Características pessoais e procedências
Dentre os inscritos, para o vestibular do curso de Ciências Biológicas – modalidade licenciatura, predominam candidatos do sexo feminino (67%), este comportamento prevalece entre os ingressantes, onde se tem maioria feminina (60%), em detrimento de 40 % de matriculados do sexo masculino.
Este comportamento é bastante homogêneo ao longo dos três anos em análise (Tabela 06).
Tabela 06. Distribuição por sexo dos candidatos e ingressantes no curso de ciências biológicas, em porcentagem, por ano de ingresso.
Ano
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2002
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2003
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2004
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Sexo
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Candidatos
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Ingressantes
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Candidatos
|
Ingressantes
|
Candidatos
|
Ingressantes
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Feminino
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72
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57
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65
|
65
|
66
|
60
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Masculino
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28
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43
|
35
|
35
|
34
|
40
|
Com relação à faixa etária nota-se que, dentre os inscritos, 72 % tem até 19 anos, o que se repete entre os ingressantes (76%). Estes percentuais foram um pouco menores em 2002 (67 %) e aumentaram em 2003 e 2004 para 81 e 80 %, respectivamente.
Os solteiros predominam tanto entre os candidatos (96%) como entre os ingressantes (99%).
Por se localizar a Unidade universitária no interior do Estado de São Paulo, nada mais esperado do que ter, entre seus candidatos, um grande contingente de residentes no Estado de São Paulo, tanto entre os inscritos (90%) como entre os ingressantes (95%). Acrescente-se a isto a significativa parcela de inscritos (80%) e ingressantes (86%) cuja residência é no interior do Estado de São Paulo.
Resumidamente, tem-se candidatos ao curso de Ciências Biológicas jovens, solteiros e residentes no interior do Estado de São Paulo, indicando que a UNESP vem cumprindo seu papel social quando se posiciona no interior do estado, possibilitando maior acesso desta parcela da comunidade à universidade.
Trajetória escolar
Nota-se que, tanto dentre os candidatos (74%) como dentre os ingressantes (56%), predominam os que cursaram o 1º grau (ensino fundamental) na rede pública. Observam-se algumas oscilações entre os matriculados em 2002 (53%), 2003 (45%) e 2004 (70%), indicando incrementos no número de ingressantes oriundos da rede pública, no ensino fundamental.
A mesma tendência é observada para os inscritos, em relação ao 2º grau (ensino médio), onde 62 % estudaram em escola pública, seguidos de 25 % que estudaram em escola particular. No entanto, predominam entre os ingressantes, aqueles que estudaram em escolas particulares (48%), seguido dos que estudaram em escola pública (38%). Cabe considerar que estes valores mudaram um pouco ao longo destes três anos, passando em 2004 a predominar, entre os matriculados, os alunos que cursaram o ensino médio na rede pública (53 %), sugerindo uma inversão de comportamento em relação ao que foi observado nos dois anos anteriores. Em 2002 predominou entre os matriculados os oriundos de escola particular (53%), em 2003 isto se manteve (58%) e caiu em 2004 (33%). Sugerindo que as escolas particulares de ensino médio, já não conseguem preparar o aluno de modo satisfatório para o vestibular.
Há que se considerar também que, dentre os ingressantes, predominam os que fizeram um ou mais anos de cursinho (66%), enquanto que, entre os inscritos 50% não freqüentou cursinho. Devemos refletir aqui sobre a real eficiência das escolas particulares de ensino médio.
Embora jovens (19 anos ou menos), a maioria dos ingressantes (85%) prestou vestibular anteriormente, e 54% destes prestou três vestibulares ou mais. No entanto, 90% dos candidatos e 91% dos ingressantes não freqüentaram outro curso superior.
Em linhas gerais, os alunos matriculados cursaram o ensino fundamental na rede pública, o ensino médio na rede particular, com tendência a mudanças e fizeram cursinho para ingressar na universidade, por meio do atual sistema de vestibular.
Características sócio-culturais
Aproximadamente 50% dos candidatos são filhos de pais (mãe e pai) com pelo menos o ensino médio completo. Isto significa que os outros 50% são filhos de pais com, no máximo, o ensino fundamental completo.
Entre os ingressantes, nota-se que a escolaridade dos pais aumenta (67% de pais com pelo menos o ensino médio completo e 75% de mães com pelo menos o ensino médio completo), entre estes aproximadamente 40% são filhos de mães que têm curso superior completo.
Com relação à atuação profissional, 71% dos ingressantes são filhos de mães que trabalham, enquanto que, para os candidatos este número é 61%, concentrando-se a maior parte, nos dois casos, na categoria profissional liberal, professora ou técnica de nível superior, tanto entre os ingressantes como para os candidatos.
Dentre os ingressantes 57% são filhos de pai que atua como profissional liberal, proprietário ou administrador de pequenas empresas, enquanto que apenas 42% dos candidatos tem pai com este perfil profissional. Dentre os candidatos 44% são filhos de pai que atua como técnico de nível médio ou operário, entre os ingressantes 31% tem pai com este perfil profissional. Isto mostra mudanças ao longo dos três anos analisados, sugerindo que vem aumentando o número de ingressantes cujo pai é operário tendo, em 2004, atingido 37%. Isto pode estar indicando alguma tendência de mudança de comportamento desta classe social.
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