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7. (UFPB) A Terra, desde o seu surgimento, sempre esteve em constantes mudanças de temperatura, em ciclos de milhares de anos de glaciações e interglaciações. Recentemente, o advento da Revolução Industrial produziu a poluição provocada pelas ações antrópicas, sendo o efeito estufa e o derretimento das calotas polares consequências que vêm atingindo algumas áreas no mundo. Com o aumento do nível do mar e o surgimento de áreas submersas, nasce a figura dos exilados ambientais, populações assustadas que desconhecem seus destinos.

O fenômeno acima descrito está ocorrendo nos seguintes pontos da Terra:

a) Litoral cubano e Caribe no oceano Atlântico.

b) Vales dos rios São Francisco e Parnaíba do Sul no Brasil.

c) Delta do rio Yun-Fei Ji na China e fossa das Marianas nas Filipinas.

d) Região de Mosquitia em Honduras e lago Titicaca na América do Sul.

e) Ilhas Maldivas e Tuvalu no oceano Índico.

8. (UEPB)

As variações do tempo atmosférico e o homem

No dia de ano-novo de 1978 uma onda de frio varreu a Europa, com paralisação de rodovias e ferrovias, além de outros transtornos na vida dos habitantes dessa importante região do mundo. O oposto também ocorreu na região mediterrânea, em julho de 1987 quando a temperatura subiu a níveis impressionantes. Os extremos de pluviosidade acarretam, da mesma forma, verdadeiras calamidades. Cherrapunji, em Bangladesh, já registrou, num só ano, 26.461 mm de chuva. Por outro lado, na região desértica do norte do Chile, houve um período de 53 anos em que só foram registrados 0,8 mm de chuva.

Adaptado de: ROSS, Jurandyr. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995. p. 84.

De acordo com o fragmento de texto acima, podemos perceber que:

a) as recentes alterações climáticas têm provocado catástrofes em várias partes do mundo.

b) o aquecimento global é consequência da forma como o homem vem tratando a natureza.

c) a natureza reage de forma violenta às agressões sofridas pela ação humana.

d) a sociedade moderna, apesar de todo o avanço tecnológico, não está imune aos efeitos da natureza.

e) os danos provocados pelo homem ao planeta não são recentes, porém só agora a população global se dá conta de que é preciso salvar a Terra.



9. (Fuvest-SP)

Em algumas cidades, pode-se observar no horizonte, em certos dias, a olho nu, uma camada de cor marrom. Essa condição afeta a saúde, principalmente, de crianças e de idosos, provocando, entre outras, doenças respiratórias e cardiovasculares.

As figuras e o texto acima referem-se a um processo de formação de um fenômeno climático que ocorre, por exemplo, na cidade de São Paulo. Trata-se de:

a) ilha de calor, caracterizada pelo aumento de temperaturas na periferia da cidade.



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b) zona de convergência intertropical, que provoca o aumento da pressão atmosférica na área urbana.

c) chuva convectiva, caracterizada pela formação de nuvens de poluentes que provocam danos ambientais.

d) inversão térmica, que provoca concentração de poluentes na baixa camada da atmosfera.

e) ventos alíseos de sudeste, que provocam o súbito aumento da umidade relativa do ar.

10. (Uespi) Nas áreas costeiras, a direção dos ventos muda, em geral, radicalmente no decorrer do dia. Esse fenômeno é explicado por dois fatores, a saber:

a) as diferenças barométricas e de temperatura entre o continente e o mar.

b) as interferências do relevo costeiro e a homogeneidade das isóbaras.

c) as diferenças de salinidade entre oceanos e rios e as diferenças barométricas.

d) as influências das correntes marinhas e as interferências do calor latente.

e) as diferenças barométricas sazonais e a cobertura vegetal de áreas costeiras.



