Guadalcanal a ilha do Terror a série de vitórias japonesas iniciou-se em Pearl Harbor, seguindo-se Guam, Hong-Kong, Filipinas, Cingapura, Indonésia, Rabaul, Bougainville: conquistas retumbantes. Mas então, em Guadalcanal, tudo mudou



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O Expresso de Tóquio

 

Os pilotos do "campo Henderson", com sua atividade diária, de combate e de bombardeio, muito contribuíram para que os fuzileiros navais se mantivessem firmes em Guadalcanal. Mas, no começo de setembro de 1942, Vandegrift não podia fingir que sua posição era tranqüilizadora. Com o objetivo de ganhar tempo, ele partira da Nova Zelândia, com alimentos para 60 dias, e não para 90, e metade desses alimentos não fora descarregada. Seus soldados, famintos, estavam sofrendo de disenteria e doenças tropicais, embora os piores efeitos da malária só se fizessem sentir em outubro. Poucos homens podiam manter-se, à noite, em sono tranqüilo enquanto aviões rondadores japoneses, apelidados de "Washing Machine Charlie" e "Louie the Louse", roncavam agourentamente pelo céu. Além disso, havia muito mais de 5.000 soldados japoneses em Guadalcanal, e o inimigo parecia capaz de desembarcar mais quase que à vontade.



 

A supremacia no mar dava aos japoneses a vantagem de poderem facilmente reforçar suas tropas em Guadalcanal. Os vasos japoneses, embora se limitassem principalmente a desembarques noturnos, desembarcavam desembaraçadamente companhias inteiras de soldados ao longo da costa e, na passagem de volta, bombardeavam as instalações americanas situadas nas proximidades da praia. O Almirante Tanaka mostrara ser o mais bem sucedido comandante naval no Pacífico. Ele repetidamente iludiu os aviões e navios de superfície americanos em suas viagens noturnas, até que os comboios para Guadalcanal se tornaram tão regulares e rápidos que passaram a ser conhecidos como "O Expresso de Tóquio". Apesar das divergências com o General Kawagushi, e das ordens contraditórias vindas de Rabaul, Tanaka fez desembarcar com sucesso a força de Kawagushi em Guadalcanal nas operações de desembarque denominadas "Rato", e continuou sendo um espinho para os americanos durante toda a campanha de Guadalcanal.

 

Com as forças japonesas desembarcando a leste e a oeste da área que ocupava, Vandegrift precisava de quantos soldados pudesse obter. Em fins de agosto, o general estava empenhado na transferência de homens de Tulagi para Guadalcanal, inclusive os Incursores de Edson. Vandegrift também começou a fazer avanços ocasionais e cautelosos, especialmente na área do Matanikau. Depois de um esforço inconcludente, montou-se outro a 27 de agosto, e que foi confiado ao I/5o Regimento de Fuzileiros Navais. Enquanto o 11o RFN mantinha fogo cerrado sobre a foz do Matanikau, a maior parte do 1o Batalhão embarcou na margem do perímetro e percorreu certa distância ao longo da costa, desembarcando atrás da linha de frente japonesa. Entrementes, uma companhia avançara por terra.



 

Às 07:30 h, o batalhão desembarcou e começou a dirigir-se para leste. A Companhia C foi comandada para a saliência acima da praia e recebeu ordens para se deslocar paralelamente às outras companhias, que avançavam mais abaixo. O terreno era acidentado e, depois de uma hora, a Companhia C, viu-se impossibilitada de acompanhar o resto do batalhão. Não havia comunicação pelo rádio. Por volta das 09:30 h, cessou de todo o contato entre os soldados que se mantinham na saliência e os que estavam abaixo. O batalhão parou e expediu mensageiros para buscar a Companhia C para uni-la ao corpo principal. Em troca, o 1o Pelotão da Companhia B e o pelotão de metralhadoras da Companhia D foram mandados para a saliência. Uma hora depois o batalhão deslocou-se novamente, apenas para ser recebido pelo fogo dos japoneses entrincheirados na faixa estreita da planície costeira. Os navais revidaram usando morteiros, e se entrincheiraram após tentarem inutilmente uma manobra de flanco. O comandante do batalhão, sentindo que o calor intenso e o terreno difícil tornariam impossível qualquer avanço, enviou uma mensagem radiofônica ao perímetro, pedindo que mandassem barcos a um ponto perto de Kokumbona para recolher seus fuzileiros. O Coronel Hunt respondeu quase que imediatamente: o comandante do batalhão foi destituído, entregando o comando ao seu subcomandante. Não haveria evacuação. O ataque prosseguiria. Mais tarde, naquele dia, o próprio Hunt chegou e supervisionou o entrincheiramento para a noite. Na manhã seguinte os fuzileiros navais atacaram apenas para descobrir que os japoneses haviam recuado durante a noite. Os americanos, então, dirigiram-se para a aldeia de Matanikau, onde barcos os recolheram e os levaram à área americana.

