2.2. LICENCIATURAS
2.2.1. CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
AVALIAÇÃO DO ENSINO
SÚMULA
Devido à carência de Professores de Biologia e Ciências, no Território Nacional, e em associação ao Projeto Pedagógico proposto, este curso terá grande importância quando atingir seus objetivos, isto é, formar Cidadãos Professores de Biologia e Ciências. O que também se traduz da expectativa da comunidade, que gerou incrementos no número de inscrições para o vestibular de 2004.
Já em seus primeiros anos, nota-se o envolvimento dos alunos em atividades extra-curriculares, além de algumas publicações técnicas.
O corpo docente envolvido no curso é suficientemente qualificado, para ministrar os conteúdos específicos, todos apresentam alguma formação pedagógica, o que parece de grande importância para garantir a qualidade de um curso de licenciatura. Todos os docentes trabalham em RDIDP, são doutores e alguns livre-docentes.
A área de educação, no entanto, carece de contratações, pois nesta não temos profissionais adequados, na unidade universitária. Situação preocupante por se tratar dos conteúdos específicos para formação de professores.
O significativo incremento no número de vagas ofertadas nos cursos de graduação, da Faculdade de Engenharia-Campus de Ilha Solteira, como forma de contribuir para que a UNESP cumpra sua função social, vem gerando alguns problemas estruturais e organizacionais que, em breve, passarão a comprometer a alta qualidade de ensino que temos como meta.
Faz-se importante explicitar que a morosidade no processo de desenvolvimento de projeto, licitação, construção e funcionamento (instalações e equipamentos) dos novos laboratórios acarretarão, para o próximo ano, em sobrecarga de uso dos atuais laboratórios e até mesmo conflito de horário, o que nos trará prejuízos.
Considerando o elevado custo dos livros, da área de ciências biológicas, a serem adquiridos e aqueles que já deveriam ter sido adquiridos e não foram por falta de verba, também conduzem ao desestimulo do corpo docente e dos discentes.
Outro problema vivenciado pelos alunos é a constante limitação para uso dos equipamentos de informática, disponíveis no campus II (Agronomia, Ciências Biológicas e Zootecnia) em número insuficiente, para atender à demanda existente. Há que se considerar que esta ferramenta é imprescindível no mundo globalizado em que vivemos, além de fazer parte do desenvolvimento tecnológico.
O incremento, nas atividades administrativas, devido a ampliação de vagas tem conduzido setores da unidade a beira do colapso, resultando em mau atendimento, longos períodos de espera por documentos, falta de mão de obra para auxiliar no preparo das aulas, levando alguns docentes a trabalharem como secretários, auxiliar acadêmico e até auxiliar de serviços gerais, em algumas situações, o que tem feito com que muitos docentes não sintam vontade de dar aula para cursos novos, além de desperdiçar seu tempo em atividades que deveriam ser realizadas por outros.
A lentidão na liberação das vagas docentes já aprovadas para contratação tem gerado incrementos na carga horária, dos docentes que mais colaboram com o curso, conduzindo-os a exaustão, reduzindo sua capacidade de trabalho, pois não se consegue trabalhar com pesquisa em todas as áreas afins a um determinado tema.
Este conjunto de pontos, aqui considerados, se não forem sanados em curto espaço de tempo conduzirão a perda de qualidade e inviabilizarão a recuperação da eficiência em alguns setores.
1. Descrição Sintética do Projeto Pedagógico
A Universidade Pública deve formar, em suas licenciaturas, professores bem preparados, tomando como referencial, para a formação destes novos professores, as Diretrizes Curriculares para o Ensino Superior e os Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio, ambos formulados pelo Ministério da Educação e Cultura e associando a estes pesquisas na área de educação.
Até a conclusão do curso de licenciatura, o futuro professor terá passado, como aluno, pelo menos quinze anos diante de seus muitos professores e carregará consigo o dito “modelo tradicional” de ensino, onde o professor tem a palavra e os alunos são caixas vazias a serem preenchidas.
Sabe-se que, a maioria dos professores do ensino fundamental e médio consideram que o maior aprendizado que tiveram veio do exercício da profissão, ou seja, aprende-se a ser professor “sendo”.
Diante deste quadro, de aprendizado intuitivo, do que é ser professor, da falta de articulação entre disciplinas de conteúdo específico e pedagógico e do perfil que é previsto para o professor pergunta-se: como formar um bom professor?
A resposta começa pelo projeto pedagógico, que deve estar em sintonia com um projeto maior da Universidade e este em sintonia com diretrizes estaduais e federais.