11. (UFPR) Sobre a variabilidade climática, é correto afirmar:

a) Os ventos monçônicos resultam das bruscas variações diurnas de temperatura.

b) Durante a atuação do fenômeno La Niña, o Sul do Brasil costuma ser afetado por índices pluviométricos superiores à média climática, que provocam enchentes e inundações, enquanto o Nordeste permanece seco.

c) O movimento rotacional é o principal fator das mudanças climáticas ao longo do ano em todas as regiões da Terra.

d) Apesar da variabilidade dos fatores climáticos, se for conhecida a latitude de certo local, é possível determinar o seu clima.

e) O hemisfério norte apresenta mais contrastes climáticos do que o hemisfério sul, posto que neste há uma menor concentração de terras e, consequentemente, uma maior influência das massas oceânicas.



12. (UFMS) Clima é a sucessão habitual dos estados do tempo meteorológico. A grande variação climática no planeta é resultante da interação dos fatores climáticos, que são os responsáveis pela grande heterogeneidade climática da Terra e estão diretamente relacionados com a geografia de cada porção da superfície terrestre. Em qual das alternativas a seguir há apenas fatores climáticos, isto é, aqueles que contribuem para determinar as condições climáticas de uma região do globo?

a) Correntes marítimas, temperatura do ar, umidade relativa do ar e grau geotérmico.

b) Temperatura do ar, pressão, altitude, hidrografia e massas de ar.

c) Hidrografia, correntes marítimas, latitude e relevo.

d) Altitude, continentalidade, maritimidade e latitude.

e) Temperatura do ar, umidade relativa do ar, insolação e grau geotérmico.



13. (Ufes) A altitude é um fator que influencia condições ambientais e, por isso, é levada em consideração na prática esportiva. É correto afirmar que o aumento da altitude causa:

a) aumento da longitude.

b) diminuição da latitude.

c) aumento da densidade do ar.

d) diminuição da pressão atmosférica.

e) diminuição dos valores de insolação.

Questões de vestibular

Ícone: Não escreva no livro.



1. (UFJF-MG) Leia o gráfico abaixo.

FONTE: Disponível em: http://imigre.me/lpbbi. Acesso em: 25 ago. 2014. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

a) Por que a zona intertropical possui os maiores totais de precipitação média anual?

b) Cite dois tipos de precipitação.



2. (Unicamp-SP)

O buraco da camada de ozônio transformou mais uma vez em pesadelo a vida de 120 mil habitantes de Punta Arenas, no sul do Chile. Eles foram alertados de que, se tivessem de sair de casa entre 11 e 15 horas, deveriam necessariamente utilizar mangas compridas, óculos escuros, chapéu e protetor solar.

Adaptado de: revista Veja,18 out. 2000.

a) Por que o sul do Chile sofre com mais intensidade as influências do fenômeno assinalado?

b) Por que o buraco da camada de ozônio exige das pessoas os cuidados especiais mencionados?

c) Considerando a hipótese de que os danos na camada de ozônio sejam fruto da ação humana, quais as ações que poderiam contribuir para estabilizá-lo no tamanho atual, ou para diminuí-lo dentro de dez anos, aproximadamente?

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Outras fontes de reflexão e pesquisa

Filmes

Sempre que você for assistir a um filme na sala de aula ou em casa por recomendação do professor, lembre-se de alguns passos importantes:



- Leia o texto do capítulo ou suas anotações sobre o assunto, antes de assistir ao filme.

- Concentre-se e preste muita atenção. Se possível, anote os principais acontecimentos.

- Caso o professor tenha sugerido um roteiro para você acompanhar a projeção do filme, procure segui-lo e identificar os pontos principais.

- Anote os trechos que você não entendeu para esclarecer com o professor.

- Tire suas próprias conclusões e forme sua opinião sobre o que assistiu.

Apresentamos a seguir algumas sugestões de filmes que abordam o conteúdo tratado nesta Unidade.

- A era da estupidez

Direção: Franny Armstrong. Reino Unido, 2009, 90 minutos.

