História, o trabalho esteve relacionado a esforço físico e cansaço e, em muitas
LEGENDA: A tirinha do cartunista Benett, de 2015, nos faz refletir sobre o
sentido da vida do trabalhador contemporâneo.
FONTE: Bennet/Acervo do Artista
O significado atribuído ao ato de trabalhar tem variado ao longo do tempo. Nas
antigas Grécia e Roma, a base da mão de obra era escrava, constituída
geralmente por prisioneiros de guerra ou escravizados por dívida. O trabalho
manual era considerado indigno pelas elites, que usavam os escravos na
produção para poder dedicar seu tempo às atividades intelectuais, políticas e
artísticas. Naquelas duas sociedades não existia remuneração para essas
atividades. Os proprietários de terras e escravos, que acumulavam riqueza e
desempenhavam funções políticas, tornavam-se mecenas de intelectuais,
filósofos e artistas, ou seja, sustentavam-nos com seus bens para que
continuassem produzindo pensamento, obras de arte, peças de teatro, entre
outras coisas. É importante ressaltar que as mulheres, salvo exceções, eram
excluídas tanto da atividade política quanto da filosofia, da arte e da
intelectualidade.
Durante a Idade Média, a estratificação social na maior parte da Europa era
estamental. Na sociedade hierarquizada em estamentos raramente havia
mobilidade social. Os trabalhadores, chamados servos, ocupavam a posição
mais baixa da estrutura social. A sua função era trabalhar para que a nobreza e
o clero pudessem se dedicar a outras atividades, como as batalhas e os
compromissos ligados à religião. Nas sociedades feudais europeias, as
ferramentas e os recursos necessários para produzir qualquer coisa - depois
chamados por Marx de meios de produção - encontravam-se concentrados nas
mãos de alguns poucos homens da nobreza, que transmitiam esses bens por
meio de herança aos filhos homens e/ou de dotes de casamento aos que
desposassem suas filhas. A maioria da população trabalhava para esses
proprietários, os senhores da terra, numa relação de subordinação.
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