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CAETÉS
João Valério é a personagem principal e o narrador, que pretende publicar a história de sua cidade, onde no passado viviam os índios caetés, terra natal do autor, chamada Palmeira dos Índios. Primeiramente, seus olhos de narrador crítico são sobre as pessoas ricas, seu exibicionismo e fatuidade. Com o desenrolar, ele começa a fazer concessões, uma vez que deseja aquilo que tenta condenar. João Valério comete adultério com Luíza, esposa do jornalista Adrião, que se mata ao saber do fato.
ANGÚSTIA
Luís da Silva é um homem frustrado, tímido e solitário, vivendo em dois mundo e não se identificando com nenhum. Ele é produto de uma sociedade rural em decadência e cultiva uma aversão incapaz dos outros de si próprio. Marina é a vizinha de quem ele se apaixona, pede em casamento e entrega suas poucas economias para a compra de um hipotético enxoval. Julião Tavares surge em cena. Ele tem as qualidades que faltam a Luís. Ele tem ousadia, dinheiro, posição social, age euforicamente, numa tranqüila inconsciência. Marina, demonstrando sua futilidade, se deixa seduzir por Julião. Luís, tomado de amargura, alimenta impulsos de assassinar o rival, o que acontece por estrangulamento. Ele tem o fato como uma desforra, que logo perde a evidente significação de vitória.
VIDAS SECAS
Fabiano, Sinha Vitória, seus dois filhos, uma cachorra, Baleia, e um papagaio são as personagens principais. A seca, a vegetação magra, a intolerância dos latifundiários e da polícia que está a serviço desses últimos são os inimigos. Assim, desenrola-se o drama, através de verdadeiros painéis em que, em cada um, uma das personagens é colocada em relevo, com as demais servindo de pano-de-fundo. Esses retirantes, ao fugirem da seca, encontram uma fazenda abandonada e nela se homiziam. Voltando as chuvas, o dono também volta e Fabiano fica trabalhando como empregado, a fim do sustento da família. Fabiano, enganado na conta de saldos e lucros, pelo dono da fazenda, no ajuste de contas, nada pode fazer. Depois, com a volta do período das secas, ele abandona a fazenda e, com a família, recomeça suas andanças. A esperança de que as coisas melhorem no futuro e que as crianças não precisam passar pelo que eles estão passando permanece para ele e Sinhá Vitória.
SÃO BERNARDO
Narrado na primeira pessoa pelo próprio protagonista, Paulo Honório, depois de uma infância extremamente pobre e juventude empenhada na luta pela sobrevivência, amadurecendo através de transações arriscadas, busca viver em função do dinheiro que conseguiu amealhar. Volta para Viçosa, em Alagoas, e aproveita-se das fraquezas de Luís Padilha e compra-lhe a fazenda São Bernardo, onde trabalhara anos antes, por uma ninharia. De posse, manda matar invasores, trabalha duro, faz investimentos na terra. Agora, ele não hesita em amedrontar ou corromper para realizar seus desejos. Casa-se com Madalena, professora desempregada, que vive com sua tia, dona Glória, com o objetivo de conseguir um herdeiro. Embora seja mais um acordo de interesses do que uma relação amorosa, ele não consegue transformá-la em objeto. Nasce o filho, mas os contínuos desentendimentos afetivos e ideológicos, a vida angustiada e o ciúme exagerado de Paulo Honório, acabam levando-a ao suicídio. Todos começam a abandonar a fazenda e uma queda nos negócios a leva à ruína. Sozinho, Paulo Honório fica mais introverso, São Bernardo decai, ele vê sua destruição e, dois anos depois, escreve a história de sua vida.
JORGE AMADO: O país do carnaval; Cacau; Suor; Jubiabá; Mar morto; Capitães de areia; Terras do sem-fim; São Jorge de Ilhéus; Seara vermelha; Os subterrâneos da liberdade; O cavaleiro da esperança; Gabriela, cravo e canela; Os pastores da noite; Dona Flor e seus dois maridos; Tenda dos milagres; Tieta do agreste; Teresa Batista cansada de guerra; Tocaia grande; O sumiço da santa (romances). Velhos marinheiros (novela). O amor do soldado (teatro). Criador do ciclo do cacau, sendo primeiramente panfletário, numa obra político-social tendenciosa, com simpatia humana pela gente humilde e sofredora. Estilo impregnado de poesia. Depois, plena posse de seu instrumento artístico, impregnado de humanidade e lirismo. Finalmente, criador do gênero picaresco moderno. Linguagem e estilo de ressonância clássica. No total, capacidade fabuladora, grande força descritiva, senso de movimento romanesco.