Imagine um mundo devastado pelas mudanças climáticas. O enredo se passa em 2055 sob a forma de drama, documentário e animação. A indústria do petróleo aparece como uma das responsáveis pela devastação ocorrida.

- Ciência - O ar - volume 3

SBJ produções, 26 minutos.

Os componentes da atmosfera.

Como o ozônio protege a terra dos raios ultravioleta. As divisões da atmosfera: troposfera, estratosfera, ionosfera e exosfera.

- O dia depois de amanhã

Direção: Roland Emmerich. Estados Unidos, 2004, 124 minutos.

Nesta ficção científica o aquecimento global provoca devastação e uma nova era glacial no planeta. Uma tempestade faz cair pedras de gelo do tamanho de uma laranja, no Japão. O centro de Nova York é inundado. As condições do tempo bastante exageradas estimulam a reflexão sobre as mudanças climáticas.

- Uma verdade inconveniente

Direção: Davis Guggenheim. Estados Unidos, 2006, 94 minutos.

Documentário no qual o ex-vice-presidente americano Al Gore comenta mitos e verdades sobre o aquecimento global, bem como sugestões de atitudes para retardar esse processo.

Livros


Estes livros poderão elucidar e ampliar o assunto estudado.

- A atmosfera terrestre

Mário Tolentino, Roberto R. da Silva, Romeu C. Rocha-Filho. São Paulo: Moderna, 2009.

O livro analisa os elementos da atmosfera (estrutura, composição, gases) e avalia as alterações que ela vem sofrendo, como a poluição, as inversões térmicas, entre outras.

- A poluição do ar

Samuel Murgel Branco, Eduardo Murgel. São Paulo: Moderna, 2011.

A obra mostra a complexa dinâmica dos fenômenos da atmosfera, as causas principais da poluição do ar e as medidas que devemos tomar para impedi-la.

- Clima e meio ambiente

José Bueno Conti. São Paulo: Atual, 2011.

O livro explica os mecanismos do clima em escala global em períodos de tempo mais longos e as múltiplas interações entre clima e meio ambiente.

- Introdução a climatologia

Felipe T. P. Torres. São Paulo: Cencage, 2011.

Trata-se de uma obra básica que aborda, entre outros, temas como: atmosfera terrestre; principais elementos e fatores do clima; circulação de ar na atmosfera; as massas de ar e as classificações climáticas.

Sites


Os sites indicados a seguir constituem uma boa fonte de pesquisa.

- www.cptec.inpe.br

Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. Este site contém artigos atuais sobre clima, além de gráficos e imagens de satélite.

- www.inmet.gov.br



Site do Ministério da Agricultura com informações, mapas e gráficos sobre clima e mudanças climáticas.

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unidade 5. Hidrosfera e biosfera

LEGENDA: O deserto do Atacama, o mais seco do mundo, estende-se do norte do Chile até o Peru. Foto de 2015.

FONTE: Shanti Hesse/Alamy/Latinstock

LEGENDA: Paisagem de cachoeira e rio com água de degelo da geleira Briksdalsbreen, na Noruega. Foto de 2015.

FONTE: Hinrich Bäsemann/dpa/Corbis/Latinstock

Com a litosfera e a atmosfera, as águas continentais e oceânicas que formam a hidrosfera permitem a existência de vida animal e vegetal sobre a superfície da Terra.

A biosfera, que compreende esses seres vivos, é integrada por grandes conjuntos denominados biomas, termo proposto em 1916 pelo ecologista norte-americano Frederic Clements para designar "uma comunidade de plantas e animais, com formas de vida e condições ambientais semelhantes". Nesta Unidade vamos estudar como as águas se distribuem no planeta Terra e, paralelamente, como esse elemento, fundamental à vida, relaciona-se a outros que, conjuntamente, formam os diferentes biomas.



