. Acesso em: 20 maio 2015.
Sugestão de atividade complementar
Uma atividade interessante para aprofundar os assuntos tratados no capítulo é solicitar aos alunos uma pesquisa de imagens referentes a terremotos, vulcanismo, tsunamis e também a grandes cadeias de montanhas, como os Alpes, o Himalaia e os Andes. Para isso, forme grupos de três a quatro alunos e distribua esses temas ou outros que julgue importantes para o estudo do capítulo. Para que as imagens sejam recortadas, a pesquisa deve ser realizada apenas em revistas e jornais velhos ou ainda em sites da internet. Para pesquisas em livros, incentive os alunos a desenhar as paisagens com base em imagens e textos.
Peça aos alunos que elaborem um mural ilustrativo com as imagens e os desenhos pesquisados, acompanhados das explicações para a ocorrência desses fenômenos. A utilização de um esquema também pode ser interessante.
Essa produção poderá auxiliá-lo a verificar quais conhecimentos foram apropriados pelos alunos e também pode ser uma boa oportunidade para tirar dúvidas e retomar os assuntos discutidos no capítulo.
p. 129
Atividade 1. Nem toda fotografia favorece a identificação dos planos de visão. Assim, oriente os alunos a selecionar aquelas em que essa identificação seja mais fácil. Para enriquecer a atividade, recomende a seleção de fotografias que permitam a identificação de mais de dois planos de visão. A marcação dos planos de visão pode ser feita em papel ou em plástico transparente, como o papel vegetal ou manteiga e em sacos plásticos. Oriente os alunos a prender o papel ou plástico à fotografia com fita adesiva. Quando se utilizam sacos plásticos transparentes, a caneta indicada para fazer as marcações é a mesma usada em retroprojetores. Para papel vegetal ou manteiga, pode-se usar qualquer caneta.
p. 130
Você pode explorar as imagens da página e pedir aos alunos que levantem hipóteses sobre as dificuldades e vantagens de viver em áreas elevadas. Após essa reflexão, peça que levantem hipóteses sobre as técnicas utilizadas pela população para conseguir desenvolver atividades econômicas.
Para a agricultura, por exemplo, existem técnicas de terraços e cultivo em curvas de nível, que evitam a erosão. Os meios de transporte também são diferenciados nessas regiões. Você pode citar exemplos de cidades que se localizam em áreas de planaltos e em cordilheiras. Se houver possibilidade, incentive os alunos a pesquisar fotos em sites sobre as seguintes cidades: Thimphu (Butão), Katmandu (Nepal), localizadas na cordilheira do Himalaia; La Paz (Bolívia), Cusco (Peru), Quito (Equador), na cordilheira dos Andes; ou outra que julgar interessante.
p. 131
Texto complementar para o professor
As formas e a gênese do relevo terrestre
O relevo terrestre e sua complexa gênese podem ser mais bem entendidos a partir da teoria da tectônica de placas e da dinâmica da litosfera [...]. Todo o relevo das partes emersas da Terra, que corresponde a apenas um terço da superfície do planeta, está esculpido na parte da litosfera representada pela crosta continental. [...] a crosta continental constitui-se de uma grande variedade de tipos de rochas e arranjos estruturais de diferentes idades e gêneses. Assim, ao mesmo tempo em que se têm rochas sedimentares mais recentes, variando de alguns milhares a aproximadamente 600 milhões de anos, as rochas ígneas e metamórficas chegam a 4,5 bilhões.
O relevo terrestre é fruto da atuação de duas forças opostas – a endógena (interna) e exógena (externa) –, sendo que as internas são as geradoras das grandes formas estruturais do relevo e as externas são as responsáveis pelas formas estruturais.
Página 283
As macroformas estruturais
As macroformas estruturais do relevo terrestre estão representadas pelas plataformas ou crátons, pelas cadeias orogênicas e pelas bacias sedimentares.
