VI Congresso da FNP debate
campanha reivindicatória
O VI Congresso Nacional da FNP, Federação Nacional dos Petroleiros, realizado no último final de semana (27 a 29) em São José dos Campos, iniciou o debate nacional sobre o próximo acordo coletivo da categoria. Entre todos os participantes, o consenso de que o fortalecimento da federação é fundamental para a garantia de novos avanços para os direitos dos trabalhadores. O Congresso, que ratificou a importância do apoio às lutas das demais categorias e movimentos sociais, contou com debates sobre conjuntura econômica e política nacional e internacional, Petros, e constituiu grupos de trabalho para aprofundar a discussão sobre o ACT 2012.
Conselheiros da Petros no Congresso da FNP
Pós-82, futuro da Petros e repactuação foram tema de discussão em São José dos Campos
Os conselheiros eleitos da Petros Silvio Sinedino, Agnelson Silva, Fernando Siqueira e Ronaldo Tedesco dividiram a mesa de debate sobre o futuro do fundo de pensão dos petroleiros no VI Congresso da FNP. Além da repactuação, eles criticaram o grande número de planos da Petros, que hoje chegam a 47, alguns com apenas 16 participantes e não se sustentam. Os conselheiros afirmam que os petroleiros estão bancando esses planos, apesar de não poder haver esta transferência de patrimônio.
Tedesco lembrou que as perdas, tanto dos repactuados quanto dos não repactuados, estão acumuladas em 39% desde 2003, por conta dos reajustes e níveis dados à ativa. “O que acontece hoje é que muitos companheiros estão entrando com ações para corrigir esta discriminação buscando os reajustes dados no PCAC e em forma de RMNR. E muitos estão saindo vitoriosos. Outro detalhe: ao entrar com esta ação mesmo que de forma inconsciente o petroleiro está desrepactuando ao dizer que não sabia das perdas que teria com a repactuação”, explicou.
Siqueira afirmou que “Como houve repactuação de 70% da categoria e eles só tem o IPCA, entendem que não têm o que fazer no sindicato e se afastam. No máximo 30% tem interesse direto de comparecer ao sindicato. Do lado dos ativos, a situação também não é melhor, porque sofrem com achatamento salarial. E os sindicatos levam a culpa, por ter sido aprovado em assembleia, de ter assinado o acordo. O resultado são os aposentados e pensionistas frustrados, e os ativos insatisfeitos. Tudo isso resultado de uma traição da FUP, que através da repactuação jogou ativos contra aposentados”.
Agnelson fez uma análise sobre as questões da previdência, lembrando o grande mito do déficit: “Uma dívida de 480 bilhões de 2.800 empresas com o INSS foi perdoada pelo Governo. Metade foi anistiada e a outra metade irá pagar em 370 anos. E os poderosos, com a ajuda da mídia, inserem na classe o senso comum de que há um rombo”.
Sinedino, que também é o representante dos trabalhadores no Conselho Administrativo da Petrobras, criticou a reabertura da repactuação. Ele também fez um balanço sobre o mandato no CA e criticou a rapidez com que são tomadas decisões importantes. “Um exemplo foi a compra, em meados de 2006, de uma refinaria nos EUA, quando a empresa pagou cerca de 350 milhões de dólares para controlar 50% da refinaria. Curiosamente, um ano antes esses mesmos 50% haviam sido comprados por 45 milhões de dólares. Logo em seguida, para dar fim a uma série de brigas judiciais, a empresa desembolsou mais de 850 milhões de dólares – somando um prejuízo de mais de 1 bilhão de dólares. Mas enquanto isso, a empresa mendiga PLR para os trabalhadores”.
Em relação ao Teto de Contribuição dos Pós-82, foi decidido que a FNP vai exercer pressão para que a empresa solucione a situação dos petroleiros enquadrados nesta situação. Existem hoje cerca de 27 mil petroleiros, sendo que 17 mil não atingiram o atual teto de contribuição, podendo se aposentar sem precisar pagar “serviço passado” e se beneficiarão com a eliminação do teto caso venham a atingi-lo no futuro. (Com informações do blog da FNP).
