o conflito entre estabelecidos e outsiders teria persistido após a integração dos italianos à comunidade local e de que o imigrante bem recebido pela sociedade hospitaleira era o que aceitava a imagem do festivo e alegre italiano do país da macarronada e da tarantela foram os principais resultados apresentados pelo projeto anterior. A presente pesquisa dá continuidade ao estudo, analisando a produção bibliográfica local e a referente à constituição da italianidade, bem como a documentação de arquivos públicos e pessoais, periódicos locais e publicações recentes sobre eventos da comunidade italiana na região. Foram realizadas entrevistas com moradores da região e observou-se os remanescentes da influência italiana nos distritos. Concluiu-se que a adoção da imagem imposta, o silêncio sobre a perseguição e a negação dos conflitos, a necessidade da coletividade e o recorrente discurso de apego às tradições foram os dispositivos de segurança utilizados para evitar o apagamento de uma memória étnica.
Imigração italiana - Identidade - Memória
H0625
O RACISMO EM REVISTA: UM ESTUDO SOBRE AS TEORIAS RACIAIS DO SÉCULO XIX NO BRASIL E SUAS IMPLICAÇÕES NA REVISTA DO IHGB( 1870 – 1902 )
Luis Fernando Tosta Barbato (Bolsista SAE/UNICAMP) e Prof. Dr. Edgar Salvadori de Decca (Orientador), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH, UNICAMP
A pesquisa tem por objetivo estudar as teorias raciais européias do século XIX e entender como essas penetraram no Brasil, influenciando assim suas letras e ciências. Para isso utilizamos as publicações do IHGB – Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – por conter textos de intelectuais importantes do período além de ser uma importante fonte de estudos para entendermos como havia a preocupação em pensar e planejar o “futuro da nação” e assim inserir o Brasil no contexto das consideradas grandes nações. A pesquisa adentrou nesses pensamentos e percebemos que a conformação racial, apesar de considerada importante no desenvolvimento do Brasil, não era o único entrave a preocupar os teóricos brasileiros, a falta de apoio governamental ao desenvolvimento social, como saúde e educação, muitas vezes chamaram mais atenção que os índios, negros e mestiços.
Raça - IHGB - Identidade nacional
H0626
JOVENS E IMIGRANTES – UMA ANÁLISE DA INTERAÇÃO ENTRE GRUPOS JUVENIS DESCENDENTES DE ORIENTAIS NA CIDADE DE SÃO PAULO
Tiali Kimura Lopes (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Emília Pietrafesa de Godoi (Orientadora), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH, UNICAMP
Nessa pesquisa estudei as relações de inclusão e exclusão, entre os grupos juvenis de descendentes de orientais em São Paulo – entendidos aqui como grupos de descendentes de japoneses, coreanos e chineses, na faixa etária dos 15 aos 20 anos. Tive como objetivo mais amplo entender essa relação e seus resultados na interação entre jovens de diferentes etnias e também as relações familiares e sociais geradas por esse tipo de divisão em grupos étnicos. Além da leitura de uma bibliografia específica, a metodologia da pesquisa contemplou observações em campo, participações em atividades realizadas para esses jovens e entrevistas para obtenção de dados qualitativos e quantitativos. A pesquisa sofreu algumas mudanças no decorrer de sua realização, pelo fato dos descendentes chineses não serem identificados no locus da pesquisa empírica, sendo, portanto, não incluídos nela. Pude perceber que existe certa separação entre descendentes de diferentes etnias, porém, estes ficam mais próximos quando se vêm diante de grupos ocidentais. Essa vontade de se auto-afirmar como “diferente” provoca um distanciamento da cultura ocidental e os transporta para uma situação intermediária deslocada, já que se diferencia também da situação da geração ascendente. A interação entre os grupos juvenis de descendência japonesa e coreana existe no limiar de seu distanciamento com os não-descendentes.
Jovens - Migração - Identidade etnica
H0627
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