Das diretrizes curriculares, para o ensino de biologia, tem-se que os futuros licenciados ou bacharéis desenvolvam competências e habilidades, tenham um embasamento histórico-epistemológico da biologia, vivenciem a interdisciplinaridade, a multidisciplinaridade e a contextualização dos conteúdos, entre outros. Portanto, além de conhecer determinado conteúdo, para ensina-lo é necessário saber como faze-lo “ensinável”.
Para isto, além do conhecimento do conteúdo, são necessários conhecimentos adicionais, onde se inclui conhecimento sintático, conhecimento substantivo, conhecimento curricular e conhecimento pedagógico dos conteúdos. Estes se referem à abrangência (quantidade), qualidade e organização de determinado tópico na mente do professor.
Diante do exposto, espera-se que o professor de biologia tenha uma sólida formação interdisciplinar e abrangente, que lhe confira um espírito crítico e empreendedor para enfrentar desafios e que seja capaz de acompanhar as mudanças científicas e tecnológicas de sua área de atuação.
Este curso tem, portanto, como meta principal a formação de professores de alto nível na área de biologia, o que se espera obter por meio das disciplinas de cunho didático, do esforço conjunto e continuado do corpo docente, em permear o cotidiano das disciplinas, enriquecendo os futuros professores com exemplos e experiências que, ao lado de sólida formação pedagógica, permitirá aos egressos dar início, também, a especializações nas diversas áreas da biologia. Capacitando o aluno, por meio de estrutura curricular abrangente e diversificada, a atuar nas várias funções ligadas à profissão de biólogo ou a estender seus estudos em cursos de pós-graduação.
Por isto, os graduandos devem ter amplas oportunidades de desenvolver conhecimentos que a literatura em ensino de ciências tem apontado como fundamentais para a formação de professores e, para isto, o curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Engenharia-Campus de Ilha Solteira trabalha com seus docentes e alunos de modo a abranger os seguintes conhecimentos:
Conhecimento do conteúdo;
Conhecimento do conteúdo numa perspectiva interdisciplinar;
Conhecimento intradisciplinar;
Conhecimento transdisciplinar;
Conhecimento pedagógico do conteúdo;
Conhecimento curricular;
Conhecimento psico-pedagógico geral;
Experiências de ensino;
Vivencia em pesquisa de iniciação científica e
Participação em grupos de estudo/pesquisa/discussão de ensino de biologia.
1.1. Descrição Sintética da Reestruturação Curricular
Embora o Curso de Ciências Biológicas – Modalidade Licenciatura tenha iniciado em 2002, não tendo formado ainda nenhuma turma por se tratar de curso noturno, exigindo-se no mínimo cinco anos para a integralização curricular, as novas Resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovadas em 2002, bem como a Resolução UNESP 03/2001, tornaram necessárias algumas alterações para cumprir as exigências legais, que tiveram por base as seguintes Resoluções e Pareceres:
-
Resolução CNE/CP 1 de 18/02/2002 que “Institui as diretrizes curriculares para formação de professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena”;
-
Resolução CNE/CP 2 de 19/02/2002 que “Institui a duração e carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior”;
-
Resolução CNE/CES 7 de 11/03/2002 que “Estabelece as diretrizes curriculares para os cursos de Ciências Biológicas” e
-
Resolução UNESP Nº 03, de 05/01/2001 que “Dispõe sobre os princípios norteadores dos cursos de graduação no âmbito da UNESP” e estabelece o prazo de dois anos, a partir de 2002, para que todos os cursos estejam ajustados às normas dessa resolução.
-
Parecer CNE/CES 583/2001 com “orientação para as diretrizes curriculares para os cursos de graduação”;
-
Parecer CNE/CP 009/2001 que trata das “Diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores da educação básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena”;
-
Parecer CNE/CP 27/2001 que “Dá nova redação ao item 3.6., alínea c, do Parecer CNE/CP 09/2001”;
-
Parecer CNE/CP 21/2001 que “Estabelece a duração e a carga horária dos cursos de formação de professores da educação básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena” e
-
Parecer CNE/CP 28/2001 cujo objetivo é o de “Dar conseqüência à determinação do Art. 12 do Parecer CNE/CP 09/2001 que estabelece uma especificidade própria para os cursos de formação de professores em nível superior”.
Estas resoluções e pareceres culminaram na Resolução Unesp-15, de 17 de fevereiro de 2005, que regulamenta o curso.
Ressalta-se aqui que as maiores alterações se deram nas disciplinas de conteúdo pedagógico, que estão atualmente organizadas como segue:
-
420 (quatrocentas e vinte) horas de prática como componente curricular (PCCC) vivenciadas ao longo do curso.
Compreende as seguintes disciplinas de formação pedagógica:
Disciplina
|
Horas
| -
Estrutura e Funcionamento do Ensino e Fundamental e Médio
|
60
| |
60
| |
60
| -
Educação Ambiental na Escola
|
60
| -
Práticas Pedagógicas - Ciências
|
30
| -
Práticas Pedagógicas - Botânica
|
30
| -
Práticas Pedagógicas - Zoologia
|
30
| -
Práticas Pedagógicas - Genética e Evolução
|
30
| -
Práticas Pedagógicas - Biologia Estrutural
|
30
| -
Práticas Pedagógicas - Saúde
|
30
|
TOTAL
|
420
|
-
420 (quatrocentas e vinte) horas de Estágio Curricular Supervisionado (ECS) a partir do início da segunda metade do curso
Este estágio, de 420 horas, deverá ser desenvolvido em escolas de ensino fundamental e médio e será dividido em duas etapas:
Primeira etapa
Terá 90 horas (6 créditos) distribuídos em módulos de 30 e 60 horas, onde o aluno deverá aprender como as escolas funcionam e desenvolver um projeto idealizado e redigido como resultado das “Práticas Pedagógicas”.
Segunda etapa
Terá 330 horas (22 créditos) e deverá ser desenvolvida totalmente voltada para as escolas de ensino fundamental e médio, onde parte desta carga horária deverá ser ocupada com docência.
-
210 (duzentas e dez) horas para outras formas de atividades acadêmico-científico-culturais (AACC)
Estas atividades poderão ser desenvolvidas desde o primeiro ano, compreendendo tudo que o aluno possa desenvolver no contexto acadêmico, artístico e cultural, podendo optar pelas atividades apresentadas na Tabela 01, ou por outras a serem analisadas pelo Conselho de Curso.
Este conjunto de disciplinas e atividades, associado às demais disciplinas de conteúdo específico, gera uma carga horária distribuída entre disciplinas obrigatórias, optativas, PCCC (práticas como componente curricular vivenciadas ao longo do curso), AACC (atividade acadêmico científico cultural) e ECS (estágio curricular supervisionado), como apresentado nas Tabelas 02, 03 e 04.
Tabela 01. Relação de Atividades Acadêmico-Científico-Culturais.
ATIVIDADES
|
1. Participação em eventos científicos (no máximo 2 por ano)
|
1.1. Sem apresentação de trabalho
|
1.2. Com apresentação de trabalho
|
2. Organização de eventos (no máximo 1 por ano)
|
2.1. Presidente
|
2.2. Demais funções
|
3. Atividades de Representação (apenas titulares)
|
3.1. Órgãos Colegiados Centrais
|
3.2. Órgãos Colegiados Locais
|
3.3. Associações (Diretório Acadêmico, Centro Acadêmico, etc)
|
3.4. Representante de Classe
|
4. Estágios extracurriculares (mínimo de 100 horas com apresentação de relatório)
|
5. Excursões multidisciplinares (máximo 1 por ano)
|
6. Promoção de Atividades de Extensão (Feira de Ciências, Semana do Meio Ambiente, Atuação em atividades nas escolas de nível fundamental e/ou médio, etc.)
|
7. Participação em cursos ou outras atividades de extensão (por exemplo: “Venha Nos Conhecer”)
|
8. Atividades Didáticas
|
8.1. Monitoria Oficial ou Voluntária (1 crédito = 30 horas de atividades)
|
8.2. Aulas em Cursos Pré-Vestibulares ou outros (a cada 20 horas-aula ministradas por semestre será contabilizado 1 crédito)
|
9. Publicações
|
9.1. Artigos em revistas indexadas
|
9.2. Artigos em revistas não indexadas
|
9.3. Trabalhos Completos em Anais
|
10. Freqüência em cursos de outros idiomas (1 crédito = 3 horas/semana/ano)
|
11. Disciplinas feitas em outros cursos da Unidade ou em outras Instituições de Ensino, com a devida autorização do Conselho de Curso (1 crédito = 30 horas-aula)
|
Tabela 02. Carga horária, número de créditos e de disciplinas dos ingressantes de 2005, em acordo com a Resolução Unesp-15, 17-02-2005.
Disciplinas
|
Número de Disciplinas
|
Créditos
|
Carga Horária
|
Obrigatórias
|
38
|
144
|
2160
|
Optativas
|
02
|
08
|
120
|
PCCC
|
10
|
28
|
420
|
AACC
|
--
|
14
|
210
|
ECS
|
05
|
28
|
420
|
TOTAL
|
55
|
222
|
3330
| RESUMO
Disciplinas
|
Número
|
Créditos
|
Carga Horária
|
Obrigatórias
|
53
|
200
|
3000
|
Optativas
|
02
|
08
|
120
|
AACC
|
--
|
14
|
210
|
TOTAL
|
55
|
222
|
3330
|
Os ingressantes dos anos de 2002, 2003 e 2004 seguirão, em acordo com a Resolução Unesp-15, de 17 de fevereiro de 2005, currículos especiais, com a carga horária apresentada nas Tabela 03 (ingressantes de 2003 e 2004) e Tabela 04 (ingressantes de 2002).
