Fronteiras da Globalização 3


Por que a exploração da camada do pré-sal é considerada um vilão do clima? 2



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1. Por que a exploração da camada do pré-sal é considerada um vilão do clima?

2. Identifique dois projetos considerados geradores de energias sujas - um em uma nação populosa e outro em um local desabitado.

Fim do complemento.

Refino e transporte

A maior parte do refino do petróleo no Brasil é feita nas refinarias da Petrobras. Segundo o Anuário estatístico 2014, dessas refinarias, treze pertenciam à Petrobras e responderam por 98,2% da capacidade to tal, com destaque para a Refinaria de Paulínia - Replan (SP) e para a Refinaria Landulpho Alves, no município de São Francisco do Conde (BA), que representaram 34,5% da capacidade de refino do país.

Em 2014, o país possuía dezessete unidades de capacidade de refino, das quais treze pertenciam à Petrobras e quatro, à iniciativa privada. Veja no mapa da página 233 a localização de cada uma delas.

O fracionamento do petróleo nas refinarias dá origem a diversos produtos, com variadas utilidades: os derivados do petróleo. Podemos considerar os derivados energéticos e os derivados não energéticos. Entre os primeiros destacam-se a gasolina, o óleo diesel, o óleo combustível e o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Entre os derivados não energéticos estão a nafta, o coque, o asfalto e os solventes.

As unidades industriais da Petrobras se completam com duas fábricas de fertilizantes nitrogenados (Fafen), localizadas em Laranjeiras, Sergipe, e em Camaçari, Bahia.

Quanto à capacidade de refino, em 2014, o Brasil alcançou o 8º lugar no ranking mundial, com 2,2 milhões de barris de petróleo.

Para realizar o transporte do petróleo e do gás natural, por meio de navios, oleodutos e gasodutos, a Petrobras conta com a Transpetro, sua subsidiária integral. Os 54 terminais aquaviários, 33 terrestres e 9 centros coletores de etanol funcionam como entreposto para os modais de transporte (local com combinação de vários tipos de transporte).

Em 2014, segundo a ANP, o Brasil contava com 601 dutos destinados à movimentação de petróleo, derivados, gás natural e outros produtos, perfazendo 19,7 mil km de extensão.



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FONTE: Adaptado de: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Anuário estatístico brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis 2015. Disponível em: www.anp.gov.br/?pg=76798. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

Dependência externa

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a chamada Conta Petróleo registrou um forte deficit em 2014: as importações brasileiras de petróleo e derivados superaram em US$ 16,6 bilhões as nossas exportações, o que contribui para o resultado ruim da balança comercial. Entretanto, houve melhora em relação a 2013, quando o deficit foi de 20,3 bilhões de dólares. Essa melhora foi reflexo do aumento da produção brasileira de petróleo em 2014, com a exploração do pré-sal. Contudo, a importação de petróleo ainda representa um peso na balança comercial do país. Veja o gráfico abaixo.

FONTE: Adaptado de: AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP). Anuário estatístico brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis 2015. Disponível em: www.anp.gov.br/?pg=76798. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

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Entre os derivados energéticos do petróleo importados pelo Brasil, em 2014, destacam-se o óleo diesel, o GLP e a gasolina. Já entre os não energéticos, o principal produto de importação é a nafta.

Veja no gráfico abaixo a evolução da dependência externa brasileira desses derivados.

FONTE: Adaptado de: AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP). Anuário estatístico brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis 2015. Disponível em: www.anp.gov.br/?pg=76798. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

Gás natural

O gás natural, mistura de hidrocarbonetos na qual o metano tem grande participação, também é encontrado em estruturas sedimentares e pode ou não estar associado ao petróleo. Pela Lei do Petróleo (Lei n. 9.478/97), o gás natural "é a porção do petróleo que existe na fase gasosa ou em solução no óleo, nas condições originais de reservatório, e que permanece no estado gasoso em condições normais de temperatura e pressão".

É mais barato do que o petróleo e bem menos poluente, utilizado em fogões industriais e residenciais, altos-fornos, automóveis (gás veicular), entre outros. As reservas provadas nacionais, localizadas principalmente no mar territorial, ocupavam a 31ª colocação mundial em 2014. Dentro do país, o Rio de Janeiro era o estado onde se localizavam as maiores reservas provadas de gás natural, seguido do Espírito Santo e de São Paulo.

