Fronteiras da Globalização 3



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Planeta água

Vídeo produzido por professores da Universidade de São Paulo/Programa Ciência à mão sobre ciclo da água e o uso sustentável do recurso.

Disponível em: www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=von&cod=_biologiaecologiaplanetaa. Acesso em: 29 abr. 2016.

2. Projeto coletivo de trabalho: Brasil e américa do Sul - caminhos da integração econômica e físico-territorial

INTRODUÇÃO

Assistiu-se nas últimas décadas ao lançamento ou consolidação de diversas iniciativas de integração regional no continente americano. Instituíram-se formas de "regionalismo aberto", com a criação de blocos econômicos regionais (Nafta, Mercosul, relançamento da Comunidade Andina de Nações - CAN e da Associação Latino-americana de Integração-Aladi e outros), voltados à integração dos países-membros e com vistas a participar em melhores condições da competitiva arena global. Essa perspectiva passou a se configurar mais claramente após os anos 1990, quando a proposta dos Estados Unidos de criar uma grande área continental de livre-comércio (Alca) foi rejeitada pela maioria dos países.

Neste projeto de estudo, o objetivo é examinar quais são as propostas lançadas para a América do Sul, para alguns autores um ator geopolítico mais efetivo do que a ampla, diversa e controversa ideia de América Latina.

A integração pela via da constituição ou consolidação de blocos econômicos regionais (CAN, Mercosul, Unasul, etc.) na América do Sul já é uma realidade. Desse modo, tem sido um objeto de estudo frequente na escola fundamental. Com efeito, foi possível pensar em uma articulação do porte do Mercosul a partir da superação de rivalidades geopolíticas históricas entre Argentina e Brasil, os dois países-líderes do bloco. Ao contrário de outras regiões do planeta, a América do Sul não vem sofrendo perturbações em função de conflitos internos (a exceção é a questão das Farc na Colômbia) ou tensões graves entre Estados soberanos. Evidentemente, ainda existem divergências, como as pautas comerciais brasileiro-argentinas. No nível do subcontinente, perduram também focos de tensão entre a Colômbia e a Venezuela ou os relacionados a disputas territoriais envolvendo Chile, Peru e Bolívia.

De outro lado, já fazem parte da agenda política da região diversas iniciativas de integração físico-territorial, um tema ainda pouco explorado por estudantes.

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No ano 2000, em evento realizado em Brasília, foi lançada a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), que prevê centenas de projetos nas áreas de transportes, energia e telecomunicações. São obras e projetos de modernização das infraestruturas que visam a aprofundar os laços de cooperação econômica entre os doze países da região, incluindo, portanto, Guiana e Suriname.

Os projetos estão divididos em obras e ações por país, por eixo (Amazônico, Andino, Mercosul-Chile, faixa do trópico de Capricórnio, Escudo das Guianas e outros) e também por setor. Com início lento, os projetos da IIRSA ganharam novo impulso a partir de 2003 e 2004, capitaneados pelos presidentes de Brasil e Venezuela à época. A despeito de dificuldades econômicas ou divergências políticas, muitos projetos estão em marcha e poderão mudar a face do subcontinente.

Convide a turma a pesquisar e a aprofundar o tema, e, então, refletir sobre seus principais avanços, contradições e impactos.

OBJETIVOS E EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

- Reconhecer, caracterizar e avaliar a situação atual de processos de integração econômica regional na América do Sul.

- Conhecer projetos e iniciativas de integração físico-territorial na América do Sul nos setores de transportes, energia e telecomunicações.

- Avaliar repercussões sociais e ambientais de diferentes projetos de integração econômica e físico-territorial no âmbito da América do Sul.

- Refletir sobre perspectivas de integração e cooperação regional na América do Sul e seus efeitos sobre os territórios e as identidades culturais dos países da região.

- Saber utilizar a leitura, a produção de textos e a oralidade para expor e debater fatos e fenômenos geográficos.

- Ler e interpretar mapas em diferentes escalas para compreender e avaliar fatos e fenômenos geográficos.

- Ler e interpretar esquemas, gráficos e tabelas para compreender e avaliar fatos e fenômenos geográficos.

- Saber utilizar linguagens, ferramentas e programas de computadores e internet para gerar produtos em meio digital sobre temas e problemas do espaço geográfico contemporâneo.

CONTEÚDOS

América do Sul - Integração regional - Cooperação econômica regional - Integração físico-territorial sul-americana - Território - Política - Transporte - Comunicações - Energia - Impactos ambientais.

TEMPO ESTIMADO: 10 aulas

ÁREAS

Geografia, História, Sociologia, Filosofia, Língua Portuguesa, Espanhol. Laboratório de Informática.



DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

Acompanhado de professores de disciplinas relacionadas (História, Sociologia, Espanhol, Língua Portuguesa, Informática), inicie os debates retomando conteúdos estudados no volume, em especial os dos capítulos 1, 2 e 21. Revise com a turma aspectos da formação territorial brasileira e as relações entre o Brasil e os países vizinhos.

Lance questões a respeito do tema para que os estudantes possam refletir sobre projetos de pesquisa. Converse com a turma sobre o que já sabem acerca de organismos como Mercosul, CAN, Aladi, Unasul e outros. Se necessário, encomende pesquisas sobre eles. Subsidie também os debates com textos de apoio sobre obras e projetos de integração físico-territorial (ver indicações ao final).

Organize os resultados dos levantamentos e leituras e promova uma roda de conversa para delinear o tema. Com base nesses resultados, a turma poderá se dividir em grupos de até cinco pessoas.

Cada grupo poderá escolher um subtema de pesquisa. São muitas as opções: eles poderão, por exemplo, optar por estudar os projetos de integração na bacia Amazônia, constituição da hidrovia Paraguai-Paraná, construção da Rodovia Interoceânica e os interesses do Brasil em alcançar saída para o oceano Pacífico, impactos ambientais gerados por projetos na área de energia (usinas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, ou Belo Monte, no rio Xingu) e outras. Significa dizer que os países deverão investir em centenas de obras, como pontes, viadutos, eclusas, abertura ou pavimentação de rodovias, ampliar ferrovias e compatibilizar bitolas, construir terminais de carga ou portuários, etc.

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Caso tenham interesse, os grupos poderão também examinar relações políticas entre países, conflitos internos e impasses ou avanços nos processos de cooperação econômica ("chavismo" na Venezuela e países vizinhos, divergências no gasoduto Brasil-Bolívia, combate às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Farc, cooperação militar entre Colômbia e Estados Unidos, deposição de Fernando Lugo e suspensão provisória do Paraguai no Mercosul, etc.).

Proponha que a turma delineie o objeto de pesquisa, assim como cronograma e prazos. Com os colegas professores, converse também com a turma sobre a elaboração de produto final em meio digital (infográfico ilustrado, mapas interativos, exposição em slide, media player e outros), lançando mão para isso de recursos do laboratório de informática da escola.

Converse com os demais professores para oferecer apoio aos grupos na pesquisa e elaboração de produtos parciais e do produto final.

Os professores de Língua Portuguesa e Espanhol poderão participar diretamente da leitura e interpretação de documentos, acordos e tratados, tanto em português como em língua espanhola.

O professor de História poderá resolver dúvidas quanto aos processos históricos de constituição dos Estados nacionais na região, assim como, com o de Sociologia, analisar embates envolvendo diferentes visões político-ideológicas em países da região.

Os professores deverão também apoiar estudos e análises sobre efeitos econômicos, sociais, ambientais e culturais dos diferentes projetos de integração entre as redes de transporte e comunicações no subcontinente.

Há claros agravos ambientais e para as populações tradicionais, por exemplo, na construção do trecho brasileiro da rodovia Interoceânica (desmatamento, novas áreas de garimpo, aumento da violência e da exploração de mulheres, etc.) ou na construção das usinas de Jirau e Santo Antônio. A duplicação da rodovia BR-116, importante via de ligação entre o Sudeste-Sul e países do Cone Sul, ainda não foi concluída. Impasses na concessão de licenças ambientais também tornam mais difícil a criação da hidrovia Paraguai-Paraná.

Aspectos como as aspirações do Brasil à posição de potência regional e as eventuais resistências a elas também podem compor objetos de estudo. Da mesma forma, um exame mais detalhado dos avanços e impasses no país quanto às obras para garantir conexões e maior fluidez do espaço nas interações com os países vizinhos ou os sistemas de controle de suas extensas fronteiras terrestres.

Para subsidiar os trabalhos, sugira consultas a portais de órgãos e entidades diretamente ligados às questões de integração regional. Peça que pesquisem, selecionem e organizem dados dispostos em textos, mapas, gráficos e tabelas. É importante também coletar imagens como as de rodovias, ferrovias, terminais portuários e outros (ver indicações ao final).

Ofereça com seus colegas apoio à elaboração dos produtos finais. Combine com a turma formas de apresentação e dinâmicas de discussão dos resultados. Organize também rodadas finais de debates e conversas para estabelecer as principais conclusões, dispondo os principais desafios da integração econômica e físico-territorial na América do Sul.

AVALIAÇÃO

Os professores deverão levar em conta os objetivos e as expectativas de aprendizagem previstos. Se necessário, poderão criar outros, de acordo com as especificidades da turma e da escola.

- Verifique com seus colegas como foi a participação de cada aluno nas tarefas individuais e coletivas.

- Examine também a correção de conceitos, informações e processos nos trabalhos finais, assim como os elementos da linguagem cartográfica.

- Avalie se os textos finais são claros, organizados e coerentes, assim como a clareza e a correção na exposição oral dos grupos.

- Reserve um tempo para que os estudantes avaliem a experiência e considere a possibilidade de novos desdobramentos para o trabalho - isso inclui dispor os resultados em portais, blogs ou redes sociais ou promover apresentações na escola ou comunidade.


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