CAPITÃES DE AREIA
Uma pequena "gang" de garotos abandonados. O líder é Pedro Bala. Sua luta principal é pela sobrevivência. Entre eles, Volta-Seca vai para o cangaço, Sem-Pernas morre fugindo da polícia, Gato vira gigolô. Os demais se redimem pela liderança e apoio de Pedro Bala, adquirindo conscientização política.
A MORTE E A MORTE DE QUINCAS BERRO D'ÁGUA/ A COMPLETA VERDADE SOBRE AS DISCUTIDAS AVENTURAS DO COMANDANTE VASCO MOSCOSO DE ARAGÃO, CAPITÃO DE LONGO CURSO
Uma das novelas contidas em Velhos marinheiros. Funcionário público com esposa e sogra tirânicas, apesar de pai de família exemplar, Quincas entrega-se à boêmia e vai viver junto com outros bêbedos, vagabundos e prostitutas. Um dia, ao tomar  água por engano, ele solta um grito, um berro: "Água!!!". Daí, o seu apelido. Todavia, sua conduta o torna um dos mais adoráveis bêbedos de Salvador. Um dia é encontrado morto e a família prepara-lhe um enterro de acordo com a sua vida anterior à boêmia. Curió, Pé-de-Vento, Cabo Martinho, entretanto, decidem fazer uma despedida de acordo como o conheceram. Levam o cadáver pelas ruas, como se o mesmo estivesse vivo. Finalizando, num barco, durante uma tempestade, o corpo cai no mar, como se ele tivesse se atirado, lá ficando como numa sepultura de marinheiro. A segunda novela. Vasco Moscoso de Aragão é um comandante que tem a sua competência como navegador tida como motivo de discórdia. Ele é chamado a Belém, com a finalidade de substituir o falecido comandante de um navio. A tripulação não o aceita e o agride em sua recepção. Acontece uma tempestade e Vasco Moscoso consegue manobrar o navio, levando de roldão todos os demais barcos que estão ancorados naquele porto.
DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS
Florípedes Paiva Guimarães é dona Flor ou a Flor dos Guimarães, proprietária e professora da Escola de Culinária Sabor e Arte. Contrariando a vontade de toda a família, ela se casa com Valdomiro dos Santos Guimarães, o Vadinho, um inveterado boêmio e jogador contumaz, tornado-se Florípedes Paiva dos Santos. Após uma noitada de sábado de carnaval, Vadinho morre na madrugada de domingo. Passado o tempo necessário, dona Flor se casa com o doutor Teodoro Madureira, farmacêutico tendo seu nome mudado para Florípedes Paiva Madureira. Na comemoração de um ano de seu segundo casamento. dona Flor vê Vadinho surgir à sua frente, inteiramente nu. Ele procura partilhar o se leito. Dionísia, comadre de Flor e iaô de Oxóssi (figura do camdomblé) pratica um exorcismo de Exu (outra figura do candomblé) e Vadinho vai-se embora novamente. Vai-se embora para todas as demais pessoas. Flor, entretanto, o tem presente, para sua felicidade. Ela, então pode partilhar seu leito com Vadinho e Teodoro, podendo ambos tocar seu corpo, amá-la e possuí-la.

TERRAS DO SEM-FIM
Cobiçosos e com desejo de enriquecimento, dois fazendeiros, coronel Horácio da Silveira e Juca Badaró, disputam terras incultas, porém muito férteis e sem dono, da Mata de Sequeiro Grande, através da violência. O motivo principal é alta do cacau no mercado internacional. A tocaia é o grande método usado na luta entre as famílias. Para Horácio, as armas são a única lei. Ester, esposa de Horácio, não acostumada àquela vida, educada em outros meios e com outros sonhos, não se acostuma àquela vida fechada e cercada de perigos que leva na fazenda e sobressaltada pelos ruídos diferentes da cidade e pelos crimes, conhece Virgílio, advogado que passa a freqüentar a casa, e torna-se sua amante. Continuam acontecendo as lutas entre os dois fazendeiros e capangas. Ao final, Ester morre de tifo e Virgílio é morto por Horácio, que ficara sabendo do romance. Horácio, por possuir maiores recursos financeiros e pelo favorecimento do governo federal, toma posse do Sequeiro Grande e se torna chefe principal de São Jorge de Ilhéus.
