A máe que desistiu do céu


- CONSELHOS ANTIGOS AOS JOVENS MODERNOS



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24 - CONSELHOS ANTIGOS AOS JOVENS MODERNOS


Se fosse chamado a dizer alguma coisa aos jovens, eu repetiría o que Sêneca disse a Galion, na “Bem-aventurada Vida”, que resumiriamos assim: “Não siga o jovem aqueles que não ligam para nada, blasonam do próprio caráter leviano e irresponsável. Todo o tempo que vivermos vagando debaixo das cargas sugestivas destes tipos, seguindo-os e ajuntando-se a outros, debaixo de inspirações menos nobres, estamos sujeitos a praticar tantos erros na existência, que possivelmente a vida toda será pouca para que nos arrependamos.”

E é conselho valioso que tem mais de dois mil anos! Raramente, o moço exemplar, aplicado, honesto e fiel aos seus elevados ideais, insiste para que os colegas ,o sigam. Preocupado em crescer e trabalhar, ou estudar duro, para tanto, não tem horários vazios, para bancar madrinha de tropa. Cumpre o seu dever e não se imiscui na vida dos outros. Mas, já os bagunceiros, contestadores e desafiadores, geralmente complexados, têm a necessidade de dar demonstrações de força e prestígio. Insistem muito, e geralmente convencem os demais.

Quando garoto ainda, havia na cidadezinha em que me criei, um jovem deste tipo que se fazia sempre seguir por um bando. Às tantas saía na calada da noite, ele na frente e os outros atrás, armados de estilingues para a excitante aventura de quebrar todas as lâmpadas elétricas. Na noite seguinte, programava acossar animais nos pastos, judiando tanto destes que os mesmos se atiravam pelas barrocas e de cima de pontes, rebentando-se todo.

Já tendo alcançado a adolescência, conheci um rapa- zelho, em minha terra natal, que exercia estranha liderança sobre os jovens. Com extraordinário poder, arrastava os comparsas para bordéis, levava-os a curras e até lhes dava aula prática de gigolô. Nesse tempo, eu vivia inteiramente voltado para os livros. Não me lembro de um jovem sequer, embora convivesse com eles, organizássemos serestas, que tivesse sido atraído por mim a exercícios literários ou para o lado sério da vida. O homem é mais facilmente contagiado pelo seu lado fraco. Daí que os nobres de alma tenham de trabalhar duro o solo para nele vicejar a virtude e a sabedoria.

Sêneca, na obra citada, fornece aos jovens, diretrizes para que não fiquem no meio do caminho e se vejam decaídos e lastimados. Diz aquele notável filósofo, que foi precep- tor de Nero: “O jovem deve se conscientizar ou deixar bem claro, na sua mente, o alvo que deseja atingir. E para fazê-lo, deve estudar o caminho a ser trilhado. E manter firmeza de propósito. Quando estamos seguindo uma estrada de terra, objetivando alcançar uma cidade, podemos nos dar ao capricho de sair da via larga convencional e seguir por um trilho, caso verifiquemos que esse trilho encurta a distância e se encontra bem batido. No entanto, quando se trata da nossa vida moral, se ansiamos para alcançar a felicidade, quase sempre o caminho mais cômodo é o que engana mais. Não deve o jovem fazer como as ovelhas que seguem as que vão adiante, sem cogitar de que caminham inconscientes para a tosquia ou para o matadouro. Nada nos leva a maiores males do que nos deixarmos guiar a opinião, tomando por bom aquilo que é aprovado e seguido por muitos. Seguir a maioria não significa escolher o melhor.”

De fato, a sabedoria antiga é sempre sabedoria, ontem como hoje. A mim, me tem acontecido de receber pais aflitos, em minha atividade espírita, aos quais se encontram derruídos, pelo fato de o filho ter sido preso pela Polícia e levado ao xilindró por prática de atos reprováveis. No fundo, vão verificar que se trata de más companhias e de modismo: “Todo mundo puxa fumo, vamos puxar também.” Assim, com a jovem que, logo, fica mal falada e desacreditada, em virtude de ter a cabeça feita pelas amiguinhas que lhe sugerem insistentemente: “Todo mundo hoje pratica o amor livre, vamos, também, praticá-lo.”

Por tudo isto, este eminente filósofo da antigüidade, Sêneca, insiste num ponto em que raramente insistímos: “Não nos apartemos nunca da razão, pois Deus nos deu cabeça para pensar e não para que nos sentemos em cima dela”

TEMA PARA REFLEXÕES: O caminho e os descaminhos.

As más companhias - O modismo - Lideranças inconvenientes.

PORVENTURA É NECESSÁRIO QUE, ALÉM DOS CONHECIMENTOS DO CURRÍCULO ESCOLAR E PROFISSIONAL, INOCULEMOS NO JOVEM UMA PROPÍCIA E ELEVADA FILOSOFIA DE VIDA?

- Sem dúvida alguma, apenas o conhecimento das ciências, das artes e Lecnologia não são suficientes para fazer um homem de verdade. Na antiguidade, os alunos eram discípulos do professor, a quem chamavam por mestre e lhe tinham elevada consideração. Assim Platão foi discípulo de Sócrates. Mesmo os reis entregavam os seus filhos para que os preceptores, não só lhes ensinassem as letras, como aprendessem a viver. Com o crescimento demográfico, cada vez mais, foram alterando os métodos de educação e, dada a quantidade de alunos, surgiu a necessidade de reuni-los em grandes classes escolares. Também, para facilitar ó ensino em massa, estabeleceram-se programas para aprendizagem mais rápida, a fim de que se formassem em série. Atualmente, substituiram o exame pelo método de computação, sim ou não, nos chamados testes! Por outro lado, eliminaram dos programas todas as matérias referentes à educação, principal mente, no tocante ao caráter do aluno. Como os pais, na vida moderna, passaram a viver mais fora do lar que dentro dele e as antigas religiões perderam a eficácia, eis que o homem, na sua mais importante fase, que é de assimilação, apropriou-se de tudo, menos de educação.

Daí o paradoxo deste fim de século, cheio de ciência e manisfestações extraordinárias da inteligência, mas, nos mostrando quadros deploráveis, em que junto a uma juventude brilhante, corre outra verdadeiramente perturbada e em descaminhos.

QUE CONTRIBUIÇÃO O ESPIRITISMO TEM PARA ESCURECER OS PEDAGOGOS?

- A de que, ao contrário do que se afirma, os homens não são todos iguais. Cada homem se constitui em uma auto-realização através de inúmeras vidas sucessivas. O Espírito que anima cada um de nós pode ser velho, de meia idade ou novo, isto é, ter já muitas virtudes asseguradas, estar a meio do caminho ou permanecer ainda no limiar da Escola Cósmica Sendo, pois, por natureza, mais adiantados, atrasados, comportados, levados, responsáveis ou irresponsáveis, eis que importava se descobrissem métodos de ensino diversificados, em forma adequada, no ensino normal e moral.


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