 

Vandegrift não permitiu que o fracasso de uma missão o dissuadisse. No início de setembro Clemens e seus exploradores começaram a enviar mensagens dizendo que cerca de 300 soldados japoneses bem armados se haviam reunido a oeste de Tasimboko. Vandegrift encarregou a Edson e seus homens a tarefa de destruí-los. Edson, com seus Incursores, que haviam voltado recentemente de Tulagi, planejaram cuidadosamente a operação. Ela levaria apenas um dia - 8 de setembro. Os destróieres que transportavam sua força dariam fogo de cobertura enquanto os americanos desembarcassem a leste de Tasimoko e avançassem para oeste. Um ataque aéreo, desfechado pelo pessoal do "Campo Henderson", ampliaria também a proteção.



 

Às 18:00 h de 7 de setembro, os Incursores embarcaram nos transportes-destróieres Manley e McKean e em dois pequenos barcos pesqueiros convertidos. Num último instante surgiu uma dificuldade, quando os exploradores informaram haver em Tasimboko muito mais japoneses do que os 300 originais, mas Vandegrift e Edson decidiram considerar exagerados esses relatórios. O 1o Batalhão de Pára-quedistas foi transferido para a Ponta de Lunga, para partir em apoio no dia seguinte.

 

Às 05:00 h eles chegaram à área de desembarque e os pequenos navios levaram os Incursores para terra. Um tiro acidental de um fuzil americano causou certa ansiedade, mas não houve indícios de que os japoneses em terra o tivessem ouvido. Uma vez em terra, os Incursores assumiram formação de combate para envolver a aldeia. A Companhia A estava à esquerda; a Companhia B ficou na praia e a Companhia C avançou selva adentro. Às 06:35 h, seis aviões decolaram do "Campo Henderson" para um ataque aéreo a oeste da aldeia. Ao mesmo tempo, os dois transportes-destróiéres, Manley e McKean, começaram a disparar granadas contra a área. As 08:55 h Edson comunicou ter travado ligeiro combate com o inimigo, mas os japoneses estavam recuando para o interior. Ele pediu que o apoio aéreo prosseguisse, no que foi atendido. Duas horas depois, Edson fez novo contato pelo rádio com a área americana, perguntando se seria possível desembarcar mais soldados para reforçá-lo a oeste de Tasimoko. Vandegrift respondeu que não, e recomendou que os Incursores retornassem ao Manley e McKean. Mas confirmou-se que o 1o Batalhão de Pára-quedistas estava a caminho e, de fato, esta força proporcionou proteção de flanco e de retaguarda para os Incursores em Tasimboko.



 

Às 11:30 h, Edson informou que seus homens estavam sob intenso fogo da artilharia japonesa. Ele reuniu sua força e avançou, apenas para descobrir que o inimigo recuara, deixando para trás grandes quantidades de alimentos, munição e suprimentos, o bastante para sugerir que 4.000 dos soldados de Kawagushi haviam estado lá. Não se descobriu a razão para 4.000 soldados japoneses recuarem diante de 1.000 americanos. É possível que Kawagushi quisesse concentrar-se em sua tarefa principal de cercar e tomar o "Campo Henderson" e que não tivesse nenhum desejo de ser atraído para quaisquer outras atividades. Outra razão aventada é que o aparecimento fortuito, ao largo da costa, dos navios americanos Fuller e Bellatrix, escoltados por destróieres, convenceu aos japoneses da iminência de grande desembarque. De qualquer modo, os Incursores tinham de destruir ou inutilizar um grande depósito de suprimentos antes de embarcar de retorno à base.

 

Por certo, era verdade que Kawagushi estava avançando laboriosa e gradativamente para o "Campo Henderson" e que a selva protegia o seu deslocamento, dificultando a observação dos pilotos americanos. Neste momento, na área de Tasimboko estavam o QG da 35a Brigada de Infantaria, a maior parte do 124o Regimento de Infantaria, o segundo escalão do destacamento de Ichiki e os sobreviventes do primeiro. Do outro lado do perímetro americano, que tinha cerca de 5 km², na região de Kokumbona (isto é, a oeste), estavam os restantes do 124o de Infantaria, o 11° e o 13° de Pioneiros e membros de uma Força Especial Naval de Desembarque.



 

Desde o início de setembro o pessoal do grupamento de engenheiros de Kawagushi vinha abrindo um caminho para o "Campo Henderson", desde Tasimboko, usando ferramentas manuais. À medida que a estrada avançava pela selva, unidades de infantaria e artilharia seguiam a de engenharia. Os informes dos exploradores nativos convenceram Vandegrift de que o ataque viria do leste, e ele fez o máximo, com os recursos disponíveis, para fortalecer sua linha de defesa na vizinhança do "Campo Henderson". Ele estava extremamente limitado em homens e material. A 4 de setembro, mais dois navios, o Little e o Gregory, haviam sido bombardeados e afundados, no Canal Sealark, por navios do Expresso de Tóquio de Tanaka. O recém-chegado comandante da 1a Brigada Aérea, Brigadeiro-General Roy Geiger, advertiu a Vandegrift de que as constantes lutas encarniçadas haviam cobrado tributo a seus aviões. No dia 10 de setembro só havia 31 Wildcat em condições de operar. Pelo menos dessa vez os pedidos urgentes de Vandegrift foram atendidos, e Ghormley enviou mais 24 Wildcat para o "Campo Henderson", que entraram em ação quase que imediatamente.

