Fronteiras da Globalização 3



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Plano Real: denominação dada a um programa de estabilização econômica, lançado em 1994, pelo governo do então presidente Itamar Franco, e que tinha como principal objetivo o controle da inflação. Com ele, foi lançada uma nova moeda, o Real.

Fim do glossário.

Algumas vezes, esses movimentos migratórios envolvem aspectos negativos, como tráfico de imigrantes, tráfico de mulheres, que, seduzidas com promessas de altos salários, acabam envolvidas em redes de prostituição.

As estatísticas sobre brasileiros no exterior são imprecisas por causa da existência de imigrantes que trabalham e vivem de maneira clandestina em outros países.

Segundo o censo 2010, o número de brasileiros residentes no exterior chegou a 491.645, distribuídos em 193 países. Desse contingente, 53,8% eram mulheres e 60% tinham entre 20 e 34 anos de idade.

Veja no gráfico abaixo os principais países de destino dos emigrantes brasileiros e seu percentual.

Apesar das rígidas leis elaboradas para impedir a entrada de estrangeiros, o número de brasileiros nos Estados Unidos é grande. Eles se concentram principalmente em algumas cidades e regiões, como Nova York, Flórida e Califórnia. Grande parte desses emigrantes brasileiros entrou clandestinamente nos Estados Unidos pela fronteira do México.

Muitos brasileiros emigraram também para países vizinhos, como o Paraguai, motivados pela expulsão de trabalhadores do campo, principalmente em virtude da construção de barragens para hidrelétricas. Como o custo de vida no outro lado da fronteira era mais baixo, muitos desses trabalhadores deixaram o Brasil. Ao longo da fronteira com o Brasil têm-se desenvolvido várias cidades constituí das majoritariamente por brasileiros, chamados "brasiguaios". A emigração de brasileiros chegou a ser incentivada na década de 1970 pelo governo de Alfredo Stroessner (presidente do Paraguai entre 1954-1989).

LEGENDA: A origem de 49% desses emigrantes é a região Sudeste, principalmente São Paulo (21,6%) e Minas Gerais (16,8%).

FONTE: Adaptado de: IBGE. Censo demográfico 2010 . Disponível em: www.ibge.gov.br. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

LEGENDA: Tradicional festa em Nova York, conhecida como Brazilian Day, reuniu milhares de emigrantes brasileiros em 2014. Realizada sempre no início de setembro, hoje, além de fazer parte do calendário oficial da cidade estadunidense, essa festa também acontece em outras cidades do mundo.

FONTE: mikecphoto/Shutterstock



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Os brasileiros têm emigrado também para a União Europeia e o Japão. Algumas vezes, vê-se nos noticiários casos de brasileiros que sofrem preconceito e passam por situações humilhantes em aeroportos, principalmente na Espanha e no Reino Unido.

No caso do Japão, têm emigrado para lá os descendentes dos japoneses que vieram para o Brasil no início do século XX, os chamados dekasseguis.

LEGENDA: Marlith Aguila (peruana) e Roberta Siao (brasileira) são duas chefs sul-americanas que trabalham em restaurante em Londres (Inglaterra). Nesse restaurante as chefs preparam apenas pratos típicos de seus países. Foto de 2015.

FONTE: Niklas Halle'n/Agência France-Presse

Com a crise econômica mundial de 2008-2011 e a estabilidade da economia brasileira no mesmo período, a emigração diminuiu no Brasil, que, segundo demógrafos, voltou a ser um país de imigração, recebendo pessoas de várias partes do mundo. Com esse movimento de retorno ao Brasil, houve uma diminuição significativa na entrada das remessas de dinheiro no país.

Historicamente, em razão do grande número de brasileiros que residiam no exterior, era também muito expressivo o valor que eles mandavam para cá.

Em 2015, o Brasil enfrentou uma de suas maiores crises econômicas, agravada pelo aumento da inflação e do desemprego. Isso resultou na emigração de milhares de brasileiros rumo, principalmente, aos Estados Unidos, onde buscam maior estabilidade financeira e profissional. No entanto, os que saem são portadores de diplomas universitários e empreendedores, e isso significa a perda de valioso capital humano para o Brasil. Ainda assim, o país continua recebendo grande número de imigrantes sul-americanos, como veremos a seguir.

As novas migrações internacionais

Entre os movimentos migratórios no Brasil, no século XXI, podemos reconhecer a emigração de brasileiros, as migrações de retorno e a imigração estrangeira. Há também um tipo especial de imigrantes: os refugiados, dos quais trataremos mais adiante.

Como já estudamos, emigração internacional trata de um deslocamento humano de um país para outro, geralmente em busca de melhores oportunidades de vida. Já as migrações de retorno envolvem indivíduos que estão voltando às suas respectivas pátrias depois de uma temporada no exterior.

A imigração estrangeira no Brasil é o movimento de pessoas de outras nacionalidades que vêm viver nestas terras. No Brasil, a maioria desses imigrantes é de sul-americanos: bolivianos, peruanos, paraguaios, equatorianos e outros. Entre os asiáticos, destacam-se os coreanos, com sua grande colônia na cidade de São Paulo. Também tem crescido o número de imigrantes haitianos, beneficiados por razões humanitárias. Africanos e originários do Oriente Médio são, na maioria, considerados refugiados, como estudaremos a seguir.

Acontecem também muitas migrações ilegais, que é a entrada e a permanência de estrangeiros no país em situação de ilegalidade, cujos dados oficiais são poucos, em vista dessa situação. As migrações ilegais, muitas vezes agravam um problema que é considerado uma "chaga" em qualquer sociedade civilizada: o trabalho escravo. Também engrossam a grande quantidade de mão de obra de baixa remuneração.

LEGENDA: Imigrantes sul-americanos vendem roupas nas ruas do Brás, bairro da cidade de São Paulo (SP), em 2013.

FONTE: Nacho Doce/Reuters/Latinstock

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Refugiados

Segundo a Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, de 1951, "refugiado é toda pessoa que, por causa de fundados temores de perseguição devido a sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, se encontra fora de seu país de origem e, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer regressar ao mesmo".

No ano de 1960, o Brasil foi o primeiro país do Cone Sul a ratificar a Convenção de 1951 sobre o Estatuto dos Refugiados. No ano de 1997, passou a ser o primeiro país do Cone Sul a sancionar uma lei nacional de refúgio.

O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) é o organismo público responsável por receber as solicitações de refúgio e determinar se os solicitantes reúnem as condições necessárias para ser reconhecidos como refugiados. Trata-se de uma comissão interministerial no âmbito do Ministério da Justiça, a qual possibilita às pessoas reconhecidas como refugiadas documentação que lhes permite residir legalmente no país, trabalhar e ter acesso aos serviços públicos, como saúde, educação, etc.

LEGENDA: Refugiados haitianos retiram carteira de trabalho no município de São Paulo (SP). Foto de 2014.

FONTE: Joel Silva/Folhapress

Em 1999, o Brasil firmou com a ONU um acordo para receber refugiados de vários países. Desde então, o número de pessoas nessa situação tem aumentado consideravelmente. Apenas entre os anos de 2011 e 2015, esse total saltou de 4.218 para 8.400 refugiados no país, sendo eles de 81 nacionalidades diferentes, dos quais 29,3% eram do gênero feminino. Veja a tabela a seguir.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Principais grupos de refugiados no Brasil: distribuição por nacionalidade - 2015


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