Fronteiras da Globalização 3


Organizações supranacionais



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Organizações supranacionais. A presença e a intervenção do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional e das empresas transnacionais que atuam em países periféricos indicam a redução do grau de independência política, econômica e financeira dessas nações. Isso significa que a soberania dos Estados está cada vez mais perdendo espaço para a "ditadura do mercado mundial".

Os blocos econômicos, também denominados blocos internacionais de poder, tendem a reforçar a perda de autonomia dos países periféricos, porque reproduzem os mecanismos de dominação e defesa dos interesses de empresas transnacionais.

O volume 3 analisa o papel do Brasil como país emergente dentro do mundo globalizado e inserido em cada uma dessas contradições.

2. Trabalhando os conteúdos: reflexão, perspectiva

interdisciplinar e contextualização

Se a escolha dos conteúdos considera o aluno capaz de relacionar fatos e ideias, procuramos elaborar atividades que privilegiam essa condição, dando ênfase à análise de textos e a questões reflexivas, interdisciplinares e devidamente contextualizadas. São também atividades que possibilitam ao aluno atingir as metas determinadas pelas DCNEM e as habilidades previstas pelo Enem.



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Na elaboração dessas atividades, o conteúdo geográfico tem muitas contribuições a oferecer para, em sintonia com outros componentes curriculares, criar oportunidades a fim de que o aluno não só examine diferentes temas e problemas da realidade social, como também formule proposições para resolvê-los.

Entre eles, as aceleradas mudanças econômicas, tecnológicas e da comunicação que autorizam a falar em uma escala global de relações humanas, as diferenças e desigualdades entre paisagens, sociedades e territórios, as complexidades da vida urbana ou as alterações nas bases naturais do espaço geográfico em função de usos predatórios.

É imprescindível garantir que o estudante tenha um papel ativo e protagonista, tanto na escolha e no delineamento dos objetos de estudo como nas etapas de execução. E crescem as demandas para uso das ferramentas da informática e de internet, aproximando as realidades dos estudantes e da escola das novas tecnologias de comunicação e informação. Deve-se propiciar também as condições para que os resultados de projetos, estudos e pesquisas alcancem públicos cada vez mais amplos, seja na escola, seja na comunidade.

O desenvolvimento de projetos interdisciplinares e contextualizados coloca também perspectivas para que as equipes docentes ampliem instrumentos e critérios de avaliação, verificando as progressões de alunos e turmas segundo diferentes competências e habilidades.

De acordo com os princípios e práticas enunciados, a coleção oferece, ao longo das unidades e dos capítulos, diversas seções de estudo:

- LEITURA E REFLEXÃO

Textos mais elaborados, que exigem do aluno uma reflexão mais profunda.

- CONTEXTO E APLICAÇÃO

Textos que estabelecem uma relação entre o assunto estudado e o cotidiano do aluno, seguidos de atividades.

- RELACIONANDO OS ASSUNTOS

Textos que aparecem no 2º e no 3º volume e trazem temas já estudados, que podem ser relacionados com o capítulo.

- OUTRA VISÃO

Textos que trazem outra opinião ou enfoque sobre o tema estudado.

- AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Textos que contêm informações mais aprofundadas sobre o assunto tratado no capítulo e que podem ser utilizados pelo professor como ponto de partida para a realização de atividades.

- PESQUISE E REFLITA

Esta seção aparece no 1º e no 2º volume e apresenta sugestões de temas para pesquisa e questões para reflexão sobre o assunto estudado.

- DIÁLOGOS

Seção específica para explorar a interdisciplinaridade dentro da área de Ciências Humanas.

- REGIONAL

Seção que aparece apenas no 3º volume e dedica-se a tratar de aspectos característicos de cada uma das regiões oficiais brasileiras, segundo a divisão do IBGE.

- REFLETINDO SOBRE O CONTEÚDO

Conjunto de questões propostas no fim de cada capítulo, que exigem do aluno reflexão, análise e interpretação dos assuntos estudados.

