4. Em quais regiões brasileiras a desertificação se faz mais atuante?
Resposta: Nas regiões Nordeste e Sul.
5. Por que no Sul a desertificação é chamada de arenização?
Resposta: Porque ocorre em uma região de clima úmido, com precipitações anuais em torno de 1.400 mm. Na região da campanha gaúcha, localizada no Rio Grande do Sul, os solos são extremamente arenosos, naturalmente pobres em nutrientes e com partículas com baixa coesão; por isso o nome de arenização.
6. Quem são as pessoas mais atingidas por esse fenômeno?
Resposta: Os mais pobres, porque com a desertificação ocorre a redução das práticas agrícolas e da produção de alimentos.
TEXTO 2
Seca no Ceará. El Niño. Previsão de tempo ruim
Aquecimento das águas centrais do Pacífico já está 2,4 graus acima da média. É o mais alto índice do El Niño desde 1997 neste período, o pior registrado, e deve agravar a seca em 2016
O que está por vir no cenário de seca no Ceará não é mesmo nada bom. A temperatura atual das águas do oceano Pacífico, na zona mais central e que passa alinhada com o Equador, está alta como poucas vezes esteve. No intervalo entre a 39ª e a 42ª semana do ano, já se equivale aos piores índices até então registrados. O mar está 2,4 °C mais quente que o esperado para esta época. Essa região do Pacífico, quando superaquecida, é a mais influente para determinar como será a estação chuvosa (fevereiro a maio) do ano seguinte no Nordeste brasileiro.
Quando se avaliava a possibilidade de El Niño no ano passado, a medição chegou em novembro/2014 a 0,5 °C acima do esperado e, perto de dezembro/2014, marcou 1 °C acima. Não se confirmou El Niño, mesmo assim a seca no Ceará emendou o quarto ano seguido em 2015, com chuvas 35,2% abaixo da média histórica (804,9 milímetros).
Agora, na medição mais recente de outubro/2015, atualizada a cada segunda-feira, os balões atmosféricos lançados no Pacífico mostram 2,4 °C a mais e em perspectiva de alta. O que faz piorar? O Ceará está com apenas 14,8% de reserva hídrica atualmente em 153 açudes. E, na última semana, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) confirmou a projeção de baixa para as chuvas de pré-estação (dezembro/janeiro).
Ainda não há informação conclusiva sobre o nível de repercussão total do El Niño para 2016. São indicações. Mas, por enquanto, esse superaquecimento central do Pacífico se iguala ao índice de 1997 (+2,4 °C) e bate o de 1982 (+2,1 °C) no intervalo setembro/outubro. O pico do fenômeno deve acontecer exatamente entre dezembro e janeiro. Vale lembrar que na repercussão desses piores El Niños, em 1983 o Ceará também emendou cinco anos inclementes de estiagem, com chuva 57,6% abaixo da média. Em 1998, a quadra chuvosa foi 49,9% menor que a média.
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