LIPOPROTEÍNA (A) NO PERÍODO PÓS-PRANDIAL: SUA RELAÇÃO COM A ATEROGÊNESE
Lívia Maria Dias Freire (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa Dra Eliana Cotta de Faria (Orientadora) Faculdade Ciências Médicas - FCM, UNICAMP
A literatura descreve a presença de concentrações séricas de Lp(a) elevadas em pacientes com doença arterial coronariana e carotídea, principalmente por sua ação pró-trombótica. Além disso alguns estudos demonstram relação direta entre a lipemia pós-alimentar e aterosclerose. Objetivou-se verificar a contribuição da Lp(a) na aterogenicidade do estado pós-alimentar. Determinaram-se em 47 indivíduos adultos saudáveis as concentrações de Lp(a) nos períodos de jejum de 12 h e pós-alimentar 2,4,6 e 8h, pós ingestão de dieta líquida látea contendo 40g de gordura/m² de superfície corporal.Diversas variáveis metabólicas e a genotipagem de apolipoproteína (Apo) E foram determinadas assim como medida da espessura da camada íntima-média das carótidas (EIM), marcadora precoce da aterosclerose. Os resultados foram (x±dp): EIM (mm)= 0.57±0.06, n=45; Lp(a) (mg/dL)= 23±31 (0h), 22±29 (2h), 29±29 (4h), 22±30 (6h), 23±29 (8h), n=47. A área sob a curva (AUC) de Lp(a) =198±275 mg/dL.h, correlacionou-se positivamente com Apo B100 (p<0,005). Classificaram-se as respostas de Lp(a) de acordo com os genótipos E2, E3 e E4 da apolipoproteína E(mg/dL): E2= 8±7(0h), 8±7(2h), 8±7(4h), 8±6(6h), 8±6(8h), n=9; E3:= 34±38(0h), 33±36 (2h), 32±36.7(4h), 32±37.5(6h), 33±37(8h), n=25; E4=12±8(0h), 12±8(2h), 12±8(4h), 12±8(6h), 12±8(8h), n=13. Conclui-se que houve uma associação entre Lp(a) e LDL-colesterol, constituindo uma associação pró-aterogênica, e que no genótipo E3 da Apo E houve concentrações de Lp(a) cerca de 3 vezes mais altas que nos outros.
Lipoproteína - Período pós alimentar - Aterogênese
B0075
PREVALÊNCIA DE “PUNDING” EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON DO HC-UNICAMP E DE UMA CLÍNICA PRIVADA DE CAMPINAS SP.
Leandro Xavier de Camargo Schlittler (Bolsista FAPESP) e Profa. Dra. Elizabeth Maria Barasnevicius Quagliato (Orientadora), Faculdade de Ciências Médicas - FCM, UNICAMP
“Punding” é um sintoma compulsivo relacionado ao uso abusivo de medicamentos para o tratamento da Doença de Parkinson (DP). Ele foi relatado como um comportamento prolongado, repetitivo e sem sentido no qual o paciente pode ficar horas, ou até mesmo passar noites em claro absorto em suas atividades. Muitas vezes ele está relacionado com a profissão ou os passatempos que o paciente realizou durante a vida. Arrumações e Limpezas sem sentidos, organização e fascinação com pequenas coleções e ordenação de palavras e objetos foram alguns dos casos já descritos. Setenta e um pacientes com diagnóstico de Doença de Parkinson do Ambulatório de Transtornos do Movimento do HC-UNICAMP e de uma clínica particular de Campinas, SP foram entrevistados. A escala UPDRS e o estágio de Hoenh & Yahr foram aplicados para a avaliação da severidade da DP. Com base num questionário semi-estruturado previamente publicado na literatura pudemos determinar a presença de punding e sua intensidade (leve, moderado ou grave). Quatorze pacientes usavam medicação além da quantidade receitada por seus clínicos. Desses, apenas um apresentou sintomas de punding severo, uma dona de casa de 51 anos cuja compulsão pela faxina da casa em períodos prolongados e horários impróprios traziam problemas familiares.
