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- Círculo de Fogo do Atlântico



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- Círculo de Fogo do Atlântico, compreende a América Central continental, ilhas do Caribe, Açores, Cabo Verde, Mediterrâneo, e a região do Cáucaso, no sudeste da Europa.

Existem vulcões tanto nos limites de divergência como nos limites de convergência das placas tectônicas.

Quase 80% das manifestações vulcânicas da Terra ocorrem em limites de convergência, geralmente no fundo do mar. O movimento do manto afasta as placas, e o magma preenche o espaço que se forma entre elas, dando origem às dorsais ou cadeias oceânicas. As principais são a Mesoatlântica e a Mesopacífica.

A cadeia Mesoatlântica localiza-se no centro do Atlântico, tendo a leste a Europa e a África, e a oeste o continente americano. Nessa cadeia, entre as placas Sul-Americana e Africana, existe uma sequência de vulcões. Na Islândia, onde a dorsal Atlântica está a céu aberto (veja o mapa abaixo), a atividade vulcânica é visível e mais intensa que a submarina.

LEGENDA: O mapa mostra a dorsal Atlântica dividindo a Islândia e separando a placa Norte-Americana da placa Euro-Asiática, e localiza alguns dos vulcões ativos da Islândia (representados por triângulos vermelhos), incluindo o Krafla, no nordeste do país. Também podemos localizar o vulcão Eyjafjallajökull, que em 2010 entrou em erupção e obrigou as autoridades a fechar o espaço aéreo europeu, causando um caos mundial nos transportes aéreos.

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2012. p. E-11. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Nas zonas de convergência (subducção) também ocorrem ilhas vulcânicas, que podem se apresentar em forma de arco vulcânico, como o Japão, a Indonésia, as Filipinas e as Marianas. Os vulcões dos Andes formaram-se na zona de subducção entre as placas de Nazca (oceânica) e Sul-Americana (continental).

Aspectos positivos do vulcanismo

Apesar do seu poder destrutivo, as atividades vulcânicas propiciam benefícios à população que reside em áreas próximas a vulcões. Os solos originados de materiais vulcânicos contêm nutrientes minerais que os tornam extraordinariamente férteis. A água do mar que circula nas fissuras do sistema vulcânico das dorsais oceânicas é um dos principais fatores responsáveis pela formação de minérios e pela preservação do balanço químico dos oceanos. A energia térmica do vulcanismo é atualmente aproveitada em regiões mais frias da Terra, como na Islândia, onde a maioria das casas é aquecida por água quente, encanada a partir de fontes quentes. Essa fonte de energia também é explorada na produção de eletricidade em países da Europa, da América do Norte e da Ásia.

Abalos sísmicos

Uma das manifestações mais temíveis e destruidoras dos movimentos da crosta terrestre são os terremotos ou abalos sísmicos. Eles são causados pela ruptura das rochas, provocada por acomodações geológicas de camadas internas da crosta, ou pela movimentação das placas tectônicas, que produzem ondas vibratórias que se espalham em várias direções, dando origem aos sismos. O ponto onde o terremoto se origina recebe o nome de centro ou foco. E o ponto da superfície terrestre situado diretamente acima do centro é o chamado epicentro, onde o terremoto é sentido com maior intensidade.

O instrumento usado para medir a intensidade sísmica, ou seja, a energia liberada durante um terremoto, é o sismógrafo, que segue a escala Richter (veja a seguir boxe sobre o assunto), em princípio graduada de 1 a 9. Na verdade, não existe uma medida máxima nessa escala, mas, como tremores superiores a 9 graus são raros, atualmente pode-se considerar 9,5 o grau máximo.

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Boxe complementar:

Escala Richter

A escala Richter, criada em 1935 pelos cientistas Charles Francis Richter e Beno Gutemberg, é uma escala logarítmica. Nesse tipo de escala, a diferença de uma unidade (terremotos de 5 e 6 graus, por exemplo) é muito grande. Um terremoto de magnitude 6 na escala Richter é 10 vezes mais forte do que um de magnitude 5. Ainda em relação a um terremoto dessa magnitude, um terremoto de magnitude 7 é 100 vezes mais destruidor e um de magnitude 8 é 1 000 vezes mais devastador.

Veja o quadro abaixo.

Quadro: equivalente textual a seguir.



Efeitos do terremoto na escala Richter

Menos de 3,5

Geralmente não é sentido, mas pode ser registrado.

De 3,5 a 5,4

Frequentemente não é sentido, mas pode causar pequenos danos.

De 5,5 a 6

Ocasiona pequenos danos em edificações.

De 6,1 a 6,9

Pode causar danos graves em regiões onde vivem muitas pessoas.

De 7 a 7,9

Terremoto de grandes proporções, causa danos graves.

De 8 graus ou mais

Terremoto muito forte. Causa destruição total na comunidade atingida e em comunidades próximas.

FONTE: Adaptado de: CAMPAGNER, Carlos Alberto. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/matematica/escala-richter-terremoto-e-medido-em-escala-logaritmica.htm. Acesso em: 11 out. 2015.

Fim do complemento.

Em limites ou falhas transformantes, onde não há convergência nem divergência de placas, como na falha de San Andreas, na Califórnia, é comum ocorrerem terremotos.

Veja, no mapa abaixo, alguns dos maiores terremotos já ocorridos.

De modo geral, as consequências dos terremotos são mais graves quando atingem países não desenvolvidos e mais pobres. Fatores diversos, como falta de recursos, má distribuição de renda, governos corruptos e indicadores sociais baixos, desequilibram a sociedade e resultam em ausência ou ineficácia de infraestrutura para a prevenção desses tremores, baixa (ou falha) assistência às vítimas, trabalhos de reconstrução demorados. A destruição provocada pelos terremotos agrava a situação de pobreza desses países e vice-versa. Como exemplos, podemos citar tragédias ocorridas recentemente na Turquia, em El Salvador, no Haiti, no Paquistão e, em 2015, no Nepal.

FONTE: Adaptado de: ATLANTE geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2015. p. 17. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora



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O impacto que eventos dessa magnitude tem em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Japão, também é enorme, mas o custo social e econômico é diferente: governos e empresas privadas planejam construções que resistam às oscilações provocadas pelos terremotos. Nessas nações, institutos de pesquisa, providos de avançados aparelhos sismológicos, estão preparados para detectar terremotos a tempo de alertar as populações e evitar catástrofes de maiores proporções. O socorro e o atendimento às vítimas são mais estruturados, e a reconstrução das áreas atingidas, mais acelerada.

Um exemplo recente da discrepância no enfrentamento dessas situações foi o dos terremotos que atingiram o Haiti (7° na escala Richter), em 2010, e o Japão (8,9º na escala Richter), em 2011. Não há dúvida em afirmar que as diferenças socioeconômicas entre os dois países são fundamentais para entender essa discrepância, pois as obras de reconstrução no Japão também têm sido muito mais rápidas do que no Haiti.

FONTE: The Yomiuri Shimbun/Agência France-Presse

LEGENDA DAS IMAGENS: No Japão, em 2011 (foto 1), cidades foram arrasadas pelo tsunami que se seguiu ao terremoto. O número oficial de vítimas gira em torno de 15 700 mortos e cerca de 4 mil desaparecidos. No Haiti, em 2010 (foto 2), estima-se que metade das construções da capital foram destruídas, 250 mil pessoas foram feridas, 1,5 milhão de habitantes ficaram desabrigados e o número de mortos ultrapassou 200 mil, apesar de a magnitude do terremoto ter sido menor do que a do Japão.

FONTE: Tommy Trenchard/Demotix/Corbis




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