Congresso da FNP
aprova agenda de lutas
Uma direção firme em defesa dos petroleiros e sem
compromisso com as empresas e os governos
A nova direção da Federação Nacional dos Petroleiros irá percorrer percorrer os 17 sindipetros antes de realizar uma plenária nacional para discutir os rumos da campanha salarial e outras questões da categoria.
Participaram 76 delegados, 39 observadores, 12 convidados e 13 assessores jurídicos, entre eles o do Sindipetro-RJ. O Sindipetro-RJ participou com 22 delegados os sindipetros LP e AL/SE com 13, do Sindipetro PA/AM/MA/AP com 12 e do Sindipetro-SJC com sete. As oposições (Rio Grande do Norte, Norte Fluminense, Duque de Caxias e Unificado São Paulo) foram representados por nove delegados. A plenária final aprovou um calendário de lutas para o ACT 2012 com os principais eixos da campanha, após as resoluções encaminhadas pelos grupos de discussão.
Conjuntura - Atnágoras Lopes, membro da CSP-Conlutas, e Jardel Filho, economista do Dieese que acompanha as negociações da FNP com a Petrobras, conduziram o debate sobre a conjuntura socioeconômica do Brasil e da Petrobrás, realizado na sexta (28). Atnágoras apontou a parceria cada vez maior do governo federal com o setor empresarial como uma das principais causas de uma série de ataques que estão sendo dirigidos aos trabalhadores. E criticou o anúncio por parte de Dilma de que é necessário acelerar a retomada dos leilões do petróleo.
Jardel analisou as mobilizações recentes e avalia que “depois de 1960, pela primeira vez no Brasil temos uma combinação de crescimento econômico com democracia. O Governo está fazendo um esforço pra sustentar esse crescimento. Mas a crise afetou a economia brasileira. E foi essa crise que se colocou no mundo inteiro a responsável por impor um conflito entre a democracia e os interesses econômicos. Há um risco enorme para as classes dominantes, que é a classe trabalhadora em plena luta”. Em sua opinião, são os movimentos sindicais e sociais que devem impor o que ele chama de “salto qualitativo” para que o quadro de desigualdade que persiste neste país seja definitivamente alterado. (Com informações do blog da FNP).
Calendário para o ACT 2012
O calendário poderá ser alterado por sua executiva, se necessário, para unificar com as demais bases petroleiras e categorias em luta.
30/7 a 2/8 – redação final da pauta
2/8 – envio eletrônico aos sindicatos
2/8 a 6/8 – edição do jornal nacional da FNP, com reportagem sobre o Congresso, principais resoluções e publicação da pauta, impressão nacional de 60 mil com envio para todos os sindicatos e oposições da FNP
8/8 a 15/8 – Distribuição do Jornal da FNP e assembléias para aprovação da pauta e da autorização à FNP para negociar com a Petrobras
16/8 – Ato Nacional de inauguração da campanha ACT 2012- entrega e protocolo da pauta, com pedido de reunião para o dia 23 de agosto, de luto pelo acidente de Enchova e por mudanças na política de SMS da Petrobrás
23/8 – Reunião com a Petrobrás
24/8 a 27/8 – interlocução com as Centrais e Federações de outras categorias para construção de um calendário comum
28/8 – Proposta de data para a Plenária Nacional dos 17 sindicatos, que deverá discutir o caráter das mobilizações, paralisações e proposta de GREVE NACIONAL UNIFICADA e a realização do Seminário de Qualificação da Greve
Eixos da Campanha
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Aumento real é no Salário Base, o resto é enganação!
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Chega de divisão entre os petroleiros. É hora de unificar a luta!
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Reposição da inflação pelo maior índice
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Reposição das perdas passadas
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Correção de todas as distorções da aplicação da RMNR desde 2007 e incorporação no Salário Básico.
