PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DOS MATERIAIS: PPGCM
DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA
Histórico
O Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais (PGCM) nasceu em 1997 e o seu credenciamento foi aprovado pela CAPES em julho de 2000. Desde então, a PGCM tem demonstrado afinco e determinação na consolidação do seu projeto inicial, atendendo estudantes do extremo noroeste do estado de São Paulo, da região do triângulo mineiro (Minas Gerais), da região norte do estado do Paraná, das mais remotas regiões do estado de Mato Grosso do Sul e da região sudoeste do estado de Goiás. Além desta distinta inserção regional, a PGCM diferencia-se por atender a um público com formação diversificada que inclui físicos, químicos, engenheiros, matemáticos e profissionais da odontologia.
A PGCM possui atualmente 13 docentes com titulação mínima de Doutor, em dedicação integral à docência e à pesquisa. O número de alunos que procuram o curso vem crescendo continuamente, fato que notoriamente permite um aumento em quantidade e qualidade do corpo discente da Pós-Graduação.
A recente avaliação da Capes conferiu nota 4 à Pós-Graduação em Ciência dos Materiais, uma nítida evolução frente à nota 3 atribuída anteriormente e um franco reconhecimento aos méritos e esforços decorrentes dos trabalhos implementados nos últimos anos pelo corpo docente e discente do Programa.
Indicadores do programa
Nos últimos anos, o Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais dedicou grandes esforços visando à otimização de diferentes indicadores em busca da sua consolidação. Os principais indicadores estão relacionados com o número de alunos ingressantes, com o número de dissertações defendidas, com a captação de recursos e principalmente com a produção científica e intelectual.
Figura I: Número de alunos ingressantes e dissertações defendidas no Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais nos últimos cinco anos.
A Figura I faz um resumo das dissertações defendidas no Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais nos últimos cinco anos, comparado com o número de alunos ingressantes no Programa no mesmo período. Observa-se a partir deste gráfico um aumento nítido no número de defesas de dissertação ao longo dos anos, apresentando um máximo de 10 dissertações em 2003. Além de traçar o perfil destes dois importantes indicadores para o Programa, a análise comparativa permite avaliar o fluxo de estudantes, uma forma indireta de atestar o tempo de titulação dos estudantes.
A análise do gráfico apresentado na Figura I permite ainda estimar o número de defesas de dissertações previstas para os anos seguintes, em função do número de estudantes ingressantes. A partir de tal informação, importantes linhas de ações podem antecipadamente implementadas buscando viabilizar o desejável equilíbrio entre o número de dissertações e o número de estudantes que passam pelo Programa.
Figura II: Captação de recursos financeiros em Dólares (US$) e Reais (R$) dentro do Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais nos últimos cinco anos.
A captação de recursos dentro de um Programa de Pós-Graduação é um importante indicador que permite aferir o crescimento da sua infra-estrutura e indiretamente a qualidade das pesquisas e dos pesquisadores envolvidos. A Figura II faz uma síntese da captação de recursos financeiros dentro do Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais nos últimos cinco anos. Vale salientar que os recursos aqui incluídos referem-se especificamente àqueles advindos da aprovação de projetos de pesquisa aprovados por diferentes agências de fomento à pesquisa, excluindo, portanto, recursos da Capes repassados ao Programa. Observa-se claramente uma expressiva captação de recursos no ano de 2000. Esta elevada captação financeira naquele ano esteve relacionada com a aprovação de diferentes projetos de pesquisa de grande porte, particularmente com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (PAFESP), visando à aquisição de equipamentos importados e nacionais destinados à implantação dos principais laboratórios de pesquisa que constituem atualmente consolidados instrumentos de investigação científica para as diferentes linhas de pesquisa do Programa.
