Geografia 7º ano



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Interprete

1 Qual é a importância dos rios da Bacia Amazônica para a população regional e para a nacional?

Argumente

2 A água é um recurso vital e estratégico. Você sabe por quê?

Professor, as respostas estão no topo da página seguinte.


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Respostas da página 115: 1. Os rios da Bacia Amazônica, com outros recursos da região, são fonte de vida para as populações locais (fonte de alimento, meio de transporte e de comunicação etc.); para o Brasil, como um todo, representam grande reserva de água doce e possibilidades de aproveitamento de seus potenciais hidrelétricos, além de contribuírem com as chuvas de outras regiões, como estudado na abertura desta Unidade. 2. Sem água é impossível a existência de vida, nas diversas formas que a conhecemos. Além disso, vale lembrar a sua importância para o ciclo hidrológico (chuvas), para a geração de energia elétrica, para a pesca e para a navegação.



Clima

O clima da Região Norte é o equatorial úmido. Caracteriza-se por elevadas médias de temperatura e de precipitação durante todo o ano, como pode ser visto na figura 8.

Em que meses do ano ocorrem as maiores médias térmicas e de precipitação?

As maiores médias térmicas ocorrem em setembro e outubro; as maiores médias de precipitação são registradas em março e abril.



Vegetação

Apesar de a Região Norte abrigar manchas de vegetação de cerrado e de campos em Roraima, Rondônia e no Amapá, além de vegetação litorânea no Pará e no Amapá, a maior parte de sua cobertura vegetal é formada pela Floresta Amazônica, também conhecida como Floresta Tropical Pluvial, Hileia e Floresta Equatorial.

Como as demais formações vegetais do Brasil, a Floresta Amazônica vem sofrendo grandes intervenções humanas predatórias, a exemplo de queimadas e desmatamentos decorrentes da ação de madeireiros, da implantação de fazendas de gado e de agricultura, de empresas de mineração etc. (figura 9).

De modo geral, são encontrados na Floresta Amazônica dois ecossistemas principais: as matas de terra firme e as matas de inundação.



Pausa para o cinema
Os calangos do boiaçu.
Direção: Ricardo Dias.
Brasil: Cinematográfica Superfilmes, 1992.
Duração: 21 min.
O documentário mostra o trabalho do zoólogo Paulo Vanzolini em uma expedição a Santa Maria do Boiaçu, em Roraima, revelando os encontros do pesquisador com a fauna, a flora e a população local.
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Matas de terra firme

A biodiversidade da Floresta Amazônica é encontrada, em grande parte, nas matas de terra firme, ou seja, matas que nunca sofrem inundações dos rios. Recobrem 90% da Bacia Amazônica e localizam-se nas áreas de altitudes mais elevadas. A altura média das árvores é de 40 m, firmadas em solos bem drenados. Predominam matas densas, com pouca luz e muita umidade, em virtude de a junção das copas das árvores dificultar a entrada da luz do Sol. Nelas encontram-se madeiras nobres, como o cedro, o mogno e os louros.

Explicar aos alunos que, na Bacia Amazônica, alguns rios têm seu nível elevado em 15 m em algumas épocas do ano, e a água cobre grandes áreas de florestas por até oito meses.

Matas de inundação

As matas de inundação são aquelas sujeitas à invasão das águas dos rios, com vegetação adaptada para sobreviver por longos períodos de submersão. Dividem-se em:

Matas de igapó: o termo “igapó” designa as áreas muito encharcadas, com inundações permanentes. As matas de igapó situam-se nos terrenos mais baixos e permanecem quase sempre inundadas. Nelas a vegetação é baixa, com arbustos, cipós e musgos. Também são encontradas plantas aquáticas, como a vitória-régia, um dos símbolos da Amazônia (figura 10).

Matas de várzea: são aquelas inundadas somente em determinados períodos do ano, durante a cheia dos rios, e situadas em áreas mais elevadas em relação às matas de igapó.



No seu contexto

Qual é a sua atitude e de seus familiares em relação às plantas? É uma atitude de respeito ou de indiferença? Qual a importância delas em seu cotidiano?

