Silvia Maria de Araújo · Maria Aparecida Bridi · Benilde Lenzi Motim



Yüklə 2,99 Mb.
səhifə29/56
tarix02.08.2018
ölçüsü2,99 Mb.
#66341
1   ...   25   26   27   28   29   30   31   32   ...   56

1. Com base em sua reflexão e nas discussões em sala sobre os movimentos sociais, como você interpreta a afirmação do autor de que a questão cidadã que move os movimentos é global, bem como os fatos por eles criados?

2. Em sua opinião, quais são as grandes questões que envolvem o mundo globalizado e que exigem ações conjuntas?

Os novos movimentos sociais apontam para uma forma de fazer política que busca relações sociais menos contraditórias e conflitantes, mais democráticas, com liberdade política e visando à igualdade social. Eles apostam em um novo equilíbrio entre a sociedade civil e o Estado, em que a primeira - constituída por grupo de cidadãos ou organizações sociais (como ONGs, cooperativas, conselhos em defesa de uma causa) - assumiria um papel muito mais participativo nas ações por uma vida digna para todos.

LEGENDA: Desigualdades sociais e abusos de autoridade podem provocar movimentos que se contrapõem à opressão e dão voz a reivindicações das populações.

FONTE: Orlando Pedroso/Arquivo da editora



286

Cabe lembrar que uma vida digna ultrapassa a questão do acesso à educação, à moradia, ao trabalho, à saúde, à renda, ao transporte, à informação e ao direito de participação política, comportando a qualidade do acesso a um bem ou serviço. Essa possibilidade de dignidade é aventada àqueles segmentos da população que estão à margem ou impedidos de usufruir dos avanços da ciência e das tecnologias, por exemplo.

As Ciências Sociais se preocupam com a participação dos indivíduos em sociedade, isto é, com o exercício da cidadania. Essa participação muitas vezes ocorre pelos movimentos sociais, que se formam em determinados momentos históricos e ganham a adesão da população e destaque nas mídias. Porque as partes (indivíduos) e o todo (sociedade) estão inter-relacionados, fenômenos como os movimentos sociais só podem ser compreendidos de forma totalizadora.

LEGENDA: Profissional da organização internacional, não governamental, Médicos sem Fronteiras (MSF), distribui medicamentos contra a malaria às vítimas de inundações, em Malauí (África), 2015.

FONTE: Ashley Cooper/Corbis/Latinstock

Diálogos interdisciplinares



Projeto: Mapa dos Movimentos Sociais no Brasil

Embora haja movimentos sociais ligados a questões globais ou nacionais, eles sempre se relacionam intimamente com realidades locais. Portanto, têm uma relação direta com o espaço onde vivem diferentes comunidades. As relações com o espaço podem ser estudadas na Sociologia, mas são objeto por excelência da Geografia. Nesta atividade, utilizaremos conhecimentos de ambas as disciplinas para criar um mapa dos movimentos sociais no Brasil. Individualmente ou em grupo, siga os passos abaixo.



1. Escolha, com seu professor de Sociologia, se o trabalho será feito por estado ou região do país. Decidam, também, como ele será dividido entre os grupos e alunos da sala.

2. Faça uma pesquisa, na biblioteca ou na internet, e descubra grupos que atuam, nos diferentes estados e regiões, nas seguintes causas:

· movimento feminista e movimentos de mulheres;

· movimento negro;

· movimento LGBTI;

· movimento pela reforma agrária;

· movimento de moradia;

· direitos da infância e da juventude;

· combate à fome e à pobreza extrema;

· combate ao trabalho infantil;

· combate ao trabalho análogo à escravidão.

FONTE: Filipe Rocha/Arquivo da editora

3. Investigue a atuação desses grupos e suas conquistas ao longo do tempo.

a) Anote em seu caderno as informações sobre as reivindicações e lutas dessas pessoas.

b) De que forma essas reivindicações, lutas e conquistas se relacionam com o espaço habitado por elas? Que transformações no espaço podem se relacionar com essas causas?

