As desigualdades de gênero – Desde a antiguidade várias sociedades
mantiveram a supremacia masculina, esta dominação provocou a exclusão
sistemática das mulheres da política, do governo, da literatura, da arte, com exceção
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Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que
defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total
liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o
desenvolvimento social de um país. Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista
do economista Milton Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em
1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo. Características do Neoliberalismo
(princípios básicos): - mínima participação estatal nos rumos da economia de um país; - pouca
intervenção do governo no mercado de trabalho; - política de privatização de empresas estatais; - livre
circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização; - abertura da economia para a entrada de
multinacionais; - adoção de medidas contra o protecionismo econômico; - desburocratização do estado:
leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas; -
diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente; - posição contrária aos impostos e
tributos excessivos; - aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento
econômico; - contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da
oferta e demanda é suficiente para regular os preços; - a base da economia deve ser formada por
empresas privadas;
de raros e relevantes momentos. Esta é a exclusão mais sistemática já praticada na
história da humanidade. A herança desta história de dominação masculina se
expressa hoje de diversas formas, entre elas: o uso da violência institucionalizada e
doméstica, a legislação discriminante, dependência econômica ao marido e ao pai,
além é claro da coisificação da mulher etc.
Chamamos machismo à ideologia que, através de diversas formas, os
homens justificam a opressão que exercem. Entretanto as características do sistema
capitalista favorecem a inserção da mulher no mercado de trabalho e isso fez com
que elas pudessem sair em parte é claro, do próprio isolamento.
As primeiras revoltas contra a opressão feminina ocorreram no final do
século XIX, a partir dos movimentos pelo voto universal (sufragistas) e daqueles
ligados ao movimento operário. Não podemos esquecer que durante a Revolução
francesa as mulheres foram de extrema importância para o movimento, inclusive
foram as peixeiras de Paris, em marcha para Versalhes que retiraram rei e rainha do
palácio a força, e também foram as mulheres que foram as ruas reclamando do
preço do pão e muitas outras atrocidades cometidas pelos monarcas deste período
Luís XVI e Maria Antonieta.
Essas lutas ganharam maior impulso nos anos de 1960, quando os espaços
conquistados pelas mulheres representaram uma transformação sem precedentes na
própria condição feminina. Mas infelizmente a discriminação persiste e se
manifesta desde piadas até mesmo na legislação contrária ao divórcio que ainda
sobrevive em muitos países, na violência doméstica, na discriminação no local de
trabalho etc. Mas as mulheres aqui no Brasil tiveram uma conquista recente e muito
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importante: a Lei Maria da Penha
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- a lei número 11.340 decretada pelo Congresso
Nacional e sancionada pelo então presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da
Silva em 7 de agosto de 2006; dentre as várias mudanças promovidas pela lei está o
aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando ocorridas no
âmbito doméstico ou familiar. A lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006,
e já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de Janeiro, após tentar
estrangular a ex-esposa.
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