SÃO JORGE DOS ILHÉUS
Continuação de Terras do sem-fim, ocorrendo a ação vinte e cinco anos depois. O foco é a luta dos produtores de cacau contra os exportadores. De um lado está presente o coronel Horácio da Silveira e, de outro, Carlos Zude. Este último força a alta do cacau. Os coronéis festejam, pois nunca tiveram tanto dinheiro. No entanto, decorrido algum tempo, indo o produto a preços elevadíssimos, acontece a baixa de preço vertiginosamente. Assim, as propriedades começam a perder seu valor, sendo arrematadas a preços ridículos pelos exportadores. Acontece a mudança de donos. Paralelamente, vão-se desenrolando vários núcleos narrativos. A mulher de Carlos Zude, Julieta, trai o marido com Sérgio Moura, um poeta; Há a frustrada luta do capitão João Magalhães, marido de don’Ana Badará, para a reconquista de sua antiga importância; e a estória de um casal de argentinos, Pepe e Lola.
GABRIELA, CRAVO E CANELA
O retrato é o da vida de Ilhéus, na metade dos anos 20, no cenário da prosperidade cacaueira. Mundinho Falcão é um exportador de cacau. Ele tenta influenciar os coronéis da região, cujo líder é Ramiro Bastos, a agirem dentre um comportamento menos retrógrado e mais agressivo. Este é o plano político desenrolado no livro. Nacib e Gabriela são as personagens principais. Eles representam o plano amoroso. Nacib e Gabriela se casam. Mais tarde, ela o trai com Tonico. Nacib, tomando conhecimento, a expulsa de casa. Com “dor-de-cotovelo”, toma uma atitude fora do comum para aqueles tempos e locais, aceita-a de volta. Todavia, Gabriela não é mais sua mulher. Fica apenas como amante e cozinheira.
TEREZA BATISTA CANSADA DE GUERRA
Tereza Batista é uma adolescente, cujos pais a vendem ao capitão Justiniano Duarte da Rosa, ficando à mercê deste homem inescrupuloso. Ela consegue matar o capitão e fugir, em seguida. Encontrando Emiliano Guedes, passa a viver com ele um amor diferente, quase filial. Emiliano Guedes morre e Tereza Batista se prostitui, entrando em luta com a polícia em prol das companheiras. Ao final, já cansada de guerra como diz o título, encontra outro casamento, mas foge com Januário Gereba, realizando seu sonho.
CORNÉLIO PENA; Fronteira; Dois romances de Nico Horta; Repouso; A menina morta. Romancista do grupo espiritualista. Originalidade na temática (fazenda, criação de gado, mineração e café‚ em Minas Gerais e Vale do Paraíba).
CIRO DOS ANJOS: O amanuense Belmiro; Abdias; Montanha (romances). Explorações no tempo (crônicas e memórias). A criação literária (ensaio). Ficção lírica, introspectiva, com raro senso psicológico.
JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA; Reflexões de um cabra (novela). A bagaceira; O boqueirão; Coiteiros; Ocasos de sangue (romances). Sem chorar e sem rir (crônicas). É o verdadeiro iniciador da ficção nordestina modernista. Exaltação da terra, observação da realidade dos problemas do nordeste, protesto contra as condições de vida do homem do campo. Linguagem ao mesmo tempo de construções eruditas e de uso sertanejo. Problemas da extinção do cangaço, a política do tempo de Vargas e assassinato de João Pessoa. Estilo caracterizado por exposição clara e consciente.
A BAGACEIRA
O drama dos retirantes, migração dos sertanejos para a zona dos brejeiros. A estória acontece entre dois períodos de seca, as de 1898 e 1915. Dagoberto Marsau não suporta a passagem deles ante sua fazenda. Soledade é filha de Valentim Pereira, em quem Dagoberto fica interessado. Purunga ‚ um vaqueiro que acompanha e protege Soledade e o pai. Eles são acolhidos no engenho Marzagão. Soledade é parecida com a finada esposa de Dagoberto e o interesse nela faz com que este os deixe ficar na fazenda. Lúcio, em cujo parto a mãe morrera, filho de Dagoberto, também se sente atraído pela sertaneja. Entre pai e filho, já havia conflito. Lúcio quer se casar com Soledade sem saber que ela já era amante de Dagoberto. Lúcio, que já é advogado, se dispõe a defender Valentim que está preso por ter assassinado o feitor Manuel Broca, suposto sedutor e amante de Soledade. Dagoberto não permite, pois ele próprio é o sedutor e Lúcio e Soledade são primos. Purunga vinga a honra de Valentim Pereira, por conta própria, embora tivesse jurado a Valentim zelar pela vida daquele, até que este mesmo pudesse efetuar a vingança. A morte parece acidental. Lúcio toca a fazenda, onde passa a haver prosperidade, justiça, harmonia. Entretanto, ao final, uma apatia envolve os caboclos, faltando-lhes motivo de luta insana pela vida. Na outra seca, já com a beleza destruída pelo tempo, Soledade vai se encontrar com Lúcio e lhe entrega o filho de sua ligação com Dagoberto.