 

Também a 10 de setembro Edson mudou sua força mista de Incursores e Pára-quedistas para uma saliência a cerca de 1.500 m ao sul do "Campo Henderson", não muito longe do novo QG de Vandegrift. O comandante dos fuzileiros navais deslocara-se de um local a oeste da pista de pouso para colocar-se fora do alcance direto dos ataques aéreos japoneses. A saliência tinha uns 1.000 metros de comprimento, numa direção noroeste para sudeste, e era cercada por selva densa, em terreno bem acidentado. Era neste ponto que os japoneses infiltradores se defrontariam com os fuzileiros no que viria adequadamente a ser chamada de "Batalha de Bloody Ridge" ("Crista Sangrenta").



 

O ataque começou na manhã de 11 de setembro. Vinte e seis Betty bombardearam a saliência enquanto os fuzileiros colocavam cercas de arame farpado e cavavam tocas de abrigo. Mais tarde, naquele mesmo dia, Edson e seu oficial executivo, Tenente-Coronel Samuel Griffith, dirigiram-se para o sul, percorrendo cerca de 800 m à procura de indícios de atividade japonesa. Não viram nada, porém Clemens e seus exploradores informaram que grande força do inimigo percorria a selva. Edson providenciou para que os Pára-quedistas, no flanco esquerdo da saliência, e os Incursores, no centro e a oeste dela, ficassem em alerta o máximo e passou a aguardar os acontecimentos.

 

Vandegrift tinha outros problemas. Ghormley recebera uma mensagem ambígua, de Nimitz, na qual este pedia que MacArthur recebesse de Ghormley um regimento reforçado de tropas anfíbias experientes. As únicas tropas desse tipo estavam-se esforçando por manter o precário perímetro em Guadalcanal. Ghormley entregou a mensagem ao Almirante Turner, que ficou horrorizado. Longe de retirar um regimento de Vandegrift, este deveria receber mais um. Ghormley ouviu Turner e depois deu-lhe informações adicionais. Evidentemente o ataque japonês a Guadalcanal seria poderoso e Ghormley não julgava ter o material ou os navios que lhe permitissem ajudar os fuzileiros navais na ilha.



 

Foi com esta informação que Turner voou para Guadalcanal, na manhã de 11 de setembro. Parecia que Ghormley havia eliminado qualquer possibilidade de sucesso para a campanha naquela ilha. Os poucos quilômetros quadrados de cabeça-de-praia ocupados pelos navais de Vandegrift, e defendidos por tão alto preço, estavam prestes a ser abandonados. Turner, porém, não estava tão pessimista; ele prometeu a Vandegrift que faria o que pudesse para assegurar que o 7° Regimento de Fuzileiros Navais, que antes guarnecia Samoa, fosse mandado para Guadalcanal. Vandegrift, por sua vez, decidiu que seus homens defenderiam a área em que estavam o mais tempo que fosse possível, mas deu ordens a Geiger para que o comandante da força aérea tirasse seus aviões de Guadalcanal caso os fuzileiros fossem rechaçados. Entrementes, Vandegrift teria de esperar que Kawagushi tomasse a iniciativa.

 

O comandante dos fuzileiros navais não sabia que essa iniciativa fora marcada para 12 de setembro, a data que Kawagushi determinara para atacar o "Campo Henderson". O ataque seria apoiado por artilharia naval e sucessivos ataques aéreos, e seria feito de três direções. O próprio Kawagushi avançaria do sul do aeródromo com um batalhão do 124o de Infantaria e os dois batalhões de Ichiki. Outro batalhão do 124o de Infantaria se dirigiria para oeste, pelo Tenaru, enquanto o Coronel Oka conduziria dois batalhões para o outro lado do Rio Lunga e atacaria a pista de pouso pelo noroeste. O plano era ambicioso e um tanto complicado, considerando-se as condições e o terreno, mas Kawagushi estava decidido a cumpri-lo. A selva poderia reduzir a rapidez dos seus homens e a umidade talvez os fizesse cair sob o peso do equipamento que levavam, mas a data do ataque não seria alterada.