Espera-se que os alunos observem a importância da preservação do meio ambiente, em particular da vegetação, uma fonte de grande biodiversidade. Essa discussão contribuirá para o desenvolvimento da consciência social e ecológica.
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PERCURSO 14 - Região Norte: a construção de espaços geográficos

1. A construção do espaço geográfico — de 1500 a 1930

A ocupação inicial da Amazônia pelos portugueses limitou-se à construção de fortes militares (figura 11) e às missões religiosas, pois a região não despertava tanto interesse aos colonizadores como o lucrativo Nordeste açucareiro e as Minas Gerais com sua produção aurífera. Essa ocupação ocorreu em meio a vários conflitos com indígenas.

Desde o século XVII até quase o final do século XIX, São Luís (MA), e Belém (PA), constituíram os dois principais espaços geográficos construídos na Amazônia. Em São Luís e arredores, desenvolveram-se culturas de algodão, cana-de-açúcar, arroz e tabaco. Belém, na porta de entrada do Golfão Amazônico, transformou-se no principal núcleo urbano regional no século XVII. Desse local eram exportadas as chamadas drogas do sertão extraídas da floresta, como baunilha, guaraná, urucum, entre outras ervas, frutos e sementes.

A linha ou meridiano do Tratado de Tordesilhas determinava que a porção situada a leste dessa linha pertencia a Portugal, e a porção a oeste, à Espanha. De 1580 a 1640, Portugal permaneceu sob o domínio da Espanha. Na América, os colonizadores portugueses aproveitaram esse período para invadir e conquistar os espaços de domínio espanhol e incorporar ao reino de Portugal as terras a oeste do meridiano de Tordesilhas, ampliando consideravelmente o território do que viria a ser o Brasil. Após o fim do domínio espanhol, acordos firmados entre Portugal e Espanha oficializaram a posse dessas terras por parte de Portugal.



Quem lê viaja mais
MORAES, Paulo Roberto; MELLO, Suely A. R. Freire de.
Região Norte. São Paulo: Harbra, 2009. (Col. Expedição Brasil).
Fornece uma visão panorâmica da Região Norte, abrangendo aspectos físicos, históricos, populacionais, culturais, entre outros, com linguagem acessível e ilustrações esclarecedoras.
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O extrativismo do látex

Por volta de 1870, a região amazônica passou a receber grande número de migrantes — principalmente provenientes da Região Nordeste, por causa da seca prolongada no Sertão nordestino e do desenvolvimento de atividades extrativas no norte do país, como a extração de castanha-do-pará, de madeira e de látex para a fabricação da borracha.

Nesse período, a borracha já era conhecida no mercado mundial; no entanto, foi somente a partir de 1888, após a invenção do pneu e da popularização do automóvel, que a borracha transformou-se em um produto de grande valor e de grande procura pelas indústrias.

Em 1910, metade da borracha consumida no mundo saía da Amazônia. A procura por seringueiras nativas levou muitas pessoas, desde o final do século XIX, a se embrenharem na mata e atingir a região que constitui hoje o estado do Acre — na época, território pertencente à Bolívia.

O extrativismo do látex e da castanha-do-pará (fim do século XIX e início do século XX) foi o motor do processo de produção e organização do espaço regional, estimulando:

• a atração de migrantes brasileiros de outras regiões e de imigrantes estrangeiros (espanhóis, portugueses, franceses etc.);

• a construção dos portos de Belém e de Manaus;

• a incorporação do Acre ao território brasileiro e a fundação das cidades de Xapuri e Brasileia, nesse estado, pelos seringueiros;

• a expansão da rede urbana e a modernização dos espaços urbanos, principalmente de Manaus (figura 12) e de Belém;

• a instalação de pequenas indústrias de bens de consumo, sobretudo em Belém e Manaus;

• a atração de capitais estrangeiros, por meio da instalação de bancos, empresas de comércio e companhias de navegação inglesas, francesas e estadunidenses.

Além desses impulsos à produção de espaços geográficos, foram implantadas colônias agrícolas na chamada Zona Bragantina, no nordeste do Pará, ocupadas por migrantes nordestinos e estrangeiros que aí desenvolveram a agricultura. Essas colônias foram criadas por iniciativas públicas ou privadas, e os loteamentos foram vendidos a longo prazo ou doados aos interessados em se estabelecer no lugar e desenvolver atividades agrícolas e de criação de animais.



Quem lê viaja mais
FIGUEIREDO, Aldrin Moura de.
No tempo dos seringais. 5. ed. São Paulo: Atual, 2008.
O livro mostra diversos aspectos da sociedade amazônica, abordando, especialmente, o período áureo da exploração da borracha no final do século XIX e início do século XX.

