historiador inglês Eric Hobsbawm (1917-2012) refere-se aos países
concentrar sua energia na busca de um objetivo único. Além disso, a tendência
cada vez mais sistemática de governos contornarem o processo eleitoral
ampliou a função política dos meios de comunicação, que agora chegavam a
todas as casas, proporcionando de longe o mais poderoso meio de
comunicação da esfera pública para homens, mulheres e crianças privados.
Sua capacidade de descobrir e publicar o que as autoridades desejavam
manter na sombra, e de dar expressão a sentimentos públicos que não eram,
nem podiam ser, articulados pelos mecanismos formais da democracia,
transformavam esses meios de comunicação nos grandes atores do cenário
público. Os políticos os usavam e temiam.
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX - 1914-1991. 2ª ed.
São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 558-559.
· Reunidos em equipes, releiam a análise de Hobsbawm. Depois, pesquisem
edições recentes de jornais e revistas, além de notícias em blogs e sites.
Juntos, avaliem a influência dos meios de comunicação na vida política
brasileira.
Fim do complemento.
Duas visões sobre o Estado capitalista
As mudanças no Estado e no seu papel têm relação com os grupos políticos no
exercício do poder ou que exercem influência sobre a esfera política. No último
século, em países capitalistas democráticos, duas formas de atuação do
Estado se sobressaíram, conforme a ação mais ou menos interventora do
Estado: o Estado Social (ou Estado do Bem -Estar Social) e o Estado
neoliberal. O Estado do Bem-Estar Social (Welfare State), que se estabeleceu
em determinados países da Europa, atua no sentido de garantir seguridade
social e proteção ao indivíduo contra adversidades na economia e excessos do
mercado. O Estado neoliberal, por sua vez, propõe a intervenção mínima na
economia e nas relações de trabalho.
A intervenção maior do Estado apresentou-se como solução à crise pela qual o
sistema capitalista passou na década de 1930. Segundo o sociólogo alemão
Jürgen Habermas (1929-), essa e as outras crises que se sucederam no
processo de acumulação mundial representavam uma ameaça muito direta à
integração social.
FONTE: Bettmann/CORBIS/Latinstock
FONTE: Timothy A. Clary/AFP
LEGENDA: Dois momentos de crise econômica global: acima, especulador da
Bolsa de Valores de Nova York, Estados Unidos, tenta vender seu carro em
1929 após ir à falência. O cartaz diz: "Cem dólares compram este carro.
Preciso do dinheiro. Perdi tudo no mercado de ações". Ao lado, executivos
desempregados se apresentam em rua da mesma cidade, em 2008. O cartaz
pede socorro financeiro.
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