 

Edson deslocou seus 700 Incursores e pára-quedistas, e alguns soldados de engenharia e dos Pioneiros, da melhor maneira possível ao longo da saliência que escolhera como provável local para os japoneses atravessarem, em seu avanço. Trechos da selva foram limpos, e arame farpado foi estendido de árvore em árvore para oferecer alguma defesa. O posto de comando de Edson estava a apenas 100 m do ocupado por Vandegrift. Como apoio, havia obuseiros de 105 mm e o II Batalhão do 5o de Fuzileiros. Às 21:00 h o aerobote japonês apelidado de "Louie the Louse" lançou foguetes luminosos. Ao mesmo tempo, teve início forte bombardeio, vindo do mar, que durou 20 minutos; depois de breve pausa, ele se repetiu. Um cruzador e três destróieres japoneses percorriam a costa, nas vizinhanças do Tenaru, lançando granadas contra as posições americanas. O bombardeio parou e teve início o fogo de morteiros e armas automáticas japonesas. Ressurgiram os brados tradicionais de "Banzai!" e soldados japoneses do 124o de Infantaria se despejaram da selva, engolfando os Incursores e pára-quedistas que guardavam o perímetro da saliência. Os americanos revidaram, vacilaram e, depois, recuaram. Se apenas Kawagushi pudesse ter mantido um contato mais estreito com seus soldados, na escuridão, para controlar seu avanço, os americanos poderiam ter sido expulsos da saliência e os postos de controle de Edson e Vandegrift teriam sido vencidos. A situação tornou-se caótica demais para isto. Em dado momento, Kawagushi e um punhado de auxiliares ficaram completamente isolados do resto da sua força. A confusão provocada por isso permitiu a Edson retirar suas tropas de modo mais ou menos organizado e tomar nova posição defensiva na saliência. Ele perdeu um pelotão, temporariamente, por ter este se desgarrado no flanco, mas até mesmo esses homens conseguiram voltar, lutando, para o terreno elevado.

 

Ao amanhecer, Edson ordenou um contra-ataque. A atividade japonesa durante a noite e de manhã cedo fora intensa, mas o coronel sabia que o ataque principal estava por vir; depois que o ímpeto inicial fracassou, veio outro ataque, à noite. Com o amanhecer, o inimigo provavelmente se retiraria para a proteção da selva, pensaria suas feridas e esperaria pelo cair da noite. Para encorajar os japoneses a sair, os fuzileiros atacaram, limparam a saliência e retomaram sua posição anterior.



 

Os cansados americanos passaram o domingo, 13 de setembro, a consolidar a posição; prepararam-se novas tocas e colocou-se mais arame farpado. Os japoneses mandaram levas de aviões metralhar, para dificultar ao máximo esse trabalho, mas os fuzileiros continuaram na faina, sem comer nem dormir, mas compreendendo que o inimigo retornaria naquela noite e que eles precisavam estar preparados.

 

Os japoneses atacaram, como se esperava. Uma vez mais o estrondear da artilharia foi indescritível, quando sete dos seus destróieres abriram fogo do mar, despejando granadas sobre o "Campo Henderson" e seus arredores. "Louie the Louse" transformou em dia claro a noite, com seus foguetes luminosos. A carga de Kawagushi, quando veio, foi direta, simples e corajosa. Avançando pela fumaça lançada, 2.000 homens saltaram da selva e subiram a encosta que levava à saliência. Os americanos despejaram o fogo das armas portáteis e morteiros sobre os japoneses, que avançavam quase sem se incomodar em fazer pontaria sobre a densa massa. Centenas de homens caíam pelas encostas, mas seus camaradas simplesmente saltavam sobre mortos e feridos e iam em frente. A linha americana tornou a vacilar. Desta feita um punhado de oficiais e suboficiais foram responsáveis pela manutenção da estabilidade entre os Incursores e pára-quedistas. O próprio Edson, "Red Mike", estava entre os soldados avançados, encorajando e estimulando seus homens. O Major Kenneth Bailey, a princípio trazendo novos suprimentos de granadas e munição, deteve muitos fuzileiros que recuavam, fazendo-os voltar e enfrentar os japoneses e gritando o tradicional brado do Corpo: "Você quer viver sempre?" Edson pediu mais apoio de artilharia; este veio e foi mais certeiro. O coronel passou a informação. A pontaria era perfeita e estava arrasando com os nipônicos.



 

O fogo de artilharia fez recuar os japoneses. Eles se reagruparam e tornaram a atacar às 02.00 h. Mais ou menos ao mesmo tempo, o Batalhão Ishitari atravessou o Tenaru (Ilu) e lançou um ataque contra as posições defendidas pelo III Batalhão do 1o de Fuzileiros Navais. O arame colocado pelos navais deteve os japoneses e o fogo da artilharia os dizimou.

 

Na "Bloody Ridge", Edson diminuiu o tamanho da sua linha e pediu mais artilharia. O segundo ataque japonês não foi tão irrestrito quanto o primeiro. Edson podia sentir a vitória; às 02:30 h ele enviou uma mensagem a Vandegrift garantindo-lhe que os americanos na saliência podiam defender a posição. Vandegrift, calmo como sempre, disse friamente a um correspondente de guerra: "Faltam apenas algumas horas para o amanhecer. Então veremos onde estamos". Mas os japoneses não paravam de vir, em levas ou como tocaieiros isolados. Três deles penetraram o posto de comando de Vandegrift, mas foram mortos pelos guardas e escreventes. Os japoneses começaram a recuar novamente, batidos. O Coronel Watanabe não investira em seu ataque ao "Campo Henderson" e o ataque do Coronel Oka, quando desfechado, foi pequeno demais, e tardio demais. Kawagushi sabia que estava derrotado. Pela manhã do dia 14 de setembro os sobreviventes dessa força estavam recuando, pela selva, para o Matanikau.



 

Os fuzileiros saíram, ofuscados, para a luz do sol e "Bloody Ridge" era um mar de mortos e feridos. Cinqüenta e nove americanos haviam morrido e 204 ficaram feridos. Mais de 700 japoneses foram mortos. Por instantes, Vandegrift pensou em perseguir o inimigo, mas mudou de idéia. Muitos dos seus fuzileiros não dormiam há três dias. O "Campo Henderson" fora garantido contra o ataque e o general estava satisfeito. Havia tocaieiros para serem eliminados e os feridos tinham de ser tratados com cautela, mas a "Batalha de Bloody Ridge" estava terminada. Fora uma vitória importante para os americanos.

 

A ela seguiu-se quase que imediatamente uma derrota, como de hábito, no mar. Na manhã de 14 de setembro, enquanto os fuzileiros consolidavam sua posição em torno do "Campo Henderson", o Almirante Turner mantinha sua promessa e estava trazendo o 7o Regimento de Fuzileiros Navais das Novas Hébridas para Guadalcanal; eles haviam sido mandados para aquelas ilhas depois de seu esforço nas Samoa. Turner convencera o cauteloso Ghormley e conseguira o concurso dessa força nova e não experimentada. A força de escolta consistia de Turner em sua nave-capitânia, McCawley, uma força de porta-aviões, incluindo o Wasp e o Hornet, comandada pelo Contra-Almirante Leigh Noyes, e outros. Vasos de guerra. Pelo final da manhã um avião japonês avistou essa força. Turner manteve o rumo até o anoitecer, mas então retirou o McCawley, levando consigo os seis preciosos transportes contendo 4.000 fuzileiros. Os porta-aviões Wasp e Hornet conservaram-se no mesmo rumo, escoltados pelo couraçado North Carolina e vários cruzadores e destróieres. A 15 de setembro, pouco antes das 02:30 h, dois submarinos japoneses, o I-19 e o I-15, atacaram o grupo. O I-19 atingiu o Wasp com três torpedos; o I-15 errou seu alvo, o Hornet, atingindo, em seu lugar, o North Carolina, abrindo um rombo de 9 x 6 m em seu casco, abaixo da linha d'água. Na confusão resultante, o destróier O'Brien também foi torpedeado, afundando mais tarde. O Wasp estava incapacitado e descontrolado. Uma série de explosões arrebentou o porta-aviões de popa a proa, e 193 homens da tripulação, que era de mais de 2.000, foram mortos. O Capitão Sherman, em companhia de seus oficiais, fez uma rápida vistoria no convés de vôo e deu ordens para que se abandonasse o navio. Desceram-se os escaleres e muitos homens se jogaram ao mar, para serem recolhidos por navios da escolta. Agindo sob ordens do Contra-Almirante Scott, agora encarregado da força, o destróier Landsdowne se aproximou do Wasp, indefeso e à deriva, disparou cinco torpedos contra ele e o afundou. A ação ao largo das Ilhas de Santa Cruz terminara; as forças navais americanas tinham sofrido outro golpe dos japoneses.



 

Felizmente para Vandegrift, apesar da perda do Wasp, do O'Brien e, por algum tempo, do North Carolina, os transportes contendo 4.000 homens do 7o RFN chegaram a salvo a Guadalcanal, justificando a decisão de separar o McCawley e os transportes da força de porta-aviões. Os recém-chegados desembarcaram, com suas fardas limpas e novos capacetes, para se juntarem aos navais, sujos, exaustos e atacados de malária, que já estavam em Guadalcanal, veteranos depois de apenas seis semanas. Enquanto o Almirante Turner desembarcava os reforços, ele deu ordens para que os destróieres Monssen e MacDonough bombardeassem as posições japonesas ao longo da costa, como um castigo, ainda que leve, pelos bombardeios feitos, quase todas as noites, pelo "Expresso de Tóquio".

 

Foi nesse momento que as sentinelas costeiras Rhoades e Schroeder foram retirados da sua posição cada vez mais perigosa na costa noroeste de Guadalcanal. Agora havia japoneses demais em posição nessa região e parecia cada vez mais provável que alguns deles topassem com as sentinelas costeiras, apesar da lealdade dos ilhéus. Para realizar esse salvamento, outra sentinela costeira, Horton, que desembarcara com os fuzileiros em Tulagi, tomou emprestado uma lancha e atravessou à noite as águas dominadas pelos japoneses, até atingir um regato na área da costa noroeste. Ali ele fez embarcar não só Rhoades e Schroeder como também 13 missionários, um aviador americano que fora derrubado e o radiotelefone de Rhoades, voltando a salvo para o Lunga.



 

Vandegrift continuou despachando patrulhas. Nas selvas densas elas eram seus únicos olhos e ouvidos, pois os aviadores não podiam enxergar através das árvores e da vegetação rasteira. Vandegrift, porém, precisava saber o que os japoneses estavam fazendo. Ele tinha cerca de 19.000 homens confinados na área da cabeça-de-praia, que era de cerca de 4.800 m de comprimento e penetrando pouco mais de 1.600 m na selva. A "Batalha de Bloody Ridge" reduzira a pressão até certo ponto, mas os ataques aéreos vindos de Rabaul continuavam com a mesma regularidade e suas patrulhas continuavam sendo vitimas de emboscada sempre que deixavam a área americana. A 25 de setembro, Rabaul recebera reforços da ordem de 100 Zero e 80 bombardeiros, que foram lançados quase que imediatamente contra Guadalcanal. Somente numa incursão, 23 dos 60 aviões japoneses foram derrubados pelos aviões do "Campo Henderson". No final de setembro, três dos pilotos dos fuzileiros navais desse aeródromo eram os principais ases das forças armadas dos Estados Unidos: o Major John Smith destruíra 19 aviões japoneses, o Capitão Marion Carl tinha 16 "abatidos" a seu crédito enquanto o Capitão Robert Galer derrubara 11 atacantes japoneses. Carl é quem fora derrubado e voltara ao Campo, passando pelas linhas inimigas, tomando conhecimento, então, de que, enquanto "passeava pelo mato", Smith lhe passara à frente no número de aviões japoneses derrubados. "Diabos" - protestou Carl. - "Deixem-no em terra por cinco dias para igualar as condições!"

 

Vandegrift confiava nos aviadores, mas fazia o máximo para que suas tropas de terra continuassem também a se sair bem. Durante toda a segunda quinzena de setembro, ele consolidou os ganhos obtidos imediatamente após a "Batalha de Bloody Ridge", avançando algumas centenas de metros para o sul e providenciando para que se estabelecesse uma linha constante de defesa em torno do aeródromo, e não uma série de pontos fortes ligados por patrulhas, como anteriormente. Para que seus artilheiros pudessem contar com melhor campo de tiro, árvores e mato foram cortados e queimados; os caminhos que levavam ao objetivo dos nipônicos foram minados e neles colocaram-se armadilhas, dando a quase certeza a Vandegrift de que defenderia muito bem a área.



 

Mas ele ainda estava lutando uma guerra apenas defensiva, apegando-se a um perímetro deploravelmente pequeno. Um dia ele teria de avançar. Antes, porém, que fizesse isso, teria de atravessar definitivamente o lamacento Matanikau, e não apenas repelir os japoneses, porque estes sempre voltavam, protegidos pela vegetação que crescia em volta das águas pachorrentas do rio.

 

Foi ao longo do Matanikau que o I/7o de Fuzileiros Navais travou seu primeiro contato importante com o inimigo. Na tarde de 21 de setembro, o batalhão; sob o comando do Tenente-Coronel Lewis "Chesty" Puller, dirigiu-se para a nascente do rio. Os tiros de fuzis e morteiros japoneses cobraram tributo aos inexperientes navais. Durante dois dias Puller tentou fazer com que seus homens cruzassem o Matanikau, subindo e descendo as margens à procura de um lugar para vadear. Durante dois dias os japoneses alvejaram os fuzileiros navais, até que Puller foi obrigado a recuar seus homens e informar a Vandegrift que os japoneses estavam reunidos em grande número no outro lado do Matanikau. Esta notícia indicava ao general que a calmaria após a "Batalha de Bloody Ridge" terminara. Vandegrift começara mesmo a viver em relativo conforto; seu posto de comando agora tinha até instalação elétrica. Ele decidiu que se devia montar uma operação para expulsar os japoneses do Matanikau. Ordenou ao 1o de Incursores, então comandado pelo Coronel Samuel Griffith, que avançasse ao longo da margem leste do rio e o atravessasse, por uma ponte de toros, a montante. A seguir, desceriam pela margem oeste, atacando os japoneses e empurrando-os para o mar. Seu ataque seria o sinal para o II Batalhão do 5o de Fuzileiros Navais assaltar pelo banco de areia na foz do rio. Enquanto isto acontecia, o I Batalhão do 7° RFN, de Puller, seria desembarcado atrás dos japoneses, na Ponta da Cruz, e atacaria pela retaguarda, ao longo de um trecho costeiro.



 

Os japoneses aguardavam os americanos, quando estes tomaram a iniciativa, a 27 de setembro. O batalhão de Griffith foi retido pelo fogo cerrado e não pôde atravessar a ponte de toros. Griffith ficou ferido e o Major Bailey, o herói de "Bloody Ridge" e do desembarque em Tulagi, foi morto. Apenas três dias antes, Bailey falara de seus soldados a um correspondente de guerra: "A gente passa a conhecer bem esses meninos quando se está trabalhando com eles, e são tão formidáveis, que, quando aparece um trabalho duro demais, a gente prefere ir executá-lo pessoalmente, em vez de manda-los".

 

Edson, encarregado de toda a operação, admitiu que os homens de Griffith houvessem atravessado o Matanikau com sucesso e deu ordens para o II Batalhão do 5o de Fuzileiros Navais atacar pelo banco de areia. Uma vez mais os japoneses estavam preparados e não houve ataque perturbador vindo a montante. Os japoneses repeliram os americanos pelo banco de areia e, para piorar ainda mais as coisas, os navais de Puller haviam desembarcado na Ponta da Cruz, avançado uns 400 m e caído numa emboscada japonesa. Puller não estava com seus homens, pois fora destacado para ajudar Edson, mas o comandante em exercício, Major Otho Rogers, foi morto. Os japoneses apertaram o cerco e mataram muitos americanos. Intenso bombardeio aéreo japonês destruiu as comunicações, impedindo que uma mensagem de Edson pedindo apoio aéreo para os homens presos na Ponta da Cruz fosse recebida. Puller deixou Edson, embarcou no destróier Ballard e mandou-o a todo vapor para a Ponta da Cruz. Assim que o Ballard se aproximou, começou a bombardear os japoneses, enquanto os sinaleiros do destróier davam ordens aos navais emboscados para que abrissem caminho lutando até a praia. Ao mesmo tempo, a artilharia americana também começou a acertar os japoneses.



 

Os navais abriram caminho freneticamente para a praia, havendo, uma vez mais, atos individuais de heroísmo. Um timoneiro do Corpo da Guarda Costeira, Donald Munro, levou a primeira das barcaças de desembarque do destróier à praia, dirigindo-a com uma das mãos e atirando contra o inimigo com a outra. Ele foi morto, assim como o Sargento Anthony Malinowski Jr., da Companhia A, que protegia a retirada dos seus companheiros com um fuzil-metralhador Browning. Outro ato de bravura foi o do Sargento Robert Raysbrook, que continuou a receber e enviar mensagens de semáforo para o destróier, sob fogo intenso.

 

Os navais tomaram uma posição defensiva na praia e esperaram que as barcaças de desembarque chegassem até ali. Durante algum tempo a coisa esteve bem difícil. O fogo da artilharia japonesa na Ponta da Cruz, a leste, e de Kokumbona, a oeste, repeliu as barcaças e por algum tempo os timoneiros vacilaram. Então um piloto de um SBD, Tenente Dale Leslie, o primeiro a ver os fuzileiros emboscados, transmitindo a notícia a Edson, começou a fazer vôos rasantes sobre as barcaças de desembarque, guiando-as até a praia. Depois, ele deixou a área da praia e começou a metralhar as posições inimigas um pouco mais para o interior. Começaram os fuzileiros da Ponta da Cruz a ser transportados para o Ballard. Vinte e quatro deles morreram e havia 23 feridos. Os americanos interromperam os combates por todo o Matanikau, abandonando o plano de atravessar para a margem leste. Eles haviam sido derrotados e no processo tiveram 60 mortos e 100 feridos.



 

Vandegrift perseverou na intenção de limpar a margem oposta do Matanikau. No final de setembro e começo de outubro, uma série de idéias lhe povoavam a mente. Turner estava escrevendo cartas sugerindo operações futuras, o que incomodava consideravelmente o general, que respondeu logo, recusando as sugestões do almirante. Na mesma semana, o general teve outro encontro com as altas patentes. Nimitz, Comandante-Chefe da Área do Oceano Pacífico, desembarcou de uma Fortaleza-Voadora no "Campo Henderson" para reuniões de consulta com Vandegrift e Geiger. Os dois homens fizeram o melhor que puderam para informar o comandante-chefe em sua rápida visita, e passaram maus bocados quando avião do almirante quase caiu na decolagem.

 

Por mais importantes que fossem esses encontros e consultas, eles eram apenas secundários, comparados à tarefa imediata de defender a cabeça-de-praia. A estação chuvosa se aproximava rapidamente e Vandegrift pensava no que seria a luta nas selvas opressivas quando a monção atingisse a ilha. No começo de outubro ele deu ordens para que se fizesse outra expedição para expulsar os japoneses da margem oeste do Matanikau. Suas táticas não diferiam muito das empregadas nas tentativas anteriores. Em primeiro lugar, haveria atividade de patrulhas, para tentar uma avaliação do número de japoneses que se teria de enfrentar. O serviço de inteligência, no ataque anterior, fora ruim. O Coronel Griffith viria a escrever mais tarde, depois de tudo terminado: "Jamais se deveria ter dado ordens para um batalhão ir a Kokumbona, diante do número de japoneses existentes entre o Matanikau e Kokumbona". Desta vez Vandegrift não queria que houvesse erros.