ÉRICO VERÍSSIMO: Fantoches; Clarissa; Caminhos cruzados; Música ao longe; Um lugar ao sol; Olhai os lírios do campo; Saga; As mãos de meu filho; O resto é silêncio; O tempo e o vento - O continente, O retrato, O arquipélago; Noite; O senhor embaixador; O prisioneiro; Incidente em Antares (ficção). Vida de Joana d'Arc; Os três porquinhos pobres; Aventuras do avião vermelho; Rosamaria no castelo encantado; Aventuras de Tibicuera; Outra vez os três porquinhos; Vida do elefante Basílio; O urso com música na barriga; Viagem à aurora do mundo; Aventuras no mundo da higiene; Gente e bichos (ficção didática e literatura infantil). Gato preto em campo de neve; A volta do gato preto; México. História de uma viagem; Israel em abril (viagens). Diminuído por uns; enaltecido por outros. Um dos romancistas mais lidos e populares da língua portuguesa. Notável pela técnica de contraponto da narração e pelos tipos criados. Marco na evolução do romance brasileiro. Primeira fase: problemas humanos da classe média na cidade grande; sentido universal na abordagem de temas espirituais, morais, sociais de homem contemporâneo. Segunda fase: romance histórico, com obra cíclica sobre a formação social do Rio Grande do Sul. Cenas de grande dramaticidade, descrições vivas, prosa de tom épico. Dotes de narrador e retratista, domínio pleno de recursos técnicos avançados, arte de estruturação equilibrada, senso literário e idiomático. Dosagem certa de realismo e romantismo, ação e análise, cotidiano e eterno.
CLARISSA//MÚSICA AO LONGE/UM LUGAR AO SOL
Devido à ligação, três livros num único resumo. Clarissa é a primeira obra do autor. Clarissa é uma adolescente que vive na cidade de Porto Alegre, e no livro o seu perfil psicológico é retratado. Música ao longe é a continuação, mostrando Clarissa e seu temor pela velhice, uma vez que a vida vai passando e as pessoas à sua volta vão morrendo. O casarão em que vive vai passando de mãos em mãos. Clarissa quer ficar abraçada à sua juventude. Professora, ela pensa em seus alunos que, proximamente, serão também homens acabados: a efemeridade da vida. Por outro lado, os Albuquerques, os donos de Jacarecanga no passado, acabam substituídos, tanto na política como na sociedade, por grupos de imigrantes sem passado e sem tradição. A linha narrativa principal do romance é a decadência progressiva e definitiva do antigo patriarcado social do Rio Grande do Sul. O terceiro livro mostra um retrato da vida por meio das personagens Clarissa, Fernanda e Vasco, com seus sonhos, suas lutas e suas frustrações
O RESTO É SILÊNCIO
Uma jovem se despenha do décimo pavimento de um edifício da capital gaúcha. É uma noite de sexta-feira e sete são as pessoas que presenciam o acontecimento: doutor Lustosa, desembargador aposentado; Norival, comerciante à beira da falência; Tônio Santiago, um romancista; Aristides Barreiro, advogado bem sucedido e ex-deputado; Sete, um vendedor de jornais; Chicharro, um boêmio e Marina, uma mulher angustiada. A obra é uma análise do comportamento humano, através da descrição das reações daquelas pessoas, antes e depois do suicídio, além de traçar o perfil de uma época.