No seu contexto

A cidade em que você mora possui teatro? Você acha importante ir ao teatro? Por quê?

Espera-se que os alunos reconheçam as manifestações artísticas teatrais (peças, musicais etc.) como importantes para o desenvolvimento pessoal e coletivo e para estabelecer trocas culturais. Caso não haja espaços como esse na cidade, questione se os alunos já tiveram a oportunidade de visitar algum.
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O declínio da produção de borracha

O Brasil foi o maior produtor mundial de borracha entre 1880 e 1912 (a produção da América Central e da África equatorial nesse período era pequena). Nessa época, a produção do país chegou a representar, cerca de 60% do total mundial, e a exportação chegou a se igualar, em valor, à do café.

Enquanto a Amazônia dependia da coleta do látex silvestre, sem a preocupação de plantar seringueiras e racionalizar o cultivo, os ingleses, percebendo a importância econômica do produto, transportaram sementes de seringueiras da Amazônia para serem plantadas em suas colônias asiáticas de clima quente e úmido, semelhante ao clima amazônico. O produto foi cultivado primeiro no Ceilão (atual Sri Lanka) e depois em Cingapura e na Índia, espalhando-se para Indonésia, Tailândia, Malásia, entre outros países. Em decorrência disso, na década de 1910, o Brasil perdeu a liderança da produção de borracha natural, cuja procura apresentava um aumento crescente em virtude do desenvolvimento da indústria automobilística.

Com a perda de mercado, a Região Norte deixou de receber investimentos e fluxos migratórios e de ser um espaço de atração populacional, desacelerando o processo de construção espacial, retomado apenas a partir da década de 1930 e, principalmente, da de 1960, por meio de políticas de incentivo do governo federal, como veremos adiante.



2. A construção do espaço geográfico — após 1930

Produtos agrícolas, minérios e produção do espaço

Após o período áureo da extração do látex e da comercialização da borracha natural (1900-1912), intensificou-se, a partir de 1930, a cultura da pimenta-do-reino, da juta e da malva em algumas localidades da região (figura 13), contribuindo para o desenvolvimento da economia e para a construção de espaços geográficos.

A exploração de alguns minérios também promoveu o povoamento da região (figura 14), como a descoberta do manganês, nos anos 1940, e sua exploração a partir de 1953, no Amapá, e a intensificação da exploração da cassiterita em Rondônia, a partir de 1958.

Manganês
Minério muito importante para a siderurgia, é utilizado na fabricação do aço.
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A Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA)

Diante da baixa taxa de ocupação humana — em 1950, a vasta Região Norte contava apenas 1.844.000 habitantes; em 2010, a população total somava 15.865.678 habitantes — e da reduzida integração econômica da Região Norte às demais regiões do Brasil, em 1953 o governo federal criou a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA), com o objetivo de planejar e de promover o desenvolvimento econômico regional.

Nessa época, a construção de estradas era uma importante iniciativa para a integração e o desenvolvimento econômico regional. No governo do então presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), foram construídas as rodovias Belém-Brasília (BR-153) — figura 15 — e Cuiabá-Santarém (BR-364), permitindo maior povoamento regional e o surgimento de fazendas de gado, vilas e cidades ao longo das rodovias, além de favorecer a exploração madeireira.

Iniciava-se, com essas medidas, uma nova história da ocupação da região, intensificada posteriormente pelos governos militares do Brasil. Porém, isso aconteceu à custa de desmatamentos da Floresta Amazônica e de conflitos entre vários protagonistas sociais, como veremos no Percurso 15.



3. Os governos militares e os novos rumos da colonização da Amazônia

Em vista da propalada cobiça internacional sobre a região, os governos militares que se sucederam na Presidência da República a partir de 1964 entendiam que havia a necessidade de promover a ocupação humana e dinamizar a economia da Amazônia, por questão de segurança nacional. Com esse objetivo, foram criadas iniciativas para a ocupação da Amazônia, estimulando fluxos migratórios internos para a região, principalmente de pessoas oriundas de lugares onde as tensões sociais eram maiores, como a Região Nordeste, cuja população passava por problemas de seca e pobreza.



A Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam)

A Sudam foi criada em 1966, substituindo a SPVEA, com o objetivo de planejar, inspecionar e conduzir o desenvolvimento da Amazônia.

