São Cipriano o legítimo Capa Preta o livro Proibido de 600 Páginas: o legítimo Capa Preta



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EXU - São Cipriano O Legítimo Capa Preta

 A Força da Vontade
A vontade é o grande motor de todas as nossas ações. Querer é poder — eis uma grande verdade.
Aquele que quiser, que souber querer firmemente, inaba​lavelmente resolvido a querer, tudo conseguirá, devido somente ao seu extraordinário
esforço de vontade.


Mau-Olhado
Há pessoas que dispõem de grande poder ou força mag​nética.
Geralmente essa força reside nos olhos e da( a teoria do 
mau-olhado).
Quem não tem, por acaso, encontrado certa pessoa que, ao lhe ser apresentada, desde logo grandemente nos impressiona pe​la força do seu olhar
e faz sentir esquisitas sensações?
Muitas vezes, em uma reunião, os olhos humanos são leva​dos, atraídos irresistivelmente por outro humano olhar. Sem ex​plicação, sente-se preso,
e não consegue livrar-se dele. É a força do olhar.
Pois bem, há o olhar que além de fixar e penetrar, conse​gue secar, paralisar e até matar.


Modo de Magnetizar uma Pessoa
A pessoa que se pretende magnetizar deve sentar-se numa cadeira frente ao magnetizador, ficando este suficientemente afastado e sem entrar em
contato com ela.
O magnetizador, geralmente, fica de pé, e se porventura necessitar sentar-se, deve procurar sempre um lugar mais alto do que o magnetizando, de
modo que o movimento dos braços, que é obrigado a fazer, não se torne demasiado fatigante e dê bom resultado.
Em seguida, fixa os olhos com grande tenacidade, com uma vontade sobre-humana, firme e determinada de obter o que se deseja.
Ao cabo de alguns segundos coloca as pontas dos dedos so​bre o umbigo da pessoa que se quer magnetizar, e passados ain​da alguns segundos
levanta as pontas dos dedos muito deva​gar e incline-as ao pescoço do magnetizando por espaço de cinco minutos, tornando a descê-las ao umbigo, onde
as conservará por cinco minutos.
Depois de haver feito tudo, quanto ficou dito, chegue-se o magnetizador um pouco mais para o magnetizando, incline-se sobre ele, para que se
estabeleça assim a corrente elétrica entre um e outro corpo.
Durante todo este tempo, o magnetizador não deverá ces​sar, nem um instante, de olhar fixamente para o magnetizando e terá o pensamento preso
no que está executando.
Daí a poucos minutos, o magnetizando dormirá um sono profundo.
Certificando-se de que dorme, na verdade, dirá mais ou me​nos o seguinte:
— "Bem; está dormindo. . . Dormindo profundamente... Agora não poderá acordar senão quando eu quiser. . . Os seus olhos estão fechados. . .
Estão grudados. . . Não poderá abri-los. . As duas pálpebras pesam como se fossem de chumbo... Está dormindo... dorme... dorme... Continue a dormir..
."
O magnetizador deverá falar com voz forte, lenta e com​passada.
Depois perguntará:
— Está dormindo?
— Estou. (dirá o outro)
— Que sente?
Conforme a resposta, acrescentará:
— Não, não sente nada. . . Não quero que sinta coisa algu​ma... Tem de dormir calmamente.
Compreende-se que isto só ocorrerá nas primeiras vezes. Com o correr do tempo, quando o magnetizando estiver bem mais dependente, às vezes
basta a simples ordem:
— Dormir!
Acompanhando-se esta ordem de um olhar penetrante, o magnetizando dormirá logo.
Neste caso, o magnetizador poderá perguntar ou ordenar (nos limites do possível) tudo o que for da sua vontade que não viole os conhecimentos
do magnetizado.




