Fronteiras da Globalização 3



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Incentivo fiscal: isenção total ou parcial de impostos para determinada atividade econômica.

Fim do glossário.

Na realidade, a instalação de indústrias no Nordeste é resultado dos esforços do governo para dinamizar a economia regional. A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, criada no governo Juscelino Kubitschek, foi a responsável pelos primeiros polos industriais da região.

O surto industrial ocorrido na região Nordeste a partir dos anos 1960 foi um processo introduzido por políticas governamentais baseadas na concessão de incentivos fiscais. Essas políticas não privilegiavam as indústrias tradicionais da região, como as têxteis, as alimentícias e as de derivados da cana-de-açúcar, mas sim outros ramos industriais, como refinarias de petróleo, indústrias de bens intermediá rios, etc., voltados para o abastecimento do mercado consumidor interno do Centro-Sul.

Nos anos 1990, a política de incentivos fiscais adotada pelos governos nordestinos conheceu uma importante mudança: procurou-se instalar na região indústrias destinadas à exportação, dissociadas do mercado consumidor interno, que se concentra no Centro-Sul. Para isso, investiu-se em infraestrutura. Nesse sentido, o Finor (Fundo de Investimentos do Nordeste) subsidiou projetos de construção ou melhoramento de rodovias, ferrovias e de portos. Foram construídos os portos de Suape, em Pernambuco (1983), e o do Pecém, no estado do Ceará (2002).

Houve incentivos também para a Companhia Ferroviária do Nordeste que, em 1998, passou a operar a antiga Malha Nordeste da Rede Ferroviária Nacional. Seu principal projeto é a ferrovia Nova Transnordestina, que deverá ligar o porto de Suape (PE) ao porto do Pecém (CE), ou seja, a ferrovia unirá duas importantes regiões industriais.

LEGENDA: Trem transportando brita na Ferrovia Transnordestina, no município de Salgueiro (PE), em 2015.

FONTE: Delfim Martins/Pulsar Imagens

A guerra fiscal e o baixo preço da mão de obra também contribuíram para atrair as indústrias para o Nordeste. Como exemplo, podemos citar as indústrias de calçados que se transferiram de municípios do Rio Grande do Sul e de São Paulo.

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Para abastecer as indústrias que nasciam, era preciso criar um parque gerador de energia elétrica. Desde 1954, a região contava com a usina Paulo Afonso I, localizada no rio São Francisco. A partir de então, a empresa responsável por essa usina, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), projetou e construiu, no mesmo rio, outras usinas geradoras de energia na região: Paulo Afonso II (1967), Paulo Afonso III (1971), Apolônio Sales ou Moxotó (1975), Sobradinho e Paulo Afonso IV (1979), Luiz Gonzaga ou Itaparica (1988), Xingó (1994), etc. A Chesf construiu, também, a usina de Boa Esperança (antiga usina hidrelétrica Marechal Castelo Branco), na cidade de Guadalupe, no rio Parnaíba (PI). Essa usina foi construída em duas etapas (1970 e 1990).

A região conta também com alguns parques tecnológicos localizados em Salvador (BA), Recife (PE), Campina Grande (PB), Fortaleza (CE) e Aracaju (SE).

O Nordeste também tem investido em fontes alternativas de energia, como a energia eólica (produzida pela força do vento). Existem usinas de energia eólica no Ceará (Taíba e Aquiraz) e no Rio Grande do Norte (Parque Eólico do Rio do Fogo).

Bahia

A Região Metropolitana de Salvador, onde estão instalados o Polo Industrial de Aratu e o Polo Petroquímico de Camaçari, é a principal área industrial do estado da Bahia.



O primeiro polo ou complexo industrial do Nordeste, criado pela Sudene, foi o Polo Industrial de Aratu, localizado nos municípios de Candeias e Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. Foi instalado em 1967, no governo militar, com indústrias químicas, metalmecânicas, de eletroeletrônicos e de fertilizantes e continua importante nos dias de hoje. Mantém, ainda, as tradicionais fábricas de calçados, alimentos e tecidos.