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Periculosidade pra valer! Incorporação da VP no Salário Básico
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Revisar o ANPR (Avanço de Nível e Promoção) e o ACJ (Avanço dos Juniors), avanço de nível e aceleração da carreira para todos!
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Incorporação na tabela salarial de todos os aumentos dados sob a forma de níveis;
Reposição dos níveis concedidos aos ativos em 2004, 2005 e 2006 para os aposentados;
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Fim da tabela congelada;
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Novo Plano de Cargos e Salários;
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Horas Extras para nível superior;
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Pela desrepactuação e contra a separação da massas, Petros BD para todos!
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AMS 100% paga pela Petrobrás, de qualidade e igual para todos. Inclusão dos pais. AMS não é benefício, é direito!
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Auxilio Amazônia, já!
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Combater a política de terceirização e defender os direitos dos terceirizados. Trabalho igual, direitos iguais!
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Combate ao assédio moral e sexual. Contra o machismo, racismo e homofobia;
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Chega de mortes na Petrobrás
COMENTÁRIOS
Emanuel Cancella, secretário-geral do Sindipetro-RJ:
“Sempre caminhamos juntos com a FNP, pois temos acordo em algo fundamental: não abrimos mão da independência do Governo, seja ele qual for. A nossa grande tarefa é unir os petroleiros que estão divididos entre ativos e aposentados, repactuados e não repactuados. Muito mais do que unir a direção, temos que unir a base da categoria petroleira”.
Eduardo Henrique, Secretário de Relações
Institucionais do Sindipetro-RJ:
“Somos chamados de divisionistas, mas quem dividiu a categoria foi a FUP desde a repactuação e agora a cada campanha, a cada derrota que impõe à categoria. Vamos disputar as bases da FUP e reforçar as oposições”.
Roberto Ribeiro, Secretário de Aposentados
e Pensionistas do Sindipetro-RJ:
“As fraudes salariais que estão desde 1995 sendo impostas à ca-tegoria tem atingido diretamente os aposentados e pensionistas, algo que os ativos também irão sentir, pois nada é incorporado ao salário. Não podemos mais aceitar esse tipo de discriminação”.
Desconto assistencial aprovado
As assembléias da base do Rio de Janeiro de PLR foram concluídas no dia 27. O Sindipetro-RJ assinou o acordo e as empresas do Sistema Petrobras (Petrobras/Transpe-tro/TBG/PBio) pagam dia 7 de agosto. Além da proposta de PLR foi aprovado também o desconto de 0,5% (meio por cento) do salário básico no mês de setembro. Esse desconto é para de uso exclusivo pela campanha O petróleo tem que ser nosso. Para o desconto assistencial foram 217 votos a favor, 150 contra e 7 abstenções.
Pescadores protestam por direito ao trabalho
Após a audiência pública na Câmara de Vereadores que
discutiu os problemas da pesca artesanal na Baía de Guanabara, pescadores caminharam até a porta da Petrobras
Quase duzentas pessoas compareceram ao Debate Público promovido pela Comissão Especial de Acompanhamento da Pesca no Município, presidida pelo vereador Dr. Edison da Creatinina (PV) que destacou as péssimas condições de trabalho enfrentadas pelos profissionais nas baías de Sepetiba e da Guanabara. Durante a audiência da Câmara do Rio, os pescadores da Associação Homens e Mulheres do Mar (Ahomar) denunciaram os assassinatos de quatro de seus membros, ocorridos em 2009, 2010 e dois este ano. Depois da audiência pública, os manifestantes fizeram uma caminhada da Cinelândia até a Avenida Chile, protestando em frente aos prédios da Petrobrás e do BNDES.
Segundo dirigentes da Ahomar, os pescadores mortos denunciavam as violações e crimes ambientais ocorridos na construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo a associação, a obra inviabiliza a pesca artesanal na praia de Mauá-Magé, na Baía da Guanabara.
O presidente Ahomar, Alexandre Anderson, criticou a ausência do Ministro da Pesca, Marcelo Crivella. Para ele, as medidas sugeridas pelo ministro, como a criação de um disque-denúncia e a chegada de duas lanchas para apoiar os pescadores, são inócuas. Já o presidente da Associação de Pescadores de Pedra de Guaratiba afirmou que não há vontade política por parte das autoridades para resolver o problema. Isac Oliveira criticou a ineficiência do Ministério da Pesca que, mesmo recebendo mais recursos a cada ano, ainda não mostrou a que veio.
AMS em debate no Sindipetro-RJ
Demora na marcação de consultas e no reembolso foram as principais críticas
O auditório do Sindipetro-RJ ficou lotado de aposentados e pensionistas na tarde da última segunda-feira (30), para assistir à apresentação AMS na Área, preparada por representantes do RH da Petrobrás e do Compartilhado da Assistência Multidisciplinar de Saúde. A palestra serviu para divulgar as novidades e responder às dúvidas mais frequentes sobre a utilização dos serviços. Também foi distribuída a cartilha AMS e você.
Para o coordenador da Secretaria de Aposentados do Sindipetro-RJ, Roberto Ribeiro, além de esclarecer dúvidas, a palestra permitiu apresentar duas importantes mudanças no Programa de Avaliação da Saúde do Aposentado (PASA).” Agora, pensionistas (com idade igual ou superior a 50 anos) também têm direito ao PASA e os exames periódicos básicos, se feitos com agendamento num centro de saúde específico (ver em www.ams.petrobras.com.br), são totalmente gratuitos”, assegura Roberto.
Durante a apresentação, também foi informada a criação do sistema de entrega domiciliar de medicamentos para doenças crônicas (hipertensão arterial, diabetes, colesterol, triglicerídeos, insuficiência cardíaca, doença coronariana, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma e glaucoma), além de remédios contra o câncer, hepatites virais, insuficiência renal crônica e HIV/Aids (estes sem participação pecuniária do beneficiário).
Outra novidade é a ampliação do Programa de Assistência Especializada (PAE), voltado para a habilitação, reabilitação e educação de pessoas com deficiências congênitas ou adquiridas até os 21 anos de idade. São prestados atendimentos como equoterapia, fisioterapia, fonoaudiologia, hidroterapia, musicoterapia, psicopedagogia, terapia ocupacional e educação especial, entre outros.
Após a apresentação, os representantes do RH e do Compartilhado AMS ainda dedicaram mais de duas horas respondendo às dúvidas dos quase 110 presentes. Também ouviram muitas críticas, principalmente quanto à demora na marcação de consultas e no reembolso.
O representante do RH Leandro Pfaffenzeller informou que a AMS reajustou o valor pago por consulta médica para R$ 100,00, o maior valor pago entre todas as operadoras de plano de saúde do país e que isto deve minorar o problema na marcação de consultas.
Já para Roberto Ribeiro, a AMS tem melhorado, mas ainda há questões que precisam avançar. Ele faz parte da Comissão da AMS que se reúne a cada dois meses, analisando as queixas e reclamações. Mas acredita que o Sindipetro-RJ tem importância fundamental nessas negociações, principalmente garantindo mais direitos nos ACT’s. “Mas a nossa grande luta ainda é conseguir que a AMS seja 100% custeada pela empresa” – garante Roberto.
A próxima reunião dos aposentados do Sistema Petrobras no Rio de Janeiro está marcada para 4 de setembro.
