Explicando a Gira no tucatupada quando da chegada e saída do terreiro



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Explicando a Gira no TUCATUPADA

QUANDO DA CHEGADA E SAÍDA DO TERREIRO:
Toda vez que se entra no TUCATUPADA ou em qualquer outro terreiro de Umbanda devemos sempre saudar o Sr. Zé Pilintra (é quem cuida da entrada de todo terreiro), devemos saudar também os mentores espirituais do terreiro, no nosso caso o Caboclo Tupinambá e o Preto Velho Pai Damião.
Essa saudação deve ser feita em respeito a Casa na qual você está adentrando.
Para o filhos da Casa, existe uma continuidade nas saudações, ou seja depois dos cumprimentos, devem seguir para onde ficam as imagens da “Esquerda”, saudamos a Calunguinha, em seguida as imagens postadas ao lado e posteriormente a casa do Sr. Exu dos Caminhos.
Em seguida devemos adentrar no Congá e saudar as imagens no altar e posteriormente na cozinha onde fica a imagem de São Benedito e por fim ao nosso Anjo da Guarda ao acendermos a vela.
Ao entrarmos no Congá (onde acontece a gira) devemos sempre mentalmente pedir licença para entrar nesse local sagrado do Terreiro; não existe um jeito certo, cada um deve adotar o seu – o que importa é ser um ato de humildade e de coração aberto.
Por que tais cumprimentos se fazem necessários, primeiramente por respeito; por educação visto ser o local da “casa Deles”. Ressaltamos ser importante agradecer pelo que temos recebido e pedindo que continue sendo nos dada a proteção.
O mesmo procedimento deve ser feito quando formos deixar o Terreiro, pelos mesmos motivos apresentados acima.
BATER CABEÇA
Antes do início dos trabalhos, quando vamos colocar as fitas e as guias devemos bater a cabeça, ou seja, saudar todos os Orixás agradecendo pelo que temos recebido e pedindo proteção para a gira que iremos iniciar.
Em seguida devemos saudar os atabaques, visto que trazem o equilíbrio para a gira e dão a sustentação para a mesma.
O que significa o ato de “Bater a Cabeça”
Antes da abertura dos trabalhos religiosos, os médiuns devem bater cabeça para os Orixás perante o Congá.
Para isso, o médium deve posicionar-se de bruços e deitado em frente ao Congá (colocar o Ojá no chão e bater a cabeça sobre o mesmo), com as mãos no mesmo nível que a cabeça. Nesse momento, o ato de bater cabeça representa um ato de humildade, obediência e resignação aos preceitos religiosos da Umbanda.
Deve-se, em uma rápida prece mental, pedir a licença para trabalhar "neste chão" e pedir auxílio a Deus, aos Orixás e aos Guias espirituais, para um melhor desempenho de nossas funções mediúnicas, recebendo o axé dos Orixás donos deste Templo Sagrado.
Há outras circunstâncias em que se realiza o ato de bater cabeça. No momento de incorporação de um guia, um médium deve bater cabeça para a entidade, saudando-o e pedindo sua bênção.
Há momentos em que se bate cabeça para o Morubixaba (Chefe do Terreiro) em sinal de respeito (vale observar que o respeito ao seu "Pai ou Mãe de Santo" é fundamental e definitivo no caminho da espiritualidade, pois ele é o condutor de sua vida espiritual e religiosa).
Nossa religião é ritualística, então se no início batemos a cabeça para pedir licença, proteção e bons trabalhos, no final batemos a cabeça agradecendo pelos trabalhos e pedindo a proteção até a próxima gira.
Todos nós umbandistas "batemos a cabeça" em frente ao altar logo que chegamos ao terreiro, não é mesmo? Pois bem, será que já paramos para pensar na grandeza e no Sagrado desse ato?
Nós, umbandistas, herdamos dos povos africanos a representação do solo como a morada dos antepassados. Para eles, os Orixás são antepassados divinizados, ou seja, pessoas e anciões que imergiram na terra e se tornaram Orixás, portanto, para cultura africana o Sagrado está na terra e não no céu como prega a cultura europeia. Além disso, sabemos que em determinado momento da vida escravocrata, os negros enterraram os otás (pedra-fetiche) e os elementos simbólicos de seus Orixás para que não fossem descobertos pelos senhores das fazendas, os quais tentavam de todas as maneiras destruir e descaracterizar a cultura, a crença e as relações humanas desse povo. Com esse saber, fica fácil compreender que quando "batemos cabeça" estamos entrando em contato com esses ancestrais e antepassados, consequentemente, com todo o conhecimento e a sabedoria que esse passado guarda.
