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Cartografia e tecnologia

Assim como a Geografia, a Cartografia é um conhecimento antigo e há muito tempo faz parte da ciência geográfica.

A elaboração de mapas começou na Antiguidade. O mapa mais antigo do qual se tem registro foi encontrado na Mesopotâmia, atual Iraque.

Anaximandro (610 a.C.-547 a.C.), discípulo de Tales de Mileto, é considerado o primeiro cartógrafo. Em seu mapa, a Terra flutuava no espaço e não havia referência à sua forma.

A partir do século XVI, época das Grandes Navegações, mapas traçados com maior precisão passaram a abrir caminho para os exploradores europeus, pois representavam o mundo de uma maneira bem próxima do real.

Houve uma revolução na ciência cartográfica a partir da segunda metade do século XX, com o surgimento de técnicas modernas, como fotografias aéreas colhidas por aviões especialmente preparados para isso, imagens captadas por satélites artificiais (sensoriamento remoto), o uso do GPS para a elaboração de mapas e a informatização de dados geográficos ou geoprocessamento.

Com o desenvolvimento dessas técnicas, tornou-se possível processar e analisar as imagens obtidas e, com base nas informações, elaborar diferentes tipos de mapa. Hoje, já podemos obter imagens tridimensionais da Terra.

Os mapas temáticos ou especializados, surgidos no século XIX, assumem importância fundamental nas representações atuais do espaço geográfico. A necessidade de levantar dados geográficos para diversos fins, como a construção de estradas, de usinas, a avaliação de solos para a agricultura e até mesmo a abertura de pequenas empresas, provocou o aparecimento de firmas especializadas na prestação desses serviços.



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Os mapas deixaram de ser apenas instrumentos para turistas, estrategistas de exércitos e recurso em aulas de Geografia; tornaram-se ferramenta básica para inúmeros outros profissionais, contribuindo para a análise das relações políticas, sociais e econômicas entre os povos.

Atualmente, podemos distinguir dois tipos de cartografia:

- Analógica ou convencional, que apresenta mapas em papel, elaborados com aparelhos manuais.

- Numérica ou computadorizada, que aplica a informática na confecção de mapas e cartas.

Geomática: a cartografia computadorizada

De maneira simples, podemos definir geomática como a ciência e a tecnologia de coletar, interpretar e utilizar informações geográficas. Utiliza dados coletados por satélites e por trabalho de campo, reunidos e processados em computadores. Seus principais produtos são mapas digitais e bases de dados.

O resultado mais completo obtido através das técnicas da geomática é o que chamamos de geoprocessamento ou sistema SIG (Sistema de Informações Geográficas), que permite a superposição e o cruzamento de informações. Sua principal característica é integrar em uma única base informações diversas (imagens, dados cartográficos, de população, etc.), de forma que seja possível consultar, comparar e analisar essas informações, além de produzir mapas.

De fato, a geomática não é um campo novo, mas uma evolução das técnicas cartográficas, cujos principais setores são o sensoriamento remoto, que reúne a aerofotogrametria e as imagens de satélite, a tecnologia de mapeamento digital e/ou cartografia digital e o sistema de posicionamento global (GPS). Leia mais sobre isso na seção Ampliando o conhecimento, na página 48.

Boxe complementar:

Um bom exemplo em que o SIG pode ser utilizado, muito comentado em notícias de televisão, revistas e jornais, é na área de saúde pública. Quando uma epidemia é causada por um microrganismo que se reproduz em água parada, como a dengue, em determinada região, é possível, cartografando os casos de ocorrência da doença e com o auxílio das ima gens produzidas pelo SIG, identificar com precisão quais são as fontes de água conta minada causadoras da epidemia.

Fim do complemento.

LEGENDA: Neste exemplo vemos a montagem das camadas do MUB. Cada número está relacionado a sua respectiva função. Todas as camadas são feitas a partir da camada 1, que é uma imagem aérea e que pode ter sido feita tanto de um satélite como de um avião.

FONTE: Mapa elaborado com base em: INPE/Banco de imagens/Arquivo da editora



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Sensoriamento remoto

Nem sempre os objetos podem ser medidos e observados no local onde estão. No caso da superfície terrestre, por exemplo, o afastamento é um fator que possibilita uma visão mais ampla e mais completa.

O conjunto de técnicas que permitem obter informações sobre a superfície do planeta Terra por meio de câmeras e sensores acoplados em aviões e também instalados em satélites artificiais é chamado sensoriamento remoto.

As técnicas de sensoriamento remoto caracterizam-se pela separação física entre o sensor (câmara fotográfica ou satélite artificial) e o objeto de estudo que está na superfície da Terra. Utilizando essas técnicas, obtêm-se informações por meio de radiação eletromagnética, que pode ser originada de fontes naturais ou artificiais.

As fotografias aéreas, resultantes da aerofotogrametria (veja tópico a seguir), e as imagens obtidas através de satélites artificiais, colocados em órbita em volta da Terra, são os principais tipos de produto do sensoriamento remoto. Com eles, obtemos preciosas informações sobre os elementos naturais e humanizados da superfície da Terra, na forma de imagens que podem também ser convertidas em mapas.

Aerofotogrametria

Aerofotogrametria é a técnica de elaborar cartas, com base em fotografias aéreas, utilizando aparelhos e métodos estereoscópicos, que permitem a representação de objetos em um plano e sua visão em três dimensões.

Glossário:


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