História Universal da Destruição dos Livros Das Tábuas Sumérias à Guerra do Iraque Fernando Báez



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A adoração do livro hebraico
A idéia de um livro ditado por Jeová fez os judeus acreditarem que se tratava de um livro sagrado, cujo sentido encerrava toda a racionalidade possível do mundo. O curioso dessa tradição está em suas conseqüências: ao considerar sagrados os livros, cada letra passou a ter uma significação mágica (estudada pela Cabala), mas em seu idioma original e em nenhum outro.

Existia uma tendência à proteção das escrituras. O historiador Flávio Josefo contou que os judeus preferiam deixar-se matar a aceitar a profanação de seus textos. Uma das razões do levante dos macabeus foi justamente a destruição de obras pelos soldados de Antíoco IV: "[...] e os livros da Lei que encontravam eram rasgados e lançados ao fogo. Quem fosse encontrado com um livro da Aliança em seu poder e observada a Lei, era, em virtude do decreto do rei, condenado à morte [...]".

No entanto, os romanos reprimiram o orgulho judaico e devastaram muitos livros. A destruição de Templo de Jerusalém no ano 70 acabou com centenas de textos, embora os judeus conseguissem esconder alguns. O próprio Josefo se arriscou para salvar volumes do Templo. Segundo uma hipótese atual, no Templo havia oficiais religiosos; o restante eram cópias feitas por escribas competentes.


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