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capítulo 13. Hidrosfera: o planeta pede água

LEGENDA: Não são apenas os vazamentos as maiores causas do desperdício de água. Isso também pode acontecer quando pessoas lavam calçadas e carros com água corrente. Na foto pessoa lavando o chão na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em 2015.

FONTE: G. Evangelista/Opção Brasil Imagens



Um recurso esgotável

Durante muito tempo acreditou-se que a água doce da Terra não acabaria nunca. Entretanto, o crescente aumento do número de habitantes do planeta, o crescimento de cidades com planejamento inadequado ou insuficiente, e, sobretudo, o desperdício e a poluição dos recursos hídricos vêm reduzindo a disponibilidade de água para o consumo humano.

Mesmo sabendo que a água é fundamental para a manutenção da vida na Terra, a humanidade ainda não conseguiu impedir o desperdício, tanto aquele cometido por ações individuais, como vazamentos, torneiras pingando, banhos demorados, lavagem de carros e calçadas, quanto aquele cometido por ações em larga escala, como o de setores de serviços e de indústrias - construção civil, usinas, etc. Esses fatos provam que a humanidade utiliza a água como se ela fosse inesgotável, embora muitos sofram com o racionamento e a escassez desse recurso, bem como com a disseminação de doenças em consequência do mau uso dele.

Além da utilização inadequada, fatores como a distribuição irregular dos recursos hídricos na superfície terrestre e o consumo desigual entre países e entre setores econômicos tornam o abastecimento de água ainda mais preocupante para as futuras gerações.

A humanidade precisa estar consciente de que a água limpa e potável pode acabar. A escassez de água põe em risco toda a vida terrestre: plantas, animais e o próprio ser humano, o principal responsável pela poluição e pelo desperdício da água.

A hidrosfera e a hidrografia

A hidrografia é a parte da Geografia que estuda as águas que compõem a hidrosfera, camada líquida da Terra. Essas águas podem formar rios, lagos, oceanos e mares ou podem se infiltrar no solo, dando origem à água subterrânea ou aquíferos.



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A água, em constante circulação na natureza, apresenta-se sob três formas ou estados: sólido, líquido e gasoso. Essa circulação contínua da água, à qual chamamos ciclo hidrológico, é essencial para a vida na superfície da Terra.

A água dos oceanos, rios, lagos, vegetais e geleiras passa para a atmosfera em forma de vapor, em um processo denominado evapotranspiração. As baixas temperaturas da atmosfera fazem esse vapor de água se condensar, passando para o estado líquido e, dessa forma, precipitar-se sobre a superfície terrestre. Apenas uma pequena parte dessas precipitações forma os mananciais de água doce.

FONTE: Adaptado de: RODRÍGUEZ, P. J.; PALMA, M. L. Geografía general. Santiago: Santillana, 2010. p. 91. CRÉDITOS: Alex Argozino/Arquivo da editora

A distribuição dos recursos hídricos

Dos cerca de 120 mil km3/ano de precipitação que caem sobre os continentes, apenas pouco mais de um terço não volta para a atmosfera; permanece nos continentes, circulando como água doce. Essa diferença entre a precipitação e a evaporação é chamada excedente hídrico, e corresponde à água que forma rios, lagos (escoamento superficial) e lençóis subterrâneos e alimenta geleiras.

Esses recursos hídricos, porém, estão distribuídos de modo muito irregular na superfície terrestre. Observe, nos gráficos abaixo, que a maior parte da água doce disponível na superfície da Terra está localizada em reservatórios subterrâneos ou em forma de gelo.

FONTE: Adaptado de: GLEICK, P. H. Recursos de água. In: Enciclopédia do Clima e Tempo. Nova York: Oxford University Press, 1996. Disponível em: http://ga.water.usgs.gov/edu/watercycleportuguese.html. Acesso em: 30 out. 2015. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora



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Se pensarmos na disponibilidade de água para uso humano, essa pequena parcela de recursos hídricos economicamente aproveitáveis está concentrada em algumas regiões da Terra, enquanto outras sofrem pela deficiência de água.