CATALEPSIA MAGNÉTICA
Deriva-se do grego a palavra 
catalepsia, 
porque o principal caráter deste estado é que os atacados conservam a posição que tinham no momento
do acesso.
A sinonímia deste singular estado é bastante complicada; conciliando os diversos nomes que se lhe têm dado e as diversas definições, chega-se à
conclusão:
É uma moléstia nervosa, intermitente, sem febre, caracterizada por ataques de duração variável, durante os quais há sus​pensão da sensibilidade e
do entendimento; às vezes, também, transposição dos sentidos, acompanhada de rijeza tetânica dos músculos da vida animal, com aptidão particular dos
membros para guardarem a posição que tinham no momento da invasão do acesso, ou à que se lhe dá depois.
Esta definição apenas dá uma ideia muito imperfeita da catalepsia, cuja vista enche o espírito de admiração.
A catalepsia patológica é sempre sintomática de uma afec​ção grave; a catalepsia mágica, ao contrário, não tem perigo.
Este estado de contração muscular sobrevém às vezes por si mesmo, no ato de magnetizar, porém, ordinariamente, ele é provocado.
Determina-se este estado de acumulação do fluido magné​tico no cérebro e, por consequência, empregando atos de von​tade.
É preciso certa habilidade nas experiências, para que a ca​talepsia se realize perfeitamente.
Os catalépticos que são mostrados para satisfação dos curiosos, pela maior parte, são sonâmbulos que experimentam, em razão de um ato
singular das forças vivas, uma rigidez par​cial dos músculos locomotores sobre os quais se opera a cata​lepsia.
Contudo, este estado cataletiforme ainda é muito surpreendedor.




FENÔMENOS DO HIPNOTISMO
Hipnotismo, membro da família do magnetismo, se enten​de pelo grupo de fenômenos nervosos e musculares que se pro​duzem nas pessoas
submetidas a diversos processos, tendo por fim paralisar determinadas regiões do cérebro e excitar outras.
Há diversos modos de provocar o hipnotismo, sendo os principais os seguintes:
O modo de hipnotizar mais usual, é o que consiste em fixar os olhos no paciente, ou fazê-lo convergir o olhar para de​terminado objeto colocado
em posição que o obrigue a nele fi​xar a vista.
O paciente deverá fixar o objeto durante alguns minutos, atentamente, pois que passados os mesmos, a pupila contrai-se lhe para, em seguida,
adormecer; as pálpebras caem suave​mente e a pessoa fica hipnotizada.
É variável o tempo que se gasta para hipnotizar, pois isso depende da suscetibilidade e da tática dos hipnotizadores.
Os faquires da Índia hipnotizam-se fitando demoradamente o espaço.
A seita de Mandeb, no Egito, adormece fitando o fundo de um prato branco, onde esteja pintada uma forma cabalística.
Há pessoas que basta fixarem por alguns momentos a sua imagem em um espelho para caírem em hipnose.
Os monges do Monte Athos chegam ao mesmo resultado pela contemplação persistente do seu próprio umbigo.
As mães adormecem as criancinhas entoando em arrastada melopeia uma canção monótona, ou repetindo persistentemente e no mesmo timbre de
voz o monossílabo ô ô ô.
Há também o método que se fazendo convergir para os olhos de uma pessoa histérica um feixe de luz viva e forte, como a elétrica, ou
produzindo-se um ruído intenso, como o rufar de um tambor, determina-se seguramente a catalepsia, que, como veremos em breve, é uma das fases do
hipnotismo.
Nas pessoas vivamente impressionáveis pode produzir-se a hipnose atuando unicamente sobre a sua imaginação, conven​cendo-as de que elas
adormecerão infalivelmente a uma hora de​terminada, ou no mesmo instante, à ordem imperiosa dada por um bom hipnotizador.
Outro processo é que se limita a fitar o paciente para dizer-lhe com uma entoação clara e imperiosa:
— Dorme!
Geralmente, para se fazer cessar o hipnotismo, basta soprar ou espargir água fria o rosto do hipnotizado.
Alguns hipnotizadores conseguem o mesmo resultado, atuando por impressão psíquica, dizendo ao paciente:
— Acorda!
São diferentes os fenômenos do hipnotismo, pois são con​forme a pessoa.
Cada um reage de um modo particular durante as práticas hipnóticas.
São três os períodos hipnotismo: letargia, catalepsia e sonambulismo.



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