4. Com o auxílio de programas de computador ou instrumentos manuais de cartografia, elabore um mapa do Brasil que contenha as informações levantadas. O mapa precisa dar uma ideia geral da territorialidade das lutas dos movimentos sociais no país, ou seja, que ações desses grupos transformam o ambiente (urbano ou rural) e o espaço onde vivem.

287

Conceitos-chave:

Movimentos sociais, ação coletiva, relações de produção, luta de classes, identidade, greve, classes sociais, pobreza, socialismo, processo de urbanização, participação política, exclusão social, reprodução capitalista, integração social.



Revisar e sistematizar

1. Em que medida as situações de déficits sociais e vulnerabilidade social favorecem a emergência de movimentos sociais?

2. Por que nem toda ação coletiva é um movimento social?

3. Como os movimentos sociais contribuíram para a redemocratização do Brasil?

4. Relacione Estado, sociedade e capitalismo na era do neoliberalismo.

5. Relacione os movimentos sociais e a expansão dos direitos da cidadania no Brasil.

6. Como podemos definir exclusão social na contemporaneidade?

7. Como se apresentam os movimentos sociais na era da globalização?

8. O que significa dizer que os movimentos sociais constroem uma identidade cultural? Justifique.

FONTE: Filipe Rocha/Arquivo da editora



Teste seus conhecimentos e habilidades

Os movimentos urbanos só passaram a ser objeto de pesquisa no Brasil em meados da década de [19]70. Os estudiosos começaram a perceber que, apesar da repressão instaurada no país pelo regime militar, algo se movia nas periferias das cidades.

KOWARICK, Lúcio. As lutas sociais e a cidade. São Paulo: Paz e Terra, 1988. p. 315.



1. Os movimentos aos quais se refere o autor são aqueles que aconteceram nas cidades e se devem:

a) à luta do Movimento Diretas Já.

b) às carências de um país de rápida urbanização e que não assegura infraestrutura de diversas ordens para a população, principalmente nas periferias.

c) à luta pela reforma agrária e a instalação do socialismo no Brasil.

d) à insatisfação popular com o presidente da República eleito à época.

e) à insatisfação com os sindicatos, considerados agremiações cooptadas pelo Estado ditatorial.



2. Leia a notícia publicada pela BBC Brasil e responda:

'Ocupações' se espalham dos EUA ao mundo

15 out. 2011 08:07 BSB



Organizadores preveem marchas em até 951 cidades de 82 países, em todos os continentes, inspiradas no movimento Occupy Wall Street, iniciado em Nova York (EUA). O objetivo, dizem, é neste 15 de outubro "unir nossa voz e dizer aos políticos e às elites financeiras que cabe a nós, o povo, decidir nosso futuro", segundo o site da organização, 15october.net. Centenas de pessoas já protestaram em cidades do Japão, da Austrália e da Nova Zelândia. Em Sydney, as ruas diante do Banco Central da Austrália foram tomadas por cerca de 2 mil manifestantes, entre representantes aborígenes, sindicalistas e comunistas, segundo a agência Reuters. Muitas marchas foram de pequeno porte. Em Taipei (Taiwan), por exemplo, onde manifestações do tipo são raras, cerca de cem pessoas se reuniram para criticar a má distribuição de riquezas. Ao longo do dia, começaram protestos também em grandes cidades europeias, como Berlim, Paris, Bruxelas, Madri, Londres e Atenas, e estão programados para ocorrer em cidades americanas [...] Os protestos em Roma prometiam estar entre os maiores - e mais violentos - do dia,

FONTE: Filipe Rocha/Arquivo da editora



288

reunindo até 700 mil pessoas. Uma multidão se aglomerou ao redor do Coliseu, e há relatos de carros incendiados e agências bancárias destruídas. A polícia chegou a lançar gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Na Espanha, um dos países europeus mais afetados pela crise, muitos manifestantes também já estavam nas ruas neste sábado, expressando insatisfação com o desemprego e criticando o governo por "servir aos bancos, e não à população", relata a correspondente da BBC em Madri, Sarah Rainsford. Em Frankfurt, na Alemanha, cerca de 25 mil pessoas saíram às ruas para se manifestar diante do Banco Central Europeu.