As áreas mais áridas ocupam cerca de 40% da superfície dos continentes, onde se localizam países como Emirados Árabes Unidos, Malta, Líbia, Jordânia, Israel, entre outros. Em contrapartida, apenas nove países no mundo possuem cerca de 60% da água doce da Terra: Brasil (12%), Rússia, Estados Unidos, Canadá, China, Indonésia, Índia, Colômbia e Peru. O clima é fundamental para explicar essas diferenças, pois influi diretamente na evaporação e na distribuição das chuvas durante o ano. Veja na tabela a seguir as dimensões consideráveis das regiões carentes de água no mundo.

Tabela: equivalente textual a seguir.

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini 2012. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2012.

Disponibilidade e consumo da água

Em razão da desigual distribuição dos recursos hídricos, a disponibilidade de água por habitante nos continentes e países também é bastante desigual. Veja o mapa na página 165.

Na última metade do século XX, a disponibilidade de água por habitante diminuiu 60%, enquanto no mesmo período a população mundial cresceu cerca de 50%. Estima-se que o consumo dobre a cada vinte anos. Por isso, a disponibilidade das fontes de água e seu uso no futuro tornaram-se uma grande incógnita. O equilíbrio entre a disponibilidade e o consumo de água deve ser a grande preocupação da humanidade para que esse recurso não falte para as próximas gerações.

O consumo de água per capita é um indicador da qualidade de vida. Em áreas rurais de países não desenvolvidos ou em desenvolvimento, são consumidos em média cerca de 30 litros por dia; em países desenvolvidos, são mais de 200 litros por dia.

Alguns fatores como o crescimento da população mundial e das cidades, bem como as atividades industriais, agrícolas e mineradoras, têm aumentado o consumo e a poluição das águas no mundo.

LEGENDA: Vista das rochas alaranjadas de Bayan Zag, no deserto de Gobi, na Mongólia, onde fósseis de dinossauros foram encontrados. Foto de 2015.

FONTE: Wolfgang Kaehler/LightRocket/Getty Images



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FONTE: Adaptado de: UNESCO/UN-WATER. The United Nations World Water Development Report 2015: Water for a Sustainable World. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002318/231823E.pdf. Acesso em: 5 nov. 2015. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Além do uso doméstico, a água é utilizada principalmente na agricultura e na indústria e armazenada em reservatórios para usos diversos. A agricultura é o setor que mais utiliza os recursos hídricos, principalmente para a irrigação. A utilização para fim industrial e o crescimento da população mundial vêm aumentando a necessidade de água para o abastecimento das cidades.

Desde 1981, a Organização das Nações Unidas (ONU) realiza estudos e ações visando melhorar o acesso das pessoas à água limpa e ao saneamento básico. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) declarou 2005-2015 a Década Internacional da Água para a Vida. Alguns objetivos nessa década: proteger os sistemas hídricos vulneráveis; abrandar os impactos dos riscos relacionados com a água, como inundações e secas; garantir o acesso à água. Desde então, alguns progressos foram conseguidos, mas ainda há muito a ser feito.

No fim da década de 2005-2015, havia no mundo 748 milhões de pessoas sem acesso à água potável, concentradas principalmente em países não desenvolvidos - entre esses os do sul da Ásia e da África subsaariana.

As principais causas da carência de água, e que devem ser levadas em consideração nas próximas décadas, são desigualdade de oferta de água, poluição dos rios e dos mananciais e falta de planejamento nos períodos de seca.

O balanço do programa da ONU considera que atingiu a meta de diminuição de número de pessoas sem acesso à água potável no período, mas não a do saneamento básico, uma vez que 2,5 bilhões estão sem acesso, e, desses, 1,1 bilhão utiliza esgoto a céu aberto.

