Uma sociedade indígena



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#120631
trabalho de sociologia



E.E.E.M.Walkise da Silveira Vianna 
Diretor: Roberto Turma: M3TR01
Professor: Rafael 
Disciplina: Sociologia
Alunas: Clarice Oliveira Costa, Eliza Costa 
Brasil, Joana Hellen Lima Quirino, 
Kailane Gonçalves De Aguiar e Pedro 
Henrique Almeida de Oliveira. 
 
 
Uma sociedade indígena 
 
 
“O povo Ticuna”
 
 
 
 


04.05.2022 
Marabá-PA 


Os povos indígenas têm se mantido únicos 
devido às suas estratégias sociais e culturais, e as 
atividades educacionais são uma delas. A educação 
realizada pelos povos indígenas permite que eles 
continuem a sobreviver e evitem que sua cultura 
seja transmitida de geração em geração. O povo 
Ticuna teve longa trajetória no decorrer de sua 
história, ora marcada pela profunda estabilidade 
(das origens mitológicas ao primeiro contato com 
o povo não-indígena), ora marcada por uma 
profunda violência simbólica e física que 
ocasionou na perda e da negação de certos 
aspectos indenitário. 
 
Os ticunas (Tikuna, Tukuna ou Magüta) são um 
povo ameríndio que habita atualmente a fronteira 
entre o Peru e o Brasil e o Trapézio amazônico na 
Colômbia. Formam uma sociedade de mais de 50 
000 indivíduos, divididos entre Brasil (36 mil), 
Colômbia (oito mil) e Peru (sete mil), sendo o mais 
numeroso povo indígena da Amazônia brasileira. A 
língua ticuna é geralmente classificada como uma 
língua isolada, entretanto pode estar relacionada à 
língua yuri, já extinta.
De acordo com a história oral relatada pelos 
próprios ticunas, eles eram índios que habitavam a 
terra firme e as cabeceiras dos igarapés. Viviam 
em constante guerra com outros povos e também 


entre si (guerras entre aldeias ticunas), sempre 
liderados por um tó-i (chefe militar). Durante esse 
período, seu principal inimigo era o povo tupi 
omágua (awane na língua ticuna) que dominava 
boa parte da várzea e possuía uma supremacia 
militar em relação aos seus vizinhos. Os omáguas 
dificultavam seu trânsito nas margens dos grandes 
rios, limitando-os ao centro das matas e 
impedindo-os de buscar condições mais favoráveis 
de sobrevivência na região. 
Sua história é marcada por contatos violentos 
com outros povos ameríndios, seringueiros, 
madeireiros e pescadores na região do rio 
Solimões. 

Cultura 
Os ticunas acreditam que foram pescados por Yo'i 
(um dos principais heróis culturais) das águas 
vermelhas do igarapé Eware. Por isso, se 
denominam Magüta, ou "povo pescado com vara" 
(de Magü, "pescar com vara" e o sufixo indicativo 
de coletivo -ta). Depois de pescados, o povo 
Magüta passou a residir na montanha Taiwegüne, 
nos arredores da casa de Yo'i, lugar sagrado para 
os atuais ticunas. 
 
Os ticunas têm sua própria língua, de mesmo 
nome, classificada como língua tonal e 


geneticamente isolada, de fonologia e sintaxe 
complexas. Há mais de 30 mil falantes no Brasil
Colômbia e Peru. No lado brasileiro, o ticuna é 
falado em mais de cem aldeias e nove municípios, 
inclusive em aldeias próximas às cidades[9] ou em 
que há falantes de outras línguas. Os ticunas em 
trânsito nas cidades dos municípios onde se situam 
suas aldeias usam a língua ticuna entre si e com os 
que ali se fixaram. Os filhos dos que se fixaram nas 
cidades usam com frequência a língua ticuna com 
seus pais. Em casos raros, a língua cede lugar ao 
português. Já os que se deslocaram para Manaus 
sofrem uma imposição muito mais forte do 
português. 
Os ticunas são encontrados em mais de vinte 
terras indígenas. Das 59 aldeias ticunas conhecidas 
em 2002, 42 delas se situam no trecho entre 
Tabatinga e São Paulo de Olivença, na região 
próxima à nascente do igarapé Eware, seu local de 
origem 
. A variedade e riqueza da produção artística dos 
Ticuna expressam uma inegável capacidade de 
resistência e afirmação de sua identidade. São as 
máscaras cerimoniais, os bastões de dança 
esculpidos, a pintura em entrecascas de árvores, as 
estatuetas zoomorfas, a cestaria, a cerâmica, a 
tecelagem, os colares com pequenas figuras 


esculpidas em tucumã, além da música e das 
tantas histórias que compõem seu acervo literário. 
 
 


 
 
 
 

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