Disponível em: www.bbc.com/portuguese/celular/noticias/2011/10/111015_occupy_mundo_pai.shtm. Acesso em: 10 jul. 2015.

De modo geral, essas manifestações têm relação com:

a) O descontentamento com o governo brasileiro pelas políticas de ajuste fiscal.

b) O avanço da globalização e dos organismos internacionais que buscavam a redução das desigualdades sociais.

c) A redução da maioridade penal e contra os avanços sociais das minorias.

d) Os direitos de liberdade de expressão em governos ditatoriais e contra o desemprego.

e) A ganância das empresas e as políticas de austeridade, em detrimento dos anseios da maioria da população.



3. Texto 1

O movimento que tomou o centro do capital financeiro norte-americano, no auge da crise financeira internacional, foi um marco, a partir do qual se espera uma "fertilização cruzada" segundo Stephen Lerner, um dos militantes "fundacionais" do Occupy Wall Street. Lerner, que tem 54 anos e 30 de militância, defende que o novo movimento, que tomou as ruas do centro financeiro com questionamentos claros à concentração de renda pelo capitalismo financeiro, inspire os tradicionais sindicatos americanos, ao mesmo tempo em que usufruam da experiência dessas organizações. "Espero que o encontro seja entre o melhor do mundo dos sindicatos e o melhor do Ocuppy. Deve ser uma visão combinada, conjunta".

NASSIF, Fábio. "Nosso objetivo é redistribuir a renda e o poder", diz fundador do Occupy Wall Street. Carta Maior. São Paulo: 30 mar. 2012. Disponível em: http://cartamaior.com.br/?/Editoria/MovimentosSociais/'Nosso-objetivo-e-redistribuir-a-renda-e-o-poder'-diz-fundador-do-Occupy-Wall-Street%0D%0A/2/24982. Acesso em: 10 jul. 2015.



Texto 2

A crise de dimensão global instalada a partir de 2008 nos países capitalistas avançados terminou por rebaixar a capacidade de crescimento do conjunto das economias no mundo. E, com isso, as consequências sociais não deixaram de se manifestar, como o aprofundamento das desigualdades entre pobres e ricos, pobreza, desemprego e redução da qualidade de vida, inclusive da classe média. O mundo se prepara para algo inédito. Segundo estimativas existentes, possivelmente o conjunto de pessoas que compreendem o 7% mais rico do mundo deverá deter mais riqueza que a soma dos 99% da população do planeta. Se comparar os períodos anterior (2000-2008) e posterior (2009-2074) à crise de dimensão global de 2008, percebe-se claramente como houve queda importante no patamar de expansão das economias no mundo. No período pré-crise, por exemplo, a economia mundial crescia 4,7% como média anual, ao passo que no período posterior à crise reduziu para 2,9% ao ano, em média. Com isso, a taxa média de crescimento no período após o ano de 2008 passou a ser cerca de 70% do que vinha registrando até a crise.

POCHMANN, Marcio. Seis anos após início da crise, economia mundial segue fragilizada. Rede Brasil Atual, 6 fev. 2015. Disponível em: www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2015/02/restricoes-ao-crescimento-482.html. Acesso em: 10 jul. 2015.

A comparação entre os textos 1 e 2 permite afirmar que:

a) As manifestações expressas no texto 1 ocorreram em época distinta daquela analisada no texto 2 e, portanto, são situações diferentes e não conectadas.

b) O texto 2 refere-se ao contexto econômico capitalista que iniciou-se com o fim da Guerra Fria, cuja data símbolo foi a queda do Muro de Berlim.

c) O Occupy Wall Street pode ser interpretado como um movimento isolado, tendo se mantido dentro das fronteiras norte-americanas, sem expandir-se para o mundo.

d) A crise econômica que se acentuou em 2008 foi debelada a partir das políticas de austeridade adotadas na União Europeia sem, contudo, ter logrado êxito em conter as insatisfações sociais.

e) As consequências sociais da crise manifestaram-se com o aprofundamento das desigualdades entre pobres e ricos, desemprego e problemas sociais, contexto que motivou a explosão de diversas manifestações sociais como o Occupy Wall Street.



289

Descubra mais

As Ciências Sociais na biblioteca

BRAGA, Ruy. Pulsão Plebeia. Trabalho, precariedade e rebeliões sociais. São Paulo: Alameda, 2015.

Tece um panorama dos movimentos e ações coletivas em diversas partes do mundo, sobretudo as do século XXI, relacionadas às crises recentes do capitalismo.

CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, 2008.

O autor apresenta a dinâmica dos movimentos sociais contemporâneos e discute a questão da identidade e da diversidade nesse contexto.

GOHN, Maria da Glória. O protagonismo da sociedade civil: movimentos sociais, ONGs e redes solidárias. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2008.

Livro que discute o sentido dos conceitos que envolvem o protagonismo da sociedade civil brasileira, analisando os movimentos sociais e as ONGs na contemporaneidade.

SCHERER-WARREN, Ilse. Redes de movimentos sociais. São Paulo: Loyola, 1993.

Apresenta a dinâmica dos movimentos sociais organizados em redes, dos populares aos pacifistas.

VENTURA, Zuenir. Cidade partida. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

A cidade é o Rio de Janeiro e o cenário, a favela de Vigário Geral, onde o autor acompanhou a mobilização contra a violência, que resultou no movimento Viva Rio.

LEGENDA: Capa do livro Cidade partida, de Zuenir Ventura (ed. Companhia das Letras).

FONTE: Reprodução/Ed. Companhia das Letras

As Ciências Sociais no cinema

Conflito das águas, 2010, Espanha, direção de Icíar Bollaín.

Uma equipe espanhola está rodando um filme de ficção que reconstitui, em Cochabamba, na Bolívia, a conquista da América e o primeiro contato dos espanhóis com os indígenas. De repente, todos se veem em meio ao conflito real em que a população local lutava contra a privatização dos serviços de água na região.

LEGENDA: Cartaz do filme Conflito das águas, de 2010, do diretor Icíar Bollaín.

FONTE: Icíar Bollaín/Morena Films/Paris Filmes



México em transe, 1996, Brasil, direção de Fausto Fuser.

Curta-metragem documental que mostra, por meio da revolta em Chiapas, os danos causados pelo neoliberalismo no México no começo dos anos 1990. Nesse cenário, grupos rebeldes revivem a memória do líder revolucionário Emiliano Zapata.



Santo e Jesus - metalúrgicos, 1983, Brasil, direção de Cláudio Kahns e Antônio Paulo Ferraz.

Saga da Oposição Sindical Metalúrgica, em São Paulo, contra os interventores do sindicato, quando ocorreu o assassinato de dois operários, no final dos anos 1970.

As Ciências Sociais na rede

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Disponível em: www.mst.org.br. Acesso em: 27 jul. 2015.

Site do MST, um dos principais movimentos sociais atuantes no Brasil, que luta há mais de 30 anos pela reforma agrária.

Repórter Brasil. Disponível em: www.reporterbrasil.org.br. Acesso em: 27 jul. 2015.

ONG que atua na área dos direitos trabalhistas no Brasil, visando estimular a reflexão e a ação social para o combate às violações desses direitos. Tornou-se referência na questão do trabalho escravo no país.



Repórter Social. Disponível em: www.andi.org.br. Acesso em: 27 jul. 2015.

Artigos e reportagens relacionados a vários movimentos sociais brasileiros em atividade.



Bibliografia

ANDRADE, Regis de Castro. Política e pobreza no Brasil. Lua Nova, n. 19, São Paulo, nov. 1989. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64451989000400008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 29 set. 2015.

BAUMAN, Zygmunt. Lavoro, consumismo e nuove povertà. Troina: Città Aperta Edizioni, 2005.

BORJA, Jordi. Movimientos sociales urbanos. Buenos Aires: Siap, 1975.

BOUDON, Raymond; BOURRICAUD, François. Conflitos sociais. In: BOUDON, Raymond; BOURRICAUD, François. Dicionário crítico de Sociologia. São Paulo: Ática, 2001. p. 77-90.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.

CARDOSO, Ruth. Movimentos sociais na América Latina. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 1, n. 3, fev. 1987. p. 27-37.

290

CASTEL, Robert. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis: Vozes, 1998.

CASTELLS, Manuel. Fim de milênio; a era da informação: economia, sociedade e cultura. vol. III. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. vol. II. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CASTELO BRANCO, Maria Teresa. Jovens sem-terra: identidades em movimento. Curitiba: Ed. da UFPR, 2003.

CATTANI, Antonio (Org.). Fórum Social Mundial: a construção de um mundo melhor. Porto Alegre/Petrópolis: Ed. da UFRGS/Vozes/Unitrabalho/Corag/Veraz Comunicação, 2001.

CATTANI, Antonio; ARAÚJO, Silvia Maria de. Ação sindical em face da automação. In: CATTANI, Antonio; ARAÚJO, Silvia Maria de.; HOLZMANN, Lorena (Org.). Dicionário de trabalho e tecnologia. 2ª ed. Porto Alegre: Zouk, 2011. p. 19-25.

CHAZEL, François. Movimentos sociais. In: BOUDON, Raymond (Org.). Tratado de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1995. p. 283-336.

DINIZ, Eli; LOPES, José Sérgio Leite; PRANDI, Reginaldo (Org.). O Brasil no rastro da crise. São Paulo: ANPOCS/Hucitec/Ipea, 1994.

DUPAS, Gilberto. Economia global e exclusão social: pobreza, emprego, Estado e o futuro do capitalismo. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

DURHAM, Eunice. Movimentos Sociais - a construção da cidadania. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 1, out. 1984. p. 24-30.

DURKHEIM, Émile. De la división del trabajo social. Buenos Aires: Schapire, 1973.

GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Ed. da Unesp, 1991.

LEGENDA: Capa do livro As consequências da modernidade, de Anthony Giddens (ed. da Unesp).

FONTE: Reprodução/Ed. da Unesp

GOHN, Maria da Glória. Teoria dos movimentos sociais: paradigmas clássicos e contemporâneos. 9ª ed. São Paulo: Loyola, 2011.

GOHN, Maria da Glória. (Org.). Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e novos atores sociais. 5ª ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

GRZYBOWSKI, Cândido. Sim, um outro mundo é possível. In: CATTANI, Antonio (Org.). Fórum Social Mundial: a construção de um mundo melhor. Porto Alegre, Petrópolis: Ed. da UFRGS/ Vozes/ Unitrabalho/ Corag/ Veraz Comunicação, 2001. p. 19-30.

HARVEY, David et al. Occupy: movimentos de protesto que tomaram as ruas. São Paulo: Boitempo; Carta Maior, 2012.

KOWARICK, Lúcio. As lutas sociais e a cidade. São Paulo: Paz e Terra, 1988.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Hucitec, 1993.

OFFE, Claus. New social movements: challenging the boundaries of institutional politics. Social Re search, v. 52, n. 4, Winter 1985. p. 817-868.

OLIVEN, Ruben. Urbanização e mudança social no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1980.

PALOMINO, Héctor. Los sindicatos y los movimientos sociales emergentes del colapso neoliberal en Argentina. In: TOLEDO, Enrique (Org.). Sindicatos y nuevos movimientos sociales en América Latina. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciências Sociales (Clacso), 2005. p. 19-52.

POCHMANN, Marcio; AMORIM, Ricardo (Org.). Atlas da exclusão social no Brasil. São Paulo: Cortez, 2003.

LEGENDA: Capa do livro Atlas da exclusão social no Brasil, de Marcio Pochmann e Ricardo Amorim (ed. Cortez).

FONTE: Reprodução/Ed. Cortez

ROMEU, Celina. França 2005: a revolta dos excluídos. Informe Especial. In: Livro do ano 2006. São Paulo: Barsa Planeta Internacional, 2006. p. 172-177.

SADER, Eder. Quando novos personagens entraram em cena: experiências, falas e lutas dos trabalhadores da Grande São Paulo 1970-80. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

SADER, Emir. (Org.). Movimentos sociais na transição democrática. São Paulo: Cortez, 1987.

SADER, Emir. Os porquês da desordem mundial. Mestres explicam a globalização. Rio de Janeiro: Record, 2005.

SCHERER-WARREN, Ilse. Movimentos sociais. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1987.

SCHERER-WARREN, Ilse. Redes de movimentos sociais. São Paulo: Loyola, 1993.

SCHWARTZMAN, Simon. Pobreza, exclusão social e modernidade: uma introdução ao mundo contemporâneo. São Paulo: Augurium, 2004.

SOUSA SANTOS, Boaventura de. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1997.

THOMPSON, Edward. As peculiaridades dos ingleses. In: NEGRO, Antonio Luigi; SILVA, Sergio (Org.). E. P. Thompson: as peculiaridades dos ingleses e outros artigos. 3ª ed. Campinas: Ed. da Unicamp, 1998. v. 1.

TONI, Fabiano. Novos rumos e possibilidades para os estudos dos movimentos sociais. BIB, São Paulo, n. 52, 2º sem. 2001. p. 79-104.

TOURAINE, Alain. Os movimentos sociais. In: FORACCHI, M. M.; MARTINS, J. de S. Sociologia e sociedade. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977.

WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. 3ª ed. In: GERTH, H.; WRIGHT MILLS, C. (Org.). Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1974.

291

CAPÍTULO 10 - Educação, escola e transformação social

LEGENDA: Protesto de estudantes da rede estadual de ensino contra o fechamento de escolas na cidade de São Paulo (SP), em 2015.

FONTE: Rogerio Cavalheiro/Futura Press



ESTUDAREMOS NESTE CAPÍTULO:

a escola como instituição social e a educação como parte do processo de socialização, visto que escola e educação tendem a se desenvolver de acordo com as condições sociais, políticas e culturais das diferentes épocas. De uma educação formal restrita a certos grupos sociais até o século XIX, desenvolve-se no século XX o princípio de sua universalização. A escola é um dos espaços privilegiados de interação, socialização e aprendizagem sistematizada e passou a ser vista nas últimas décadas para além da função de transmissão de conhecimento. Educação como direito, os problemas da educação no Brasil e suas implicações sociais, o papel do Estado e das políticas públicas do setor são abordados a seguir.

292

Educação, escola e sociedade

A escola é uma das poucas instituições sociais de acesso amplo à população em qualquer parte do mundo. Seja em um vilarejo no interior da África, na zona rural do semiárido brasileiro ou em uma grande metrópole, atualmente a escola tornou-se a instituição responsável pela difusão de cultura e conhecimento, para além da família. Esse processo de mediação é denominado educação.

A educação, em todas as suas formas, é um processo social por excelência. Para alguns, é responsável pelo desenvolvimento de habilidades e pela construção do senso crítico por meio do intercâmbio de conhecimentos e do diálogo. Para outros, é o instrumento capaz de fornecer atualizações de saberes necessárias às transformações individuais e sociais. Outros, no entanto, consideram-na um mecanismo que conserva as relações de dominação na sociedade.

O processo educativo no modelo hegemônico de escola se estabelece principalmente a partir da interação professor -aluno-comunidade educativa. Como a maioria dos processos sociais, está sempre em movimento, não segue um único caminho, variando conforme o contexto em que se desenvolve.

O sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), em sua obra Educação e sociologia, publicada postumamente em 1922, afirmou que a educação expressa valores que variam de acordo com o espaço e com o tempo nos quais ela ocorre. Ou seja, a educação depende do desenvolvimento da ciência, da organização política e econômica e das atividades culturais de uma sociedade.

FONTE: Filipe Rocha/Arquivo da editora

Boxe complementar:


Yüklə 2,99 Mb.

Dostları ilə paylaş:
1   ...   25   26   27   28   29   30   31   32   ...   56




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©muhaz.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

gir | qeydiyyatdan keç
    Ana səhifə


yükləyin