Tabela 03. Carga horária, número de créditos e de disciplinas dos ingressantes de 2003 e 2004, em acordo com a Resolução Unesp-15, 17-02-2005.
Disciplinas
|
Número de Disciplinas
|
Créditos
|
Carga Horária
|
Obrigatórias
|
34
|
136
|
2040
|
Optativas
|
01
|
04
|
60
|
PCCC
|
10
|
28
|
420
|
AACC
|
--
|
14
|
210
|
ECS
|
04
|
28
|
420
|
TOTAL
|
49
|
210
|
3150
|
RESUMO
Disciplinas
|
Número de Disciplinas
|
Créditos
|
Carga Horária
|
Obrigatórias
|
48
|
192
|
2880
|
Optativas
|
01
|
04
|
60
|
AACC
|
--
|
14
|
210
|
TOTAL
|
49
|
210
|
3150
|
Tabela 04. Carga horária, número de créditos e de disciplinas dos ingressantes de 2002, em acordo com a Resolução Unesp-15, 17-02-2005.
Disciplinas
|
Número de Disciplinas
|
Créditos
|
Carga Horária
|
Obrigatórias
|
34
|
136
|
2040
|
Optativas
|
02
|
08
|
120
|
PCCC
|
10
|
28
|
420
|
AACC
|
--
|
14
|
210
|
ECS
|
04
|
28
|
420
|
TOTAL
|
50
|
214
|
3210
| RESUMO
Disciplinas
|
Número de Disciplinas
|
Créditos
|
Carga Horária
|
Obrigatórias
|
48
|
192
|
2880
|
Optativas
|
02
|
08
|
120
|
AACC
|
--
|
14
|
210
|
TOTAL
|
50
|
214
|
3210
|
O curso conta também com viagens didáticas multidisciplinares, as quais tem se mostradas muito valiosas no que diz respeito aos trabalhos de campo, laboratório, e integração de conteúdos, fundamental à formação de biólogos, pois ajuda no desenvolvimento de uma visão global de processos, do seu equilíbrio, da natureza e assim, permite uma melhor compreensão do ensinar, da importância da contextualização de conteúdos, da multidisciplinaridade que envolve ciências e biologia. Nos três anos iniciais do curso foram realizadas as viagens previstas, no entanto os discentes precisaram pagar parte do custo com transporte, para viabilizá-las. As viagens didáticas previstas no projeto pedagógico estão indicadas na Tabela 05.
Tabela 05. Viagens Didáticas Multidisciplinares realizadas em 2002, 2003 e 2004
Viagens Didáticas Multidisciplinares
|
Realizadas
|
1. Campos do Jordão e Ubatuba (SP)
|
2002- 2003-2004
|
2. Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira e Ilha do Cardoso (SP)
|
2003-2004
|
3. Pantanal e Bonito (MS)
|
2004
|
4. Serra do Cipó (MG)
|
|
TOTAL
|
|
1.2. Avaliação do Ensino de Graduação
A atual política de acesso aos cursos de graduação oferecidos pela UNESP não tem atendido, de modo satisfatório, sua responsabilidade social como Universidade Pública, uma vez que este acesso se faz por meio de vestibular e apenas os bem preparados vencem esta difícil etapa de acesso à Universidade, colocando à margem desta, principalmente, aquelas pessoas oriundas de classes menos favorecidas, que cursam os ensinos fundamental e médio em escolas públicas, reproduzindo, por meio do processo seletivo e do descaso governamental com o ensino fundamental e médio, a sociedade que marginaliza.
Por outro lado, vê-se que a UNESP luta arduamente para cumprir seu papel social, ao se instalar no interior do estado, possibilitando maior facilidade de acesso desta parcela da comunidade à universidade, além do seu compromisso com o ensino de qualidade, criando as condições necessárias para romper este ciclo, justamente por formar profissionais qualificados e preparados para trabalhar no ensino fundamental e médio, garantindo o ingresso, na universidade, por vestibular aos alunos de baixa renda, que contam somente com o ensino público para melhorar sua qualidade e ideais de vida, tirando do processo seletivo a possibilidade de reproduzir uma sociedade injusta.
1.3. Avaliação do Perfil dos Ingressantes (2002, 2003 e 2004)
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