Universidade estadual de campinas



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Instituto de Biologia

B0232

ATIVIDADE ANTIULCEROGÊNICA DE Anacardium humile ST. HIL. (CAJUZINHO-DO-CERRADO) NO MODELO DE INDUÇÃO POR ISQUEMIA E REPERFUSÃO


Ana Cristina Alves de Almeida (Bolsista FAPESP), Fabiana de Oliveira Pimentel, Victor Barbastefano, Profa. Dra. Elisângela Farias Silva (Co-orientadora) e Profa. Dra. Alba Regina Monteiro Souza Brito (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
Anacardium humile St. Hil. (Anacardiaceae) é uma espécie do cerrado, usada popularmente contra diversas inflamações. A fração acetato de etila de suas folhas (FAc) é rica em compostos fenólicos, substâncias com potencial ação antioxidante. Na úlcera gástrica derivada de isquemia e reperfusão (IR), a liberação de radicais livres é um evento patológico central e a utilização de compostos antioxidantes se mostra benéfica. Neste trabalho, ratos Wistar machos (180-220g) foram mantidos em jejum (24h), seguido de tratamento com tween (10 ml/kg – controle negativo), rutina (200 mg/kg – controle positivo) ou FAc (25, 50 ou 100 mg/kg) e submetidos à indução de úlcera por IR. FAc (50 mg/kg) diminuiu a área de lesão ulcerativa em 90% da observada no controle negativo [Tween: 83.81±28.5; Rutina: 19.70±4.5; FAc 25: 34.7±15.5; FAc 50: 5.21±1.0; FAc 100: 16.4±11.5 mm2], evitou a diminuição da camada de muco (importante proteção mecânica e antioxidante) e o desarranjo do epitélio causados pela IR. A administração de FAc se mostrou benéfica na úlcera gástrica induzida por IR, sugerindo uma provável ação antioxidante da fração. Serão realizados experimentos para elucidação de mecanismos antioxidantes envolvidos na atividade antiulcerogênica de A. humile.

Úlcera gástrica - Anacardium humile - Antioxidante


B0233

INFLUÊNCIA DA RESPOSTA GLIAL NA PLASTICIDADE SINÁPTICA E SOBREVIVÊNCIA DE MOTONEURÔNIOS MEDULARES APÓS AXOTOMIA PERIFÉRICA E TRATAMENTO COM INTERFERON BETA EM RATOS NEONATOS


Ana Carolina Linardi Munguía Payés (Bolsista PIBIC/CNPq), A. Pierucci, R. Zanon e Prof. Dr. Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira (Orientador), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
Após uma axotomia, a astrogliose influencia diretamente na plasticidade do tecido nervoso. Neste estudo, investigamos a influência da modulação da astrogliose sobre a plasticidade sináptica e sobrevivência de motoneurônios, após transecção do nervo ciático e tratamento com interferon beta (IFN). Ratos neonatos Sprague Dawley, com um dia de vida, foram submetidos à axotomia do nervo ciático esquerdo, sendo divididos em um grupo tratado com IFN beta (n=8) e outro com placebo (PB, n=8). Animais normais foram utilizados como controle (n=8) e o sacrfício se deu no quarto dia de vida. Com o auxílio da coloração de Nissl, realizou-se a contagem dos motoneurônios sobreviventes, indicando um coeficiente médio de sobrevivência similar entre os grupos IFN e PB (0,17±0,09 e 0,24±0.10, n=4). Através da marcação com anti-GFAP (marcador de astrócitos) evidenciou-se maior reatividade no lado ipsilateral à lesão no grupo IFN, em relação ao PB. A marcação com anti-sinaptofisina (marcador de terminais sinápticos) evidenciou uma reatividade menor no lado ipsilateral à lesão. A estimulação da astrogliose pelo IFN, apesar de ter promovido maior plasticidade sináptica, foi incapaz de reverter o processo de morte neuronal após axotomia do nervo ciático. Assim, o impacto da axotomia periférica, no período neonatal, não pode ser revertido apenas com o aumento da astrogliose reativa no microambiente medular.

