Como vimos, as manifestações coletivas podem ou não se transformar em
netos de imigrantes muçulmanos, moradores da periferia, organizaram uma
série de protestos. Eles mostravam-se revoltados com as dificuldades que
enfrentavam: desemprego, condições de vida precárias, discriminação e
exclusão social. Reivindicavam a inclusão digital, isto é, o acesso universal às
tecnologias da informação. Esses episódios, no entanto, não constituíram
movimentos sociais organizados, pois se resumiram a protestos passageiros.
Outro exemplo foram as manifestações em junho de 2013 no Brasil.
Inicialmente, foram promovidas por um grupo organizado (o Movimento Passe
Livre) em razão do aumento das tarifas de transporte coletivo em diversas
cidades brasileiras. No entanto, conforme cresceram, foram-se incorporando
diversas outras reivindicações e deixaram de seguir apenas a pauta do MPL.
Após o aumento de tarifa ser revogado, em pouco tempo as manifestações
relacionadas especificamente ao acesso ao transporte público diminuíram.
Os movimentos sociais também não podem ser confundidos com movimentos
messiânicos, religiosos ou político-partidários, embora esses formulem e
apresentem publicamente reivindicações de mudanças políticas e sociais.
FONTE: Filipe Rocha/Arquivo da editora
Glossário:
messiânico: diz-se do movimento fundamentado na ideia de que um indivíduo
ou grupo está destinado a salvar a humanidade dos males e problemas.
Fim do glossário.
270
Isso não significa que os participantes de um determinado movimento social
não professem uma fé ou não estejam ligados a um partido político. De modo
geral, os movimentos sociais se definem como não partidários ou não
religiosos e buscam somar forças com aqueles que vivenciam uma mesma
condição, independentemente das suas filiações partidárias ou religiosas. Para
se atribuir um caráter "social" a movimentos surgidos no interior das
sociedades, algumas características devem ser identificadas.
Boxe complementar:
Dostları ilə paylaş: