Igor moreira



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. Acesso em: 9 nov. 2015.

a) Quais são os problemas relacionados à baixa umidade do ar?

b) Quais doenças estão relacionadas à qualidade do ar que respiramos? Pesquise em sites, livros ou revistas e anote, no caderno, as doenças encontradas. Depois, converse com os colegas sobre os resultados da pesquisa.

c) Pesquise também quais cuidados podemos adotar para cuidar melhor da nossa saúde em dias de baixa umidade do ar.



4. Enem (2013) No esquema, o problema atmosférico relacionado ao ciclo da água acentuou-se após as revoluções industriais. Uma consequência direta desse problema está na
a) redução da flora.

b) elevação das marés.

c) erosão das encostas.

d) laterização dos solos.

e) fragmentação das rochas.

enem/reprodução

Disponível em: http://blig.ig.com.br. Acesso em: 23 ago. 2011 (adaptado).

Em grupo


O tornado também é um tipo de ciclone, mas com tamanho e duração menores. Forma-se em grandes nuvens carregadas (cumulonimbus), que sugam o ar de áreas mais baixas, como as planícies.

Durante esse processo, o ar quente esfria, formando uma coluna de ar que se desprende em forma de funil. Girando, essa coluna de ar toca o chão a uma velocidade que pode passar de 500 km/h, o que explica a sua grande capacidade de destruição.

Por que os tornados têm formato de funil? O desafio desta atividade é responder a essa questão. Para isso, vamos realizar uma experiência. Para começar, reúnam-se em grupos e providenciem os materiais indicados. Depois, o grupo deve realizar cada uma das etapas descritas a seguir.
Materiais necessários
2 garrafas grandes de plástico

Água fria



Corante de alimentos

Fita crepe



Tesoura ou estilete

Cola quente



Etapas

1. Coloquem água até a metade de uma garrafa. Adicionem duas ou três gotas de corante para ficar mais fácil observar o que acontece.
2. Com uma tesoura ou um estilete, façam um furo médio nas tampinhas das garrafas. Depois, colem-nas com cola quente. Em seguida, contorne as tampinhas coladas com fita crepe.
3. Prendam bem a garrafa vazia sobre a garrafa com água.
P. Imagens/Pith

P. Imagens/Pith

P. Imagens/Pith

4. Virem a garrafa com água de cabeça para baixo. Depois, comecem a virá-la em sua mão para fazer a água girar. Segurem firmemente a garrafa de baixo.
Por que os tornados têm formato de funil? Ao terminarem a experiência, registrem as hipóteses do grupo sobre a questão proposta. Depois, exponham as conclusões para o restante da turma e para o professor.

Fonte: Elaborado com base em PIPE, Jim. Tempo e clima. Tradução de Carolina Caires Coelho. Barueri: Girassol; Reino Unido: TickTock Entertainment, 2008.


p. 23. (Planeta Terra).

Em debate

Milhões de medições, observações e imagens são feitas todos os dias para obter informações sobre temperatura, velocidade do vento, pressão atmosférica, quantidade de chuvas, etc. Satélites artificiais, radares, computadores e uma enorme variedade de equipamentos são utilizados em estações meteorológicas espalhadas no mundo todo.

Com base nessas informações, converse com os colegas sobre a seguinte afirmativa:

Os serviços de previsão do tempo são muito importantes na atualidade.

P. Imagens/Pith



5. Parem de virar a garrafa. O que acontece?

P. Imagens/Pith


7

Biomas e paisagens vegetais

Pulsar Imagens/Edson Sato



Vista aérea da Floresta Amazônica em
Barcelos (AM), 2012.

Atualmente, o aumento do consumo de bens duráveis e não duráveis tem elevado cada vez mais a pressão sobre os recursos naturais: os não renováveis, como os minerais, o petróleo e o carvão, correm o risco de serem esgotados ou, pelo menos, de terem sua disponibilidade substancialmente reduzida; os renováveis ficam com sua preservação ameaçada, na medida em que seus ciclos de reposição não são respeitados.

Solo, água, ar, flora e fauna fazem parte da chamada biosfera e estão diretamente interligados, de tal modo que qualquer tipo de alteração em um deles afeta o equilíbrio de todo o conjunto. O uso indiscriminado de recursos naturais, o desmatamento, a poluição das águas, do ar e do solo e a ocupação urbana desordenada são ações humanas que comprometem o meio ambiente e colocam em risco o futuro da vida no planeta. Em razão disso, muitas espécies já foram extintas e outras estão correndo risco de extinção, o que configura uma grande ameaça à biodiversidade.

Entre as agressões humanas ao meio ambiente, os danos à vegetação estão entre as mais notáveis. Face a essa realidade, cresce no mundo a consciência de que é preciso combater os efeitos nocivos da ação humana na natureza, da qual resultam ações voltadas à preservação das condições de vida na Terra. Para dar suporte a isso, é necessário conhecer os componentes da biosfera em suas múltiplas relações. São esses os assuntos que você vai estudar neste capítulo.
Bioma e ecossistema: há diferenças?

No contexto de centenas de pesquisas e reflexões sobre a perda de ambientes naturais, estão presentes dois conceitos importantes para compreender que, na natureza, tudo está interligado: bioma e ecossistema.

O termo bioma teria sido criado pelo ecologista estadunidense Frederic Clements (1874-1945), para o qual bioma refere-se a uma comunidade de plantas e animais com formas de vida e condições ambientais semelhantes; é representado por um tipo de vegetação principal, que lhe confere uma característica visual.

Outra definição de bioma muito consistente foi proposta pelo botânico brasileiro Leopoldo Magno Coutinho (1934-). Para ele, um bioma é uma área do espaço geográfico com um macroclima definido, determinada formação vegetal, uma fauna característica e outras condições ambientais relativamente uniformes, como a altitude, o solo, os alagamentos, o fogo e a salinidade.


Pulsar Imagens/Andre Dib

Almanaque Brasil Socioambiental

São Paulo: Instituto Socioambiental, 2008.

Apresenta assuntos variados sobre o Brasil. Trata dos biomas nacionais, da questão das terras e do uso das águas no país e, também, da diversidade socioambiental. Além disso, aborda os principais problemas urbanos, os modelos de desenvolvimento sustentável, entre outros assuntos. É uma ótima ferramenta de consulta e pesquisa.



Vista aérea da planície alagada do Pantanal no Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense, no município de Poconé (MT), em 2014. O Pantanal abriga mais de 260 espécies de peixes, 40 de anfíbios, 110 de répteis, 460 de aves e 130 de mamíferos. O bioma apresenta, ainda, aproximadamente duas mil espécies de plantas.

Ainda sobre o conceito de bioma, o geógrafo brasileiro Jurandyr Luciano Sanches Ross (1951-) destaca que esse conceito está diretamente relacionado à cobertura vegetal do planeta, de maneira que, ao se observar um mapa-múndi de vegetação, é possível classificar algumas zonas de vida com grandes semelhanças fisionômicas e ecológicas. Para o geógrafo, essas zonas correspondem aos biomas, regiões homogêneas onde interagem vários fatores, mas nas quais a relação entre vegetação, climas e solos tem influência principal.

Ao definir ecossistema, alguns estudiosos afirmam que ele é formado por todos os fatores bióticos e abióticos que atuam, ao mesmo tempo, sobre determinada área. Os fatores bióticos referem-se às diversas populações animais, plantas e bactérias; os abióticos são os fatores externos, como a água, o sol, o solo, o gelo e o vento. A alteração de um único elemento costuma causar modificações em todo o sistema, podendo ocorrer a perda do equilíbrio existente.

Ao comparar os dois conceitos, podemos dizer que um ecossistema qualquer só será considerado um bioma se suas dimensões forem regionais, ou seja, em uma grande escala, e se, ainda, forem levados em conta outros fatores, como o relevo e o macroclima.
Em relação aos fatores bióticos, podemos considerar que a fisionomia da vegetação é uma das características principais para classificar um bioma – o que não acontece necessariamente na classificação dos ecossistemas. No bioma brasileiro Mata Atlântica, por exemplo, podemos encontrar ecossistemas de mangues, de restingas e de cordões rochosos, etc.

Vale destacar que, além da fisionomia, da temperatura do ar, da distribuição das chuvas e de outros fatores climáticos, os biomas diferem entre si em função das formas de relevo, da altitude e dos solos. Observe, no mapa a seguir, os grandes biomas do mundo.

Kino.com.br/R-P

Vegetação de restinga, integrante do bioma Mata Atlântica,
em Vila Velha (ES), 2011.

Mundo: grandes biomas

João Miguel A. Moreira/Arquivo da editora



Os grandes biomas mundiais demoraram muito para se desenvolver. Eles resultaram de milhões de anos de interligação ecológica de todos os eventos que ocorreram na Terra. Os impactos ambientais, principalmente após a industrialização, têm causado alterações nos biomas originais.

Fonte: Adaptado de ROSS, Jurandyr L. Sanches.
Geografia do Brasil. 5. ed.
São Paulo: Edusp, 2008.
p. 133.

Texto & contexto

1. De acordo com o texto, em que condições um ecossistema poderia ser considerado um bioma?

2. A Mata Atlântica é considerada um bioma ou um ecossistema? Explique.

3. Além das condições climáticas, que outros fatores diferenciam os biomas uns dos outros?

As paisagens vegetais

Como vimos, a fisionomia das formações vegetais é uma das principais características para classificar um bioma. As formações vegetais referem-se ao conjunto de plantas nativas que, originalmente, dominavam extensas áreas da Terra.

A vegetação que recobre a superfície terrestre é extremamente importante para o desenvolvimento da vida em nosso planeta. As plantas são fontes de alimentos, combustíveis, remédios, materiais de construção, matérias-primas industriais, etc.

A cobertura vegetal também desempenha um importante papel no equilíbrio ecológico, isto é, na conservação dos elementos da natureza em estado de equilíbrio.

No entanto, as atividades humanas alteram constantemente esse equilíbrio. Imagine um morro recoberto por grandes árvores, formando uma mata natural. Aí habitam várias comunidades animais e vegetais. Esse morro está protegido contra a erosão provocada pelas chuvas e enxurradas. Há um equilíbrio entre o relevo, o solo, a vegetação e a fauna. Certo dia, um grupo de pessoas resolve derrubar toda a mata ou parte dela para construir uma estrada ou para cultivar um produto qualquer. Esse fato faz com que o local perca sua proteção natural. Quando chega o período de chuvas, as enxurradas dão início a um processo acelerado de erosão. Pedras e solos começam a deslizar morro abaixo. A vida animal simplesmente desaparece do lugar, que, rapidamente, perde seu equilíbrio natural. Em outras palavras, ocorre o que chamamos de desequilíbrio ecológico.

Fatores que influenciam as paisagens vegetais

As paisagens vegetais originais da superfície terrestre são muito diferentes entre si. Umas são compostas de grandes árvores sempre verdes; outras, de arbustos retorcidos e quase sem folhas; outras, ainda, apresentam vegetação rasteira, que só aparece em poucos meses durante o ano.

As múltiplas paisagens vegetais da Terra podem ser explicadas por vários fatores interligados; os principais são o clima, o solo e o relevo, elementos da natureza que você estudou nos capítulos anteriores.

É comum afirmar que a vegetação é um reflexo do clima. A temperatura, a umidade e a luz solar, além de indispensáveis à vida, praticamente determinam a distribuição da vegetação sobre a superfície terrestre. Por exemplo: certas espécies da floresta tropical, como a seringueira e o cacaueiro, não sobrevivem em ambientes frios ou secos. O vento, outro elemento do clima, é fundamental para a disseminação das espécies vegetais, pois leva sementes para locais distantes, onde elas germinam e dão origem a novas plantas.

Outro fator que exerce grande influência sobre a vegetação é o tipo ou a qualidade do solo. As características do relevo também exercem um papel importante na distribuição da vegetação na Terra. À medida que a altitude aumenta e a temperatura diminui, os solos ficam mais rasos e a vegetação se torna cada vez mais baixa e rala.

A topografia e a maior ou menor presença humana também condicionam a distribuição da vegetação. Como você viu no exemplo do morro, nenhum dos fatores condicionantes da vegetação é independente, pois a diversidade e a quantidade de coberturas vegetais no planeta se explicam por meio de processos interligados. Quase sempre são as atividades humanas, muitas vezes predatórias, que rompem com esses sistemas naturais, alterando sua dinâmica própria.


Pulsar Imagens/Ricardo Azoury

Nativa da Floresta Amazônica, a seringueira (Hevea brasiliensis) é uma árvore típica de clima quente e úmido. Na foto, extração de látex no município de Xapuri (AC), em 2012.

Paisagens vegetais originais: distribuição e características

As paisagens vegetais variam de acordo com as interações entre clima, solo, relevo e outros fatores estudados anteriormente. Observe o mapa a seguir, que mostra como se distribuíam originalmente os principais tipos de vegetação sobre o nosso planeta. Dizemos “se distribuíam” porque grandes áreas que antigamente eram recobertas por vegetação foram, no decorrer dos séculos, totalmente devastadas pelas sociedades.


Mundo: vegetação original

João Miguel A. Moreira/Arquivo da editora

Fonte: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. 34. ed. São Paulo: Ática, 2013. p. 26.

Florestas equatoriais e tropicais

As florestas equatoriais e tropicais localizam-se ao longo da faixa equatorial, alargando--se na costa oriental dos continentes até uma latitude norte e sul de aproximadamente 26°; compreendem boa parte da América e da África e o sul e o sudeste da Ásia.

O clima é quente e a variação anual da temperatura não ultrapassa 5 °C. As chuvas são abundantes e bem distribuídas durante o ano.

Nesse ambiente de calor e umidade, desenvolve-se a maior variedade vegetal do planeta. A floresta sempre verde, com folhas grandes e largas, forma um emaranhado quase compacto, com árvores de até 50 metros de altura. Abaixo delas, sucedem-se outras de menor porte até o limite das espécies arbustivas. Não é frequente a presença de vegetação rasteira. Observe novamente a foto de abertura deste capítulo, na página 139.

Muitas são as espécies de valor econômico que permitem a extração de madeiras de lei (jacarandá, mogno, etc.), gomas, resinas e outros produtos. Com o avanço da biotecnologia, o interesse pela diversidade vegetal dessas florestas tem se intensificado.

Os solos das florestas equatoriais e tropicais são profundos e argilosos, em decorrência da decomposição química do material rochoso. Quanto à sua fertilidade, até algumas décadas atrás, acreditava-se que apenas um solo extremamente fértil poderia abrigar tamanha diversidade vegetal, e muitas florestas foram desmatadas para dar lugar a projetos agrícolas. Todavia, a retirada da floresta torna os solos ácidos e pobres, incapazes de sustentar culturas continuadas sem recuperação artificial.

Savanas (Brasil: Cerrado e Caatinga)

As savanas tropicais localizam-se tanto no hemisfério norte quanto no hemisfério sul, em áreas onde o clima se caracteriza por apresentar uma estação seca e outra chuvosa. A pluviosidade é abundante no verão e escassa no inverno e, pelo menos durante um mês do ano, é inferior a 60 milímetros. Por esse motivo, nas savanas não se desenvolvem formações florestais.

A vegetação é campestre, formada por ervas e gramíneas. Esparsamente ocorrem arbustos e árvores, cujas espécies têm folhas pequenas, cascas grossas e folhagens reduzidas, como indícios de xeromorfismo. Entre as árvores, destacam-se a acácia, a corticeira e o baobá. Ao longo dos vales fluviais, alinham-se as matas-galerias, como manifestações terminais das florestas equatoriais e tropicais.

Há savanas baixas e savanas altas, cujas espécies vegetais podem ultrapassar dois metros de altura. Em ambas, as ervas são pobres em componentes nutritivos, e as gramíneas e leguminosas são escassas, o que dá a tais campos baixos rendimentos pastoris.
Xeromorfismo: conjunto de formas adaptadas à seca ou à escassez de água.

Matas-galerias: formações arbóreas que molduram os cursos fluviais.

Getty Images/Perspectives

A savana africana é o habitat natural de animais de grande porte, como os elefantes que aparecem na foto. Parque Nacional de Serengeti, Tanzânia, 2012.

Deserto (quente ou frio)

Nas áreas propriamente desérticas, em que o total de chuvas anuais não ultrapassa os 250 milímetros, a vegetação é pobre e ajustada ao regime pluvial. Mas o que lhe confere singularidade é seu caráter xeromorfo, ou seja, a adaptação ao clima seco, destacando-se as cactáceas e as bromeliáceas.

As plantas xeromorfas caracterizam-se pela ausência de folhas, que são substituídas por espinhos, permitindo-lhes diminuir a transpiração. Os caules são recobertos por uma camada de cera, que contribui para evitar a evaporação, e longas raízes facilitam a busca de água subterrânea.

Os desertos quentes registram grandes contrastes de temperatura entre o dia e a noite. Os desertos frios localizam-se em altas latitudes e têm temperaturas com menor variação.


Glowimages/Newscom/Keith Levit

Nas bordas dos desertos, onde o clima é menos seco, geralmente ocorre a chamada estepe semiárida, formada por ervas que não cobrem o solo. Na foto, deserto do Atacama, no Chile, em 2015.

Tundra

Desenvolve-se nas extremidades setentrionais dos continentes e nas bordas da Antártida, onde a temperatura média do mês mais quente não chega a 10 °C e onde o solo permanece coberto de gelo durante mais da metade do ano. É uma vegetação que cresce somente durante o curto verão.

A tundra atinge até um metro de altura e pode ser de dois tipos: a tundra dos musgos, presente nas áreas úmidas e pantanosas, e a tundra dos liquens, que aparece nas áreas secas e pedregosas. Após as zonas de tundra, no hemisfério norte e em praticamente toda a Antártida, impera a área dos gelos eternos.

Florestas temperadas e subtropicais

As florestas temperadas são formações abertas, de vegetação caducifólia, ou decídua (que perde as folhas a partir do outono), e sem a diversidade comum às florestas tropicais. Ocorrem nas regiões próximas à latitude de 40°, onde o clima é temperado oceânico, com precipitações bem distribuídas ao longo do ano e as quatro estações bem definidas. No inverno, nessas formações, a temperatura média varia entre –18 °C e –3 °C e, no verão, é sempre superior a 10 °C.

Nessas florestas abertas, as radiações solares atingem o solo, possibilitando a formação de vegetação nas camadas mais baixas, quando, então, ocorre o que se chama de bosque.

Nas áreas de clima subtropical úmido, as formações florestais constituem uma transição entre a floresta temperada e a floresta tropical: algumas árvores são caducifólias e outras, perenifólias.

Originalmente, as florestas de latitudes médias predominavam no nordeste dos Estados Unidos, no sudeste do Canadá, na maior parte da Europa Ocidental, no sul da Sibéria (Rússia) e em parte do Japão, do Chile, da Argentina e da Nova Zelândia. Dado o intenso nível de urbanização, especialmente nos Estados Unidos, no Canadá e na Europa, restaram poucas áreas de vegetação preservada.

Glow images/Mint Images/Array

Vegetação típica de climas muito frios, a tundra cresce, floresce, reproduz-­se e frutifica antes que o gelo cubra novamente o solo. Tudo isso acontece durante o curto verão, quando as temperaturas médias podem se aproximar de 10 °C. Na foto, aspecto da tundra no Alasca, Estados Unidos, 2014.

@Glow images/Jiri Hubatka

Nas florestas temperadas, as árvores perdem as folhas por ocasião do inverno, como forma de adaptação à baixa temperatura. Por isso, dizemos que são de folhas caducas ou caducifólias. Na foto, vista de carvalho em uma floresta nas imediações de Karlsbad, em Baden--Württemberg, Alemanha, em 2014.

Estepes e pradarias

Nas zonas temperadas semiúmidas, que têm estação muito seca ou muito fria, desenvolve-se, em geral, uma vegetação rasteira que constitui campos limpos. Um exemplo é a pradaria, uma cobertura de ervas e gramíneas encontrada nas planícies centrais dos Estados Unidos e no centro-sul do Canadá, onde a pluviosidade é escassa em uma das estações. A lixiviação é menor em relação às zonas temperadas úmidas, o que resulta na formação de solos de coloração castanho-escura, ou seja, com presença de húmus, favorecendo culturas cerealistas.

O pampa platino, que cobre a porção central da Argentina, o Uruguai e o sudoeste do Rio Grande do Sul, também consiste em uma pradaria. Na Europa Oriental, o inverno extremamente rigoroso caracteriza um clima temperado continental, e a vegetação campestre é representada pela estepe – vegetação herbácea, típica de planície (Rússia, Ucrânia, Hungria), que floresce com a primavera.

Nas regiões semiáridas, especialmente em torno dos grandes desertos, a vegetação é escassa, geralmente constituída por pequenos tufos de ervas que não cobrem o solo – é a estepe semiárida.

Floresta boreal (taiga)

Localiza-se nas áreas de alta latitude da América do Norte, da Europa e da Ásia, nas quais prevalecem invernos longos, frios e com pouca chuva. Apresenta formação vegetal homogênea, com árvores de folhas pequenas e endurecidas, para resistir ao frio intenso e à precipitação de neve. Um exemplo é o pinheiro. Na Rússia e no norte da Europa, é conhecida como taiga, formação vegetal recoberta pela neve em determinado período do ano.

Geralmente, as árvores têm entre 12 e 18 metros de altura, mas as espécies variam de acordo com a localização. No Canadá, por exemplo, são comuns as sequoias, coníferas gigantes que têm longa duração e, por isso, revelam condições climáticas de anos anteriores.

As coníferas são muito utilizadas como matéria-prima na produção de papel e celulose e, também, na construção civil. Por isso, são comuns as áreas de reflorestamento, principalmente no Canadá, na Noruega, na Suécia e na Finlândia, grandes produtores de papel e celulose.


©iStockphoto.com/Cadlikai

No norte da China, onde o clima é seco e muito frio, a vegetação natural constitui uma estepe. Foto de 2014.

ZUMAPRESS.com

Nas regiões dominadas por clima frio, com precipitação de neve de três a seis meses por ano, localizam-se as florestas de coníferas, árvores assim chamadas por terem frutos (na verdade, são os aparelhos reprodutores) em forma de cone, como os pinheiros e os ciprestes. Na foto, aspecto da floresta no distrito de Denali, Alasca, Estados Unidos, em 2012.

Vegetação mediterrânea

Localiza-se em pequenas áreas no sul da Europa, na Ásia Menor, no extremo norte e extremo sul da África, na Austrália (ao sul), na Califórnia (Estados Unidos) e no Chile (na área de Santiago e de Valparaíso). Desenvolve-se em clima mediterrâneo ou temperado ameno, onde os verões são quentes e secos e os invernos, amenos e chuvosos.

A vegetação é formada por árvores de pequeno e médio portes, como oliveiras e sobreiros, e por moitas e arbustos, como murtas e urzes. Trata-se de uma vegetação esparsa que possui três estratos (alturas diferentes): arbóreo, arbustivo e herbáceo. Conforme a área de ocorrência, a vegetação mediterrânea recebe denominações distintas. Nas áreas de solos pedregosos, no sul da França e na Espanha, recebe o nome de garrigues e maquis. No Chile, é conhecida por mattoral e, nos Estados Unidos, por chaparral. Na África do Sul, é conhecida por fynbos.

Vegetação de altitude

Localiza-se nas encostas dos Andes, dos Alpes, das montanhas Rochosas, do Himalaia e de outros maciços montanhosos. Nos planaltos mais elevados, ela é bem escassa.

Nas áreas montanhosas, a vegetação varia conforme sua altitude. Também é influenciada pela ocorrência de chuvas e de ventos. Nas áreas dos Andes, por exemplo, à medida que aumenta a altitude e diminui a temperatura, a vegetação se transforma desde florestas pluviais, nas áreas mais baixas, passando por áreas com florestas que se assemelham às temperadas e coníferas, até o topo recoberto de neve.

©iStockphoto.com/LianeM

A vegetação mediterrânea é predominantemente arbustiva, com folhas grossas e espinhos. No período seco, apresenta aspecto de xerófila. Na foto, vista de vegetação mediterrânea em Provence-Alpes-Cote-
-D'Azur, França, 2015.

Variação da vegetação em função da altitude

Getulio Delphim/Arquivo da editora



Nas áreas montanhosas, à medida que se elevam as cotas de altitude, a vegetação tem seu aspecto alterado.

Em metros

4 000


Gelo

Texto & contexto

1. As múltiplas paisagens vegetais da Terra podem ser explicadas por vários fatores interligados. Faça uma lista desses fatores e elabore uma frase sobre a importância da vegetação para o equilíbrio do planeta.

2. Qual era a localização das florestas subtropicais e temperadas antes das interferências humanas?

3. Quais são as características da vegetação mediterrânea? Que denominações ela recebe conforme a área de ocorrência?

3 000


Semelhante à tundra
ou aos campos de altitude

2 000


Semelhante à floresta de coníferas

Semelhante à


floresta temperada

1 000


Floresta tropical

Fonte: EARTH: the definitive visual guide. London: Dorling Kindersley, 2013. p. 302. Cores-fantasia.

0

Processos e causas do desmatamento

A exploração madeireira é um dos fatores básicos do desmatamento, que consiste no processo de remoção ou destruição de florestas e bosques. Além do corte das árvores mais nobres, essa atividade exige que caminhões e equipamentos adentrem as florestas, o que provoca ainda mais destruição para a abertura de estradas.

A retirada das florestas para uso agropecuário é outro fator que provoca o desmatamento. Muitos agricultores tendem a limpar as terras para semear ou criar gado utilizando as queimadas e a derrubada de árvores. No caso brasileiro, a situação é agravada pela atuação de grileiros, que se apropriam ilegalmente de terras e intensificam o processo de derrubada e queimada das árvores, tendo em vista a formação de pastagens, com posterior transformação em lavouras.

Estima-se que, nos últimos 30 anos, 1,2 milhão de quilômetros quadrados de terras do planeta foram transformados em plantações.

Embora seja um tema bastante polêmico, a construção de represas também representa um fator que afeta profundamente as florestas, os ecossistemas e, ainda, os moradores de comunidades próximas. Para construí-las, é necessário inundar muitos hectares de terras cobertas por formações vegetais.

Organizações ambientalistas e pesquisadores contrários à instalação dessas enormes estruturas alegam que, além de provocar o deslocamento de comunidades locais e impactos negativos sobre a flora e a fauna de extensas áreas, as hidrelétricas abrem caminho para a exploração madeireira e a construção de novas estradas.

A mineração é mais um fator a ser considerado quando o assunto é desmatamento. Para escavar uma mina de ouro, de carvão ou de outro recurso mineral, a remoção da cobertura vegetal é necessária tanto para a exploração da mina quanto para a instalação de equipamentos e máquinas envolvidos no processo.

O crescimento das cidades e a expansão urbana também podem ser vistos como fatores do desmatamento, principalmente se considerarmos que, atualmente, cerca de 54% da população mundial vive em cidades. Para acomodar mais e mais pessoas, árvores são cortadas e espaços são abertos para a construção de prédios, ruas e avenidas. Leia mais sobre o desmatamento no mundo no infográfico das páginas 150 e 151.



Desmatamento e impactos ambientais

Pesquisas realizadas em diversos países afirmam que, nas regiões tropicais, quando a cobertura vegetal é retirada para dar lugar aos cultivos, à pecuária ou a outra forma de uso da terra, o balanço hídrico sofre alterações, fazendo com que o clima fique mais seco e quente. Na Amazônia, por exemplo, as previsões não são nada animadoras. Há estudos que indicam que a temperatura da região poderá subir de 5 °C a 8 °C até o ano de 2100 e a redução de chuva poderá chegar a 20%. Como isso acontece?

Com o desmatamento, ocorre uma diminuição da evapotranspiração, isto é, diminui a quantidade de água que a vegetação libera para a atmosfera. O resultado é a diminuição do volume de chuvas e uma maior probabilidade de ocorrência de incêndios florestais. A fumaça dos incêndios junta-se à das queimadas, utilizadas na preparação de campos agrícolas e pastagens. Como consequência, há uma modificação nos processos que formam as nuvens, o que, por sua vez, dificulta a ocorrência de chuvas. A diminuição das chuvas perturba o nível superficial das águas, fato que pode trazer muitos prejuízos para os agricultores, que não conseguem manter seus cultivos em terras secas, e para comunidades que vivem em função da pesca.

Esse círculo vicioso tem efeitos sociais muito negativos em várias áreas tropicais do mundo e é muito comum no Brasil, país com altos índices de desmatamento.


Grileiro: pessoa, em geral um grande fazendeiro, que se apropria de terras alheias, mediante a expulsão dos antigos posseiros, muitas vezes com emprego de violência.

Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)




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