Motoristas do Comperj em GREVE a partir de terça
Motorista da Veloz realizaram assembléia nesta terça (31). O clima de ameaças continua. Quem participasse da assembléia seria demitido. Mas a dignidade dos motoristas venceu o medo. Na véspera, advogado da Veloz reuniu os motoristas e informou que o piso de Macaé seria aplicado a partir de 1º de agosto. Mas não apresentou nenhum documento que oficializasse a proposta. Diante desse quadro, os motoristas decidiram entrar em estado de greve e iniciar a paralisação a partir do dia 7 de agosto caso não seja formalizada uma proposta que contemple os seguintes pontos: piso salarial de R$1.356,09 retroativo a 1º de maio de 2012 (database); reintegração dos motoristas demitidos; auxílio-almoço de R$ 300,00 (o mesmo dos trabalhadores do Comperj); opção ou não pelo desconto do vale-transporte (a maioria não usa, mesmo assim é descontado em 6%); horas extras não-pagas (a empresa disse que resolveu, mas há divergências); vale-janta (outras empresas pagam); cópia do Contrato de Trabalho (até hoje eles não receberam); cobrança de multas sem os trabalhadores terem acesso ao auto de infração (são descontados sem nem saber porquê); descontos indevidos dos telefones; esclarecimentos sobre descontos diversos (são descontados sem saber sobre o quê); respeito à NR-5 e à eleição da Cipa. Além desses pontos a assembléia aprovou greve de imediato se algum companheiro for punido.
O Sindipetro-RJ está preparando o “dossiê Veloz” que vai ser apresentado às autoridades, entre elas Câmara Municipal do Rio de Janeiro e a Assembléia Legislativa (Alerj) em audiência pública. Quem tiver contribuições ao dossiê favor enviar ao Sindipetro-RJ.
Aparelhamento da Fundacentro preocupa servidores
Problemas no concurso público e acordos da nova
gestão estão entre as denúncias
Servidores da Fundacentro, órgão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) responsável por produzir e difundir conhecimentos sobre Segurança e Saúde no trabalho e Meio Ambiente, fazem graves denúncias contra o presidente da instituição, Eduardo de Azeredo Costa, que estaria promovendo um aparelhamento político- partidário, afastando técnicos de carreira, por gestores nomeados, e lançam dúvidas sobre o último concurso público.
Segundo a pesquisadora Arline Sydinéia Arcuri, o presidente, ainda no primeiro mês de sua gestão, foi à Inglaterra, onde assinou um termo de cooperação técnica com o Centro de Gerenciamento de Inovação Tecnológica, da Universidade de Londres, por sinal a universidade onde conseguiu título de doutor, sem prévia discussão com o corpo técnico da casa, o que compromete o planejamento anual da instituição, elaborado inclusive com entidades parceiras.
Outro problema levantado pelos servidores diz questão ao novo Estatuto da Fundacentro. A comissão interna criada teve seu trabalho desconsiderado e a versão do estatuto enviada ao MTE não foi apresentada aos trabalhadores. Enquanto este novo estatuto “surpresa” está sendo analisado, agora já no âmbito da Casa Civil da Presidência da República, Eduardo Azeredo Costa tem feito suas mudanças através de medidas administrativas.
Segundo a Associação dos Funcionários da Fundacentro (AFF), o caso mais grave, porém, foi a realização do concurso público. Uma comissão criada na gestão anterior, fez um levantamento da necessidade de vagas por setores, que foi desconsiderado pelo novo presidente, chamando para si a realização do concurso. No edital, por ele preparado, não foi especificado o salário real a que terão direitos os aprovados. A AFF expediu um documento alertando para estas e outras irregularidades do edital. A despeito dos alertas, as retificações não foram realizadas e ainda o prazo para a realização do concurso foi antecipado em um mês o que redundou em número bem menor de inscritos.
Para a pesquisadora Luiza Maria Nunes Cardoso, que trabalha na Fundacentro há 24 anos, está clara a proposta político-partidária do presidente, de aparelhamento da Fundação. “Os técnicos estão desvalorizados e desmotivados”, diz a pesquisadora.
Este quadro coloca em risco a única entidade voltada para a prevenção de acidentes do trabalho na América Latina, considerada centro de referência para universidades, associações, sindicatos nacionais e internacionais, centro colaborador da Organização Mundial do Trabalho em saúde dos trabalhadores, além de contribuir no apoio à criação de políticas de saúde e segurança e normas regulamentadoras junto ao Ministério Trabalho e Emprego.
