Fronteiras da Globalização 3


A participação dos nativos na construção do povo



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A participação dos nativos na construção do povo brasileiro

A presença pré-histórica dos nativos nestas terras, com suas tantas sabedorias e interligações com o ambiente natural, se propaga até os dias de hoje, mesmo que grande parte da população contemporânea ignore os direitos de seus descendentes diretos para com essas terras. A culinária, a musicalidade e a medicina são elementos recorrentes em obras didáticas e científicas quando se trata do legado dos nativos nos dias de hoje.

Quando os portugueses aqui se estabeleceram, tentaram e de certa forma conseguiram se impor diante da cultura existente nas terras batizadas como Brasil. Os costumes europeus - ligados a isso podemos apontar as vestimentas, a língua, a alimentação, o convívio social, a religião, etc. - foram substituindo aos poucos o que se tinha de tão diversificado na América subequatorial. A força e o poder das armas indicou o "correto" estilo de vida a ser seguido daí por diante.

Claro que a ideia de supremacia europeia não seria tão eficaz séculos depois, visto que a miscigenação nos deixa uma mensagem clara de que o tempo é responsável pela homogeneização de um povo. Atualmente, quando vemos o histórico de imposições coloniais no Brasil, percebemos quão superiores foram a cultura e a ciência dos nativos naquela remota época. Apesar da ausência das armas de fogo e do poderio estratégico-militar, os primeiros de nossa estirpe conseguiram propagar seus ideais e conhecimentos até então, mesmo sem que muitos de nós não tenhamos conhecimento dessa origem.

Descobrir que andar descalço, ficar de cócoras em conversas com amigos e degustar comidas preparadas em utensílios de barro são costumes adquiridos com nossos ancestrais nativos é enriquecedor culturalmente, mas, acima de tudo, faz-nos pensar sobre a singularidade desses povos que tanto se distanciam da atual sociedade globalizada, refletindo ao pensamento da maioria da população mundial uma submersão diante de uma imposição cultural contemporânea do que é considerado padrão.

Na região Nordeste, podemos verificar ainda mais enraizada a presença de elementos que remontam o estilo de vida dos primeiros habitantes das terras brasileiras. Passear por grandes metrópoles como Recife, Fortaleza e João Pessoa e observar nas varandas dos prédios, de qualquer que seja a classe social, ornamentadas com redes, é algo comum ao olhar de um morador local. Portanto, sentir a brisa tropical deleitado em uma rede é o mesmo que retornar séculos na história e desfrutar uma cultura primitiva, conservada até a presente data.

A economia de muitas localidades também sofre influência desse estilo de vida nordestino. A confecção artesanal de redes no interior da região sustenta muitas famílias e gera uma polarização mais intensa dos municípios envolvidos nessa atividade econômica. Destacam-se, entre eles, o distrito de Caraibeiras, localizado no município de Tacaratu, em Pernambuco; os municípios de Jaguaruana e Irauçuba, ambos no Ceará; o município de São Bento, na Paraíba; e o município de Jardim de Piranhas, situado no estado do Rio Grande do Norte.

Poderíamos apontar e detalhar outras tantas contribuições de nativos brasileiros que ultrapassaram todos os entraves do tempo para constituir nossa real cultura, mas fechar esse pensamento de formação do verdadeiro povo brasileiro sem destacar a rica contribuição dos povos africanos em nossa sociedade seria subtrair grande parte de nossos traços genéticos, culturais e científicos.


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