Quanto à produção de gás natural, o Brasil registrou aumento e, em 2014, produziu 31,8 bilhões de m3 de gás. Grande parte dessa produção foi offshore (no mar) e os principais produtores, Rio de Janeiro e Espírito Santo, ambos com produção onshore e offshore, e Amazonas e Maranhão, com produção onshore.

O transporte do gás natural

O transporte do gás natural é feito através de gasodutos operados pela Transpetro. Em 2014, com extensão de 11,6 mil km, 110 dutos destinavam-se à movimentação de gás natural. O principal gasoduto é o Brasil-Bolívia, uma vez que quase a totalidade do gás natural consumido no país vem desse país vizinho.

O gasoduto Brasil-Bolívia possui 3.150 km de extensão, sendo 557 km na Bolívia e 2.593 km no Brasil. Com capacidade para fornecer 200 mil barris/dia, o gasoduto percorre, no Brasil, 135 municípios de cinco estados (Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Abastece o território brasileiro com gás natural, produto que é 12% mais barato do que o óleo combustível. Veja, no mapa da página 235, a infraestrutura de produção e movimentação do gás natural.

Em 2014, as importações brasileiras de gás natural totalizaram 17,3 bilhões de m3, com 68,8% provenientes da Bolívia.

Em 2006, o presidente da Bolívia, Evo Morales, decretou a nacionalização da exploração de gás e petróleo no país, o que deu origem à ocupação militar das refinarias, incluindo as refinarias da Petrobras. Depois de uma longa crise, a Bolívia recuou sobre o confisco da renda das empresas estrangeiras e o Brasil aceitou pagar mais pelo gás boliviano.

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FONTE: Adaptado de: AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS (ANP). Anuário estatístico brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis 2015. Disponível em: www.anp.gov.br/?pg=76798. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Banco de Imagens/Arquivo da editora

Boxe complementar:

Xisto betuminoso

O xisto é uma rocha sedimentar rica em matéria orgânica (querogênio). Quando submetido a temperaturas elevadas, decompõe-se em óleo, água, gás e um resíduo sólido contendo carbono. Assim, com a sua transformação, é possível obter uma série de subprodutos que podem ser aproveitados pelos mais diversos segmentos industriais. Entre esses subprodutos, podemos citar:

Xisto retortado - utilizado na indústria de cerâmica vermelha e de cimento.

Calxisto - utilizado na indústria de fertilizantes como corretor da acidez dos solos.

Pretrosix - aproveitado na reciclagem de borracha, partindo de uma mistura de xisto com pneus usados picados.

As atividades de transformação e exploração do xisto estão relacionadas à indústria de petróleo. A maior reserva mundial do xisto está nos Estados Unidos, seguido pelo Brasil, cujo principal depósito fica no Paraná, na formação Irati.

A Petrobras, única empresa a utilizar o xisto para fins energéticos no Brasil, concentra suas operações na jazida localizada em São Mateus do Sul, no estado do Paraná, onde está instalada sua Unidade de Negócio da Industrialização do Xisto (SIX). Da trans formação do xisto realizado na SIX são obtidos gás de xisto, GLP e óleo combustível.

Ademais, na SIX são produzidos nafta e outros derivados não energéticos do xisto. A nafta é enviada à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), onde é incorporada à produção de derivados. O óleo de xisto refinado é idêntico ao petróleo de poço e é um combustível muito valorizado.

A estimativa da ANP é de que as reservas brasileiras sejam de 14,6 trilhões de m3.

Fim do complemento.

Carvão mineral

Assim como o petróleo e o gás natural, o carvão mineral origina-se em bacias sedimentares e faz parte das fontes energéticas não renováveis.

No Brasil, as reservas carboníferas são modestas, sendo necessário importar carvão dos Estados Unidos, da Ucrânia, da África do Sul, da Austrália, da China e da Polônia, uma vez que as usinas termelétricas brasileiras, as indústrias e os altos-fornos siderúrgicos consomem carvão mineral.

Dentro do território nacional, as jazidas de carvão são encontradas nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. As maiores reservas estão no Rio Grande do Sul (Gravataí, Bagé, Rio Pardo, Triunfo, Cachoeira do Sul, Hulha Negra, São Jerônimo, Candiota), mas a maior produção é a do estado de San ta Catarina (Criciúma, Lauro Müller, Içara, Siderópolis, Urussanga, Orleans). O estado de São Paulo tem reservas modestas (Itapetininga, Buri, Itapeva), que não são economicamente exploráveis em razão da dificuldade de extração e da má qualidade do carvão.


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