- QUESTÕES DO ENEM E DE VESTIBULARES

Uma série de testes e questões do Enem, de vestibulares e de processos seletivos seriados que desafiam o aluno a usar as competências e habilidades adquiridas.

3. Outros instrumentos e técnicas pedagógicas

Gostaríamos de deixar claro que o livro didático é apenas um ponto de referência; cabe ao professor adaptá-lo às condições da escola em que trabalha. Para o aluno, a utilização do livro didático é uma maneira de fazê-lo aproveitar melhor as aulas e aprofundar os assuntos explicados pelo professor em sala de aula. Existem outros instrumentos e outras técnicas pedagógicas, além do livro didático ou das aulas expositivas. Sugerimos, a seguir, alguns desses instrumentos, que deverão ser utilizados como meio de avaliação do conhecimento e das habilidades. Os professores devem se colocar à vontade para adaptar esses instrumentos às realidades de suas escolas e localidades e aos interesses e necessidades de aprendizagem de seus alunos.



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Trabalhos dirigidos em grupo

Devem ser realizados sempre sob a supervisão do professor, a quem caberá determinar o tema da atividade, que poderá ser extraído de jornais, revistas ou do próprio livro didático. Esse tipo de trabalho é fundamental porque privilegia a leitura, uma vez que na atualidade os jovens muitas vezes são atraídos por outros recursos visuais.

É extremamente importante que, ao propor o trabalho, o professor considere quais serão as competências e habilidades a ser avaliadas. Essa atitude é válida para qualquer trabalho a ser realizado. Veja, na terceira parte deste Manual, a proposta de dois projetos interdisciplinares e coletivos que requerem pesquisa, debates e muito envolvimento de alunos e professores.

Debates dirigidos

Discussões sobre temas atuais, propostos pelo professor ou sugeridos pelos alunos, são outro tipo de atividade que produz ótimos resultados: despertam a solidariedade, cultivam a ética e o respeito, que, uma vez assimilados em sala de aula, acabam naturalmente adotados na vida em sociedade.

Estudo do meio

Trata-se de uma atividade um pouco mais complexa, pois requer o deslocamento dos alunos, o que nem sempre é possível. Entretanto, é importante promovê-la, pois, além de colocá-los em contato direto com a natureza, o estudo do meio permite a realização de trabalhos interdisciplinares. Outras atividades extraclasse muito interessantes são: visitas a museus, a exposições de arte, a indústrias ou a estabelecimentos agrícolas.

Laboratório de informática

Esse recurso oferece a oportunidade de desenvolver atividades interdisciplinares ou apenas de Geografia. Como os adolescentes se interessam muito por computador, se a escola contar com esse recurso, eles poderão se sentir bastante motivados.

Existem programas que permitem a elaboração de gráficos diversos (clima, população, economia). A construção de climogramas, por exemplo, possibilita que o aluno faça, posteriormente, a análise do tipo de clima representado no gráfico.

O uso da internet também é importante em trabalhos de pesquisa sobre muitos assuntos vistos em sala de aula. Sugerimos alguns sites no fim de cada unidade e faremos mais algumas sugestões neste Manual.

Movimentando a sala de aula

A aula expositiva pode se tornar mais movimentada e interessante com o uso de recursos como projeção de filmes, figuras, mapas, gráficos e maquetes. Nesse tipo de aula é fundamental a participação dos alunos, seja por meio de perguntas, seja por meio da interpretação dos recursos audiovisuais. A aula em que só o professor fala não consta das DCNEM nem é produtiva para alcançar os objetivos do novo Enem.

Entre os recursos audiovisuais que podem ser utilizados, existem desde os mais simples (como globos, mapas e maquetes), passando por aqueles que necessitam de aparelhos especiais (como transparências, slides e vídeos profissionais ou gra va dos pelo professor e pelos alunos), até os mais sofisticados, como o datashow, que requer o uso do computador.