Na contra mão, observou-se em 2001 uma queda substancial na captação de recursos, se comparada ao ano anterior. Esta queda pode ser atribuída à efetiva implementação dos projetos aprovados no ano anterior. Com os projetos em andamento, os pesquisadores centraram esforços em viabilizar e consolidar suas pesquisas a partir da gestão organizada de cada projeto e da divulgação científica dos resultados decorrentes destes, como forma de justificar, frente as agências de fomento, o grande investimento financeiro.
Como esperado, nos anos subseqüentes a captação de recursos foi retomada com a aprovação de novos projetos de pesquisa. Os recursos financeiros dos anos seguintes, especialmente aqueles decorrentes de material permanente importado, foram aplicados na complementação da infra-estrutura dos laboratórios de pesquisa, com ênfase na aquisição de algumas técnicas de caracterização importantes para o estudo de Ciência dos Materiais.
Finalmente, os indicadores sugerem uma estabilização na captação de recursos em patamares aceitáveis para os próximos anos. Entretanto, os pesquisadores da PGCM estão empenhados na submissão e a aprovação de dois projetos multiusuários, de grande porte e que atendam o maior número de pesquisadores possível, que definitivamente consolidará a infra-estrutura para conduzir as pesquisas do Programa.
A produção científica é um indicador que intrinsecamente está vinculado a uma série de outros parâmetros em um Programa de Pós-Graduação. Em primeira instância é o termômetro indicador da importância e qualidade dos trabalhos desenvolvidos em um Programa de Pós-Graduação. Neste contexto, grande importância deve ser conferida aos trabalhos publicados em periódicos com rigorosa política editorial; estes refletem a qualidade da pesquisa e o caráter externo em um processo de avaliação.
Figura III: Resumo da produção científica e intelectual do Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais nos últimos cinco anos.
A Figura III ilustra a produção científica e intelectual do Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais nos últimos cinco anos. Nesta figura encontra-se resumido o número de artigos publicados em periódicos, os textos completos publicados em anais de eventos nacionais e ainda outras publicações não indexadas. Na Figura III foram computados apenas os artigos publicados em periódicos com qualis A, excluindo-se aqueles trabalhos em co-autoria com pesquisadores do mesmo Programa (em vermelho, na Figura III). Os trabalhos completos publicados em anais de eventos nacionais apresentados na Figura III incluem a produção de todos docentes e estudantes do Programa, incluindo os trabalhos em co-autoria (em roxo, na Figura III). Finalmente, os trabalhos não contemplados nos itens anteriores, particularmente aqueles artigos publicados em periódicos de circulação nacional ou internacional que não têm classificação no qualis da Capes ou indexação nas principais bases de dados, foram tratados como “outros” e somados aos artigos publicados em periódicos com qualis A (em amarelo claro, na Figura III).
Com base na Figura III, um máximo na produção científica de artigos em periódicos nos anos 2001 e 2002. Nos anos posteriores há uma queda substancial na publicação destes artigos. Por outro lado, a produção de trabalhos completos em anais de eventos tem um incremento substancial em 2003, provavelmente uma transferência de números em decorrência da queda observada na publicação de artigos em periódicos em 2003 e 2004.
Avaliação Capes: triênio 2001-2004
No triênio 2001-2004 o Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais foi avaliado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), recebendo nota 4 para o triênio. Portanto, com esta avaliação o conceito da PGCM subiu de 3 para 4, confirmando a evolução dos indicadores apontados acima.