1. As plataformas ou crátons quase sempre se mostram com relevos muito rebaixados por diversas e longas fases erosivas. São terrenos que guardam características de baixos planaltos ou ainda assumem aspectos de depressões posicionadas às margens de bacias sedimentares ou dos cinturões de cadeias orogênicas antigas.
Os grandes domínios estruturais da Terra estão assim distribuídos: no continente americano aparecem o escudo das Guianas, o Brasileiro e o Canadense; no continente africano, o Saariano; na Europa, o Russo-fenorsândico; na Ásia, o Siberiano, o Chinês e o Indiano; e na Austrália, o escudo Australiano.
No território brasileiro, o escudo das Guianas é caracterizado preferencialmente por rochas metamórficas muito antigas do Pré-cambriano Médio a Inferior, ocorrendo ainda rochas intrusivas e vulcânicas bastante velhas, e alguns trechos apresentam coberturas sedimentares antigas.
2. As bacias sedimentares constituem outra estrutura de grande representatividade territorial ao longo dos continentes. Essas bacias são formadas por espessos pacotes de rochas sedimentares que chegam a ultrapassar 5000 m. Bacias sedimentares como as do Colorado e do Mississippi-Missouri, nos Estados Unidos, as do Tchad, Congo e Zambese, na África, a do Centro-Norte da Europa, a do Centro-Sul da Austrália, a Amazônica, a do Parnaíba e a do Paraná, na América do Sul, são exemplos de grandes bacias cujas origens e idades são posteriores ao Pré-cambriano. São chamadas de bacias fanerozoicas, ou seja, que se formaram ao longo do Paleozoico, do Mesozoico e do Cenozoico, através de diferentes fases de deposição marinha, glacial ou continental.
As bacias sedimentares recobrem parcialmente as áreas cratônicas ou de plataformas, ocupando 75% da superfície emersa da Terra, embora em volume as rochas sedimentares sejam bem menos representativas do que as ígneas e metamórficas.
3. As cadeias orogênicas ou cinturões orogênicos correspondem aos terrenos mais elevados da superfície terrestre. São áreas de grande complexidade rochosa e estrutural, geradas por efeito de dobramentos acompanhados de intrusões, vulcanismo, abalos sísmicos e falhamentos. Correspondem aos terrenos mais instáveis, nos quais prevalece forte atividade tectônica. As cadeias orogênicas encontram-se preferencialmente nas bordas dos continentes, nos limites com os oceanos Pacífico e Índico e no mar Mediterrâneo. As cadeias orogênicas que mais se destacam são os Andes, na América do Sul; as Montanhas Rochosas/Serra Nevada, na América do Norte; os Pireneus e os Alpes, na Europa; os Cárpatos/Cáucaso/Himalaia na Ásia e os montes Atlas no Norte da África.
As cadeias orogênicas são os terrenos mais recentes produzidos pela tectônica. Suas idades estão entre o fim do Mesozoico e o Cenozoico, sendo que sua gênese está relacionada com a tectônica de placas.
Ross, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2005. p. 32-35.
p. 133
É importante salientar que tanto as planícies quanto os planaltos sofrem processo de sedimentação. No entanto, nos planaltos, o processo de erosão supera o de sedimentação. Sobre o assunto, indicamos a leitura do texto a seguir.
Texto complementar para o professor
Tipos de sedimentos
Tudo o que se deposita com transporte prévio químico ou mecânico, fora e/ou dentro da bacia por vias físicas, químicas, biológicas ou bioquímicas, pode ser chamado de sedimento. Torna-se conveniente, assim, uma classificação dos tipos de sedimento que permita informar sobre todas essas questões relativas a seus processos formadores.
[...]
Mudanças climáticas e fenômenos tectônicos podem colocar em desequilíbrio o manto de alteração dos continentes, removendo a vegetação e tornando-o mais vulnerável a erosão mecânica. Dessa forma, os minerais primários e secundários formados no perfil serão carregados pelas águas e depositados nas bacias de sedimentação. Essa etapa do aplainamento dos continentes, dominada pela remoção mecânica dos materiais do manto de alteração, está relacionada à geração das rochas sedimentares clásticas tais como os arenitos, folhelos e argilitos.