Punding - Doença de Parkinson - Neuropsiquiatria
B0076
ESTUDO DA FLUORESCÊNCIA NATIVA DE HEMANGIOMAS DA MUCOSA ORAL DE PEQUENO E MÉDIO PORTE APÓS O TRATAMENTO CONSERVADOR COM LASER DE CO2
Alexandre Ramos Daoud Yacoub (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Ester Maria Danielli Nicola (Orientadora), Faculdade de Ciências Médicas - FCM, UNICAMP
Hemangiomas da cavidade oral são malformações vasculares congênitas que geralmente regridem espontaneamente. Dentre os diversos tratamentos, vem sendo utilizada de forma crescente a ressecção da lesão com energia térmica fornecida por um LASER. As respostas ao tratamento são variáveis e assim, é interessante encontrar um método de diagnóstico minimamente invasivo, para classificar as lesões quanto à sua resposta ao tratamento. A Fluorescência é uma propriedade dos tecidos biológicos evidenciada pela incidência de luz Ultravioleta (UV), podendo ser observada sem agente sensibilizante externo e, neste caso, é conhecida como Fluorescência Nativa. O Espectro de fluorescência depende dos constituintes e do estado metabólico do tecido. A fluorescência nativa vem sendo caracterizada como a “identidade óptica” de cada tecido, sendo possível detectar, em geral, um “padrão de fluorescência para cada tecido”. Alterações nesse padrão seriam indícios de alterações constitucionais. O objetivo deste estudo é caracterizar a fluorescência nativa na área de mucosa cicatricial do hemangioma após o tratamento conservador com LASER CO2. Os espectros foram obtidos em hemangiomas "excitados" por LEDs UV em diversos estágios do tratamento e condições cicatriciais. Para cada qual buscou-se caracterizar o grau de alteração (fibrose) em relação ao tecido normal, com as diferenças espectográficas.
Hemangioma - LASER CO2 - Fluorescência nativa
B0077
CÂNCERES DE CABEÇA E PESCOÇO E OCUPAÇÃO: UM ESTUDO OBSERVACIONAL ANALÍTICO TRANSVERSAL EM CAMPINAS
Daniel Lombo Bernardo (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Everardo Andrade da Costa (Orientador), Faculdade de Ciências Médicas - FCM, UNICAMP
Os tumores de cabeça e pescoço são o quinto tipo mais incidente de tumores no mundo. O estudo tem como objetivo buscar se há ou não associação entre exposição ocupacional e os diversos tipos de cânceres de cabeça e pescoço e, caso a associação seja encontrada, qual seu grau. O estudo será realizado na cidade de Campinas, no Hospital das Clínicas da UNICAMP. A cidade de Campinas está entre as cinco cidades com maior incidência deste tipo de tumor do Brasil, o que ajudará a garantir um número de casos suficientes para que o estudo tenha valor estatístico. A casuística do estudo deverá contar com cerca de 600 indivíduos, de ambos os sexos e que já tiveram pelo menos uma ocupação com pelo menos um ano de duração. O estudo será feito primeiramente buscando nos arquivos da disciplina de Otorrinolaringologia as fichas de pacientes que tiveram tumores de cabeça e pescoço e assim, obtendo nesta o número de seu prontuário. Com este número, obteremos no SAM (Serviço de Arquivo Médico) os prontuários e nestes pesquisaremos a ocupação principal do paciente e se possível, sua duração. As ocupações serão classificadas segundo a CBO2002 (Classificação Brasileira de Ocupações do ano de 2002) e só serão consideradas as ocupações com pelo menos um ano de duração. Os dados serão inseridos em planilhas do programa Microsoft ExcelÒ e serão analisados por cálculo de odds ratios ajustados pela idade, consumo de álcool e tabaco. Espera-se encontrar uma maior ocorrência destes tumores em ocupações relacionadas a pó de madeira, exposição solar, metais, formaldeídos, níquel, hidrocarbonetos, materiais têxteis, carpete, ferrovias e construção civil.
Câncer - Cabeça e pescoço - Ocupação
B0078
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