Poluição e desperdício das águas continentais

Todos os recursos hídricos que podem ser aproveitados, sejam eles superficiais (rios, lagos, represas) ou subterrâneos (água subterrânea), são considerados mananciais. Alimentados pelas águas das chuvas, os mananciais dependem da vegetação e do tipo do solo. O desperdício e a poluição dos mananciais por resíduos industriais e lixo doméstico orgânico são motivo de preocupação de todos os países do mundo.



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Os moradores das grandes cidades (principalmente dos países não desenvolvidos) têm sido os mais prejudicados pelo mau uso dos recursos hídricos. Racionamento de água e reflexos preocupantes na área da saúde, como a transmissão de doenças pelas águas poluídas, são consequências da negligência das autoridades e da falta de informação e educação ambiental da população. As desigualdades sociais agravam a poluição dos recursos hídricos. A falta de saneamento básico (água tratada e rede de esgotos), de coleta regular de lixo e loteamentos clandestinos em áreas de mananciais são fatores que muito contribuem para a poluição das águas.

A atividade agrícola também é responsável direta ou indiretamente pela degradação dos mananciais, seja pelo uso de agrotóxicos, seja pela erosão do solo, como já vimos no Capítulo 9.

Vimos que as principais fontes poluidoras das águas continentais são os resíduos de indústrias, o chorume do lixo orgânico, os esgotos sem tratamento, o lixo sólido e os resíduos agropecuários (agrotóxicos, ração para o gado). Alguns dejetos líquidos ou gasosos, produzidos por residências e indústrias, devem ser tratados antes de ser lançados na água. São chamados efluentes.

A poluição das águas subterrâneas, dos rios e lagos só piora as expectativas de fornecimento desse recurso para as gerações futuras.

As águas subterrâneas e sua poluição

As águas subterrâneas são aquelas que se infiltram no solo após as precipitações. Entre as rochas que formam os solos existem espaços vazios, denominados poros, que são ligados entre si. Absorvida pelo solo, que funciona como uma esponja, a água, graças à força da gravidade, passa por esses poros e atinge camadas mais profundas, armazenando-se em um reservatório, onde circula lentamente.

Toda formação geológica capaz de armazenar água em seus espaços vazios é denominada aquífero.

Existem dois tipos de aquífero. O primeiro, denominado livre ou freático, está mais próximo da superfície e pode ser facilmente aproveitado. No segundo tipo, a água fica armazenada em profundidade e "presa" entre duas camadas de rochas impermeáveis. São os aquíferos confinados, explorados por meio de poços artesianos, que extraem a água utilizando bombas e compressores.

Como a água subterrânea se distribui no subsolo

Podemos notar, na ilustração a seguir, duas camadas bem diferentes no corte feito para mostrar o solo que armazena as águas subterrâneas. A parte superior, que se apresenta com poros, água e ar, é a zona subsaturada ou de areação. A espessura dessa primeira camada vai depender, principalmente, da maior ou menor permeabilidade das rochas aí existentes.

Quando, a partir de certa profundidade, todos os poros estão cheios de água (não há mais ar), temos a zona saturada ou o reservatório de água subterrânea.

FONTE: Adaptado de: LEINZ, V.; ESTANISLAU, S. Geologia geral. São Paulo: Nacional, 2000. p. 78. CRÉDITOS: Ingeborg Asbach/Arquivo da editora

O limite entre as duas zonas é chamado nível hidrostático ou superfície piezométrica. Sua altura depende de uma série de fatores, como tipo de rocha, tipo de relevo, maior ou menor intensidade de chuvas. Quanto mais seco é o clima, mais baixo é o nível hidrostático. Chuvas finas e passageiras penetram apenas superficialmente no solo; desse modo, o nível hidrostático pode estar mais alto em períodos com maior intensidade de chuvas, e mais baixo em épocas em que chove pouco.

Glossário:



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