Não podemos deixar de lado também, o poder transformador do elemento terra, portanto, ao bater cabeça com os pensamentos firmados na ação e nas forças divinas, naturalmente conseguimos descarregar todos os pensamentos negativos e atuações negativas, que por ventura esteja envolvendo nosso mental. Melhor ainda acontece quando temos a oportunidade de deitar no chão ao bater cabeça, nessa ocasião, a descarga acontece também no sentido emocional e em todos os nossos chacras, afinal eles também entram em contato com a terra.
E vale ressaltar:
Quando batemos o lado direito, entregamos nossa coroa para as Entidades Espirituais da Direita, quando batemos o lado esquerdo, a entrega é para as Entidades Espirituais da Esquerda, já a testa representa entrega total, a entrega de nossa coroa a todas as forças assentadas e representadas no altar. É nesse momento que essas Entidades, de forma muito pontual, sutil e grandiosa, cruzam nossas costas firmando-nos e protegendo-nos que qualquer mal, dando toda a sustentação para os trabalhos espirituais.
Também sabemos que em muitos terreiros são usados outros elementos para que esse ritual aconteça com supremacia, a exemplo, posso falar da Ojá (toalha), que representa, entre tantas outras coisas, a proteção de Oxalá, o acolhimento e a pureza. Outras vezes o pai de santo risca um ponto para que o ritual aconteça com uma específica ação magística realizadora e religiosa. Há também aqueles que firmam a corrente com um canto representativo e emocionante, estimulando o lado emocional e vibracional da corrente.
Não tem como negar, a Umbanda é um encanto, está cheia de fundamentos, significados, tradição e axé. Aliás, Umbanda é AXÉ.
A essência foi extraída de alguns livros e textos, porém esse texto foi elaborado por Roseli Proença e Mya Ghenis
ATABAQUES / PONTOS CANTADOS:
Os atabaques têm grande importância, visto que ajudam tanto os médiuns como cambones e a própria assistência para que entrem em equilíbrio para iniciar a gira.
Para alguns os atabaques ativam a batida do coração fazendo entrar em sintonia com a energia que está chegando.
Os pontos cantados, tem o mesmo papel que o som dos atabaques. Os pontos cantados são uma saudação para cada Orixá é como uma prece para Eles.
Nem todo Terreiro de Umbanda possui atabaques, alguns Terreiros mantêm os atabaques a gira toda, o que facilita e auxilia muito o trabalho das entidades; um Ogã de Ponto ao notar alguma entidade necessitando de uma “força” para um “trabalho” imediatamente começa a cantar determinado ponto que vem diretamente de encontro ao que está sendo necessário naquele momento.
NOTA Nem todo Ogã de Atabaque e Ogã de Pontos necessariamente são médiuns.
DEFUMAÇÃO:
A defumação tem a função de limpeza energética da Casa e do nosso Eu.
Deve conter alguma erva específica? Existem Templos que adotam algumas ervas, outros utilizam outras ervas. Na nossa casa temos sete ervas (compradas prontas) Contém Incenso, Mirra, Beijoim, Arruda, Guiné, Alecrim e Alfazema.
A defumação sempre é necessária antes de darmos início a grande maioria dos ritos na Umbanda.
NOTA Algumas entidades acrescentam outras ervas quando vão fazer ou mandam um consulente fazer uma defumação com fim específico para um determinado local.
ÁGUA:
Água é Vida. A água “lava energeticamente” todos aqueles que cruzam a “Tronqueira (portão de entrada do Congá) tanto quando entram como quando saem.
Na abertura dos trabalhos do nosso Terreiro sempre utilizamos água mineral ou de cachoeira.
Existe uma variedade muito grande dos tipos de águas (chuva, cachoeira, de rio, de lagoa, de mar) cada uma tem sua utilização correta.
O uso da água é um procedimento normal para a maioria dos Terreiros
Água do mar com sal grosso – usado no Congá da Esquerda / gira da Esquerda

