IDENTIFICAÇÃO DE MUTAÇÕES NO GENE CYLD EM UMA FAMÍLIA COM HISTÓRIA DE TRICOEPITELIOMA MÚLTIPLO FAMILIAL
Daniel de Almeida Borges (Bolsista PIBIC/CNPq), Daniel Zanetti Scherrer (co-autor), Carmen Sílvia Bertuzzo (co-orientadora) e Carlos Eduardo Steiner (Orientador), Departamento de Genética Médica, Faculdade de Ciências Médicas - FCM, UNICAMP
Em uma família acompanhada no HC/Unicamp, foram identificados dois irmãos portadores de Tricoepitelioma Múltiplo Familial, distúrbio autossômico dominante, cujos pais e demais irmãos são fenotipicamente normais. O objetivo desta pesquisa é caracterizar os aspectos clínicos e moleculares dessa família quanto à eventual presença de mutações no gene CYLD, recentemente identificado como o gene responsável por esse distúrbio, visando correlacionar com a distribuição familial. Após consentimento informado dos sujeitos, foram colhidas amostras de sangue periférico para extração de DNA genômico. Foram desenhados primers para todos os éxons codificantes do gene CYLD, que foram então amplificados pela técnica da PCR, conforme protocolo padrão. Em seguida, foi realizada pesquisa de mutações através de seqüenciamento automático. A análise dos seqüenciamentos já realizados não demonstrou presença de mutações. Deste modo, existe a possibilidade do Tricoepitelioma Múltiplo Familial possuir heterogeneidade genética, sendo propostos outros mecanismos de herança para a recorrência de casos nessa família, incluindo herança autossômica recessiva ou recessiva ligada ao X.
Tricoepitelioma - CYLD - Genodermatose
B0063
ESTUDO MOLECULAR EM DUAS FAMÍLIAS COM SÍNDROME DE SINOSTOSE ESPONDILOCARPOTÁRSICA
Fernanda Silva Bellodi, (Bolsista PIBIC/CNPq); Daniel Zanetti Scherrer; Profa. Dra. Carmen Sílvia Bertuzzo (Co-orientadora) e Prof. Dr. Carlos Eduardo Steiner (Orientador), Faculdade de Ciências Médicas - FCM, UNICAMP
A síndrome de sinostose espondilocarpotársica (SSE) é uma condição rara, com herança autossômica recessiva e tem como manifestações clínicas mais comuns a fusão de ossos do carpo e do tarso, bem como de vértebras, podendo haver formação de uma barra não-segmentada unilateral. A doença é causada por mutações sem sentido no gene da Filamina B (FLNB). Poucas famílias foram descritas até o momento, três delas provenientes do estado de São Paulo, sugerindo efeito do gene fundador. O objetivo é determinar se a mutação presente nos novos indivíduos estudados corresponde ao códon R649X, já identificado na família brasileira estudada por Steiner et al. (2000) e Krakow et al (2004), o que confirmaria a hipótese de efeito do gene fundador. Foram estudados o paciente 1 (filho de casal não-consangüíneo) e seus pais, proveniente de São Paulo, e o paciente 2 (filho de casal consangüíneo), proveniente de Minas Gerais, ambos com diagnóstico clínico e radiológico de SSE. Os exons 13, 16, 28, 39 e 43 foram amplificados por PCR e seqüenciados. O códon R649X foi identificado em heterozigose no exon 13 do paciente 1 e de seu pai. Nos outros pacientes não foram encontradas mutações. A hipótese de efeito do gene fundador foi parcialmente confirmada apenas na família do paciente 1.
Sinostose espondilocarpotársica - Efeito fundador - Barra unilateral
B0064
TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL E FATOR V DE LEIDEN E AUMENTO NO RISCO DE TROMBOSE
Wagner Tadeu Jurevicius do Nascimento (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Carmen Silvia Bertuzzo (Orientadora), Faculdade de Ciências Médicas - FCM, UNICAMP
A Terapia de Reposição Hormonal é muito utilizada. Apesar de estudos que demonstravam muitos de seus benefícios, atualmente se discute a possibilidade de diversas reações associadas a acidentes vasculares coronarianos. O aumento da incidência de Trombose Venosa Profunda está bem estabelecido, tendo sido estudado em todo o mundo. A mutação do Fator V de Leiden é um aditivo no risco de TVP, pois é um regulador do sistema de coagulação e sua mutação provoca eventos de coagulação sem controle, mediados pela proteína C ativada que não é degradada pelo Fator V deficiente. O objetivo da pesquisa, por análise genética de 400 mulheres, de 40 a 60 anos, em terapia reposição hormonal, através de PCR e digestão enzimática, é demonstrar que a TRH e a mutação juntas provocam um aumento relevante no risco de trombose em relação aos fatores isolados e à normalidade laboratorial e clínica. Será feita uma análise estatística apropriada dos dados colhidos no questionário de inclusão e no resultado das amostras, sendo que estes provavelmente revelarão as chances aumentadas de trombose em mulheres em TRH e com mutação pontual no Fator V de Leiden. Das 68 amostras estudadas até o momento, 2 apresentavam a mutação no Fator V em heterozigose, sendo as demais homozigotos normais.
Reposição hormonal - Fator v de leiden - Trombose
B0065
IDENTIFICAÇÃO DOS POLIMORFISMOS DA NAD(P)H:QUINONA OXIDOREDUTASE (NQO1) E DO CITOCROMO P450 (CYP1A1) NA SUSCEPTIBILIDADE À LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA.
Gabriela Góes Yamaguti (Bolsista-PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Carmen Sílvia Passos Lima (Orientadora), Faculdade de Ciências Médicas - FCM, UNICAMP
A exposição ao benzeno e o tabagismo têm papéis relevantes na origem da leucemia mielóide aguda (LMA). O sistema da NAD(P)H:quinona oxidoredutase (NQO1) atua na inativação do benzeno, sendo que atividades diminuída ou ausente foram observadas nas formas variantes do polimorfismo C609T do gene NQO1. Já o gene CYP1A1 codifica enzimas que atuam na bioativação de carcinógenos do tabaco. Dois polimorfismos, o CYP1A1*2A e o CYP1A1*2B, determinam uma maior ativação dos carcinógenos. Considerando que não se encontra suficientemente estabelecido os papéis dos polimorfismos gênicos na susceptibilidade à LMA, este constituiu o objetivo desse estudo. A identificação dos genótipos foi realizada em sangue periférico de 100 pacientes com LMA e de 100 controles do Hemocentro da UNICAMP, por meio da reação em cadeia da polimerase e digestão enzimática. Observamos freqüências similares de homozigotos selvagens (57% vs 71%, P= 0,055) heterozigotos (42% vs 29%, P= 0,086) e homozigotos variantes (1% vs 0%, P= 0,316) do polimorfismo C609T do gene NQO1 em pacientes e controles, respectivamente, sugerindo que o polimorfismo gênico parece não influenciar o risco de LMA em nosso meio. Entretanto, aguardamos o término das genotipagens para identificar os papéis dos polimorfismos do gene CYP1A1 na susceptibilidade à doença.
Leucemia mielóide aguda - NQO1 - CYP1A1
B0066
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