A descoberta e a exploração do petróleo trouxeram para o Nordeste um importante setor industrial - o petroquímico, ou seja, de derivados do petróleo. A primeira refinaria, a Landulpho Alves, pertencente à Petrobras, começou a funcionar no estado da Bahia, na década de 1950. Localiza-se no município de São Francisco do Conde e refina o petróleo extraído na região.

O Polo Integrado Petroquímico de Camaçari iniciou suas atividades em 1978. Atualmente, tem como principal empresa a Brasken, que recebe o petróleo da Refinaria Landulpho Alves, transformando-o em derivados. A maioria das indústrias do polo é do setor petroquímico (pneus e fertilizantes), mas existem outros tipos de fábricas, como a automobilística.

Uma montadora que migrou para o Nordeste, em vista da chamada "guerra fiscal", levou para o polo várias indústrias de autopeças e outros fornecedores. A abrangência do polo envolve ainda indústrias de celulose, de metalurgia de cobre, têxteis e de bebidas.

LEGENDA: Usina hidrelétrica de Xingó, no município de Piranhas (AL), em 2016.

FONTE: Andre Dib/Pulsar Imagens



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FONTE: Adaptado de: BAHIA. Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Disponível em: www.sde.ba.gov.br. Acesso em: 15 abr. 2016. Mapa sem data na fonte original. CRÉDITOS: Banco de Imagens/Arquivo da editora

Outra importante área industrial baiana é o Centro Industrial de Subaé, no município de Feira de Santana. Nela, encontramos indústrias de cerveja, caixas de papelão, pneus, distribuição elétrica para veículos, etc. Outros centros industriais do estado são constituídos pelas seguintes cidades:

- Vitória da Conquista (metalurgia, química, mármore, embalagens, cofres de segurança e móveis);

- Alagoinhas (plásticos e bebidas);

- Barreiras (agroindústrias do Complexo Soja: grãos, farelo e óleo);

- Eunápolis (minerais não metálicos e móveis);

- Ilhéus (informática, comunicação, estofados e indústrias de transformação do cacau);

- Itapetinga (calçados, frigorífico, laticínios).

LEGENDA: Amêndoas de cacau em fábrica de chocolate em Ilhéus (BA), em 2015.

FONTE: Paulo Fridman/Pulsar Imagens

Pernambuco

A indústria de transformação constitui 25% da produção total do estado. Segundo o IBGE, as indústrias mais tradicionais de Pernambuco, como a têxtil e a alimentar, estão diminuindo sua participação no total do valor de transformação industrial. Isso acontece em razão do crescimento de outros setores, como químico, comunicações, material elétrico, mecânica, metalurgia e informática.

A maior parte das indústrias do estado está na Região Metropolitana do Recife, com destaque para os municípios de Jaboatão, Cabo e Paulista.

Segundo estatísticas do governo estadual de Pernambuco, o Porto Digital de Recife, que comporta aproximadamente 250 empresas e instituições de informática, alcançou um faturamento de 1 bilhão de reais em 2014.

Localizado nos bairros do Recife Antigo e Santo Amaro, o Porto Digital abrange um parque tecnológico que abriga várias empresas e institutos de pesquisa, dos quais o principal é o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar). Sua produção está voltada aos setores de softwares e economia criativa (games, vídeos, multimídia e outros).

Em Pernambuco encontra-se também o Complexo Industrial e Portuário de Suape, um dos mais modernos do Brasil. Fazem parte do complexo um estaleiro (o Atlântico Sul, para a construção de navios de grande porte) e indústrias, que se encontram instalados junto ao porto, no município de Ipojuca. Sua localização é privilegiada, pois está a cerca de 40 km de Recife e, portanto, não tem o empecilho do trânsito congestionado da região metropolitana.

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O porto apresenta estrutura moderna, com profundidade em torno de 17 metros e grande potencial de expansão. Além disso, possui um quebra-mar natural, composto pelos arrecifes.

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