 

O começo da operação foi programado para 7 de outubro, quando as forças destacadas tomariam suas posições. O 5o Regimento (sem o I Batalhão) se espalharia ao longo da margem oeste do rio. Então o Coronel William Whaling levaria o III Batalhão do 2o RFN para o outro lado do Matanikau, juntamente com um destacamento de batedores de tocaias, desviando-se para o norte e, após, para o mar. Os I e II Batalhões do 7o RFN viriam logo a seguir, cada qual penetrando um pouco mais para oeste antes de se desviar. Quando o I Batalhão do Coronel Puller chegasse e tomasse a Ponta da Cruz, este seria o sinal para os homens de Edson cruzarem o Matanikau enquanto Whaling e Puller envolveriam os japoneses. Toda a operação seria apoiada por aviões da 1a Brigada Aérea dos Fuzileiros Navais, que bombardeariam em mergulho e metralhariam as posições japonesas.

 

A operação começou às 07:00 h de 7 de outubro. Às 10:00 h, o III do 5° de Fuzileiros Navais, avançando para a margem leste do Matanikau, encontrou-se com fogo japonês esporádico, que perdurou pela maior parte do dia sem atrapalhar seriamente os americanos. Estes chegaram às margens do rio, como pretendiam, e se entrincheiraram. O II/5° RFN tomou posição à esquerda do III Batalhão sem encontrar oposição. O 7o Regimento e os batedores de tocaias também chegaram à margem leste para cruzar o rio. A única oposição séria foi encontrada pelo III/5o RFN ao final do dia, quando ele cercou um destacamento de soldados japoneses que se recusaram a render-se.



 

Oito de outubro foi um dia de chuvas torrenciais. Os soldados cuja tarefa era esperar na margem leste do Matanikau o fizeram em condições de grande desconforto e sofrimento. O grupo de Whaling apressou-se, do outro lado do rio, em sua marcha pela aldeia de Matanikau. Ao anoitecer do dia 8, os japoneses que haviam sido cercados na margem leste do rio tentaram escapar. A princípio parecia que teriam êxito; mataram uns 12 Incursores e se dirigiram para o banco de areia da foz do Matanikau. Ali, porém, enredaram-se na barreira de arame preparada pelos americanos e, enquanto tentavam penetrá-la, os americanos abriram um fogo mortífero contra eles e 67 dos japoneses foram mortos antes do amanhecer.

 

Whaling e Puller prosseguiam em sua marcha quando receberam uma mensagem urgente de Vandegrift, dando conta de repentina mudança nos planos. Uma sentinela costeira informara de Rabaul que uma frota japonesa de invasão estava-se agrupando, aparentemente para partir rumo a Guadalcanal. O comandante americano não se atrevia a estender muito suas forças e ordenou a Whaling e Puller que prosseguissem em seu movimento de cerco, retornando à base assim que tivessem dado a volta. Mesmo que derrotassem os japoneses, não deviam persegui-los para o oeste. Vandegrift acrescentou que o 5o RFN não deveria atravessar o Matanikau, permanecendo na margem leste para dar fogo de cobertura àqueles fuzileiros, se tivessem de abrir caminho lutando na marcha de retorno.



 

Apesar da mudança brusca de planos, o movimento foi bem sucedido. A 9 de outubro, Whaling e Puller voltaram à margem oeste do Matanikau. Os homens de Whaling atacaram ao longo da faixa costeira e abriram caminho à força até o rio. Puller e o I/7° de Fuzileiros Navais tiveram um sucesso espetacular. Ainda sofrendo com o revés de dez dias antes na Ponta da Cruz, eles vingaram-se muito bem. Puller vinha conduzindo seus homens de volta para o Matanikau, segundo instruções recebidas, mantendo-se no terreno elevado, quando uma seção do 4° Regimento de Infantaria atacara. Os homens de Puller estavam numa posição dominante, enquanto os japoneses tinham sido obrigados a subir uma ravina íngreme para atingi-los. Os fuzileiros não perderam a calma e destroçavam os japoneses ainda em plena subida. Os japoneses fugiram apenas para se reagrupar e atacar novamente, sendo recebidos por nova fuzilaria dos navais, bem protegidos. Pela segunda vez, os japoneses sobreviventes fugiram ravina abaixo, mas desta feita foram cercados no vale. Eles tentaram desesperadamente escapar subindo a encosta do lado oposto. Puller simplesmente dirigiu seu fogo para aquele lado. Mais de 600 japoneses foram mortos e o I Batalhão do 7o de Fuzileiros chegou ao Matanikau e retornou à área americana.

 

Soube-se mais tarde que os soldados japoneses se encontravam na margem oeste do Matanikau em quantidades tão grandes porque estavam prestes a atacar o outro lado do rio. O avanço americano esvaziou esse ataque antes mesmo que ele começasse.



 

 


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