Cremerj tenta impedir partos em casa
Medida foi suspensa pela Justiça temporariamente,
em liminar concedida ao Coren
A Justiça Federal concedeu, no dia 30 de julho, liminar que garante às grávidas ter filhos em casa com médicos e autoriza a participação de parteiras e doulas (acompanhantes), atendendo a pedido do Conselho Regional de Enfermagem (Coren).
A polêmica uniu Movimentos de Defesa dos Direitos das Mulheres, o Coren e a Defensoria Pública contra as resoluções 265 e 266 do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) que impedem o parto domiciliar. No dia 5 de agosto (domingo) acontece a Marcha pela Humanização do Parto, organizada em protesto contra as decisões do Cremerj. O ponto de encontro será no Posto 9 da praia de Ipanema, às 14 horas.
Para o presidente do Coren-RJ, Pedro de Jesus, a decisão é ditatorial e prejudica a equipes dedicadas ao parto domiciliar. “A mulher que quiser ter parto domiciliar vai continuar tendo, pois o enfermeiro obstetra é amparado por lei a realizar o parto, mas é óbvio que a equipe ficará desfalcada, pois a falta de um integrante da equipe; seja médico, enfermeiro, doula ou psicólogo; prejudica o parto humanizado.”
A polêmica decisão do Cremerj ainda será analisada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Em contato com a assessoria de imprensa do Conselho, o Surgente obteve a seguinte resposta:”A respeito das resoluções 265 e 266, do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), publicadas no Diário Oficial do Estado, esclarecemos que: 1) A participação de médicos em partos domiciliares e na assistência perinatal fora do âmbito das maternidades deverá ser um dos temas de reunião do plenário do Conselho Federal de Medicina (CFM), prevista para o mês de agosto. 2) O CFM entende que o debate em torno deste procedimento deve se pautar, sobretudo, pelas evidências científicas e técnicas que garantam à mulher e ao bebê o atendimento adequado, reduzindo ao máximo o risco de vida e de intercorrências para ambos. Finalmente, ressaltamos o compromisso do CFM com a defesa e o estímulo ao exercício ético da Medicina, tendo em vista o impacto de seus desdobramentos sobre os profissionais, os pacientes e sociedade.”
EDITORIAL
PETROBRÁS E A BANDA PODRE
A Petrobrás tem responsabilidade social? No geral, sim. Petrobrás é motivo de orgulho para os petroleiros e para todos os brasileiros. A metade das obras do PAC é financiada pela Petrobrás. Quem mais arrecada imposto para União, Estados e Municípios também é ela. Por conta dos altos investimentos e da mão de obra superespecializada, a petrolífera brasileira é vanguarda no setor. Essa é a Petrobrás da responsabilidade.
Mas temos a Petrobrás da irresponsabilidade. Não dela, mas de seus gestores. A Petrobrás que terceiriza desmedidamente serviços é bandida! O Compartilhado, um dos que mais contrata serviços e mão de obra na companhia, poderia tranquilamente ser sócio de jornais policiais do tipo “espreme e sai sangue”.
É o Compartilhado que contratou, no Cenpes, a empresa que chamou o camburão para prender trabalhadores que “desviaram” restos de comida. É o Compartilhado que se cumplicia com a Veloz para tratar motoristas trabalhadores como bandidos. Policiais armados, contratados pela Veloz, ameaçaram trabalhadores dentro da Petrobrás/Comperj para esvaziar a luta por melhores salários.
É de domínio público que a ampla maioria dos óbitos no Sistema Petrobrás é de terceirizados, resultado de uma política que associa baixa remuneração com falta de treinamento, de fiscalização e da exigência da mão de obra especializada. Por tudo isso defendemos a primeirização.
Mas não são apenas os terceirizados que sofrem. A irresponsabilidade atinge toda a categoria. Por exemplo: na política de SMS “Aposentadoria especial”, a companhia só recolhe aos cofres da Previdência para menos de três mil trabalhadores, quando na área operacional atuam pelo menos quinze mil trabalhadores.