Para que as empresas se instalassem na região, a Sudam fornecia empréstimos em dinheiro e concedia incentivos fiscais. Essa iniciativa atraiu várias empresas agropecuárias, minerais, industriais e de serviços.
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Rodovias de integração nacional

No início da década de 1970, o governo federal criou o Plano de Integração Nacional, um programa de construção de rodovias com o objetivo de integrar a Amazônia às demais regiões brasileiras. A intenção era estimular o desenvolvimento econômico, a exploração dos recursos naturais e a construção de espaços geográficos.

Rodovias como a Transamazônica (BR-230), a Cuiabá-Porto Velho (BR-364), a Perimetral-Norte (BR-210), a Manaus-Porto Velho (BR-319), entre outras, exerceram papel fundamental na dinamização econômica e na transformação de espaços geográficos da Região Norte (figuras 16 e 17), pois possibilitaram o surgimento de novas cidades, de fazendas de gado e de produtos agrícolas, de exploração mineral, de exploração florestal etc., mas, por outro lado, acentuaram os conflitos entre os protagonistas sociais da Amazônia (fazendeiros, posseiros, indígenas, povos ribeirinhos etc.).

Localize no mapa as capitais dos estados do Amazonas e do Pará e calcule a distância entre elas, em linha reta e em quilômetros.

1.340 km, aproximadamente.
Página 123

A rodovia Transamazônica atravessa sete estados: Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas.



Núcleos ou projetos de colonização

O Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão do governo federal, criou, após 1964, os núcleos ou projetos de colonização. Neles, a área de terra pública foi dividida em lotes e distribuída a famílias cadastradas interessadas em cultivá-la. Vários núcleos foram instalados nos anos 1970, como indica a figura 18.

Nem todos os núcleos de colonização tiveram êxito. A falta de assistência médica e escolar, a grande distância dos centros urbanos, a falta de orientação técnica para lidar com o manejo do solo, a assistência financeira insuficiente, entre outros, contribuíram para o insucesso de vários desses núcleos.

Auxilie os alunos na leitura da área dos projetos.

Que estados concentram os núcleos ou projetos de colonização? Cite um exemplo de projeto de colonização oficial que abrange a área de 700.000 hectares.

Mato Grosso, Rondônia e Pará. Um exemplo de projeto oficial com 700.000 hectares é o de Altamira, no estado do Pará.


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Estação Socioambiental - O conflito do governo com indígenas na construção de 40 hidrelétricas na Amazônia

Meio Ambiente

Lembre os alunos que, assim como a construção de rodovias de integração nacional, a exploração mineral e a expansão da fronteira agropecuária na Amazônia, a construção de usinas hidrelétricas também tem causado impactos socioambientais na região.

“[…] O levante mundurucu é contra os planos [governamentais] de erguer uma sequência de barragens na [sub-Bacia] do Rio Tapajós — tida pelos ambientalistas como um dos ecossistemas da Amazônia mais complexos em biodiversidade e, pelos índios, como terra sagrada de seus ancestrais. Os inventários da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) [...] mostram que o Rio Tapajós e seus afluentes espalhados por Mato Grosso e pelo Pará podem abrigar mais de 40 hidrelétricas […].

A saga de povos indígenas contra as grandes hidrelétricas na Amazônia não é nova. Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, demorou décadas para sair do papel por pressão dos movimentos solidários aos índios, aos ribeirinhos e ao meio ambiente. No caso das usinas do Tapajós, há dois novos agravantes. O primeiro é que, depois da Constituição de 1988 (um marco entre a ditadura e a democracia, que reconhece aos povos tradicionais o direito sobre o território que ocupam), nunca uma barragem no Brasil deixou uma aldeia debaixo d’água. E isso deverá acontecer se algumas das usinas previstas para o Tapajós se tornarem uma realidade. ‘As 43 hidrelétricas inundariam 1 milhão de hectares, e 22 dessas tocariam em terra indígena’, afirma o engenheiro Pedro Bara, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O segundo fato inédito é que, desta vez, o governo terá de enfrentar uma etnia com organização social sofisticada e forte histórico de resistência.

[...]

Enquanto outras etnias delegam poder de decisão a alguns líderes, a tradição dos mundurucus é buscar o consenso da comunidade. Sem consenso, não há decisão — e unanimidade não é o forte nas discussões em torno das usinas. [...]”.



RIBEIRO, Aline; REDONDO, Felipe. O conflito do governo com indígenas na construção de 40 hidrelétricas na Amazônia. Época. 3 abr. 2014. Disponível em:


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