A água do mar auxilia na “limpeza” energética (quando tomamos banho de água do mar e ou de sal grosso {principalmente com sal grosso}, nunca devemos molhar nosso Ori {cabeça}); mas quando as entidades mandam tomar banho de sal grosso, mandam que em seguida se tome banho com água com açúcar – para não deixar o “corpo” aberto.


Esclarecendo - Tal procedimento de utilizar água do mar é para “limpar e eliminar” toda carga energética negativa presente.
Água de cachoeira acrescida de alfazema – usado no Congá da Direita / gira da Direita
Ajuda a manter o equilíbrio e a harmonia no decorrer da gira e também auxilia a “limpar” o ambiente.
Esclarecendo - Tal procedimento de utilizar água de cachoeira com alfazema é para “limpar e eliminar” toda carga energética negativa presente.
Outros Tipos de água e sua utilização:
Água de Cachoeira é também utilizada nos batismos sejam de filhos da casa ou de crianças. Água de cachoeira é também utilizada para “limpeza” de injustiças (Xangô).
Água de rio (calmo e de lagoa tranquilas) utilizadas para “lavar” as tristezas e agruras que a pessoa está passando (Oxum e Nanã, bem como para “limpar” a pessoa de eventuais “impregnações” (Oxossi).
Água de rio (rápido) para “limpar” das energias difíceis (Ogum).
Água de chuva (normalmente chuva intensa – desprezando o início da chuva que vem com “sujeira no ambiente” (Iansã).
Todos podem fazer uso das águas conforme explicado acima, porém desde que orientada por uma entidade do por que fazer e como fazer.
PONTO RISCADO:
Toda entidade risca seu ponto riscado (assinatura) quando incorpora no médium, as entidades do Chefe do nosso Terreiro fazem também na tronqueira, este tem a finalidade de juntamente com “Aqueles” que estão protegendo a tronqueira terem o auxílio Deles.
Ao final dos trabalhos devemos apagar os pontos riscados em sinal de respeito e agradecimento pelos trabalhos que foram executados.
CALUNGUINHA:
Dentro da Calunguinha encontram-se riscados os pontos dos sete Exus mentores da esquerda, do Exu dono do Terreiro, tal é para a proteção da casa.
ALTAR DA ESQUERDA:
Altar da Esquerda – As imagens que estão lá representam as falanges que trabalham para a Esquerda no nosso Terreiro; existem outras linhas que atuam na esquerda e que não estão ali. Salientamos que se fossemos colocar imagens de todas as linhas acabaria sendo um altar muito grande, e mais, muitas entidades que atuam na esquerda não possuem imagens representativas, tais como o Exu Mirim.
Existe uma disposição correta das imagens, ou seja, no Centro Exu / Omulú, a esquerda Dele Obaluae, Cigano e Marinheiro; a direita Dele Pomba Gira, Cigana e Boiadeiro/Baiano.
ALTAR DA DIREITA:
No Altar da Direita as imagens que compõe o Altar são:
Ao alto Olorum (Santíssima Trindade), Oxalá, (da Esquerda para a direita) Oxum e Xangô, mais abaixo Oxossi, Iansã, Nanã e Ogum, mais atrás três Arcanjos Gabriel, Miguel e Rafael. Na parte inferior do altar no centro Iemanjá, a sua direita Cosme e Damião e a esquerda (Omulu e Obalue).
NOTA A disposição das imagens no Altar em parte tem um padrão em todos os Terreiros, ou seja, Olorum, Oxalá, Mãe e Pai de cabeça do chefe do terreiro, na parte inferior, Iemanjá ao centro; as demais, cada Centro acaba adotando o seu.
As imagens representam o sincretismo com a religião católica. Atualmente não existe uma necessidade para tal sincretismo, entretanto no passado (tempo dos escravos) para evitar mais castigos dos senhores, adotaram as imagens dos santos católicos.
A disposição tem razão em função de serem conforme segue:
Oxum e Xangô – por serem os pais de cabeça do chefe do nosso Terreiro. Iemanjá é uma deferência estar separada por ser considerada a mãe de todos os Orixás. Os Arcanjos – Miguel (diretamente abaixo de Oxalá) é considerado o Patrono e Protetor da Umbanda; Gabriel (ao lado/atrás de Oxossi) é o arcanjo mensageiro e padroeiro das crianças pequenas e Rafael (ao lado/atrás de Ogum - acima de Obaluae) é aquele que trabalha com a saúde das pessoas.
VELAS:
Velas na Esquerda – são utilizadas e, razão de serem Entidades de Esquerda que trabalham para a Luz; auxiliam aquele que irá acender a ter maior sintonia com o ato que está fazendo.
Cada Terreiro utiliza as cores conforme determinado pelas entidades do chefe do terreiro. Deve-se respeitar a hierarquia e a ordem para acender, ou seja: do centro para fora; Omulú, Obaluaê, Pomba Gira, Cigano, Cigana, Marinheiro e Boiadeiro/Baiano.
Velas da Direita – são utilizados por Entidades de Direita; auxiliam aquele que irá acender a ter maior sintonia com o ato que está fazendo.
Cada Terreiro utiliza as cores conforme determinado pelas entidades do chefe do terreiro. Deve-se respeitar a hierarquia e a ordem para acender, ou seja: Oxalá, Xangô, Oxum, Iemanjá, Ogum, Oxóssi, Iansã, Nanã, Cosme e Damião e Omulú / Obaluaê.
PEMBA E PÓ DE PEMBA:
A Pemba é utilizada para riscar pontos e outras “marcações” que a entidade entender ser a melhor forma de exercer seu trabalho.
O pó de pemba é utilizado para “limpeza” e para que o consulente leve para fazer determinado “trabalho” determinado por Ela.
Tanto a Pemba como o Pó de Pemba ficam no altar por dois motivos, primeiro e mais importante para ficar energizado; em segundo para evitar que os Cambones tenham que ficar saindo do Congá a todo instante.
SAL GROSSO:
O sal grosso faz parte do nosso Altar da Direita tal como o pó de pemba, as entidades fazem uso diverso do sal grosso, quer seja para que o consulente leve para fazer um determinado trabalho ou mesmo banho, mas principalmente para “lavar” alguma guia ou algo no momento no Congá durante a gira.
Permanece no Altar pelo mesmo motivo doa Pemba e do Pó de Pemba.
INCENSOS:
O incenso tal como a vela auxilia a pessoa que irá fazer a obrigação (lembrem-se os sentidos auxiliam a mentalização e energia que a pessoa está dispendendo).
O que determina a escolha do tipo de incenso, é o tipo de trabalho para o qual está sendo aceso.


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