O TEMPO E O VENTO I - O continente: O primeiro livro de uma trilogia. Narrativa das primeiras lutas entre as famílias Terra e Cambará e a Amaral. Ana Terra é o símbolo da mulher gaúcha e tem um filho com o índio Pedro Missioneiro. Depois, o capitão Rodrigo Cambará  vem a casar-se com Bibiana, neta de Ana, o que faz a união Terra-Cambará para combater a família Amaral. No decorrer, Rodrigo se torna o grande herói, numa idealização de honra, bravura, bondade. O TEMPO E O VENTO II - O retrato. Prosseguindo o livro anterior, a personagem principal é o doutor Rodrigo Cambará, descendente do capitão Rodrigo e que, ao mesmo tempo, é a reencarnação dos traços mais importantes da família. Sua personalidade passa a dar novos rumos, sobretudo nas relações de poder. O TEMPO E O VENTO III - O arquipélago. Vários fatos históricos (tenentismo, getulismo, coluna Prestes, Primeira Guerra Mundial, integralismo) contribuem para a transformação por que passa o Rio Grande do Sul. O doutor Rodrigo Cambará agora é um homem vivendo sob o peso da politicalha, adultério, medo da morte, desejoso de seguir o que era ditado pelas almas dos antepassados. Outras personagens: Pepe Garcia (um tipo quixotesco), Ritinha Prates, Cuca Lopes, Celanira, Laco Madruga (delegado), padre Kolb.
O SENHOR EMBAIXADOR
O mundo diplomático é focalizado, através da estória ambientada entre Washington e um país imaginário das Antilhas, chamado República de Sacramento. O embaixador Gabriel Heliodoro é a personagem principal e amigo do ditador que governa a republiqueta, sendo envolvido pela terrível revolução política de seu país.
INCIDENTE EM ANTARES
Dividido em duas partes, a estória apresenta uma mistura de acontecimentos reais e irreais. Na primeira parte, acontece o progressivo acomodamento das duas facções, a dos Campolargo e a dos Vacariano, às oscilações políticas e a aliança das duas para enfrentar a ameaça comunista, como era vista pelos ricos e poderosos da cidade fictícia de Antares, as reivindicações de seus direitos pela classe operária. Na segunda parte, em 63, Antares se vê com uma greve geral pelo aumento de salário dos trabalhadores. Vacariano manda um emissário comunicar o fato às autoridades estaduais, mas a pessoa encarregada não o faz. Há pânico geral e sucedem-se algumas mortes. A primeira é de dona Quitéria Campolargo, do coração. Depois morre o doutor Cícero Branco e mais cinco pessoas: José Ruiz, sapateiro, apelidado de Barcelona; Menandro de Olinda, pianista com as mãos auto-amputadas; Erotildes, prostituta; João paz, “subversivo”; e Pudim de Cachaça, bêbedo contumaz e seresteiro. Levados ao cemitério, os coveiros também estão em greve e não os enterram. Os corpos são deixados naquele lugar. Sabedor de que o corpo de dona Quitéria estava com as jóias, um ladrão assalta o caixão. Porém, foge ao notar que a mulher abre os olhos e reza um Pai-nosso. Ela resolve, abre outro caixão e verifica que é o doutor Branco. Ambos resolvem abrir os demais caixões. Ao amanhecer, eles vão para a cidade em protesto por sua situação, porém vão se decompondo. Vendo-os, a população acredita tratar-se do Dia do Juízo Final. Conforme combinado, os “mortos” se encontram no coreto da praça, seguidos por representantes da cidade. Depois de duas horas de discussão, onde os “podres” de pessoas ilustres foram apontados, a multidão se retira. Ficam apenas os sete defuntos e urubus que começam a rodear o coreto. Ratos invadem a cidade que se transforma num caos completo. Finalmente, os defuntos são expulsos a pau e pedra, voltando ao cemitério. Acontece, então, um pacto de silêncio, com quase toda a população desmentindo e negando o acontecido. Uns que resolvem contar a verdade são tidos como simples mentirosos.
OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO
A obra tem uma estrutura diferente: presente e passado se desenvolvem ao mesmo tempo. Eugênio, nascido pobre, filho de um alfaiate, com sacrifícios forma-se em medicina. Olívia é uma colega de faculdade por quem ele se apaixona. Todavia, ele sente a sua condição de ter vindo de uma classe social humilde e, por ganância, casa-se com Eunice, abandona a medicina e vai trabalhar na fábrica do sogro. Desiludido com a situação, conhece Isabel, de quem se torna amante. Novamente desiludido, ele volta a procurar Eunice, que o conforta, vindo a morrer pouco tempo depois, deixando-lhe uma filha, que perpetua a presença da mulher amada e fica como um grande dilema.