Motoneurônios - Interferon gama - Plasticidade sináptica


B0234

PLASTICIDADE SINÁPTICA NO NÚCLEO RUBRO DE ANIMAIS SUBMETIDOS À ENCEFALOMIELITE AUTOIMUNE EXPERIMENTAL


Jéssica Harue Matsuoka (Bolsista PIBIC/CNPq), Karina de Brito Marques e Prof. Dr. Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira (Orientador), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune caracterizada por diversos sintomas neurológicos, atribuídos à inflamação e desmielinização do Sistema Nervoso Central. Seu tratamento atualmente se baseia em drogas imunomoduladoras, como o acetato de glatirâmer (AG), cujos efeitos no tecido nervoso ainda são pouco conhecidos. Neste estudo, empregamos a encefalomielite autoimune experimental (EAE), um modelo para a EM, associado ao tratamento com AG no sentido de investigar a ocorrência de plasticidade sináptica em motoneurônios rubrais de ratos Lewis fêmeas durante o curso da doença. Para tal, empregamos imunohistoquímica (IH) com os anticorpos anti-sinaptofisina, anti-GFAP e anti-F4/80. Realizamos ainda, um estudo ultraestrutural através de microscopia eletrônica de transmissão (MET). A análise em IH mostrou uma redução sináptica na superfície dos neurônios do grupo placebo, associada a um aumento da reatividade glial, o que não ocorreu no grupo tratado. A MET revelou que, durante o surto, fibras nervosas adjacentes aos neurônios apresentaram-se desmielinizadas e os terminais sinápticos, retraídos. No grupo tratado, este quadro mostrou-se amenizado. Assim, é possível inferir que o tratamento com AG reduz a retração sináptica durante o surto da doença, amenizando os sintomas da EAE.

Núcleo rubro - Esclerose múltipla - Plasticidade sináptica


B0235

FLORA FANEROGÂMICA DO ESTADO DE SÃO PAULO: STYLOSANTHES (LEGUMINOSAE, PAPILIONOIDEAE)


Sandro Muniz do Nascimento (Bolsista SAE/UNICAMP) e Profa. Dra. Ana Maria Goulart de Azevedo Tozzi (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
Leguminosae (Fabaceae) compreende cerca de 730 gêneros e 19.400 espécies, agrupadas nas subfamílias Caesalpinioideae, Mimosoideae e Papilionoideae (Faboideae). Para o Brasil, estão catalogados 188 gêneros e 2100 espécies, amplamente distribuídas. No estado de São Paulo é reconhecida a riqueza e diversidade de leguminosas, mas estudos taxonômicos em vários de seus táxons são escassos. Stylosanthes Sw. é um gênero de Papilionideae com cerca de 39 especies subarbustivas. No contexto do projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo (FFESP), o objetivo deste trabalho foi o inventário e tratamento taxonômico de Stylosanthes. Foram levantadas 10 espécies no estado de São Paulo, três da seção típica e sete da seção Astyposanthes (Herter) Mohlenbr., das quais duas são novas ocorrências: S. acuminata Brandão & Sousa Costa e S. grandifolia Brandão & Sousa Costa. Os principais caracteres diagnósticos para as espécies de Stylosanthes são a presença ou ausência de um eixo floral rudimentar, de bractéolas interiores e de xilopódio, além do tamanho das brácteas, das inflorescências e dos folíolos, de características dos folíolos (forma e venação) e dos artículos do lomento (número, padrão do pericarpo, presença/ausência de glândulas, indumento e forma). A maior diversidade de espécies ocorreu na região leste do estado, sendo S. gracilis a mais coletada e S. viscosa a mais frequente no litoral.

Stylosanthes - Nova ocorrência - Levantamento taxonômico


B0236


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