Ambientes de intemperismo e ambientes de sedimentação podem ser vistos, portanto, como complementares, sendo dominantes nos primeiros processos de subtração de matéria e, nos últimos, os processos de adição de matéria.
Teixeira, W. et al. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Nacional, 2008.
Página 284
p. 134
Texto complementar para o professor
Unidades do relevo brasileiro
Ao considerar a macrocompartimentação do relevo brasileiro, não se pode negligenciar sua natureza morfogenética. Levando-se em conta isso, toda a história do relevo brasileiro e sua cronologia são mais significativas a partir do Cretáceo, ou seja, ao longo do Terciário-Quaternário. A compartimentação atual tem fortes ligações genéticas com o soerguimento da plataforma sul-americana, ao longo do Cenozoico (epirogênese pós-cretácea), e com os processos erosivos, muito marcantes nas bordas das bacias sedimentares, que ocorreram principalmente a partir do Terciário, estendendo-se até o Quaternário, em concomitância com o soerguimento da plataforma sul-americana.
Para a atual proposta de identificação das macrounidades do relevo brasileiro, elaborada por Ross (1989), foram fundamentais os trabalhos de Ab’Sáber e os relatórios e mapas produzidos pelo Projeto Radambrasil na série Levantamento dos Recursos Naturais. O relevo brasileiro apresenta três unidades geomorfológicas, que refletem suas gêneses: os planaltos, as depressões e as planícies.
As unidades dos planaltos
As áreas representadas por compartimentos de planaltos [...] assumem caráter de formas residuais, pois são circundadas por extensas áreas de depressões; por conseguinte, põem em evidência os relevos mais altos que ofereceram maior dificuldade ao desgaste erosivo.
As unidades das depressões
As depressões no território brasileiro, com exceção da depressão amazônica ocidental, apresentam uma característica genética muito marcante que é o fato de terem sido geradas por processos erosivos com grande atuação nas bordas das bacias sedimentares. As atividades erosivas com alternância de ciclos secos e úmidos esculpiram, ao longo do Terciário e do Quaternário, as depressões periféricas, as marginais e as monoclinais que aparecem circundando as bordas das bacias e se interpondo entre estas e os maciços antigos do cristalino. A atuação das atividades erosivas evidentemente ocorreram não somente ao longo das atuais depressões mas também sobre os planaltos, mas é nas primeiras que as marcas paleoclimáticas são mais evidentes. É fato também marcante a extensividade dessas depressões por estruturas muito diferenciadas. Isto certamente se deve às alternâncias das fases erosivas dos períodos secos com as de meteorização química e erosão linear dos períodos úmidos.
As unidades de planícies
Os relevos que se enquadram nas planícies correspondem geneticamente às áreas essencialmente planas geradas por deposição de sedimentos recentes de origem marinha, lacustre ou fluvial. Nessa categoria encontram-se grandes unidades, como as planícies dos rios Amazonas, Guaporé, Araguaia e Paraguai, as planícies das lagoas dos Patos e Mirim e inúmeras outras pequenas planícies e tabuleiros ao longo do litoral brasileiro, bem como no interior do território. E estão geralmente associadas aos depósitos do Quaternário, principalmente do Holoceno.
Ross, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2005. p. 51-52; 60; 64.
p. 136
De olho no texto
Atividade 1. As principais atividades econômicas do país são as comerciais e as de prestação de serviços, responsáveis por 69,5% da economia do país. Auxilie os alunos na leitura do gráfico de setores. É importante que os alunos percebam as relações de proporção das porcentagens com as áreas indicadas e que compreendam as informações mostradas como partes integrantes de um conjunto, no caso, as atividades econômicas que compõem a economia do país. Se necessário, integre conhecimentos de Matemática para retomar as principais características desse tipo de gráfico.
Atividade 2. A maior parte da população vive na cidade, 86,3%. Se julgar oportuno, aproveite a oportunidade para relacionar os dois gráficos mostrados na página, direcionando o olhar dos alunos a questões como: Em que espaço se concentra a maior parte da população da Nova Zelândia? (Espaço urbano, com 86,3% da população.) Que atividades econômicas predominam nesse espaço? (Atividades industriais, comerciais e de prestação de serviços.) Você vê relação entre os dois gráficos? Explique (espera-se que os alunos relacionem a população predominantemente urbana ao tipo de atividade principal desenvolvida na Nova Zelândia).
Atividade 3. Planície.
Atividade 4. A diversidade de paisagens, muitas delas com vulcões e gêiseres. Comente com os alunos que a Nova Zelândia se encontra na região do Círculo de Fogo do Pacífico, o que explica a diversidade de vulcões e gêiseres no país.
p. 137
A respeito da primeira questão do Antes de ler desta página, espera-se que os alunos mencionem a intervenção humana no espaço. O texto apresentado
Página 285
faz um alerta sobre a necessidade de essas intervenções serem planejadas, a fim de se evitar desastres ambientais em consequência da ação humana no planeta.
O site do qual o texto foi extraído é de uma organização não governamental norte-americana, a WWI (Worldwatch Institute), que se destaca na promoção da sustentabilidade do planeta, visando ao atendimento das necessidades humanas sem ameaçar o equilíbrio natural e as futuras gerações. A organização desenvolve pesquisas sobre questões globais e divulga seus resultados em várias partes do mundo. No Brasil é associada à Universidade Livre da Mata Atlântica (UMA).
Aproveite a questão proposta para conversar com os alunos sobre a importância de escolherem sites de pesquisa confiáveis, como os governamentais e os de organizações, universidades e empresas que desenvolvem estudos sérios sobre diferentes temas. Nesta coleção, ao final de cada um dos capítulos, tanto no Livro do Aluno quanto no Manual do Professor, foram indicados sites relacionados aos temas estudados que podem ser usados pelos alunos e por você, para pesquisas complementares.
p. 142 e 143
A foto dos alunos visitando túmulos e esculturas remete à arte tumular. O texto a seguir aborda o tema, mostrando interdisciplinaridade com História e Arte.
Texto complementar para o professor
Arte tumular
Os cemitérios antigos de São Paulo conservam importantes acervos artísticos e históricos. Os cemitérios, tal como muitos casarões, teatros, linhas férreas e monumentos construídos em meados do século XIX e início do XX, são testemunhas da história social da cidade.
No final do seculo XIX a cultura do café, então chamado ouro-verde, proporcionava vida opulenta a famílias que aqui se instalavam, vindas do interior do Estado e também de outros países em busca de novas possibilidades de trabalho ou para ampliação dos negócios e de suas fortunas.
Era o momento da Belle Époque paulistana na imitação dos hábitos parisienses, manifestos na arquitetura, moda, festas, convenções e também dos sepultamentos e ornamento dos túmulos.
Os cemitérios, então chamados “campos santos”, em meados do século XIX, já substituíam as igrejas na prática de sepultamentos. [...]
Na época [virada do século XX para o XXI], o cemitério municipal passou a enterrar pessoas que realizaram, em vida, atividades de relevância para a sociedade. Por este motivo, as famílias e os amigos, a partir da primeira década do século XX, contratavam construtores e escultores de renome, em sua maioria com formação na Europa, como Victor Brecheret, Luigi Brizzolara, Galileo Emendabili, entre outros, para ornamentarem os túmulos das ilustres personalidades.
Esses túmulos são importantes registros da história social e política de São Paulo, com personalidades que se destacaram no cenário paulistano.
Outras necrópoles antigas, tais como Araçá e São Paulo, abrigam obras representativas da arte tumular.
Prefeitura de são paulo. Disponível em:
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