Aos residentes do Hospital Presbiteriano-Shadyside da



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A fisiologia do amor
Uma parte do cérebro emocional distingue os mamíferos dos répteis. Do ponto de vista da evolução, a diferença básica é que os mamíferos recém-nascidos são vulneráveis. Esses jovens frágeis são incapazes de sobreviver vários dias, semanas, ou anos sem a atenção constante dos pais.

Seres humanos representam o exemplo mais extremo. Nu­trir nossos filhos exige o investimento paterno mais longo entre todas as criaturas. Em seres humanos, como no caso de outros mamíferos, a evolução criou estruturas límbicas no cérebro que nos tornam particularmente sensíveis às necessidades dos filhos.*

A evolução instalou em nosso cérebro o instinto de responder a elas - alimentar nossos filhos, mantê-los aquecidos, dar-lhes carinho, protegê-los, ensinar-lhes como caçar, colher e a se de­fender. Nosso cérebro foi projetado para assegurar um relacio­namento que é indispensável à sobrevivência da espécie. É a base da nossa capacidade inata de criar relações, no âmbito so­cial, com os outros - em um grupo, uma tribo ou uma família.

Uma região específica do cérebro emocional é responsável até pelo choro de tristeza que soltamos - quando bebês - quando somos separados daqueles a quem estamos ligados.4 E a mesma região também é responsável por nossa reação instintiva a esse choro. Já ao nascer, o cérebro emocional do bebê chama por sua mãe: “Você está aí?”, e novamente o cérebro emocional da mãe é compelido a responder: “Sim, eu estou aqui!”. O choro e nossa resposta instintiva a ele criam o “circuito reflexo" dos relaciona­mentos entre os seres - humanos ou não humanos. Esse circuito é a base para toda a comunicação vocal - o canto dos pássaros, o mugido, o miado, o grunhido, toda a poesia e as canções. A im­pressionante atração que a música exerce em nossos corações - sobretudo o canto da voz humana - provavelmente tem suas raí­zes nisso. A música age diretamente no cérebro emocional e é muito mais eficaz do que a linguagem verbal ou a matemática.

A comunicação límbica não existe nos répteis - melhor para eles, de certo modo. Se os lagartos, os crocodilos e as cobras recém-nascidos fossem capazes de deixar que seus pais sou­bessem onde estão, logo seriam comidos. O mesmo vale para os tubarões. Em contraste, golfinhos e baleias usam constante­mente o som para se comunicar com seus filhotes, e esses ma­míferos marinhos cantam de um jeito que os cientistas, sem hesitação, comparam à comunicação humana. De fato, nós hu­manos somos capazes de experimentar relacionamentos amo­rosos com virtualmente todos os mamíferos e com muitos ti­pos de aves (papagaios e periquitos são animais domésticos incrivelmente afetuosos). Mas nem jibóias nem iguanas res­ponderão com afeto ao amor que você pode sentir por eles.

O cérebro emocional é, assim, feito para enviar e receber mensagens no canal do afeto, a expressão exterior de nossas emoções. Tal comunicação desempenha papel-chave na sobre­vivência do organismo e não apenas na procura de alimento e calor. Nós já sabemos que o contato emocional é uma necessida­de biológica real para os mamíferos, ao lado do alimento e do oxigênio. A moderna ciência biológica já redescobriu isso, ape­sar dela mesma.

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