. Acesso em: 7 mar. 2016.
ClassicStock/Alamy/Fotoarena
Durante o período do baby boom, que durou cerca de duas décadas, foram registrados mais de 70 milhões de nascimentos nos Estados Unidos, um acréscimo de aproximadamente um terço da população registrada no final da Segunda Guerra. Na foto, área de berçário em maternidade daquele país na década de 1960.
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A segunda transição demográfica
A partir da década de 1960, iniciou-se um período de declínio das taxas de natalidade em boa parte das nações do globo, fazendo com que o índice de crescimento natural da população mundial diminuísse rapidamente. Hoje em dia, esse índice é cerca de um terço menor que há dois séculos.
Essa nova fase de transição demográfica decorreu, em grande parte, dos seguintes fatores:
• o acentuado processo de urbanização, que, como vimos, disseminou-se durante esse período até mesmo entre boa parte das nações mais pobres do planeta;
• a entrada das mulheres no mercado de trabalho, principalmente nos países desenvolvidos e nos de industrialização tardia;
• as campanhas de contracepção promovidas por governos, instituições humanitárias e organizações internacionais, como a ONU, que passaram a incentivar os casais a ter um número cada vez menor de filhos.
Contracepção: conjunto de métodos contraceptivos, como pílulas anticoncepcionais, preservativos e planejamento familiar.
Além desses fatores, em alguns países do mundo, o Estado passou a intervir no ritmo de crescimento demográfico por meio da implantação de austeras políticas de controle de natalidade. Esse é o caso da China onde, aproximadamente nos últimos 30 anos, foi permitido aos casais terem um único filho. Em 2015, entretanto, o governo central chinês passou a permitir até dois filhos, sendo vetado o terceiro, sob pena de o casal receber uma pesada multa.
Liu Junfeng/Imaginechina/AFP
Casal de chineses com seu bebê passa diante de cartaz da campanha governamental em prol do filho único. Pequim, China, 2005.
Estamos na fase pós-transição?
Leia os trechos das reportagens abaixo.
População de países pobres triplicará até ano 2050
O número de pessoas vivendo nos 48 países mais pobres deverá triplicar até o ano 2050, quando a população da Terra deve chegar a 9 bilhões de pessoas.
BBC Brasil, 28 fev. 2001. Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2016.
Escassez de bebês e queda da população são desafios para a Alemanha
Apesar de esperar receber 800 mil pessoas em busca de asilo neste ano, a previsão é que a população do país diminua do pico de 82 milhões de pessoas em 2002 para 74,5 milhões em 2050.
STEFAN, Wagstyl. Financial Times, 8 ago. 2015. Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2016.
Embora o crescimento vegetativo esteja em declínio em todo o mundo, este índice apresenta-se de maneira muito diversificada entre os países, sobretudo entre as nações pobres de economia primária e as nações ricas e industrializadas. Enquanto nos primeiros o índice é muito alto, em razão das elevadas taxas de natalidade, em alguns países ricos o crescimento vegetativo chega a ser negativo, já que são baixas tanto as taxas de mortalidade como as de natalidade. Veja o gráfico e o mapa na página a seguir.
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Gráfico: ©DAE
Fonte: UNITED NATIONS POPULATION FUND. State of world population 2015. Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2016.
Mapa: ©DAE/Allmaps
Fontes: TREWARTHA, Glenn Thomas. Geografia da população: padrão mundial. Tradução de Veneranda Barreto Hellmeister. São Paulo: Atlas, 1974; ESTADOS UNIDOS. Census Bureau, 2015. Disponível em: . Acessos em: 7 mar. 2016.
Resolva os exercícios no caderno.
Após analisar os dados do gráfico e do mapa acima e, com base no que estudou no capítulo até o momento, busque, com os colegas e o professor, respostas para o título desse tópico: “Estamos na fase pós-transição?”.
Professor, oriente os alunos a pesquisar outras notícias que tratam do crescimento desigual da população em diferentes países do mundo.
Por que as projeções de Malthus não deram certo?
Cerca de dois séculos mais tarde, podemos dizer que as previsões de Thomas Malthus, de certa forma, não se concretizaram, pois os países utilizados como objeto de seu estudo para a formulação de sua teoria transformaram-se nas nações mais desenvolvidas do mundo, com populações bem nutridas e que, em geral, usufruem de uma alta qualidade de vida. Malthus também não levou em consideração que os avanços tecnológicos ocorridos nesse período, sobretudo nos países industrializados, permitiriam grandes saltos na produção agrícola mundial. Além disso, esse pensador, que possuía postura bastante religiosa e conservadora, de forma alguma conseguiria prever que, gerações mais tarde e em várias sociedades, as mulheres alcançariam um novo papel, ingressando no mercado de trabalho e decidindo o número de filhos que desejam ter, algo inimaginável nos tempos em que viveu.
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A queda da taxa de fecundidade
O novo papel desempenhado pelas mulheres e a melhoria dos níveis de alimentação, trabalho e escolaridade, em diversos países do mundo, são fatores que passaram a interferir fortemente na chamada taxa de fecundidade.
A taxa de fecundidade refere-se à média do número de filhos que as mulheres de um determinado país ou região podem ter durante sua idade fértil ou reprodutiva (em geral dos 15 aos 49 anos).
Atualmente, a taxa de fecundidade média mundial é de 2,5 filhos por mulher em idade reprodutiva. Há cinquenta anos essa mesma taxa era de 5,1 filhos por mulher. Observe o gráfico.
Gráfico: ©DAE
Fonte: ONU, DEPARTAMENT OF ECONOMIC AND SOCIAL AFFAIRS. World Population Prospects: The 2012 Revision. Disponível em:
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