Comissão da Capes, responsável pela avaliação, foi composta pelos seguintes Professores:
-
CESAR COSTAPINTO SANTANA (UNICAMP) – Coordenador
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CARLOS ALBERTO ACHETE (UFRJ)
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CECÍLIA AMÉLIA DE CARVALHO ZAVAGLIA (UNICAMP)
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CLOVIS ABRAHÃO HAZIN (UFPE)
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DAGOBERTO BRANDÃO SANTOS (UFMG)
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GERALDO LIPPEL SANT`ANNA JUNIOR (UFRJ)
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JOAO FELIPE COIMBRA LEITE COSTA (UFRGS)
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JOSÉ CARLOS BRESSIANI (USP)
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JOSÉ DE ANCHIETA RODRIGUES (UFSCAR)
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JOSÉ RENATO COURY (UFSCAR)
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LUIS MARCELO MARQUES TAVARES (UFRJ)
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MICHEL FRANÇOIS FOSSY (UFCG)
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REINALDO GIUDICI (USP)
-
RICARDO TADEU LOPES (UFRJ)
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SELENE MARIA DE ARRUDA GUELLI ULSON DE SOUZA (UFSC)
A avaliação em questão teve como referência normas e indicadores da área Engenharia II. A Tabela I apresenta uma síntese dos principais quesitos e os respectivos pesos avaliados pela Capes na avaliação do último triênio visando compor o conceito do programa.
Tabela I: Síntese da avaliação da Capes no triênio 2001-2004 para a Pós-Graduação em Ciência dos Materiais (área de Engenharia II).
Quesitos
|
Peso
|
Avaliação da comissão
|
Proposta do programa
|
xxx
|
Adequado
|
Corpo docente
|
15,00
|
Bom
|
Atividade de pesquisa
|
10,00
|
Bom
|
Atividade de formação
|
15,00
|
Bom
|
Corpo discente
|
15,00
|
Muito Bom
|
Teses e dissertações
|
20,00
|
Muito Bom
|
Produção intelectual
|
25,00
|
Regular
|
Tendência dominante:
|
Bom
|
Conceito:
|
4
|
Entre os itens avaliados, a proposta do programa foi enquadrada como Adequada e a avaliação global obteve conceito Bom. Nos quesitos corpo docente, atividade de pesquisa e atividades de formação o programa recebeu conceito Bom. Com referência ao corpo discente e dissertações defendidas o programa recebeu conceito Muito Bom.
Embora os quesitos discriminados acima receberam conceito Bom ou Muito Bom, a produção intelectual recebeu apenas um conceito Regular. A justificativa para este conceito, segundo parecer da comissão de avaliação, está associada à pequena produção científica em periódicos de circulação internacional e a concentração dessa produção em torno de alguns docentes do programa. Embora modesta, a produção científica contou no triênio com a participação de vários alunos do programa em co-autoria com docentes NRD6, o que são fatores positivos, destaca a comissão de avaliação.. A comissão completa ainda que, tendo em vista a dimensão do corpo docente, a produção científica em congressos internacionais é comparativamente pequena e aquela em congressos nacionais bastante limitada. Estas observações, de certa forma, vão de encontro aos indicadores apresentados anteriormente para o programa
Em uma apreciação geral, a comissão de avaliação da Capes lamenta que o programa tenha sido prejudicado na sua primeira avaliação, quando foi avaliado pelo comitê da Física/Astronomia, mas destaca que a proposta da Pós-Graduação em Ciência dos Materiais é consistente e adequada ao contexto regional no qual está inserida. A participação de discentes-autores é adequada, porém recomenda que esforços ainda sejam implementados no sentido de ampliar o corpo discente, bem como intensificar a captação de recursos para a pesquisa.
Finalizando, um confronto dos indicadores do programa com a avaliação da Capes aponta para uma franca ascensão da Pós-Graduação em Ciência dos Materiais rumo à sua consolidação. Tomando como base os parâmetros aqui apresentados, o programa estabeleceu no seu plano de metas para o próximo triênio um conjunto de medidas que visam estimular a produção científica do seu corpo docente como também estimular a participação de estudantes em congressos nacionais nos quais pretendam publicar textos completos nos anais dos referidos eventos. Espera-se que a tomada de medidas neste sentido venha incrementar importantes indicadores que permitam a consolidação do programa, especialmente a produção científica e intelectual de todos os pesquisadores vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais.
3.1.6. PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA - MESTRADO
RELATÓRIO: AVALIAÇÃO DO ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO
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