JOSÉ LINS DO REGO
Menino de engenho; Doidinho; Banguê; O moleque Ricardo; Usina; Pureza; Pedra Bonita; Riacho doce; Água-Mãe; Fogo Morto; Eurídice; Cangaceiros (romances). Histórias da velha Totônia (conto infantil). Gordos e magros; Pedro Américo; Poesia e vida; Presença do nordeste na Literatura Brasileira; (crônicas, ensaios e crítica). Meus verdes anos (memórias). Integrante do grupo modernista do romance nordestino, com o problema da luta do homem contra os latifúndios em grande força descritiva. Obra dividida em ciclo da cana-de-açúcar, ciclo do cangaço e obras independentes. No primeiro, a decadência dos senhores de engenho e sua concepção patriarcal e feudal de exploração do homem. No segundo, o problema do cangaço nordestino e suas implicações no fanatismo religioso e o flagelo da seca. No terceiro, associação aos dois ciclos anteriores que não convencem artisticamente. Sua obra principal‚ mais memória que imaginação. Infância e adolescência presentes em toda ela. Criticado pela falta de psicologia, embora a substituição por vida e veracidade. Um grave depoimento humano. Daí, a importância e o interesse despertado.


MENINO DE ENGENHO
Carlos de Melo escreve suas memórias, vividas no engenho Santa Rosa, propriedade de seu avô, José‚ Paulino. As demais personagens vão desfilando conforme a narrativa. São os negrinhos com quem convive e brinca, a tia Sinhazinha, o Avô com sua imponência. São relatadas cenas diversas e, entre elas, as mais íntimas, como a masturbação, a procura das escravas, o sexo feito com animais. Todavia, o mundo de Carlos de Melo é triste. É um órfão que não passa de um "pobre menino rico".
DOIDINHO
Carlos de Melo, protagonista do livro anterior, também é deste e o seu apelido é Doidinho. A obra narra suas experiências como aluno interno em um colégio severo. O grande sonho de Doidinho é sua volta para o engenho Santa Rosa, do avô José Paulino. Este desejo é alimentado ao mesmo tempo em que ele tem oportunidade de aumentar suas relações e obter maior conhecimento das pessoas, distinguindo os intrigantes, os maus, os protegidos, os pequenos pederastas. Conhece a amizade sincera na figura de Coruja e o amor em Maria Luísa. Doidinho consegue fugir e voltar ao engenho.
BANGÜÊ
Numa continuação do livro anterior, tudo começa com a volta de Carlos de Melo ao Engenho Santa Rosa, após uma ausência de dez anos, quando o deixou menino. Está formado em Direito e a decadência do avô José Paulino, aliada à saudade dos tempos de infância, convive com ele melancolicamente. Mulher de um parente pobre, Maria Alice chega ao engenho. Carlos de Melo e Maria Alice tornam-se amantes. Depois, chega o marido dela e ela esquece o amante. Carlos, desse modo, passa a uma introspectiva, paralelamente ocorrendo o declínio do bangüê, cuja principal ameaça vem da usina São Félix, sendo que seus proprietários desejam as terras de José Paulino. Morre o avô e Carlos de Melo trava uma luta desesperada para salvar o Santa Rosa, cedendo, afinal. O engenho Santa Rosa é englobado pela usina.
O MOLEQUE RICARDO/USINA
Por motivo óbvio, dois romances estão resumidos em um único, No primeiro, a estória é de Ricardo, um moleque dos tempos de José Paulino, que se destaca dos companheiros e abandona o engenho Santa Rosa. Ele empreende fuga para o Recife buscando uma nova vida. Por ter se engajado em movimentos grevistas, Ricardo é preso e exilado em Fernando de Noronha. O segundo livro, retoma a estória de Ricardo a partir de sua prisão junto aos camaradas grevistas em Fernando de Noronha e seu posterior regresso ao engenho. Somente na segunda parte do livro a usina entra em cena. A narração é a dos acontecimentos que compreendem o Santa Rosa depois do abandono de Carlos de Melo, em fuga dos problemas, e conseqüente entrega do patrimônio aos parentes. O Santa Rosa se transforma na Usina Bom Jesus e o doutor Juca sonha com o prestígio. Para alcançá-lo, ele negocia com o proprietário da Fazenda São Felix, Zé Moreira, que se deixa levar pela ambição e efetua a sua primeira operação comercial desastrosa. As hipotecas contraídas, a grande pressão da Usina São Felix, tendo como figura central o doutor Luís, terminam por forçar a venda. O rio Paraíba conhece uma enchente que destrói a propriedade. Ao usineiro não resta outra alternativa senão o retiro com a família da destruição física de sua propriedade.

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