No fim de cada unidade dos três volumes desta coleção, bem como neste Manual, há sugestões de filmes que podem ser utilizados em sala de aula, dependendo da realidade da escola em que o professor trabalha e dos recursos de que ela dispõe (retroprojetor, aparelho de DVD, etc.). Ao utilizar um filme como recurso audiovisual, é importante ter alguns cuidados:

- Assista ao filme antes de passá-lo para os alunos.

- Selecione os trechos mais importantes e, se for o caso, mostre a eles só esses trechos.

- Elabore um roteiro no qual estejam indicados quais são os objetivos que você, professor, pretende atingir com esse trabalho.

- Elabore questões que levem à reflexão sobre o que foi visto.

- Vídeos, filmes, artigos de jornais e revistas podem fornecer excelentes temas para trabalho interdisciplinar, quando abordarem questões referentes aos chamados temas transversais: cidadania, ética, tolerância, direitos humanos, saúde, orientação sexual, entre outros. Entretanto, esses temas devem ser abordados com todo o cuidado e a seriedade que merecem.

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4. Avaliando os objetivos

O momento de aferição do aproveitamento escolar não é o ponto definitivo de chegada, mas um momento de parar para observar se a caminhada está ocorrendo com a qualidade que deveria ter.

Cipriano Carlos Luckesi

No ensino tradicional, as avaliações são feitas por meio de provas escritas ou orais e têm por objetivo aferir a quantidade de conhecimentos adquiridos em sala de aula. Esse tipo de avaliação visa apenas à aprovação, ou não, do aluno no fim do ano. Mais importante do que isso é avaliar o desenvolvimento das habilidades e atitudes adquiridas por ele no fim do período letivo.

O ideal seria que o professor tivesse condições de fazer uma avaliação individual, mas isso é praticamente impossível em razão das turmas numerosas e de os professores, em geral, serem sobrecarregados por uma grande carga horária semanal. No entanto, achamos que atitudes como pontualidade na entrega dos trabalhos, participação em trabalhos de grupo e debates e interesse pelos assuntos abordados em sala de aula não são itens difíceis de ser observados pelo professor.

Precisa ficar claro que, sem estabelecer seus objetivos ou quais habilidades e atitudes o professor espera que seus alunos desenvolvam, torna-se difícil fazer uma avaliação completa. Dependendo da forma como for elaborada, a prova pode ser um bom instrumento de avaliação de habilidades. Textos para leitura e reflexão e questões que demandem raciocínio, capacidade de relacionar e comparar fatos e fenômenos são bons instrumentos para atender a essa finalidade.

É importante que a avaliação seja considerada um processo contínuo, que pode muito bem envolver a prova, entre as atividades realizadas, mas que não se resuma à chamada "semana de provas".

Terminologia para ajudar a identificar habilidades específicas

ANALISAR. Nesse processo, parte-se do complexo para o mais simples, por exemplo, decompor os elementos de um sistema.

COMPARAR. Exige o estudo de dois ou mais fenô menos, procurando pontos de semelhanças e diferenças, com o objetivo de encontrar relações mútuas.

CONCEITUAR. Explicar um fenômeno de modo lógico e claro.

CRITICAR. Emitir julgamentos e opiniões fundamentadas nos conhecimentos sobre o fenômeno analisado. Exige reflexão e análise.

LOCALIZAR NO ESPAÇO. Observar a posição dos fenômenos, situar-se em relação a eles e ter a visão do "antes", do "depois" e do "simultâneo".

LOCALIZAR NO TEMPO. Hierarquizar temporalmente os fenômenos e acontecimentos, organizando-os em sequência lógica. Exige capacidade de perceber o todo e selecionar dados.

RELACIONAR. Estabelecer relação de causa e efeito, entre semelhanças e diferenças, e de complementação.

TRANSFERIR. Aplicar os conceitos adquiridos em uma atividade ou etapa de estudo a uma nova situação; utilizar determinados conhecimentos para explicar novos fenômenos.

5. Bibliografia consultada

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