A política aplicada na AMS é responsável pela morte de muitos trabalhadores e de seus dependentes, ao negar a cobertura ou colocar em exigência tratamentos de Grande Risco. Muitos já morreram e outros foram salvos por liminares que obrigaram a companhia a cobrir o tratamento anteriormente negado.
Esses “Coveiros da AMS” ainda têm a coragem de desinformar a categoria, apresentando gráficos e demonstrações financeiras como se gastassem muito com a AMS no Grande Risco. Mas são números manipulados, pois eles não informam o total acumulado na poupança, já que há anos o conjunto da categoria paga o seguro do Grande Risco e poucos recorrem a ele.
Na Petros, a situação vai de mal a pior. Os atuais gestores não conseguem resolver problemas que já deveriam fazer parte da rotina, considerando o tempo de vida da Fundação, criada em 1970. O mais lamentável é a conivência entre gestores e parte do movimento sindical - a FUP -, permitindo que a dívida da Petrobrás com a Petros, que daria para solucionar todos os nossos problemas, fosse trocada por moedas podres.
Recentemente, numa manobra para atender a exigências do Judiciário, a dívida em “moedas podres” foi trocada por petróleo, com liquidez para daqui a 20 anos. Imaginem os petroleiros com problemas de limite de idade, limite de teto no INSS e outras situações difíceis, que precisariam ser enfrentados agora, tendo que esperar 20 anos para ver seus problemas sanados.
Os nossos carrascos na Petros, além de fecharem o Plano BD (o de melhor concepção previdenciária do mundo), ainda reabrem a repactuação e apostam mais uma vez na divisão entre nós, acenando com uma massa financeira para aqueles que repactuaram e outra para os que não repactuaram: puro terrorismo.
Já os que não cederam à repactuação preferem apostar na Justiça e na luta dos sindicatos ligados à FNP, como no caso do PPV, que acabou se resumindo a uma tentativa frustrada de mudança em nosso Plano. Por outro lado, aqueles que acreditaram na farsa da repactuação ainda têm uma oportunidade, podendo entrar com ação para anulá-la.
Mas as grandes vítimas na Petros ainda são os aposentados e pensionistas que pagaram e ainda pagam à Fundação, recebendo atualmente até 90% do que têm direito. Foram ludibriados e continuam a ser lesados. Chamar os gestores da Petrobrás e da Petros de irresponsáveis é muito pouco para quem trata dessa forma aqueles que construíram a companhia.
Diante desse quadro, a direção do Sindipetro-RJ se compromete, mais que nunca, a defender a Petrobrás da responsabilidade social e usar todas nossas forças para denunciar e destruir a banda podre da companhia!
FIQUE LIGADO
Reuniões de Aposentados
Manguinhos – 2 de agosto, quinta-feira, 14h, no Sindipetro-RJ.
Angra dos Reis – 5 de setembro, quarta-feira, 14h, na subsede.
Coral do Sindipetro
Participe dos ensaios do coral A Voz da Luta às quartas feiras, de 16h30 às 18h30. Para participar basta comparecer neste horário na sede do Sindipetro-RJ, na avenida Passos, 34, sala 314.
Boca Livre e Faixa Livre
O Sindipetro-RJ apóia os programas Faixa Livre e Boca Livre. O Faixa Livre pode ser acompanhado de segunda-feira a sexta-feira, de 8h às 10h, na Rádio Band 1360 AM. O Boca Livre vai ao ar também de segunda-feira à sexta-feira, de 13h às 14h, na Rádio Tropical 830 AM.
Agenda das Cipas
TRANSPETRO SEDE - dia 07 de agosto, terça-feira, às 9h
TRANSPETRO ILHAS - dia 9 de agosto, quinta-feira, às 8h
TRANSPETRO ANGRA - dia 28 de agosto, terça-feira, às 8h
MANGUINHOS - dia 28 de agosto, terça-feira, às 9h
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