Período de desmatamento observado
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Total desmatado (ha)
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Intervalo do período (anos)
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Taxa anual de desmatamento (ha)
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1985 a 1990
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536.480
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5
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107.296
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1990 a 1995
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500.317
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5
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100.063
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1995 a 2000
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445.952
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5
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89.190
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2000 a 2005
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174.828
|
5
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34.966
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2005 a 2008
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102.938
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3
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34.313
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2008 a 2010
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30.366
|
2
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15.183
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2010 a 2011
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14.090
|
1
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14.090
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2011 a 2012
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21.977
|
1
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21.977
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2012 a 2013
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23.948
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1
|
23.948
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2013 a 2014
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18.267
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1
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18.267
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FONTE: INPE; FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Disponível em: www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=3891. Acesso em: 31 mar. 2016.
A Mata de Araucária (floresta subtropical), considerada uma ecorregião da Mata Atlântica, também já foi quase totalmente destruída. Resta cerca de 2% de sua área original, e menos de 1% dela encontra-se protegida em Unidades de Conservação. As principais causas de sua devastação foram a retirada da madeira para a produção de móveis e de papel, e a necessidade de terras para a agropecuária.
LEGENDA: Incêndio em área de Mata de Araucária, em Guaíra (PR), 2015.
FONTE: Andre Dib/Pulsar Imagens
85
Impactos ambientais no Cerrado
O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro. Presente em oito estados, seus recursos hídricos apresentam grande importância no cenário nacional, pois, neste bioma, estão a nascente do rio São Francisco e a de muitos dos seus afluentes, bem como as nascentes de rios das bacias Amazônica, do Paraná e do Paraguai. Por isso sua destruição indiscriminada e degradação crescente precisam ser contidas.
Conforme o Ministério do Meio Ambiente, os principais motivos da degradação desse bioma continuam sendo a agricultura, a pecuária e a produção de carvão. Além disso, somam-se o aumento populacional e o consequente aumento da urbanização e do número de rodovias nas regiões Norte e Centro-Oeste nas últimas décadas.
A pecuária e o cultivo da soja trouxeram algumas consequências para os ecossistemas do Cerrado, como assoreamento e poluição das nascentes de rios das bacias hidrográficas Amazônica e do São Francisco, decorrentes da utilização de agrotóxicos nas plantações.
Somam-se, ainda, outros graves impactos, como garimpos e invasões de reservas indígenas por fazendeiros ou pessoas que tentam obter a posse ilegal dessas terras (grileiros).
Outro grave problema que afeta o Cerrado são as queimadas. Em 2010, foi criado o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado, sob a direção do Ibama, do ICMBio e da Agência Nacional de Águas. O plano prevê diversas ações para reduzir a perda da cobertura vegetal, criar alternativas de proteção e uso sustentável dos recursos naturais do bioma e o monitoramento por satélite da região.
Segundo o Inpe e a Universidade Federal de Goiás, o aumento da fiscalização na Amazônia, a pequena fiscalização no Cerrado e a quase inexistência de Unidades de Conservação no Cerrado favoreceram uma inversão na liderança do desmatamento entre esses dois biomas no ano de 2011, como você pode verificar no gráfico a seguir.
FONTE: Adaptado de: ÉPOCA, 6 out. 2014. Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2014/10/bdesmatamento-do-cerrado-o-novo-vilao-ambiental-do-brasil.html. Acesso em: 6 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora
LEGENDA: Desmatamento em área de Cerrado, em Araguaiana (MT), em 2014.
FONTE: André Dib/Pulsar Imagens
86
Impactos ambientais na Caatinga
A Caatinga é o único bioma exclusivo do território brasileiro. Sua área original era de 844.453 km2 de extensão, recobrindo os estados nordestinos de Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, além do norte de Minas Gerais, na região Sudeste.
Com uma rica biodiversidade, o bioma abriga inúmeras espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e abelhas. Além disso, milhões de pessoas vivem na região e dependem dos recursos do bioma para sobreviver. A biodiversidade da Caatinga ampara diversas atividades econômicas tanto no setor primário, como agricultura, pecuária e silvicultura, quanto no setor secundário, especialmente nos ramos farmacêutico, cosmético, químico e alimentício.
Graças a essa riqueza natural e a fatos históricos da ocupação do território brasileiro, a Caatinga vem sofrendo a intervenção humana desde os tempos coloniais, principalmente com o desenvolvimento da pecuária no Sertão nordestino. Agravando a situação, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada nos últimos anos, por causa da exploração ilegal de lenha, de queimadas para o preparo do solo para a agricultura e para substituição da vegetação nativa por pastagens.
Outro grave problema ambiental desse bioma refere-se ao processo de desertificação de grandes áreas, provocado pelo desmatamento da vegetação nativa e pela degradação do solo.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, em 2015, cerca de 46% do bioma estava desmatado. A criação de Unidades de Conservação e do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Caatinga, em 2010, implementou ações de recuperação das microbacias, de reflorestamento e de fornecimento de linhas de crédito para o combate à desertificação.
Glossário:
Microbacia: bacia hidrográfica menor, cuja superfície varia de 10 a 50 km2.
Fim do glossário.
LEGENDA: Lixão a céu aberto no município de Euclides da Cunha (BA), em 2013.
FONTE: Emídio Bastos/Opção Brasil Imagens
LEGENDA: Desmatamento na vegetação de Caatinga, em Oeiras (PI), em 2015.
FONTE: Cândido Neto/Opção Brasil Imagens
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